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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Oferecer múltiplas opções de pagamento e simplificar checkout aumenta conversão

Segundo especialista, empresas precisam facilitar a vida do cliente que compra online 

 

Pesquisar preços no mundo virtual e realizar compras online já se tornou um hábito para boa parte dos brasileiros, por isso é fundamental que as empresas invistam em sites que facilitem a busca e ofereçam checkout simplificado e diversas opções de pagamento. 

Segundo pesquisa realizada pela Forrester Research, 50% dos e-commerces do mundo possuem taxa de abandono de carrinho superior a 50%. No Brasil, uma pesquisa da Ve Interactive mostrou um abandono superior a 80%.

De acordo com Reinaldo Boesso, especialista financeiro e CEO da TMB Educação, fintech que oferece a possibilidade de pagamentos parcelados por meio de boletos bancários, simplificar o processo de checkout pode aumentar as taxas de conversão em até 35%. E incluir o boleto parcelado é uma mudança estratégica que pode fazer toda a diferença. 

“Estudos indicam que oferecer múltiplas opções de pagamento não só melhora a experiência do usuário, mas também reduz o abandono do carrinho. Além disso, em média, 76% do público pede boleto parcelado como forma de pagamento”, explica. 

Segundo Reinaldo, o boleto parcelado, em particular, é uma opção valiosa para clientes que buscam alternativas aos cartões de crédito. “Eles representam um segmento significativo do mercado. Ao implementar o boleto parcelado, a empresa abre as portas para um aumento nas vendas e uma maior satisfação do cliente”, afirma. 

A simplificação do checkout e o oferecimento de boleto parcelado, de acordo com o especialista, são ações que ajudam o cliente que deseja realizar uma compra online rapidamente, de maneira fácil e conveniente. “Desta forma, você remove barreiras que poderiam impedir os clientes de finalizarem uma compra. Isso pode levar a um aumento nas taxas de conversão, ou seja, mais visitantes do site se tornam clientes pagantes”, explica. 

Para Reinaldo, simplificar o checkout e oferecer a opção de boleto parcelado nas compras online pode ajudar o cliente a ter acesso a produtos de alto valor mesmo que não tenha cartão de crédito. “Além disso, com parcelas fixas, esses clientes podem distribuir melhor os gastos ao longo do tempo”, conclui. 

 

TMB
Para mais informações, site
@tmbeducacao


O papel do judiciário no combate às fraudes na saúde suplementar


A saúde suplementar no Brasil está diante de um dos maiores desafios dos últimos anos, conforme aponta o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS): as fraudes e desperdícios no setor causaram um prejuízo estimado de R$ 34 bilhões em 2022. Essa cifra representa cerca de 12,7% dos R$ 270 bilhões faturados pelas empresas no ano passado. Mais do que o sistema como um todo, esse cenário também impacta diretamente os beneficiários dos planos de saúde, demandando um olhar minucioso de seus operadores.

O combate às fraudes em planos de saúde enfrenta desafios substanciais, agravados pela ausência de uma tipificação criminal específica para esse tipo de infração. A lacuna na legislação cria um ambiente propício para práticas fraudulentas, dificultando a identificação e punição dos responsáveis. O investimento em tecnologias avançadas de análise de dados, o monitoramento constante de padrões de utilização e a colaboração estreita com profissionais de saúde são medidas essenciais para a detecção precoce de anomalias.

A judicialização da fraude é outro aspecto crítico, com a propositura de ações baseadas em premissas para lá de suspeitas e documentos forjados, inclusive procurações. A revisão e fortalecimento da legislação são imperativos, exigindo a criminalização específica dessas práticas e estabelecendo penalidades mais severas. Além disso, é vital aprimorar os mecanismos de verificação de documentos em processos judiciais relacionados à saúde suplementar.

Nesse cenário, a atuação dos juízes é de importância crucial. A análise crítica dos processos, a avaliação cuidadosa das provas apresentadas e a identificação de possíveis fraudes processuais são aspectos fundamentais. A falta de tipificação específica para fraudes em planos de saúde coloca um ônus ainda maior sobre o judiciário, destacando a necessidade de uma postura firme diante desse tipo de prática.

Juízes devem ser capacitados e orientados sobre as peculiaridades dos casos relacionados à saúde suplementar. A identificação de documentos falsos, pedidos enganosos e outros artifícios fraudulentos requerem uma abordagem diligente. A colaboração entre o sistema judiciário, operadoras de saúde e órgãos reguladores é fundamental para a efetividade na prevenção e punição dessas práticas.

A ausência de uma legislação específica não deve ser um obstáculo para a atuação firme dos juízes. Pelo contrário, essa lacuna ressalta a necessidade de uma interpretação judiciária criteriosa e a aplicação de penas proporcionais às práticas fraudulentas. A jurisprudência consolidada pode desempenhar um papel crucial na criação de precedentes sólidos, que desencorajem atividades ilícitas no âmbito dos planos de saúde, garantindo a integridade das ações judiciais, a confiança do público no sistema judiciário e a prevenção de abusos.

Por isso, o enfrentamento das fraudes em planos de saúde e a promoção do uso responsável dos recursos exigem uma abordagem holística. A conscientização dos beneficiários, a atuação firme das autoridades reguladoras, o combate efetivo à fraude por parte das operadoras e uma postura decidida do judiciário são elementos interconectados que compõem essa complexa equação.

A colaboração entre todos os atores envolvidos, incluindo operadoras, profissionais de saúde, beneficiários, autoridades reguladoras e o sistema judiciário, é crucial para garantir a eficiência e a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar no Brasil. A revisão legislativa para tipificar e criminalizar especificamente as fraudes em planos de saúde, juntamente com uma abordagem mais robusta do judiciário na identificação e punição de práticas fraudulentas, é essencial para fortalecer a base legal e inibir práticas prejudiciais ao sistema. A atuação firme dos juízes desempenha um papel fundamental nesse contexto, assegurando a justiça e a integridade do sistema de saúde suplementar. 

 

Lucas Miglioli - Sócio-fundador do M3BS advogados e membro das Comissões Especiais de Estudos de Compliance da OAB/SP 

 

O impacto da Inteligência Artificial na transformação do e-commerce e varejo

Freepik
Executivo da FCamara explora como a IA está mudando o cenário do comércio global e impulsionando as projeções de faturamento nos próximos anos

 

No coração da era digital, testemunhamos uma revolução que molda profundamente o comércio eletrônico e o varejo: a ascensão e consolidação da Inteligência Artificial (IA). À medida que avança a passos largos, a IA se tornou não apenas uma ferramenta, mas o pilar de transformação desses setores, redefinindo a maneira como as empresas operam, interagem com os consumidores e gerenciam seus negócios. 

 

Com projeções otimistas, o mercado global de IA no setor de varejo deverá atingir a impressionante marca de US$ 10,76 bilhões em 2023, conforme prevê uma pesquisa conduzida pela Future Market Insights, com uma notável taxa de crescimento anual estimada em 28%. As expectativas para o cenário futuro são ainda mais ambiciosas, pois se prevê que, até 2033, esse mercado possa superar a marca dos US$ 127 bilhões. 


Isso significa que a IA não é mais uma mera tendência, mas sim um elemento fundamental que impulsiona o varejo, aprimorando a eficiência, personalização e inovação em todas as operações e na experiência do cliente. Para Joel Backschat, CIO na multinacional brasileira FCamara, um ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro dos negócios, está claro que aqueles que abraçam essa tecnologia estão preparando seus negócios para um futuro de prosperidade.

 

“Em um mundo onde a competição é feroz e a atenção do consumidor é escassa, a Inteligência Artificial é como o farol que guia o varejo moderno. Ela não apenas ilumina o caminho, mas também molda a jornada do cliente, tornando-a mais personalizada e cativante”, defende.

 

O CIO nos conduz a uma exploração de como a IA está mudando de maneira significativa o cenário do e-commerce e varejo.

 

1. Personalização da experiência do consumidor

Uma das maiores transformações que a IA trouxe para o e-commerce e o varejo é a personalização da experiência do consumidor. Por meio da análise de dados, a IA permite que as empresas entendam o comportamento do cliente, suas preferências e histórico de compras. 

 

“Com essas informações, as empresas podem oferecer recomendações de produtos relevantes e sugerir promoções específicas. Isso não apenas aumenta as vendas, mas também cria uma jornada mais satisfatória para o cliente”, pontua o Backschat.

 

2. Otimização da precisão logística

A IA é capaz de otimizar a cadeia de suprimentos e logística. Ela é usada para prever demandas, gerenciar estoques com eficiência e otimizar rotas de entrega. Isso resulta em menor desperdício, custos reduzidos e entregas mais rápidas, atendendo às crescentes expectativas dos consumidores em relação à velocidade e confiabilidade das entregas.

 

3. Atendimento ao cliente 24/7

Chatbots e assistentes virtuais baseados em IA já desempenhavam um papel importante no atendimento ao cliente. No entanto, com a evolução da Inteligência Artificial, essas soluções estão se tornando ainda mais eficientes e sofisticadas. Agora, eles não apenas oferecem assistência básica, mas também são capazes de lidar com consultas mais complexas e personalizadas. Eles estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, respondendo a perguntas, solucionando problemas mais simples e auxiliando os consumidores em suas jornadas de compra. Isso melhora a eficiência do atendimento e oferece uma experiência mais conveniente para os clientes.

 

Para a empresa, a automação do atendimento ajuda na classificação dos casos que exigem, de fato, um atendimento mais completo, além de reduzir custos operacionais. 

 

4. Prevenção de fraudes

A IA desempenha um papel crucial na detecção e prevenção de fraudes no comércio eletrônico. Ela pode identificar atividades suspeitas, analisar padrões de compra e autenticar transações com base em uma variedade de fatores, tornando as compras online mais seguras para os consumidores e as empresas.

 

5. Realidade Aumentada e Virtual

A IA também tem impulsionado a adoção da realidade aumentada (AR) e virtual (VR) no varejo. Essas tecnologias permitem que os consumidores visualizem produtos em ambientes virtuais, experimentem roupas e acessórios, ou até mesmo façam passeios virtuais por lojas. Isso proporciona uma experiência de compra mais envolvente e ajuda os clientes a tomar decisões mais informadas.

 

“Aqui, a IA consegue unir várias de suas habilidades para aprimorar essas experiências. Ela pode analisar o comportamento e as preferências do cliente, oferecendo recomendações personalizadas e ajudando a otimizar as interações de AR e VR. A IA também pode rastrear o desempenho dessas tecnologias, permitindo que as empresas façam melhorias contínuas para atender às demandas dos consumidores”, conclui o executivo.

 

FCamara
www.fcamara.com


Lei responsabiliza também o varejista pelo endividamento do cliente

Newton Santos/DC

Legislação que insere no Código de Defesa do Consumidor regras para prevenção e tratamento do superendividamento prevê multa para quem omite informações sobre operações de crédito 

 

Crédito e prazo de pagamento. Essa dupla tem sido uma das principais ferramentas do comércio para vender diante do elevado endividamento das famílias brasileiras.

Tradicionalmente, a venda financiada sempre foi uma das características de varejistas especializados em bens mais caros, como lavadoras, fogões, geladeiras, televisores e carros.

Hoje, o consumidor nem precisa bater muita perna para encontrar redes de supermercados dispostas a parcelar até a compra de alimentos e produtos de higiene e limpeza.

A compra parcelada cresceu a tal ponto no país que quase 77% das famílias têm algum tipo de dívida, de acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Outro dado nada favorável ao consumo: a cada 100 famílias, cerca de 30 não estão conseguindo pagar as contas em dia, isto é, estão inadimplentes. 

A Lei 14.181, de 2021, que insere no Código de Defesa do Consumidor um capítulo sobre prevenção e tratamento do superendividamento, faz um alerta para consumidores e lojistas.

A saúde financeira não é apenas responsabilidade do cliente, mas também de quem fornece o crédito, considerando o impacto que a inadimplência pode ter em uma cadeia produtiva.

“Se os órgãos de defesa do consumidor constatam a concessão de crédito de maneira irresponsável, as empresas podem sofrer multa administrativa que pode ultrapassar R$ 13 milhões”, afirma Maria Helena Bragaglia, sócia do Demarest Advogados.

Mesmo antes da lei de 2021, chamada de Lei do Superendividamento, já era obrigação das empresas esclarecer os consumidores sobre as condições do crédito concedido.

“A nova lei reforça e complementa o que já era uma exigência no Código de Defesa do Consumidor (CDC)”, afirma Robson Campos, diretor de Assuntos Jurídicos do Procon-SP.

Preço do produto com e sem financiamento, número de prestações, taxa anual de juros, acréscimos previstos em caso de atrasos no pagamento são algumas das informações que os clientes precisam ter claramente antes da liberação do crédito.

“É necessário o comprometimento, o engajamento dos varejistas em relação a este tema, com grande impacto na sociedade e na economia do país” afirma Campos.

Além de dar informações sobre custos e todas as implicações que envolvem um financiamento, diz Maria Helena, os credores devem realizar consultas a empresas de proteção de crédito.

“A lei veda práticas que indiquem a possibilidade de operação de crédito sem consulta a serviços de proteção ao crédito ou sem avaliação da situação financeira do consumidor”, diz.

A legislação também proíbe a prática de ocultar a compreensão de informações sobre ônus e riscos da operação e de assédio ou pressão para que o cliente obtenha o crédito.

Para evitar que o consumidor se torne insolvente, a Lei do Superendividamento também possibilita um procedimento pré-judicial de conciliação para a renegociação de dívida.

Caso o credor, no caso um lojista, recuse o acordo com o cliente, a legislação estabelece penalidades, como a suspensão do débito e a interrupção dos encargos.

Se o consumidor decide recorrer à Justiça, diz Maria Helena, o juiz terá poderes para analisar e revisar a relação entre o credor e o cliente.

“Se for necessário garantir o mínimo existencial do devedor, os encargos da dívida podem ser afastados integralmente, mantida apenas a repactuação do principal”, afirma.


NÚCLEO

Há mais de dez anos o Procon-SP possui um núcleo para tratamento de superendividamento de consumidores e, de acordo com Campos, há casos, sim, de incapacidade de pagamento, decorrente da ausência de informações prévias no ato da concessão do financiamento.

“Pela experiência do Procon, a falta de informação é um dos principais motivos que levam os consumidores a se endividar com despesas obrigatórias acima de sua capacidade financeira.”

O engajamento do varejista no processo de prevenção e conscientização dos riscos de obter um financiamento pode evitar, diz ele, problemas financeiros para o seu próprio negócio.

“É um dever de todos os fornecedores de crédito zelar pela concessão do crédito responsável”, afirma.


CAMPANHAS

Depois que a legislação entrou em vigor, diz, aumentaram as campanhas de renegociação de dívidas de vários setores, um indício de mobilização por causa da Lei 14.181 de 2021.

No início deste mês, o Itaú Unibanco lançou uma campanha de renegociação de dívidas de clientes com descontos de até 96% e possibilidade de parcelamento em até 73 vezes.

Outros bancos, como Santander e Bradesco, também possibilitam acordos para zerar dívidas, assim como o programa Desenrola Brasil do governo federal, que vai até o final de março.

No programa Desenrola Brasil, o consumidor consegue renegociar dívidas de até R$ 20 mil. Para participar, é preciso fazer um cadastro na plataforma gov.br com dados atualizados.

Nelson Tranquez, conselheiro da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) do Bom Retiro, diz que a maioria dos lojistas da região, muito provavelmente, sequer sabe da existência dessa lei.

“A maioria das lojas não possui mecanismo de financiamento próprio, trabalha com empresas de cartão de crédito, que permitem parcelamento dependendo da negociação com os lojistas.”

Hélio Freddi Filho, diretor da rede Hirota, diz que as redes de supermercados não costumam dar crédito próprio para os clientes. Trabalham com cartões de crédito e débito. 

“Quando decidimos fazer uma promoção com pagamento em até três vezes, por exemplo, o preço que vale é o da prateleira, não tem acréscimo”, diz.

Quem tem que prestar muita atenção na Lei do Superendividamento, dizem eles, são as lojas que possuem crediário próprio e vendem parcelado em 8, 10, 12 vezes.

Maria Helena diz que o cliente também precisa ter todas as informações sobre o uso de cartões, como os riscos atrelados, se não conseguir pagar as parcelas no dia do vencimento.

Se pagar uma parcela antecipadamente, diz ela, o cliente também tem o direito de obter um desconto proporcional.

“Se quer colocar crédito na rua, a empresa tem de assumir responsabilidades, tem de estar preparada, pois passa a ser responsável solidária no processo de oferta de crédito”, diz.

 

Fátima Fernandes
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/lei-responsabiliza-tambem-o-varejista-pelo-endividamento-do-cliente


Mudanças nas regras sobre nacionalidade brasileira

No âmbito do Direito Constitucional, 2023 ficou marcado por mais uma mudança nas regras que disciplinam a nacionalidade brasileira. Com a promulgação da Emenda Constitucional n° 131/23, em 03 de outubro, alterou-se pela quarta vez, desde a entrada em vigor da Constituição em 1988, seu artigo 12, que disciplina as condições para aquisição e perda da nacionalidade brasileira. A recente mudança alterou os critérios para a perda da nacionalidade brasileira, excluindo a hipótese da perda automática pela aquisição voluntária de outra nacionalidade.

O tema era discutido no meio jurídico e no Congresso Nacional desde 2018, quando a carioca Cláudia Sobral (Hoerig) teve sua nacionalidade cancelada. Ela foi extraditada para os Estados Unidos da América, onde foi condenada pelo homicídio de seu marido. Foi justamente o cancelamento de sua nacionalidade que viabilizou a extradição, já que o Brasil não extradita brasileiros natos. A carioca, que emigrou para os Estados Unidos em 1990, naturalizou-se estadunidense em 1999. Ora, no texto vigente até recentemente, o parágrafo 4°, inciso II, do artigo 12 da Constituição Federal previa o seguinte: “Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que [...] adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de a) reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição da naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis”. Portanto, o referido dispositivo só admitia a dupla nacionalidade, em caso de nacionalidade estrangeira originária, como ocorre com inúmeros brasileiros descendentes de imigrantes europeus, ou quando a naturalização resultasse de uma exigência do sistema jurídico do país estrangeiro para viabilizar a permanência ou o exercício de direitos civis em seu território. Em nenhuma destas hipóteses se enquadrava a carioca, que tinha autorização para residir e trabalhar nos Estados Unidos, pois era portadora de um “Green Card”.

À luz do texto constitucional que vigorou até outubro passado, ao escolher uma outra nacionalidade por livre e espontânea vontade, o indivíduo estaria renunciando à sua condição de brasileiro.  Ocorre que a notoriedade dada ao caso de Cláudia Sobral na imprensa trouxe preocupação à comunidade brasileira que vive no exterior. Muitos foram pegos de surpresa, pois haviam se naturalizado estrangeiros sem conhecer que a naturalização poderia levar-lhes a perder a nacionalidade brasileira. É fato que o governo brasileiro por muito tempo fez “vistas grossas” à imensa quantidade de brasileiros que se naturalizavam em outros países, deixando de promover de ofício o cancelamento de suas nacionalidades, conforme previa a norma constitucional. A polêmica em torno do caso de Cláudia Sobral foi o pano de fundo para a discussão e aprovação da Emenda Constitucional n° 131/23. Com a mudança legislativa, o parágrafo 4° do artigo 12 da Constituição Federal passou a vigorar com a seguinte redação:

  • 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de fraude relacionada ao processo de naturalização ou de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;   

 II - fizer pedido expresso de perda da nacionalidade brasileira perante autoridade brasileira competente, ressalvadas situações que acarretem apatridia.

Enfim, o estrangeiro naturalizado brasileiro pode perder a nacionalidade em decorrência de um comportamento ilícito (fraude à naturalização ou atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático). Já o brasileiro nato só perderá a nacionalidade brasileira se assim o desejar, devendo para tanto formular um requerimento expresso. Aliás, mesmo aqueles que tenham requerido a perda da nacionalidade brasileira poderão readquiri-la posteriormente, em caso de arrependimento.

A mudança insere o Brasil no rol dos países expressamente favoráveis à possibilidade de polipatridia. Contudo, para Cláudia Sobral, que segue nos Estados Unidos cumprindo pena pelo assassinato do marido, foi uma mudança tardia.

 

Michele Hastreiter e Mariane Silverio - são do Departamento de Direito Comercial e Societário e Direito Migratório da Andersen Ballão Advocacia

 

Energia solar ultrapassa 5,5 mil conexões em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Acre, segundo ABSOLAR

Estado possui 68,7 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos


O Acre possui atualmente mais de 5,5 mil conexões operacionais de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos, espalhadas por 21 cidades, ou 95,5% dos 22 municípios da região, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Atualmente, são mais de 6,1 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.
 
Conforme mapeamento da ABSOLAR, os acreanos contam com um excelente potencial para o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica por meio da geração própria. O estado possui 68,7 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
 
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Acre a atração de mais de R$ 300 milhões em investimentos, gerando mais de 2 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos.
 
Para Edlailson Pimentel da Silva, coordenador estadual da ABSOLAR no Acre, o avanço da energia solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
 
“Como muitos estados da região Norte do país ainda dependem dos combustíveis fósseis, mais caros e poluentes, para suprimento de eletricidade dos cidadãos e do setor produtivo, o crescimento da energia solar no Acre tem sido fundamental para melhorar a qualidade da energia elétrica no território acreano, garantindo mais segurança, autonomia e independência aos consumidores a partir de uma fonte limpa e renovável”, comenta.
 
Para o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, o protagonismo internacional do Brasil, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros.
 
“A fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento do País. Em especial, temos uma imensa oportunidade de uso da tecnologia em programas sociais, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, na universalização do acesso à energia elétrica pelo programa Luz para Todos, bem como no seu uso em prédios públicos, como escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques, entre outros, ajudando a reduzir os gastos dos governos com energia elétrica para que tenham mais recursos para investir em saúde, educação, segurança pública e outras prioridades da sociedade brasileira”, conclui Sauaia.


Carnaval-MG: Ecad faz ranking de músicas mais tocadas e arrecadação de direitos autorais do estado

Levantamento musical aponta “Eva” como a canção mais tocada em shows e trios elétricos no ano passado no estado mineiro  

 

Passar o carnaval em Minas Gerais é sinônimo de diversão. Diferentes cidades do estado, como Belo Horizonte, Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina e São João del Rei promovem festas para foliões de todo o país com blocos, trios elétricos e eventos. A música é uma das estrelas da festa carnavalesca e, em 2023, o hit “Eva”, que embala com o refrão “Minha pequena Eva, o nosso amor na última astronave, além do infinito eu vou voar", foi a música mais tocada em todo o estado mineiro em shows e trios elétricos durante o último carnaval.  

Um levantamento do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) apontou o top 5 do carnaval 2023 em Minas Gerais e também um panorama da arrecadação dos direitos autorais de execução pública de música no período carnavalesco no último ano. Em valores arrecadados de organizadores e promotores de shows e eventos na região, o total chegou a R$ 2,2 milhões em 2023, o que representa um crescimento de mais de 510% em comparação a 2022, quando o governo suspendeu o carnaval no estado.  

“A volta do carnaval em 2023, depois das restrições de 2022, foi representativa em termos de valores pagos em todo o estado. Este ano, teremos uma extensa programação de carnaval de rua em diversas cidades e diferentes eventos carnavalescos e temos reforçado junto aos organizadores das festas, tanto da iniciativa pública quanto privada, sobre a importância do licenciamento musical para remunerar compositores e artistas. É fundamental que todos valorizem os compositores e reconheçam a importância da música para os seus eventos e negócios”, disse Ênio Medeiros, gerente do Ecad que atende o estado de Minas Gerais.

Para o carnaval deste ano, o Ecad lançou sua campanha focada na conscientização sobre a importância do pagamento do direito autoral. Intitulada “Com música, a folia fica melhor”, a ação é voltada para quem vai utilizar música publicamente em programações e eventos carnavalescos, como organizadores e promotores de shows, trios elétricos, blocos de rua, prefeituras, boates, clubes e outros. A campanha, que conta com landing page, depoimentos de artistas, postagens nas redes sociais e envio de e-mails, reforça a importância da música para esses eventos e do licenciamento para executar músicas publicamente. 

 

TOP 5 das músicas mais tocadas em shows e trios elétricos no Carnaval do estado de Minas Gerais em 2023

 

Posição

Música

Autores

1

Eva

Cartavetrata / Umto / Ficarelli

2

País tropical

Jorge Ben Jor

3

Não quero dinheiro

Tim Maia

Praieiro

Manno Goes

4

Arerê

Gilson Babilônia / Alaim Tavares

5

Parará (I'm soul good)

Diego Nascimento / Tomate



Especialista revela o impacto das feiras de negócios na criação de oportunidades e experiências marcantes

 O propósito não deve ser apenas expor, o espaço deve servir também para gerar conexões significativas, com áreas de networking confortáveis e convidativas


Um stand vai além da simples presença em um evento. Trata-se de um verdadeiro ímã para os visitantes, criando um ambiente dinâmico e memorável. Com um design inovador e visualmente cativante, a proposta do espaço deve ser a de transformar a experiência de quem chega até o local. O propósito, no entanto, não deve ser apenas expor, mas sim criar um cenário temático que possa revelar a história de uma marca.

Natalie Acera, CEO do Grupo Plus Stands, empresa que atua há mais de 12 anos no segmento de feiras e eventos, explica que é preciso pensar em um ambiente cuidadosamente projetado para atrair, cativar e inspirar.  O espaço deve servir, também, para gerar novos negócios e conexões significativas, com áreas de networking confortáveis e convidativas em um ambiente propício para conversas informais. “Os visitantes podem desfrutar de bebidas e lanches enquanto constroem um sólido relacionamento, que pode gerar oportunidades que irão além desse encontro”, aponta a especialista.

Concursos, sorteios e ativações podem criar uma atmosfera de empolgação enquanto os visitantes interagem. “A presença de personalidades influentes, que podem proporcionar uma experiência mais enriquecedora, também é uma ótima aposta”, ressalta a CEO.

Integrar tecnologias de última geração, como realidade virtual ou aumentada, pode provocar uma imersão que vai além do convencional. “As atividades interativas precisam ser envolventes. Seja através de jogos que desafiam o conhecimento, demonstrações práticas de produtos ou simulações, cada atração deve ser única e participativa”, destaca.

Caso a marca aponte a necessidade de realizar um workshop, a fundadora do Grupo Plus Stands recomenda que as apresentações ao vivo não sejam apenas informativas, mas que realmente prendam a atenção. “Demonstrações dinâmicas e especialistas compartilhando cases de sucesso causam um impacto positivo imediato”, revela.

 

E o brinde?

Mais do que apenas lembranças do evento, esses itens devem ser exclusivos e úteis, funcionando como extensões tangíveis da marca. Cada visitante deve levar um artigo especial, capaz de reforçar memórias sobre as experiências únicas que foram proporcionadas enquanto o visitante esteve no stand.

 

Design e experiência sensorial

A ergonomia do espaço é um aspecto muitas vezes subestimado, mas crucial para o sucesso de um stand. “O layout deve ser pensado para facilitar a circulação dos visitantes, proporcionando uma experiência fluida e agradável. Móveis confortáveis, áreas de descanso e espaços para interação são elementos que contribuem para a sensação de acolhimento”, declara.

Estimular os sentidos dos visitantes é uma maneira eficaz de criar memórias duradouras. “A inclusão de elementos como aromas específicos, música ambiente e texturas diferentes pode criar uma experiência sensorial única, associando a marca a sentimentos positivos na mente do público”, relata.

 

Grupo Plus Stands
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Sebrae diz que redução da taxa Selic é positiva, mas ainda dificulta acesso ao crédito

 Levantamento do Sebrae mostra que aproximadamente 7 em cada 10 pequenos negócios inadimplentes no Brasil têm 30% ou mais do seu custo mensal comprometido com dívidas

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deu prosseguimento à sequência de redução da taxa básica de juros (Selic) e anunciou, nesta quarta-feira (31), um corte de 0,5%, levando a taxa para o nível de 11,25% ao ano. Esta é a quinta queda consecutiva. Em agosto de 2023, o índice estava em 13,75%, após 12 aumentos seguidos. Mesmo com o recuo, os juros continuam acima dos dois dígitos, o que, somado à inflação de 4%, traça um cenário ainda difícil para as micro e pequenas empresas que necessitam acessar crédito para pagar suas dívidas. “O Brasil precisa de crédito, a economia precisa ter crédito para poder crescer e se desenvolver, principalmente os pequenos negócios, que precisam ter uma taxa de juros crédito protetiva”, defende o presidente do Sebrae, Décio Lima.

Essa dificuldade foi comprovada em estudo do Sebrae que sinaliza que apenas 30% das micro e pequenas empresas procuram os bancos para ter acesso a crédito – dessas, somente 40% têm sucesso na busca por empréstimos. Já outra pesquisa da instituição e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que aproximadamente sete em cada 10 pequenos negócios inadimplentes no Brasil têm 30% ou mais do seu custo mensal comprometido com dívidas. O dado reforça que além da redução da Selic e da melhora na economia, faz-se necessário o lançamento de uma nova etapa do programa Desenrola Brasil voltado especificamente para os MEI, micro e pequenas empresas (MPE) medida já anunciada pelo governo federal.

De acordo com o levantamento, para 23% das empresas com dívidas atrasadas, os débitos chegam a representar mais de 50% das despesas mensais do negócio. O endividamento das MPE continua a ser uma preocupação, e o Desenrola para os pequenos negócios é fundamental para que a base dos CNPJ brasileiros tenham condições de aproveitar esse momento de estímulo da economia com a tendência de queda da taxa de juros, argumenta o presidente Décio Lima. “Nossa luta para baixar a Taxa Selic será permanente e nossa pressão está tendo resultados. Não fosse ela, nós não teríamos mais esse acontecimento de hoje, quando o Copom faz a redução da Taxa Selic, que ainda está alta.”

Ele lembra que milhares de empreendedores que precisaram buscar crédito durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19 ainda estão lutando para se livrar das dívidas. “As taxas de juros praticadas pelos bancos para os empréstimos de micro e pequenas empresas chegam até 30% ou 35% ao ano. Por isso, precisamos cuidar para que eles consigam recuperar o fôlego e voltar a investir e gerar empregos”, acrescenta.


FecomercioSP: redução da Selic em 0,5 p.p. é positiva e deve estimular Comércio e Serviços

Federação reforça, entretanto, a necessidade de um cenário fiscal mais favorável que o atual para que o ciclo de queda não termine antes do esperado 

 

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto porcentual (p.p.) foi acertada, na avaliação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Segundo a Entidade, o anúncio desta quarta-feira (31) foi uma resposta ao contexto atual da economia, no qual a redução da Selic pode estimular o crescimento econômico e fomentar o investimento, além de facilitar o acesso ao crédito. Todos esses fatores são essenciais para a recuperação dos setores de Comércio e Serviços — ainda mais em um contexto em que o País enfrenta desafios complexos e a percepção dos empresários desses segmentos é de desaceleração nas vendas.

 

No entanto, apesar de o movimento indicar a busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o controle da inflação, a Federação segue defendendo que é preciso monitorar e fazer uma avaliação criteriosa das consequências da redução da taxa básica de juros. É necessário garantir que os resultados dessa política monetária sejam efetivos para as empresas e para a sociedade — ou seja, que propiciem geração de empregos e fortalecimento da atividade econômica nacional.

O ideal é que a queda da Selic seja acompanhada por ações estruturais que estimulem a competitividade e o setor produtivo, com o objetivo de garantir um ambiente em que a inflação se mantenha baixa sem a necessidade de elevar a taxa. Para isso acontecer, entretanto, é necessário um cenário fiscal mais favorável do que o atual.

 

Ainda que o ano tenha começado com o IPCA-15 trazendo um alívio para o mercado, ainda há preocupações: o indicador de serviços — um importante balizador da inflação de demanda e um dos principais itens analisados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) — apontou alta de 0,65% em janeiro. Além disso, os novos planos do governo de incentivo e subsídios para os setores industriais geraram apreensão entre os agentes econômicos, diante de um possível descontrole fiscal e seus impactos sobre a inflação.

 

Por outro lado, no cenário internacional, a China continua enfrentando problemas internos, enquanto há uma discussão nos Estados Unidos sobre quando o Federal Reserve (FED) começará a baixar a taxa de juros. Isso deve limitar o aumento nos preços das commodities e, consequentemente, diminuir a pressão sobre a autoridade monetária brasileira. 

 

Assim, é adequado manter a tendência de queda da Selic. No entanto, é necessário que haja garantias do governo de que será adotada uma política fiscal responsável e sustentável, pois a diminuição dos juros, somada uma política fiscal restrita, será a base para o crescimento diagonal da economia. Essa é uma condição fundamental para que o ciclo de queda não tenha de ser encerrado rapidamente. 

 

FecomercioSP

Regras de conduta para curtir o carnaval sem medo de errar

Pelos sexólogos Natali Gutierrez e Renan de Paula


Mais um carnaval se aproxima. Bloquinhos de rua, festas privadas, desfiles de escolas de samba e muita agitação prometem fazer parte desses dias de folia. 

Mas para que a festa seja completa, todos devem se lembrar que na hora da paquera o respeito e o consentimento são as peças fundamentais para uma troca em parceria. 

E para não restar duvidas, os sexólogos Natali Gutierrez e Renan de Paula, nomes à frente da Dona Coelha, deixam algumas dicas de conduta essenciais para curtir com responsabilidade, 

 

Natali Gutierrez

1. Não seja inconveniente, sempre respeite o espaço das outras pessoas;

2. Aceitar que não, significa não. Não insista ou pense que o não é um talvez, mais uma vez, não é não!;

3. A simpatia não significa querer te beijar, não confunda o momento de alegria como vantagem para suas vontades;

4. Dê espaço para a pessoa, não fique cercando, fazendo comentários desagradáveis ou limitando o espaço de circulação dela;

5. Entender se a vibe da pessoa é a mesma que a sua.

 

Renan de Paula

1 - Respeite e sempre peça consentimento. Isso significa que você deve sempre obter consentimento explícito antes de fazer qualquer ato sexual, seja com uma pessoa que você conhece ou não;

2- Seja consciente, você é responsável por suas ações, leve com você e sempre use camisinha;

3- É extremamente proibido em qualquer ocasião, assédio sexual ou qualquer comportamento que possa causar desconforto ou desrespeito às outras pessoas;

4- Não julgue, critique ou duvide da orientação sexual dos outros. Cada pessoa tem o direito de fazer suas próprias escolhas. Discriminação é crime;

5- Seja consciente dos seus comportamentos e atitudes e evite perpetuar estereótipos de gênero negativos;

6- Seja consciente dos seus limites e não exagere na bebida. 


Agora é colocar em prática as dicas e regras de conduta dos sexólogos Natali Gutierrez e Renan de Paula e curtir em grande estilo a folia do Carnaval.


Tarifas ocultas em transações de envio de dinheiro no Brasil podem chegar a 6% do valor do câmbio médio de mercado, revela Wise

 Análise mostra que agentes de câmbio ocultam tarifas de diferentes maneiras; Wise traz petição global ao Brasil para cobrar mais transparência do mercado de câmbio


A Wise, empresa de tecnologia global que está desenvolvendo a conta mais internacional do mundo, divulgou hoje uma análise conduzida pela Alderson Consulting. O estudo revela que as tarifas ocultas em transações internacionais de dinheiro podem atingir até 6% do valor médio do câmbio de mercado. Além disso, a empresa traz ao Brasil a campanha #NadaaEsconder, que inclui uma petição global e visa cobrar pelo aumento da transparência do mercado de câmbio.

Para impulsionar a discussão sobre transparência em transações cambiais, o material lançado pela empresa avaliou sete prestadores de serviço de câmbio no Brasil, descobriu que essas instituições ocultam tarifas dos consumidores. Pedro Barreiro, Head de Banking da Wise para a América Latina, destaca a importância de mostrar essas tarifas e promover uma comunicação transparente de todos os custos das transações. “Os consumidores têm o direito de escolher serviços de maneira informada e consciente, sem manipulação do custo total por parte dos provedores”, afirma.



Tarifas ocultas disfarçadas de taxas de câmbio


O estudo verificou se as instituições financeiras apresentam de maneira clara todas as tarifas envolvidas no processo da transação. Os resultados revelaram que a maioria dos provedores utiliza taxas de câmbio infladas sem informar os usuários quais tarifas compõem essa taxa. O único custo geralmente destacado é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Alguns provedores incluem custos não identificados que podem chegar a 5.8% do valor do câmbio de mercado. Isso significa que, em um dos competidores analisados, há um custo extra de R$ 58,88 pago pelo cliente em uma operação de câmbio de 200 dólares americanos (equivalente a R$ 985,76).

Os provedores costumam ocultar essas tarifas de várias formas, seja apresentando-as como taxa de câmbio geral ou, em alguns casos, nem as mostrando. “Eles embutem custos no câmbio e não mostram isso ao consumidor. Isso requer atenção do consumidor ao valor do câmbio de mercado — aquele apresentado pelo Google ou por ferramentas especializadas, como a Reuters”, alerta Barreiro.

Ao compartilhar essa análise, a Wise reforça a importância de uma abordagem integrada no combate às tarifas ocultas em pagamentos internacionais. “Com isso, esperamos que mais tomadores de decisão e consumidores em todo o país observem o impacto prejudicial dessas práticas na saúde financeira dos brasileiros e se juntem ao objetivo de tornar esse mercado mais transparente ao colocar em prática medidas efetivas que beneficiem o entendimento do usuário com relação à estrutura de tarifas adotada”, conclui.



Legislação brasileira e desafios na transparência das taxas de câmbio

Em meio às discussões sobre transparência no mercado cambial, no Brasil, a Lei de Câmbio (Lei nº14.286/2021), que entrou em vigor em 2022, trouxe inovações significativas. No entanto, persistem desafios na garantia de uma transparência genuína nos custos de pagamentos internacionais. Isso cria espaço para a ocultação de possíveis margens de lucro, mantendo as taxas inflacionadas e desestimulando a concorrência para a redução dos custos dessas transações.

A Zetta, na condição de associação que representa empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros digitais, é vigilante em relação a quaisquer distorções no mercado de pagamentos e financeiro brasileiro. “A missão da nossa entidade é promover competição, inovação e inclusão no setor financeiro. É imperativo, portanto, que as empresas atuantes no mercado de câmbio sejam ainda mais transparentes quanto aos custos incorridos em transferências e pagamentos transnacionais, e que o consumidor tenha mecanismos claros, rápidos e seguros para contestar eventuais problemas e abusos”, afirma Fernanda Garibaldi, diretora-executiva da Zetta.

Barreiro enfatiza a importância de expor a falta de transparência na indústria. “A petição da Wise busca não apenas conscientizar, mas também catalisar mudanças para garantir que os brasileiros tenham acesso a informações claras e justas ao realizar transações internacionais”, explica o executivo.



Como o consumidor pode se proteger para evitar tarifas ocultas em transações internacionais?


Algumas recomendações da Wise para que os consumidores se atentem às tarifas ocultas são:


· Revisão do Custo Total: certifique-se de que o provedor ofereça a oportunidade de revisar o custo total da transação antes de efetuar o pagamento. Isso garante transparência e permite que o consumidor tome decisões informadas.

· Desconfiança de "Tarifa Zero": não se deixe enganar por ofertas de "tarifa zero". Muitas vezes, essas ofertas podem esconder custos extras nas letras miúdas ou inflar a taxa de câmbio. É fundamental analisar todas as condições antes de realizar a transação.

· Taxa de Câmbio de Mercado: prefira serviços que ofereçam a taxa de câmbio de mercado. Muitos provedores não convertem o dinheiro na taxa apresentada pelo Google ou Reuters. Buscar serviços que utilizem a taxa de câmbio real contribui para evitar surpresas desagradáveis..

“Na Wise trabalhamos para promover a transparência global nos preços. Eliminar tarifas ocultas é crucial para essa missão, permitindo que mais pessoas movimentem e gerenciem seu dinheiro de maneira conveniente, transparente e acessível”, finaliza Barreiro.


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