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sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Veja 5 dicas para cuidar de sua saúde mental em época de vestibular

 

Especialista da rede de educação Cebrac traz dicas de como preservar
 sua saúde mental em época de provas importantes.
 Unsplash

 A presença de psicólogos dentro dos centros de ensino pode ajudar os alunos em períodos de exames importantes

 

O ano de 2023 está chegando ao fim, e com isso, uma grande onda de preocupação e ansiedade toma conta dos estudantes devido aos exames finais e vestibulares. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Datafolha, a pedido do Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), na visão dos pais, cerca de 34% dos jovens alunos possuem dificuldades em controlar suas emoções e outros 24% se sentem sobrecarregados. Dessa forma, manter os cuidados pessoais com a saúde mental se torna indispensável. 

Na visão de Jefferson Vendrametto, Diretor de Relações Institucionais da rede de educação Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos), o esgotamento mental pode influenciar no desempenho dos estudantes em suas provas finais e vestibulares. “O bem-estar em momentos importantes na vida de um aluno, como grandes exames, é extremamente importante. Sentir-se ansioso ou emocionalmente pressionado pode levar à instabilidade psicológica e, consequentemente, a resultados negativos nos vestibulares”, afirma Jefferson. 

A presença de profissionais especializados em saúde mental nos centros de ensino são pontos cruciais no processo de ajuda e amparo aos estudantes, principalmente dos vestibulandos. Em conjunto com os educadores, esse profissional desenvolve ações que promovem o bem-estar psicológico dos alunos, evitando, assim, o excesso de estresse e melhorando a aprendizagem. Entretanto, segundo o levantamento feito pelo GLOBO, baseado nos dados do Censo Escolar de 2022, o número de psicólogos dentro das escolas da rede pública de ensino corresponde a apenas 0,05% dos estudantes matriculados, ou seja, menos de 0,1%: são 24.434 profissionais para 47,4 milhões de alunos dos ensinos infantil, fundamental e médio. 

Pensando na falta de psicólogos e profissionais qualificados para cuidarem da saúde mental dos estudantes nesse período de exames e vestibulares, Jefferson Vendrametto, Diretor de Relações Institucionais do Cebrac, traz 5 dicas sobre como cuidar de sua saúde mental para se sair bem nos testes finais:

 

  1. Tenha o sono em dia: durante a noite, o cérebro executa muitas funções necessárias para o bom funcionamento durante o dia, o que ajuda muito no aprendizado. Dormir bem faz parte de uma boa rotina de estudos.
     
  2. Respeite seu tempo: dependendo do seu objetivo, principalmente quando se trata de vestibulares, pode ser que atingi-los leve mais tempo do que as metas de outras pessoas. O mais importante é ter consciência de seus desafios e quanto tempo você pode levar para enfrentá-los.
     
  3. Se exercite: a atividade física é uma das alternativas para melhorar a sua saúde mental. Ao finalizar uma série de exercícios, o corpo produz um hormônio chamado endorfina, responsável por proporcionar uma sensação de bem-estar e prazer.
     
  4. Lembre-se do seu lazer: seja assistir séries, sair com amigos ou ouvir música, seus hobbies também são importantes. Eles te ajudam a relaxar e, dessa forma, melhoram a sua saúde mental.
     
  5. Tenha ajuda psicológica: identificar e entender os seus sentimentos com ajuda de um psicólogo, é uma das chaves para ter uma saúde psíquica ainda melhor. Esse profissional irá te escutar e auxiliar da maneira mais qualificada possível. Procure ajuda.

 

Durante o período preparatório para grandes vestibulares e provas, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Cebrac realizará lives abertas ao público para os estudantes terem mais uma base de estudos e se sentirem ainda mais preparados para essa época de exames importantes. 


CEBRAC
https://cebrac.com.br/


Hematologista alerta para o risco de doenças cardiovasculares e a trombose


O Dia Mundial da Trombose quer ampliar o conhecimento da
 população sobre essa doença silenciosa



            O aumento da esperança de vida e o crescimento da população mundial durante o século 20 estão associados a uma transição de doenças infecciosas para doenças não transmissíveis como as principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo, sendo as doenças cardiovasculares como um dos principais fatores. A trombose é a patologia subjacente mais comum dos três principais distúrbios cardiovasculares: doença cardíaca isquêmica (síndrome coronariana aguda), acidente vascular cerebral e tromboembolismo venoso (TEV).

            No Dia Mundial da Trombose, 13 de outubro, ainda assusta o número de pessoas que morrem em função dessa complicação em todo o mundo. Um em cada 4 pacientes morrem por trombose, doença silenciosa que se manifesta quando ocorre a formação de coágulos potencialmente fatais nas artérias ou veias. Os coágulos de sangue, normalmente, ocorrem nas veias da perna (Trombose Venosa Profunda - TVP), que podem se fragmentar e chegar através da circulação até os pulmões e causar a Embolia Pulmonar (EP).

            O médico hematologista, patologista clínico e CEO do Laboratório São Paulo, Daniel Dias Ribeiro, revela que a incidência de trombose é de mil pessoas por 1 milhão na população mundial. “Se olhar a trombose cerebral, são 10 a 20 casos por 1 milhão por ano. Em situações no dia a dia, temos os casos de trombose, como voos com mais de 8 horas de duração – 217 casos para 1 milhão de pessoas. O uso de anticoncepcional oral – 5 mil casos para cada 1 milhão de pessoas que usam o medicamento”, acrescenta.

            O problema também passou a ser lembrado com a pandemia da Covid-19, lembra o médico hematologista.  De acordo com ele, é alta a incidência de trombose nos pacientes que têm casos graves da Covid-19 e chegam em 20% a 30% aqueles que estão em CTI. “A vacinação é muito importante para impedir a ocorrência do problema. Ter Covid grave traz muito mais riscos de ter trombose do que tomar vacina contra a doença”, alerta Daniel Ribeiro.

            O CEO do Laboratório São Paulo informa que algumas doenças, como o câncer, também são fatores de risco. “Pacientes com câncer também estão mais sujeitos às tromboses venosas ou arteriais em razão das cirurgias, internações, infecções, tratamentos e de outros fatores específicos da doença”, explica ele.

            “Felizmente, apesar dos altos índices de complicações, o problema pode ser prevenido” informa Daniel Ribeiro. Nunca é demais alertar à população sobre os fatores de risco para trombose, como: as internações hospitalares, uso de medicações contendo estrógenos, acidentes e traumatismos, histórico familiar, imobilização prolongada, obesidade, cirurgia, câncer, gestação, puerpério e tabagismo.
A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) lançou uma campanha com três focos para conscientizar a população e prevenir os eventos trombóticos: 

            - Pacientes hospitalizados: cerca de 60% de todos os eventos trombóticos venosos ocorrem durante, ou nos 90 dias que se seguem a uma internação hospitalar. Sendo assim, representam uma das principais causas de morte relacionadas a internação hospitalar passível de prevenção.

            - Pacientes com câncer: esses apresentam maior risco de tromboses tanto venosas quanto arteriais. As tromboses venosas em pacientes com câncer resultam em aumento da necessidade de internações e aumento da morbimortalidade, além disso a prevalência de recorrência de trombose neste grupo de pacientes é maior que na população geral a despeito do tratamento.

            - Pacientes com COVID-19: estes pacientes apresentam risco aumentado para tromboembolismo venoso, além de alterações ainda não completamente compreendidas no balanço hemostático local (pulmões) e sistêmico. O reconhecimento deste risco é fundamental para o manejo intrahospitalar destes casos.

Sinais e Sintomas

            Os sinais e sintomas da trombose também devem ser observados/conhecidos e buscar o tratamento médico no caso da manifestação é essencial para diminuir os riscos relacionados aos eventos. Entre eles, estão: dor ou desconforto na panturrilha ou coxa, aumento da temperatura e inchaço da perna, pés ou tornozelos, vermelhidão e/ou palidez, sensações e/ou falta de ar, dor no peito (que pode piorar com a inspiração), taquicardia, tontura e/ou desmaios.

            Para finalizar, o médico acrescenta que sempre é bom lembrar quais as medidas devem ser adotadas para evitar a trombose: hidratação diária; não ficar sentado muito tempo (trabalho, viagens e pós-cirurgias); fazer atividade física, pelo menos, três vezes por semana; preferir roupas e sapatos confortáveis; ter uma alimentação balanceada; evitar fumar e bebidas alcoólicas.



Alerta: AVC pode causar quase 10 milhões de mortes/ano, até 2050, com custo anual de US$ 2 tri

 

Freepik

Estudo da World Stroke Organization foi publicado na The Lancet Neurology e pontua ações urgentes para reversão do cenário

 

Estudo da Comissão da Revista Científica Lancet Neurology em parceria com a World Stroke Organization (WSO), publicado no fim da tarde de segunda-feira (9/10), no The Lancet Neurology - uma das mais respeitadas revistas científicas - trouxe uma estimativa preocupante: o Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode causar quase 10 milhões de mortes anualmente, até 2050, principalmente em países de baixa e média renda. A pesquisa ressalta, ainda, que o cenário custará até US$ 2 trilhões por ano. A WSO é presidida pela neurologista e pesquisadora Sheila Martins, que também está à frente da Rede Brasil AVC e foi uma das principais autoras do estudo. Em território brasileiro, o AVC já matou, neste ano, mais de 82 mil pessoas.

 

O relatório será lançado no Congresso Mundial de AVC, que acontecerá de 10 a 12 de outubro, em Toronto, no Canadá. Para chegar às projeções, 12 especialistas em AVC, de seis países de alta renda e seis de baixa e média renda, utilizaram métodos de estudo da Carga Global de Doenças (Global Burden of Diseases). Eles preveem que, em 2050, 91% das mortes por AVC ocorrerão em países de baixa e média renda. Do ponto de vista econômico, os gastos com tratamento, reabilitação e custos indiretos do AVC podem aumentar de US$ 891 milhões em 2020 para US$ 2,3 bilhões em 2050.

 

“O número de pessoas que sofrem um AVC, morrem ou permanecem incapacitadas pela doença em todo o mundo aumentou, quase duplicou nos últimos 30 anos. A doença, porém, é altamente evitável e tratável, desde que sejam implementadas soluções, as quais pontuamos neste estudo”, ressalta Sheila. “Implementar e acompanhar todas as recomendações que a da WSO/ Comissão da Lancet Neurology traz nessa pesquisa, que têm uma base sólida de evidências, é ação capaz de levar a uma redução significativa dos casos de AVC”, completa.

 

A presidente da WSO salienta que, se as tendências atuais se mantiverem, um dos principais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da OMS (Organização Mundial de Saúde) não serão alcançados. “Uma das metas é reduzir as 41 milhões de mortes prematuras causadas por doenças não- transmissíveis, incluindo o AVC, em um terço até 2030. Alcançar esse objetivo exige US$ 140 milhões em novas despesas entre 2023 e 2030, no entanto, os benefícios financeiros com a redução dos casos e seus impactos superam esse valor”, pontua.

 

Barreiras e Ações - Entre as principais barreiras identificadas pelo estudo, estão a falta de consciência da população sobre o AVC e os seus fatores de risco, que incluem hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, obesidade, alimentação inadequada, sedentarismo e tabagismo, além de dados limitados de monitoramento desses fatores e de uma gestão efetiva de combate ao problema. “As organizações que atuam com o tema, como a Rede Brasil AVC, por exemplo, têm papel importante para auxiliar com estratégias que desenvolvam a capacidade para o amplo acesso à prevenção e aos cuidados e investigação do AVC”, destaca Sheila.

 

Os pesquisadores elencaram no estudo ações que precisam ser executadas no enfrentamento à questão, entre as quais:

 

- Estabelecer sistemas de vigilância de baixo custo para fornecer dados epidemiológicos precisos sobre o AVC para orientar a prevenção e o tratamento;

 

- Aumentar a conscientização pública e tomar medidas para melhorar o estilo de vida saudável ​​e prevenir o AVC através da utilização, junto a toda a população, de tecnologias móveis e digitais, como vídeos e aplicativos de conscientização;

 

- Priorizar o planeamento eficaz dos serviços de cuidados de AVC agudo, capacitação, formação, fornecimento de equipamento apropriado, tratamento e medicamentos acessíveis, e atribuição de recursos a nível nacional e regional;

 

- Adaptar recomendações baseadas em evidências aos contextos regionais, incluindo formação, apoio e supervisão de agentes comunitários de saúde para ajudar nos cuidados de longo prazo do AVC;

 

- Estabelecer ecossistemas locais, nacionais e regionais envolvendo todas as partes interessadas relevantes para co-criar, co-implementar a monitorização, prevenção, cuidados agudos e reabilitação para reduzir a carga global de AVC.

 

Falta de financiamento e recomendação - Um dos entraves para a implementação de ações para o enfrentamento ao AVC é a falta de financiamento. A WSO/Comissão da Lancet Neurology recomenda a introdução de regulamentos legislativos, além de impostos sobre produtos prejudiciais à saúde, ​​como sal, bebidas alcoólicas, produtos com gorduras trans, entre outros. Os pesquisadores argumentam que a medida reduziria o consumo desses itens e, consequentemente, o número de casos de AVC e outras importantes doenças não-transmissíveis.

 

A ação traria, ainda, segundo os autores da pesquisa, receita suficiente para financiar programas, serviços de prevenção de AVC e outras doenças graves, além de reduzir a pobreza, a desigualdade na prestação de serviços de saúde e melhorar o bem-estar da população.

 

“As lacunas nos serviços de AVC em todo o mundo são catastróficas. Precisamos de uma melhoria urgente agora, não daqui a 10 anos. A WSO está empenhada em apoiar e acelerar a implementação global destas recomendações, através de seu Grupo de Trabalho de Implementação, com especialistas em AVC, para enfatizar às autoridades as medidas de prevenção e cuidados, além de contribuir com programas educacionais”, disse. Já por meio do Global Stroke Alliance, reunião de implementação de grande impacto organizada pela WSO desde 2020, continuaremos com as discussões em todo o mundo, facilitando a comunicação entre os especialistas em AVC e os responsáveis pela elaboração das políticas públicas, dando apoio técnico aos governos para a elaboração de planos nacionais para o AVC e a inclusão dos cuidados de AVC nos pacotes de cobertura universal de saúde”, conclui.

 



World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC)
www.world-stroke.org/



Rede Brasil AVC
www.redebrasilavc.org.br


Uso excessivo de telas pode causar “demência digital”; neurocirurgião comenta

Crédito: Canva 
Dr. Antônio Araújo, da Clínica Araújo & Fazzito, comenta os malefícios do vício digital, que vem aumentando em todas as idades e impacta no desenvolvimento cerebral e na educação


Com o passar dos anos, vemos que o uso excessivo de telas vem aumentando, independente da idade. O vício, que parece inofensivo, pode gerar diversos problemas ao longo do tempo. Essa preocupação ganha destaque devido ao crescente uso de telas por crianças, adolescentes e adultos, levantando questões sobre os impactos no desenvolvimento cerebral e na educação. 

De acordo com uma pesquisa realizada com crianças pelo Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil de Alberta (Canadá), o uso de telas aumentou mais de 50% desde o ano de 2020, correspondendo a um acréscimo de uma hora e vinte minutos em média. 

O neurocirurgião Dr. Antônio Araújo, da Clínica Araújo & Fazzito e membro do Corpo Clínico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, alerta para os perigos do mau uso de dispositivos eletrônicos, popularmente conhecido como "demência digital", que afeta o rendimento cognitivo dos usuários.
 

Diminuição do rendimento cognitivo 

O uso excessivo de telas, principalmente em idades precoces, está relacionado à diminuição da função cognitiva. Crianças e adolescentes expostos a dispositivos eletrônicos têm dificuldades em manter a atenção na sala de aula, ler regularmente - com estatísticas indicando que apenas 30% das crianças do ensino fundamental leem diariamente -, e desenvolver habilidades de memorização. 

“A exposição precoce a telas oferece estímulos intensos em termos de cores e sons, tornando desafiador competir pela atenção dessas crianças em ambientes educacionais tradicionais. Isso leva a uma geração de crianças distraídas e com dificuldades de aprendizado”, alerta o médico.

 

Impacto na memória e concentração 

Além da distração, a dependência digital também afeta a memória e a concentração. 

“Informações consumidas de maneira superficial e sem conexões emocionais tendem a ser esquecidas rapidamente. A memória eficaz depende da associação de informações e do vínculo emocional com o conteúdo”, explica.

 

Atrofia cerebral e déficit de tela 

A exposição excessiva às telas pode levar a atrofia cerebral, afetando áreas responsáveis pela memória e concentração. “Esse processo pode ser acelerado, especialmente em crianças e adolescentes, que passam em média 45% do tempo de vigília em frente a telas. No longo prazo, isso pode resultar em perda neuronal significativa.” 

“Outro fenômeno observado é o "déficit de tela" na educação, onde a aprendizagem através de telas retém apenas cerca de 5% do conteúdo em comparação com a aprendizagem presencial, criando um desafio significativo para a educação.”, complementa o Dr. Araújo.
 

Impacto na Geração Z 

Embora a geração Z, nascida entre 1990 e 2010, tenha crescido em um ambiente digital, qualquer geração que desenvolva uma dependência digital está em risco. O que importa é o nível de envolvimento e atenção dedicado às telas, aplicativos e redes sociais. 

“Não é porque a geração Z cresce juntamente à tecnologia que eles possuem uma facilidade maior para o vício. Independente da idade, se você dedica muito tempo às telas, você está suscetível a isso”, esclarece o neurocirurgião.

 

Recomendações para um uso saudável 

Para reduzir esses efeitos negativos, é importante estabelecer limites para o uso de dispositivos eletrônicos. Recomendações da Sociedade Americana de Pediatria incluem: 

Abaixo de 6 anos: Proibir o uso de telas.

Entre 6 e 12 anos: Limite diário de 30 minutos a 1 hora.

Acima de 13 anos: Limite diário de 2 horas.

Redes sociais: Apenas acima de 16 anos de idade. 

Além disso, é fundamental evitar o uso de telas antes da aula e antes de dormir, retirando a tela pelo menos duas horas antes de dormir. Evitar a presença de televisão no quarto e monitorar cuidadosamente o conteúdo acessado por crianças e adolescentes são medidas cruciais. 

“O uso responsável de dispositivos eletrônicos é essencial para proteger a saúde cognitiva das gerações atuais e futuras, bem como para garantir um desenvolvimento educacional saudável e produtivo”, finaliza.

 

Clínica Araújo e Fazzito - Localizada em São Paulo, é especializada no atendimento ao paciente neurológico, oferece tratamento abrangente.


Fake news sobre mamografia: campanha outubro rosa ganha nova urgência em meio a desinformação

 Alerta falso associa exame de rastreamento a disseminação do câncer no lugar de prevenção contra a doença


Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram estimados cerca de mais de 65 mil casos de câncer de mama no Brasil em 2022. O tipo da doença é o mais comum entre as mulheres brasileiras com uma taxa de 43,74 casos por 100.000 mulheres. Em meio a esse cenário preocupante, fake news (notícias falsas) questionam a confiabilidade do exame de mamografia, responsável por detectar com maior precisão os casos da enfermidade. 

O cenário de desinformação é marcado por declarações que afirmam que o exame de mamografia, feito com tecnologia de raio X, provoca câncer nas pessoas. Outra inverdade sobre o assunto ressalta que a compressão das mamas necessárias para a realização do exame também contribui para o cenário da doença. A professora de medicina da Unigranrio-Afya, Clara Carvalho, vê como alarmante a circulação desses conteúdos entre a população, especialmente no âmbito digital. A profissional especializada em oncologia informa que não realizar o exame contribui para uma detecção tardia, que dificulta o tratamento da doença. 

“O risco de câncer radiogênico da mamografia é completamente desprezível. A compressão da mama é essencial para qualidade do exame, pois reduz a espessura da mama e evita que ela se mova durante o processo. O câncer de mama ainda mata muito no Brasil porque muitas mulheres já chegam em estadiamento [estadiar um caso de câncer significa avaliar seu grau de disseminação] avançado para o tratamento. Poucas pessoas procuram a orientação médica no momento e, além disso, práticas de autoexame não são divulgadas como deveriam”, conta Clara. 

Segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia, em parceria com a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, menos de 25% da população-alvo brasileira consegue fazer a mamografia no SUS. Os estudos que validaram a mamografia como método de rastreamento demonstraram efetividade quando 70% ou mais realizava a mamografia. 

O autoexame é caracterizado pela realização de movimentos circulares ao redor da mama a fim de identificar possíveis nódulos cancerígenos. Clara, no entanto, afirma que as mulheres devem realizar mamografias com frequência anual, antes mesmo de identificar qualquer irregularidade nos próprios seios. 

“O importante é realizar o rastreamento das lesões pré-clínicas, ou seja, antes de se tornarem palpáveis. Grande parte da população adota o senso comum de ‘vou fazer o exame para que? Não vou ficar procurando doença’, mas a mamografia é fundamental para a saúde feminina. É melhor iniciar o tratamento para câncer com um nódulo de 2cm do que com um de 6 cm”, conta a médica da Unigranrio. 

No que diz respeito a necessidade de radiação para a efetuação do exame, quando utilizadas técnicas adequadas e aparelhos calibrados, a dose de radiação em um exame de mamografia fica dentro dos limites considerados seguros. Além disso, outros fatores devem ser levados em consideração, como: risco hereditário, genético, epidemiológico e constitucional (mamas densas). 

Outra fake news sobre o tema afirma que a radiação pode aumentar a probabilidade de um câncer de tireoide. No entanto, o Congresso Brasileiro de Radiologia (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasco) não recomendam o uso de protetor de tireoide no exame de mamografia, pois pode interferir no adequado posicionamento da mama, o que reduz a qualidade das imagens e leva à necessidade de repetição de incidências de raio X, aumentando as doses de radiação recebidas pelos pacientes. 

“É verdade que a radiação ionizante pode aumentar o risco de desenvolver qualquer câncer, porém, em doses muito maiores do que as utilizadas na mamografia. Sobre a proteção da tireoide, segundo dados da Fiocruz, menos de 1 caso de alteração de tireoide foi identificado a cada 17 milhões de mulheres que realizaram mamografia anual entre 40 e 80”, afirma Clara. 

A prevenção contra o câncer de mama está principalmente relacionada a hábitos que proporcionam qualidade de vida. O controle da obesidade e do estresse, associados ao não consumo de produtos derivados de tabaco e o consumo moderado de álcool contribuem para uma menor possibilidade de desenvolver a doença. Já os fatores vinculados a predisposição genética não podem ser minimizados, já que indivíduos com repetidos casos familiares de câncer devem ficar atentos aos sinais do próprio corpo e manter acompanhamento médico.

 

Audiologia: uma especialidade cada vez mais demandada pela Medicina

Envelhecimento da população e a maior incidência de distúrbios auditivos e de equilíbrio fortalecem esse segmento da área da Fonoaudiologia

 

Neste mês de outubro é comemorado o Dia Internacional do Audiologista, profissional da área da Fonoaudiologia que estuda, sobretudo, a audição e o equilíbrio. Trata-se de uma especialidade cada vez mais demandada em razão do crescimento da população idosa e dos problemas relacionados a distúrbios do aparelho auditivo.

Em São Paulo (capital), a estimativa é que haja mais de 12 mil audiologistas atuantes, especialmente em clínicas e hospitais, a exemplo do Hospital Paulista – uma das maiores referências do país em saúde de ouvido, nariz e garganta.

"Para nós, que atuamos especificamente na área de Otorrinolaringologia, os audiologistas são essenciais e parte fundamental dos protocolos de atendimento nos diagnósticos de qualquer sintoma de alteração da audição e do equilíbrio. É uma parceria sempre necessária", explica o Dr. José Ricardo Gurgel Testa, que atua cotidianamente com uma equipe profissionais dessa área, no HP.

Uma dessas profissionais é a fonoaudióloga Silvia Roberta Gesteira Monteiro, que destaca a forte ligação que existe entre as atividades de otorrinolaringologista e audiologista.

"São profissões que trabalham com as mesmas regiões do corpo humano, se complementam e trabalham lado a lado. A atividade profissional, quando desenvolvida em equipe multiprofissional, contribui para acelerar o diagnóstico e o processo de habilitação e reabilitação dos indivíduos com queixas auditivas e/ou vestibulares, otimizando os resultados e a qualidade de vida", ressalta.

A quem deseja seguir nessa especialidade, Silvia explica que o grande desafio é estar constantemente atualizado em relação às novas tecnologias presentes na Medicina, haja visto que o trabalho envolve a realização de exames especializados.

"Importante que a pessoa tenha o hábito de estudar constantemente, com o intuito de acompanhar o surgimento de novas tecnologias e desenvolver suas atribuições. Também é importante ter uma boa habilidade de relacionamento, tendo em vista a grande interface com o público nos exames e demais procedimentos", afirma.



Saiba mais

Atualmente, no mundo, estima-se que 466 milhões de pessoas sofram de perda auditiva, sendo que, deste total, 34 milhões são crianças. Isso reforça a importância do audiologista na identificação de problemas ligados à capacitação, percepção e interpretação de estímulos sonoros de diferentes fontes.

Os profissionais dessa área têm a importante missão de diagnosticar e tratar de tais disfunções, além de desenvolver trabalhos de pesquisa e especialização. Na área clínica, que é o caso do Hospital Paulista, eles atuam na realização de exames especializados, como a audiometria tonal (que avalia o grau de audição do paciente em relação a sons emitidos em diversas frequências) e a audiometria vocal (que avalia a capacidade que o paciente possui para entender a voz humana).

Também são essenciais para a realização da impedanciometria (exame usado no diagnóstico de problemas da audição); análise de otoemissões acústicas (exame auditivo que serve para a detecção de alterações auditivas); análise de processamento auditivo central (que avalia como o cérebro analisa e interpreta as informações que o indivíduo escutou); e avaliação vestibular por meio de vectonistagmografia ou videonistagmografia, procedimentos que observam a função do labirinto.



Reabilitação

Os audiologistas também atuam diretamente na reabilitação dos pacientes com perda auditiva, por meio do aconselhamento e do acompanhamento contínuo de todas as etapas de tratamento.

“A quem se interessa pelos distúrbios de audição e do equilíbrio, a audiologia é uma área que tem uma interface muito grande com esses temas. Isso também inclui os distúrbios da memória e o processamento auditivo, que também são temáticas vinculadas a essa especialidade da Fonoaudiologia”, finaliza o Dr. Testa.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia



A importância da colonoscopia em mulheres acima de 50 anos

O rastreamento para o câncer colorretal é indicado, na maioria dos casos, a partir dessa idade

 

A colonoscopia é um exame médico utilizado para avaliar o interior do cólon (intestino grosso) em busca de anomalias. É recomendado em caso de sintomas como sangramento nas fezes, diarreia, intestino preso, dor abdominal e outros.

“Diversas doenças podem ser diagnosticadas por meio da colonoscopia, entre as quais os pólipos de cólon, câncer colorretal, doença inflamatória intestinal, doença diverticular, hemorroidas, obstruções ou estreitamentos no intestino”, explica a Dra. Bruna Merlo, ginecologista do Hospital Albert Sabin (HAS).

Para a realização do exame é necessário preparo do paciente, que consiste em seguir dieta líquida, uso de laxantes, ou soluções específicas no dia anterior. É orientado, também, o jejum algumas horas antes, pois, ajuda a limpar o intestino, sendo essencial para que o médico tenha uma visão clara durante a colonoscopia.

“No caso das mulheres, a recomendação médica para a realização da colonoscopia varia de acordo com alguns fatores como a história pessoal e familiar da paciente e presença de fatores de risco para câncer colorretal. Em geral, o rastreamento para esse tipo de câncer é indicado a partir dos 50 anos, em alguns casos, mulheres com fatores de risco aumentados devem começar antes”, diz a médica.

Quanto à frequência da realização do exame nessa faixa etária, em mulheres que possuem baixo risco para câncer colorretal, a recomendação para realização é a cada 10 anos, desde que o exame inicial feito aos 50 anos esteja normal. Ademais, pacientes que possuem alto risco, isto é, presença de histórico familiar ou pessoal de câncer colorretal, existência de pólipos de cólon em exames anteriores ou serem portadoras de doenças inflamatórias intestinais, como Doença de Crohn e colite ulcerativa, a indicação é de intervalos menores, sempre com o acompanhamento do médico especialista, no caso o gastroenterologista, que acompanha a paciente.

A realização da colonoscopia é relativamente simples e rápida, sendo o paciente anestesiado durante o procedimento, colocado de lado, e um tubo flexível, chamado colonoscópio, é inserido pelo ânus e guiado através do cólon (intestino grosso). Uma câmera na extremidade do aparelho transmite imagens do interior do intestino para um monitor, permitindo que o médico examine o interior do órgão, e faça diagnóstico de possíveis doenças. Finalizado o exame, o paciente é monitorado até passar os efeitos da anestesia, e recebe alta.

“A realização da colonoscopia é de fundamental importância para a saúde da mulher, visto que auxilia na detecção e tratamento precoce de doenças, contribuindo significativamente com a manutenção da boa saúde feminina”, finaliza a Dra. Merlo.

 


HOSPITAL ALBERT SABIN
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Link vídeo 50 anos: https://youtu.be/uNoHjdPVMVI
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Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP
Central de atendimento: (11) 3838 4655


Estudo com terapia celular para Parkinson avança após resultados bem sucedidos


 

Pesquisadora principal do estudo afirmou que os resultados da fase I foram encorajadores 

 

Um estudo sobre a utilização de uma terapia celular experimental contra Parkinson, apresentado no Congresso Internacional de Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento (MDS) de 2023 concluiu sua primeira fase de testes com ótimos resultados.

 

O estudo foi realizado em Copenhague, na Dinamarca com 12 indivíduos com Parkinson utilizando o Bemdaneprocel, uma terapia celular baseada em células tronco pluripotentes para substituir os neurônios produtores de dopamina perdidos após a doença, o que, segundo Clarie Henchcliffe, presidente do Departamento de Neurologia e pesquisadora principal do estudo gerou dados “extremamente encorajadores".

Os pacientes com a doença de Parkinson receberam transplantes cirúrgicos com duas doses diferentes: O primeiro grupo recebeu uma dose menor, (de 0,9 milhão de células) e a segunda, uma dose mais alta (2,7 milhões de células) do tratamento chamado Bemdaneprocel, que utiliza células-tronco pluripotentes para substituir as células nervosas perdidas na doença de Parkinson. 

Os resultados mostraram que os pacientes que receberam a dose mais alta tiveram uma melhora maior em seus sintomas em comparação com aqueles que receberam a dose menor. Exames de imagem também mostraram evidências de que as células transplantadas sobreviveram e funcionaram.

 

Terapia celular contra o Parkinson


De acordo com o neurocirurgião especializado em Parkinson, Dr. Bruno Burjaili, o uso de células-tronco poderia ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

 

As células-tronco sempre foram uma grande promessa, porém, a maior parte das evidências não tinha sido animadora. Vemos com otimismo os dados apontados por este estudo até o momento, sugerindo que essa terapia traga benefícios. Não devemos nos esquecer de que essa primeira fase foi usada para provar a segurança e a tolerabilidade da proposta de tratamento, e de que ainda precisaremos das fases seguintes. Elas deverão mostrar se o tratamento terá efeito clínico para impactar, na prática, a vida de quem sofre com a doença. Se tudo der certo, além do marca-passo cerebral e do ultrassom focalizado, nós da Neurocirurgia teremos mais uma modalidade de tratamento a oferecer, já que essas células precisam ser implantadas em regiões precisas do cérebro", afirma Dr. Bruno Burjaili.

 

 

Dr. Bruno Burjaili - Neurocirurgião funcional especialista em Parkinson


Quando é possível voltar a praticar exercícios físicos após uma cirurgia maxilofacial?

Dr. Rafael Evaristo, referência em cirurgia de rejuvenescimento facial, explica que atividade física é liberada, mas com certos cuidados

 

A cirurgia maxilofacial é um procedimento que envolve a reestruturação da face e da mandíbula, e o tempo de recuperação pode variar dependendo da extensão da cirurgia. Dr. Rafael Evaristo (CRO 12231 SC), cirurgião bucomaxilofacial e referência no País em cirurgia de rejuvenescimento facial, explica que o paciente que passa pelo procedimento pode voltar a fazer atividades físicas depois de 15 dias do pós-operatório, mas o exercício ainda terá certos limites. 

“Nos primeiros 15 dias após o procedimento, pedimos ao paciente um pequeno intervalo dos exercícios físicos, com repouso para ele se recuperar bem da operação. Depois disso, o paciente pode voltar a fazer uma atividade física leve e moderada como uma caminhada, musculação de membros inferiores. Já a parte superior que exige dos músculos peitoral, ombro e costas é recomendado voltar a exercitar três semanas, após o procedimento”, explica o especialista. 

Evaristo lembra que as orientações são personalizadas, cada paciente terá o seu limite e reação diferente no pós-operatório. “É importante que quem opte por fazer a cirurgia maxilofacial converse com o seu cirurgião antes de retomar as atividades físicas para evitar complicações no pós-operatório. Cada pessoa tem seu limite individual e cada esporte tem um tempo de recuperação para voltar à prática, é muito importante que o paciente fale com o cirurgião sobre a atividade que pratica para que o tempo seja determinado de forma personalizada”, orienta. 

Em caso de dor e inchaço durante as atividades físicas é recomendado a suspensão do exercício físico e a busca pelo cirurgião que fez o procedimento. “Preste atenção à dor e ao inchaço na área cirúrgica. Se sentir dor excessiva ou aumento do inchaço durante ou após o exercício, pare imediatamente e informe o seu cirurgião”, informa. 

Também é importante fazer uma dieta adequada para a evolução da recuperação. “Coma alimentos nutritivos. Mantenha-se bem hidratado, ainda mais se estiver realizando atividades físicas leves”, recomenda. 

À medida que o paciente progride na recuperação, exercícios de fortalecimento podem ser indicados pelo médico cirurgião. “Exercícios de fortalecimento e mobilidade específicos ajudam a restaurar a função normal da mandíbula e da face, por isso são importantes para o paciente”, finaliza.  



Dr. Rafael Evaristo - O cirurgião bucomaxilofacial, Dr. Rafael Evaristo (CRO 12231 SC) é uma referência no país em cirurgia de rejuvenescimento facial. Com clínicas nas cidades de Blumenau e Balneário Camboriú, ele é especialista na remoção de papada junto com a sustentação dos músculos da base do pescoço, por meio de técnicas minimamente invasivas e de rápida recuperação. Um profissional com 15 anos de estudos na área e mais de 2 mil cirurgias realizadas para tratar flacidez e remover a gordura facial, proporcionando uma melhora na autoestima e um rosto mais magro e jovem aos seus pacientes. Em breve, o cirurgião lança o Instituto Brasileiro de Cirurgia da Face (IBCF), centro de saúde dedicado a cirurgias estéticas na face. O projeto inovador traz o que há de mais moderno na área para cidade de Blumenau - SC. O IBCF é resultado do conhecimento de mais de 15 anos de carreira do seu idealizador e um corpo clínico de profissionais com ampla experiência em tratamentos cirúrgicos de emagrecimento e rejuvenescimento facial.
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Seis sinais de TDAH em crianças

  

Pesquisas que afirmam que cerca de 50% apresentam os sintomas que geram prejuízo na vida adulta
 

A neuropsicóloga Tammy Marchiori, com formação em neurociência por Harvard e especialização em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute, esclarece que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica frequentemente identificada na infância, influenciando a vida cotidiana da criança em ambientes como escola, casa e nas interações sociais. Entretanto, é importante destacar que muitas pessoas não recebem diagnóstico na infância. Mesmo nesses casos, é totalmente possível que o diagnóstico e tratamento sejam feitos na fase adulta, proporcionando melhor qualidade de vida e manejo dos sintomas. 

O TDAH, conforme Marchiori explica, é um transtorno que envolve desafios na regulação da atenção. Muitos que apresentam esse transtorno na infância continuam com sintomas na vida adulta. Estudos indicam que cerca de 40% a 50% das pessoas com TDAH na infância enfrentam dificuldades relacionadas ao transtorno na fase adulta, levando a desafios como risco aumentado de suicídio, problemas de relacionamento, consumo de substâncias e questões financeiras. Por isso, a identificação e intervenção precoces são fundamentais.

Algumas pistas para identificar o TDAH em crianças incluem:
 

Falta de atenção aos detalhes, erros por descuido em tarefas escolares ou domésticas, e desorganização;

Excesso de energia, falar demais ou inquietação constante;

Atitudes impulsivas, interrupções frequentes e impaciência;

Dificuldades na escola, baixo rendimento acadêmico e desafios no relacionamento com educadores e colegas;

Desafios para fazer e manter amizades;

Tendência a explosões emocionais, como raiva ou frustração.
 

Diante de tais sinais, Marchiori recomenda que os pais busquem apoio especializado. "O TDAH tem tratamento. Identificar e começar a intervenção cedo pode fazer uma diferença significativa na vida futura da criança", finaliza. 


Tammy Marchiori - Neuropsicóloga com aperfeiçoamento em neurociência em Harvard, especializada em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute. Membro da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia e da American Psychological Association (APA).

 


5 dicas da ciência que ninguém te conta para cuidar da sua saúde mental

Além dos cuidados básicos com alimentação, sono e exercícios físicos, existem hábitos positivos para a saúde mental que muitos sequer conhecem, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela  

 

Cuidar da saúde mental se tornou uma necessidade nos dias de hoje devido à grande quantidade de casos relacionados à saúde mental e emocional, fazendo com que alguns cuidados precisem ser tomados para prevenir e cuidar de problemas do tipo.

 

No entanto, de acordo com o Pós PhD em neurociências, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é possível cuidar da sua mente com alguns cuidados simples, mas pouco difundidos.

 

Quando se fala em cuidar da saúde mental existem alguns cuidados bastante conhecidos relacionados a dieta, descanso, exercícios, trabalho, entre outros. Mas não vou falar de alimentação, exercícios físicos e horas de sono que já batemos muito nesta tecla, gosto sempre de trazer algo novo para cuidados com saúde mental”. 

 

5 dicas que ninguém te conta para cuidar da saúde mental


1. Tomada de Decisão Consciente:Quando precisar fazer algo importante, tome a decisão rapidamente sem hesitar muito, isso fortalece a região do seu cérebro ligada à inteligência, o córtex pré-frontal, o que exercita a mente e fortalece a neuroplasticidade”.

 

2. Controle dos Pensamentos:Para afastar pensamentos negativos, distraia sua mente com tarefas que exijam concentração e te obrigue a pensar em outras coisas, isso ajuda a driblar pensamentos ruins”, afirma Dr. Fabiano de Abreu.

 

3. Evite Pessoas Tóxicas: Não se envolva com pessoas que têm comportamentos negativos, prejudiciais ou que afetam sua saúde mental. Isso não significa perder empatia, mas sim cuidar de si mesmo primeiro”, ressalta.

 

4. Entretenimento Positivo:Assista a filmes ou séries que estimulem pensamentos positivos e levem sua imaginação para lugares agradáveis, esses momentos ajudam tanto a se distrair, quanto a relaxar a sua mente”.

 

5. Reduza o Uso das Redes Sociais:Se você está buscando ajuda, saiba que as redes sociais podem ser prejudiciais. Considere reduzir ou abandonar temporariamente as redes e observe como isso pode melhorar sua vida em algumas semanas. Atualmente, as redes sociais são o principal gatilho para doenças mentais”, destaca Dr. Fabiano de Abreu.

 

 

 

Dr. Fabiano de Abreu Agrela - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e Genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society e Triple Nine Society. Autor de mais de 200 artigos científicos e 15 livros.

 

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