Envelhecimento da
população e a maior incidência de distúrbios auditivos e de equilíbrio
fortalecem esse segmento da área da Fonoaudiologia
Neste mês de
outubro é comemorado o Dia Internacional do Audiologista, profissional da área
da Fonoaudiologia que estuda, sobretudo, a audição e o equilíbrio. Trata-se de
uma especialidade cada vez mais demandada em razão do crescimento da população
idosa e dos problemas relacionados a distúrbios do aparelho auditivo.
Em São Paulo (capital), a estimativa é que haja mais de 12 mil audiologistas
atuantes, especialmente em clínicas e hospitais, a exemplo do Hospital Paulista
– uma das maiores referências do país em saúde de ouvido, nariz e garganta.
"Para nós, que atuamos especificamente na área de Otorrinolaringologia, os
audiologistas são essenciais e parte fundamental dos protocolos de atendimento
nos diagnósticos de qualquer sintoma de alteração da audição e do equilíbrio. É
uma parceria sempre necessária", explica o Dr. José Ricardo Gurgel Testa,
que atua cotidianamente com uma equipe profissionais dessa área, no HP.
Uma dessas profissionais é a fonoaudióloga Silvia Roberta Gesteira Monteiro,
que destaca a forte ligação que existe entre as atividades de
otorrinolaringologista e audiologista.
"São profissões que trabalham com as mesmas regiões do corpo humano, se
complementam e trabalham lado a lado. A atividade profissional, quando
desenvolvida em equipe multiprofissional, contribui para acelerar o diagnóstico
e o processo de habilitação e reabilitação dos indivíduos com queixas auditivas
e/ou vestibulares, otimizando os resultados e a qualidade de vida",
ressalta.
A quem deseja seguir nessa especialidade, Silvia explica que o grande desafio é
estar constantemente atualizado em relação às novas tecnologias presentes na
Medicina, haja visto que o trabalho envolve a realização de exames
especializados.
"Importante que a pessoa tenha o hábito de estudar constantemente, com o
intuito de acompanhar o surgimento de novas tecnologias e desenvolver
suas atribuições. Também é importante ter uma boa habilidade de
relacionamento, tendo em vista a grande interface com o público nos exames e
demais procedimentos", afirma.
Saiba mais
Atualmente, no mundo, estima-se que 466 milhões de pessoas sofram de perda
auditiva, sendo que, deste total, 34 milhões são crianças. Isso reforça a
importância do audiologista na identificação de problemas ligados à
capacitação, percepção e interpretação de estímulos sonoros de diferentes
fontes.
Os profissionais dessa área têm a importante missão de diagnosticar e tratar de
tais disfunções, além de desenvolver trabalhos de pesquisa e especialização. Na
área clínica, que é o caso do Hospital Paulista, eles atuam na realização
de exames especializados, como a audiometria tonal (que avalia o grau de
audição do paciente em relação a sons emitidos em diversas frequências) e a
audiometria vocal (que avalia a capacidade que o paciente possui para entender
a voz humana).
Também são essenciais para a realização da impedanciometria (exame usado no
diagnóstico de problemas da audição); análise de otoemissões acústicas (exame
auditivo que serve para a detecção de alterações auditivas); análise de
processamento auditivo central (que avalia como o cérebro analisa e interpreta
as informações que o indivíduo escutou); e avaliação vestibular por meio de vectonistagmografia
ou videonistagmografia, procedimentos que observam a função do labirinto.
Reabilitação
Os audiologistas também atuam diretamente na reabilitação dos pacientes com
perda auditiva, por meio do aconselhamento e do acompanhamento contínuo de
todas as etapas de tratamento.
“A quem se interessa pelos distúrbios de audição e do equilíbrio, a audiologia
é uma área que tem uma interface muito grande com esses temas. Isso também
inclui os distúrbios da memória e o processamento auditivo, que também são
temáticas vinculadas a essa especialidade da Fonoaudiologia”, finaliza o Dr.
Testa.
Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário