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terça-feira, 12 de setembro de 2023

Setembro Amarelo: como cuidar da saúde mental na fase dos vestibulares?

Samara Nabuco, psicóloga Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) do Curso Anglo dá dicas para os estudantes cuidarem da própria saúde mental em meio aos estudos

 

Em ano de vestibular, os estudantes vivenciam uma pressão distinta da que estavam habituados. A prova em questão engloba conteúdos de todo o Ensino Médio e, além disso, eles precisam enfrentar a competitividade em relação às vagas e cobranças internas e externas. Nesse momento desafiador, é crucial que os jovens e os educadores estejam com um olhar atento para a saúde mental e para o bem-estar no cotidiano.

 

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização para a prevenção do suicídio, compartilhando informações que auxiliam a preservar a saúde mental, como a identificação de situações de riscos para si e para os demais, além de fomentar reflexões sobre formas disponíveis de cuidados.

 

Essa prevenção deve acontecer durante o ano inteiro, mas aproveitando o mês da divulgação e a aproximação dos vestibulares, os jovens devem tirar um momento da agenda para avaliar, com mais ênfase, como estão se cuidando. Caso contrário, o momento de extrema pressão nos estudos pode despertar ou intensificar questões de saúde mental pré-existentes.

 

Sinais de alerta


Os sinais de que um indivíduo está precisando de cuidados com a saúde mental podem se apresentar de diferentes maneiras. É importante que o estudante observe o próprio comportamento e o dos colegas, estando a postos para ajudar, caso necessário.

 

“Podemos ficar atentos a: intensidade, frequência, duração e mudança de comportamento - aparentemente justificados ou não. Principalmente ter atenção se esses fatores aparecem juntos. Alguns exemplos: mudanças no sono, na concentração ou no humor que são intensas e duradouras e podem comprometer a saúde se perdurarem. Existe diferença em oscilações que ocorrem em situações pontuais, claro”, diz Samara Nabuco, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) do Curso Anglo.


 

Como as instituições de ensino podem abordar a saúde mental dos estudantes?


Sobretudo no contexto dos vestibulares, a instituição de ensino deve compreender que a promoção da saúde mental impacta positivamente os estudos e, naturalmente, os resultados e aprovações. Algumas ações práticas que as instituições podem adotar, segundo a psicóloga do Curso Anglo:

 

-       promoção de informações e incentivo ao cuidado com a saúde mental, inserindo-se na própria programação de ensino;


-       oferta de espaços de escuta e cuidados;


-       potencialização de trocas e descompressão dos estudantes com seus pares, visto que a pressão e a competitividade são bem altas nesse período.

 

No geral, essa rede de apoio desempenha um papel crucial no período de vestibulares. “Esses suportes podem constituir-se de diferentes âmbitos: profissionais da área da educação e da saúde como um todo, além de familiares e pares – cada um englobando funções distintas e complementares. É importante identificar se a instituição que você estuda oferece algum serviço de apoio especializado em saúde mental”, afirma Samara. Mas, caso necessário, o estudante pode buscar ajuda de profissionais da saúde em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou um Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), por exemplo.

 


Anglo Vestibulares
www.cursoanglo.com.br


Trombose: inimiga silenciosa que todo paciente deve saber reconhecer

Crédito: Dr. Fabio Rossi
Doença representa um sério risco à saúde e pode desencadear complicações graves como a Embolia Pulmonar


No dia 16 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, uma ocasião dedicada à conscientização sobre essa condição de saúde séria, muitas vezes silenciosa, que envolve a formação de coágulos sanguíneos. Esses coágulos podem desencadear complicações graves, como embolia pulmonar, que por sua vez pode levar ao óbito. É importante compreender as situações de risco e, igualmente importante, a necessidade de um diagnóstico imediato e preciso para garantir uma resposta eficaz na prevenção e tratamento da trombose.

De acordo com dados levantados pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Nacional (SBACV), no período de janeiro de 2012 a maio de 2022, mais de 425 mil brasileiros foram hospitalizados para tratamento de trombose. Contudo, é importante ressaltar que muito provavelmente essa estatística é subestimada, e pode representar apenas a ponta do iceberg, e que talvez o número real de casos pode ser significativamente maior.

O principal desafio é a busca de dados epidemiológicos confiáveis, de pacientes internados, sobretudo na rede pública. Existe dificuldade em identificar os pacientes com a doença no banco de dados DATA-SUS. Isso pode resultar na subnotificação de casos de tromboembolismo, especialmente durante o período de internação, quando o risco da doença é maior. Essa lacuna na coleta de dados pode ser responsável pela aparente baixa incidência de casos relatados no Brasil, quando comparados com os Estados Unidos e outros países da Europa, onde considerando-se as diferenças populacionais, as taxas de internações por trombose e embolia pulmonar chega a ser seis vezes maior.

Conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fabio Rossi, é uma questão de saúde pública e, junto a autoridades da saúde, está empenhado em um projeto para tornar compulsória a notificação de casos internados de tromboembolismo venoso no Brasil.  Além disso, a SBACV-SP está promovendo uma série de eventos científicos e sociais com o objetivo de conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre os fatores de risco, e os sinais e sintomas, e a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento imediato dessa doença. A iniciativa visa combater a subnotificação e garantir que medidas eficazes sejam tomadas para prevenir a trombose e suas potenciais complicações graves.

Ainda conforme o especialista, é fundamental estar atento aos perigos da doença em várias situações, especialmente quando se apresentam fatores de risco. Além do período pós-operatório, nas internações hospitalares, é importante ficar vigilante nas seguintes circunstâncias:

Longos Períodos de Imobilidade: Ficar sentado ou deitado por longos períodos, como durante viagens de avião ou repouso prolongado devido a uma lesão, pode aumentar o risco de trombose.


Histórico Familiar: Pessoas com histórico familiar de trombose têm maior probabilidade de desenvolver a condição.


Idade e Sexo: A trombose pode afetar pessoas de todas as idades, mas o risco aumenta com o envelhecimento. As mulheres que usam contraceptivos hormonais ou estão grávidas também podem estar mais suscetíveis.


Obesidade e Doenças Crônicas: Doenças como diabetes e hipertensão, assim como a obesidade, podem aumentar o risco de trombose.


Uso de anticoncepcionais e tabagismo: as duas situações, sobretudo quando associadas, aumentam muito o risco de trombose.


Para aqueles que estão prestes a passar por um procedimento cirúrgico, é essencial estarem atentos e tomar medidas preventivas:

Converse com seu Médico: Antes da cirurgia, discuta com seu médico os riscos de trombose associados ao procedimento e quais medidas serão tomadas para prevenir a condição.


Movimente-se Regularmente: Durante o período de recuperação após a cirurgia, faça exercícios de movimentação das pernas, sempre seguindo as orientações médicas.


Use Meias de Compressão: Se recomendado pelo seu médico, o uso de meias de compressão pode ajudar a manter o fluxo sanguíneo adequado nas pernas.


Mantenha-se Hidratado: Beber água suficiente é importante para evitar a viscosidade do sangue, que pode contribuir para a formação de coágulos.


Evite Fumar e Álcool: Fumar e consumir álcool em excesso podem aumentar o risco de trombose, por isso, evite esses hábitos durante o período de recuperação.


“É de extrema importância que tanto a população em geral quanto os órgãos de saúde estejam plenamente conscientes dos perigos associados à trombose, principalmente o seu potencial de desencadear uma Embolia Pulmonar, uma condição gravíssima que, quando não tratada a tempo, pode resultar em óbito. A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da trombose desempenham um papel crucial na preservação da vida e da saúde de indivíduos em todo o mundo. Portanto, é fundamental promover a educação e a conscientização contínuas sobre os riscos e os sinais de alerta da trombose, incentivando a busca de atendimento médico imediato diante de qualquer suspeita, e investir em esforços conjuntos para combater essa grave ameaça à saúde pública”, reforça o Dr. Fabio Rossi

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram). 



Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP,
www.sbacvsp.com.br

 

Menopausa e obesidade: reposição hormonal pode ser contraindicada em alguns casos.

A obesidade pode interferir na idade de início da menopausa, porém não há um padrão bem estabelecido, já que o estilo de vida, tabagismo e história familiar também podem influenciar. 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato conta que já há estudos demonstrando que as mulheres com obesidade têm mais sintomas de fogachos e alterações de humor e maior índice de depressão. 

A associação entre menopausa versus obesidade pode trazer outras doenças associadas, como explica a endocrinologista: “A obesidade aumenta o risco de 13 tipos de câncer, dentre eles o de mama e de endométrio, que são os que ficam em maior evidência com a terapia de reposição hormonal”. 

Dra. Lorena conta ainda que a obesidade pode levar a um maior risco nas terapias hormonais na menopausa. “O risco cardiovascular e de câncer é agravado em mulheres com obesidade e que fazem reposição hormonal. Em algumas situações, dependendo do risco cardiovascular e/ou outras complicações, opta-se por não indicar a reposição hormonal”, detalha a médica.

As novas medicações para tratar obesidade não influenciam no controle dos sintomas da menopausa. “Na verdade, se você pensar que a obesidade piora os sintomas da menopausa, controlando-se a obesidade, é possível que alguns sintomas da menopausa diminuam, mas ainda teria que ter um estudo mais detalhado para confirmar a associação do tratamento medicamentoso com a melhora dos sintomas”, finaliza Dra. Lorena Amato. 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
https://endocrino.com/
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/
www.amato.com.br


Mães de bebês prematuros são mais suscetíveis à depressão pós-parto

ONG Prematuridade.com oferece apoio psicológico online e gratuito para puérperas; todo mês, cerca de 70 famílias de bebês prematuros são acolhidas em reuniões virtuais

 

Há nove anos, o mês de setembro é palco de uma pauta em comum em todas as cidades do País: a saúde mental. Isso porque a Associação Brasileira de Psiquiatria, junto ao Conselho Federal de Medicina, decidiu criar uma campanha conhecida como setembro Amarelo, separando 30 dias do ano para conscientizar a população acerca de assuntos relacionados ao cuidado psicológico e prevenir o suicídio.

 

Na maternidade, a questão da saúde mental é atrelada a famosa depressão pós-parto. Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz revela que uma em cada quatro mães de recém-nascidos no país são diagnosticadas com a doença. Ela é uma condição séria que impacta significativamente o bem-estar emocional das mães após o nascimento de seus filhos e esse cenário se agrava em mães de bebês prematuros, nascimento ocorrendo antes das 37 semanas de gestação. A prevalência da doença nessas puérperas varia de 30% a 40%, representando um risco cerca de quatro vezes maior em comparação com mães de recém-nascidos a termo.

 

A mãe da pequena Camila, Patrícia Anny Baptista, enfrentou uma batalha contra a depressão pós-parto. Tudo começou após ela realizar uma cirurgia bariátrica, sem saber que estava grávida, o que resultou no nascimento prematuro extremo de Camila (hoje com cinco anos). A menina nasceu com 29 semanas, 540 gramas e com 28 centímetros. “Culpava-me muito pelo fato de minha filha ter nascido nessas condições. Ficava me questionando por que não percebi que estava gestante ou por que não fiz exames antes da cirurgia. No entanto, naquela época, eu era muito leiga", conta Patrícia.

 

Ela aponta que, naquele momento, além dos tratamentos psiquiátricos, o apoio da família desempenhou um papel fundamental em seu processo de recuperação. “Eles e os amigos foram de extrema importância. Tiveram pessoas que me apoiaram e me confortaram. Toda mãe que passa por essa situação aparenta ser uma fortaleza por fora, mas por dentro está emocionalmente abalada, necessitando de amor e carinho. É essencial cuidar dessas puérperas isso pode amenizar consideravelmente a depressão", concluiu Patrícia.

 

Denise Suguitani, fundadora e diretora-executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com), enfatiza que o parto prematuro é um acontecimento extremamente desafiador para toda família, em especial, para as mães. “Elas, frequentemente, sentem-se impotentes, culpadas e com muitos medos, necessitando de apoio significativo da família e, não raro, de profissionais da área da saúde mental”, diz.

 

“Estamos lidando com uma família que recebe um bebê antes do previsto, que precisa desconstruir um cenário idealizado. A experiência da UTI Neonatal é extrema, uma montanha-russa de emoções diariamente e pode desencadear uma série de consequências negativas na saúde mental desses pais. No caso da mãe, somam-se ainda as mudanças hormonais e, muitas vezes, a exaustão física e, por isso, é fundamental que a puérpera, mãe de prematuro, seja acolhida com muito afeto pelos profissionais de saúde, e que esses estejam atentos aos sinais da depressão, para realizar o encaminhamento desta mulher a um especialista quando necessário”, ressalta.

 

A ONG Prematuridade.com apoia, todo mês, cerca de 70 famílias de bebês prematuros de todo Brasil. Uma das formas de ajudar pais e mães que estão passando pela jornada da prematuridade é por meio de reuniões virtuais de acolhimento, que acontecem em grupos e por meio de atendimentos individuais, com o objetivo de oferecer suporte emocional às famílias. Nesses atendimentos, são acolhidas mulheres que estão passando pelo desafiador processo do puerpério no contexto da prematuridade e que, por isso, apresentam risco maior para desenvolver depressão pós-parto. “A depressão é uma doença muito séria, potencialmente grave, e precisa ser reconhecida como tal. Nenhuma mãe deveria passar pelo puerpério sem esse olhar atento da família e dos profissionais de saúde. É importante que as mulheres saibam que existe tratamento e cura e que elas não estão sozinhas nessa caminhada”, diz Denise.

 

ONG Prematuridade.com - A Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – ONG Prematuridade.com, é a única organização sem fins lucrativos dedicada, em âmbito nacional, à prevenção do parto prematuro e à garantia dos direitos dos prematuros e de suas famílias. A ONG é referência para ações voltadas à prematuridade e representa o Brasil em iniciativas e redes globais que visam o cuidado à saúde materna e neonatal. A organização desenvolve ações políticas e sociais, bem como projetos em parceria com a iniciativa privada, tais como campanhas de conscientização, ações beneficentes, capacitação de profissionais de saúde, colaboração em pesquisas, aconselhamento jurídico e acolhimento às famílias, entre outras.


Dia Mundial da Sepse: protocolos evitam infecções e salvam vidas de pacientes

No Hospital Metropolitano Vale do Aço, a implementação de protocolos resultou em taxa de mortalidade menor do que a média nacional


Responsável por cerca de 11 milhões de mortes ao ano em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sepse é lembrada no dia 13 de setembro, para disseminar informações sobre a doença e aumentar a consciência pública sobre a necessidade de redução dos casos. 

 

Conhecida antigamente como infecção generalizada ou septicemia, a sepse é uma resposta indevida do próprio organismo para uma infecção. Essa resposta pode gerar o mau funcionamento de um ou mais órgãos, com risco de morte se não for descoberta e tratada rapidamente.

 

Segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), estima-se que no Brasil ocorram 240 mil mortes ao ano, muitas delas de idosos e crianças, em decorrência do conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A mortalidade no Brasil chega a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%.

 

No Hospital Metropolitano Vale do Aço, em Coronel Fabriciano, os indicadores são ainda menores. Em 2023, a taxa média não ultrapassa os 17%, número bastante inferior à média nacional. 

 

Paulo Santos, diretor Hospitalar do HMVA, explica que há um trabalho contínuo dedicado à implementação de protocolos eficazes para o manejo da sepse – ação fundamental na redução das taxas de infecção e mortalidade. 

 

“Os protocolos de sepse são diretrizes médicas que estabelecem um conjunto de procedimentos para a identificação precoce, avaliação, tratamento e acompanhamento de pacientes com suspeita ou confirmação de sepse”, explica Paulo. 

 

“Com isso, mantemos o corpo clínico e assistencial com um olhar atento para a redução contínua das taxas de mortalidade por sepse. Os resultados positivos são percebidos pelos nossos pacientes e profissionais”, complementa o diretor hospitalar. 

 

Benefícios aos pacientes

 

A identificação precoce de infecções é parte fundamental do objetivo dos protocolos de sepse. Mas não para por aí, padronizar as condutas dos profissionais baseadas em evidências científicas garantem boas práticas assistenciais direcionadas aos pacientes.

 

Além da assistência multiprofissional de qualidade, os benefícios dos protocolos também incluem:

 

• Redução de mortalidade;

• Redução do tempo de internação;

• Redução nos custos do tratamento;

• Melhora da comunicação entre a equipe médica;

• Retorno precoce do paciente às suas atividades habituais.

 

Combate e Prevenção da Trombose: conheça os riscos reais

Especialista alerta para as possíveis fatalidades associadas às doenças autoimunes no Dia Nacional dedicado ao alerta à Trombose Venosa e Arterial


Conhecida por ser uma séria condição de saúde, a trombose ocorre quando um coagulo sanguíneo se forma e obstrui o fluxo normal do sangue, podendo causar complicações potencialmente fatais, como a embolia pulmonar.

O risco deste evento aumenta significativamente quando há um processo inflamatório no corpo, como é o caso de algumas doenças autoimunes sistêmicas. Entre as enfermidades desta categoria, as mais propensas ao quadro de trombose são: o Lúpus Eritematoso Sistêmico, a Artrite Reumatoide e, a principal delas, a Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAF).

Por isso, neste Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose (16/09), a doutora Marília Furquim, reumatologista da Imuno Brasil, fala sobre sintomas, riscos e prevenção deste quadro de saúde.

A inflamação generalizada que acontece nestas doenças deixa o corpo em um estado pró-trombótico, isto é, propenso a tromboses. Já na SAF, a produção de anticorpos que atacam especificamente proteínas ligadas aos fosfolipídios resulta em uma coagulação anormal, com o consequente aumento do risco de eventos trombóticos, sendo esta a principal manifestação da doença.

Para que os pacientes nessas condições fiquem atentos, os sintomas clínicos no caso da trombose venosa são dor, inchaço e vermelhidão na região afetada, em sua maioria, nos membros inferiores. Já quando consideramos a trombose do sistema arterial, as manifestações clínicas são decorrentes da falta de irrigação sanguínea no território que deveria ser irrigado pelo vaso acometido, podendo ser, entre outros, um acidente vascular cerebral (AVC) ou um infarto agudo do miocárdio (IAM), ambas condições sérias e potencialmente muito graves. Outro alerta da especialista para a SAF é que ela pode, inclusive, se manifestar durante a gestação e gerar complicações como abortos repetitivos, óbitos fetais, pressão alta e parto prematuro.

Ainda, a doutora chama a atenção para os fatores que podem reduzir o risco de trombose em pacientes autoimunes e mostra uma abordagem multidisciplinar eficiente:

- Monitoramento regular da saúde vascular;

- Manter um estilo de vida saudável com a prática de exercícios físicos regulares e dieta equilibrada;

- Evitar a todo custo outras condições que aumentam o risco de trombose, como o tabagismo e a imobilidade;

- Seguir sempre as recomendações médicas a fim de evitar complicações graves e controlar o estado inflamatório das doenças autoimunes.

 

Marília Furquim - reumatologista da Imuno Brasil é graduada em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (2015), tem residência em Clínica Médica e Reumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e é especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia.


Estação Jandira, da Linha 8-Diamante, recebe campanha “Hepatite Zero”, de diagnóstico precoce e prevenção à doença

Serão realizados testes gratuitos em passageiros para

identificar portadores de hepatite B e C


A Estação Jandira, da Linha 8-Diamante, recebe entre os dias 13 e 15 de setembro, das 10h às 14h, a campanha “Hepatite Zero”, que através de testes gratuitos em passageiros busca identificar portadores de hepatite B e C e encaminhar para tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

 

Conhecida como uma doença silenciosa, que demora para manifestar sintomas, a hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada por diferentes fatores e é causa de mortes e problemas crônicos.  As hepatites virais podem ser controladas com diagnóstico precoce, tratamento e medidas de prevenção, incluindo vacinas para alguns tipos do vírus.

 

A ação na Estação Jandira, que terá acompanhamento da área de Sustentabilidade da ViaMobilidade, tem parceria com o Rotary Club de Jandira, Foyer Instituto de Ensino em Saúde e Secretaria da Saúde de Jandira.

 

Serviço – Campanha Hepatite Zero

Local: Estação Jandira, Linha 8-Diamante

Data: 13 a 15 de setembro

Horário: 10h às 14h


Odontopediatria: Quando começar a cuidar dos dentes das crianças?

Segundo o Dr. José Todescan Júnior, a higiene bucal deve começar desde os primeiros meses de vida, mesmo antes dos dentes aparecerem


Uma dúvida que muitos pais de primeira viagem têm é quando começar a higienizar a boca da criança e como a limpeza deve ser feita. Segundo o Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental, odontopediatria e endodontia, membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, da IFED (International Federation Esthetic Dentistry) e da Associação Brasileira de Odontologia Estética, a  higiene bucal deve começar desde os primeiros meses de vida, mesmo antes dos dentes aparecerem. 

É importante começar o cuidado odontopediátrico desde os primeiros meses de vida da criança, e de maneira ainda mais intensiva logo após o nascimento do primeiro dente, que geralmente ocorre por volta dos seis meses de idade. “Nessa fase inicial, a atenção está voltada para a higiene bucal e para a prevenção de problemas futuros. Os pais ou cuidadores desempenham um papel crucial nesse processo, ajudando as crianças a desenvolverem hábitos de higiene bucal adequados”, afirma.

Todescan ensina que, no bebê, é possível usar uma gaze limpa úmida para limpar suavemente as gengivas após as mamadas. “Isso ajuda a remover resíduos de leite e evita o acúmulo de bactérias”, explica. Segundo o dentista,  à medida que os dentes vão erupcionando é necessário usar uma escova de dentes infantil de cerdas macias. “E uma pequena quantidade de pasta de dente sem flúor, do tamanho de um grão de arroz. Flúor só é usado quando existe algum risco de cárie”, informa.

O especialista também ressalta a importância da prevenção da chamada cárie de mamadeira. “É  importante evitar que as crianças adormeçam com  leite na boca, seja ele materno ou industrializado. Pois isso pode levar à chamada cárie de mamadeira”, alerta. 

Escovar os dentes da maneira correta também ajuda a combater as temidas cáries.“Com cuidado, escove os dentes do bebê suavemente em movimentos circulares. Certifique-se de alcançar todas as superfícies dos dentes, incluindo a parte de trás. Não aplique muita pressão para evitar ferir as gengivas sensíveis do bebê”, ensina Todescan. 

Os pequenos devem receber apoio dos pais na escovação até os sete a oito anos de idade, apesar da faixa etária variar de acordo com cada pessoa. E as visitas ao odontopediatra devem começar por volta do primeiro ano de idade. “O odontopediatra pode avaliar o desenvolvimento da dentição da criança, oferecer orientações específicas de cuidados e aplicar flúor, se necessário. O acompanhamento regular permite a detecção precoce de problemas e a intervenção apropriada”, conclui Todescan.  



José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental e Odontopediatria pela USP, endodontia e membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry) e membro da Associação Brasileira de Odontologia Estética. Ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes.



Clínica Todescan
www.clinicatodescan.com.br
@todescanjrodontologia


Diabetes: atenção aos sinais NÃO clássicos

Endocrinologista aponta 6 medidas preventivas para desfechos desfavoráveis

        Sete em cada dez pessoas com diabetes morrem de doença  cardiovascular

 

“Cansaço desproporcional, perda de peso e muita vontade de urinar são alguns sinais clássicos do diabetes. Mas é preciso chamar atenção para os sinais menos conhecidos”, alerta o Dr. Fernando Valente, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.

Visão turva, dificuldade de cicatrização de feridas, formigamento nas pernas, infecções de repetição como, por exemplo, infecções genitais são sinais não clássicos do diabetes. “A candidíase pode ser também uma manifestação do diabetes, pois a pessoa acaba excretando mais açúcar pela urina”, explica o endocrinologista. 

Ele afirma ainda que o diabetes é a maior causa de cegueira em pessoas em idade laboral e a maior causa, junto com pressão alta, de falência renal: duas em cada três pessoas fazem diálise por conta de pressão alta e diabetes. “O diabetes é a maior causa de amputação de membros inferiores e é um grande fator de risco para infarto e derrame. Sete em cada 10 pessoas com diabetes morrem de doença cardiovascular”, explica Dr. Fernando. 

No entanto, há medidas preventivas para evitar esses desfechos desfavoráveis.

1.   - Monitorização dos níveis de glicose no sangue.

2.   - Consultar o oftalmologista para fazer exame de fundo de olho, pelo menos uma vez ao ano.

3.   – Anualmente, fazer exame de sangue de creatinina para calcular o quanto o rim está filtrando.

4.   - Realizar dosagem de proteína na urina.

5.   – Fazer um eletrocardiograma de repouso, uma vez ao ano.

6.   -  Avaliar com frequência as solas dos pés, observando se não tem nenhuma ferida, pois isso pode ser a porta de entrada de uma infecção.

 


SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
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Especialista do Sabará Hospital Infantil esclarece dúvidas sobre Sepse

Reconhecimento dos sintomas e intervenções podem reduzir a mortalidade 


 

De acordo com dados divulgados pela Global Sepsis Alliance cerca de 11 milhões de pessoas entram em óbito devido a complicações da Sepse. Desse número, 80% acontecem fora do ambiente hospitalar e 40% desses casos acontecem em crianças menores de cinco anos de idade.

 

Com o slogan “Antibiótico muito além da primeira hora”, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) promove estudos e iniciativas para o combate a Sepse. Esse ano o tema está fundamentado em 4 pilares, são eles: 1) Prevenção – que é realizada por meio de ações como: conscientização, vacinação, higiene adequada das mãos e alimentos e condições de saneamento básico; 2) Reconhecimento precoce – conhecendo os principais sinais e sintomas, para rápida atuação, dessa forma divulgar esse sinais para a população e na chegada ao hospital a identificação pelos nossos profissionais; 3) Tratamento correto – através de medidas pré-definidas com coleta de exames e administração de antibiótico no tempo correto, a chance de mortalidade é menor e a 4) Reabilitação – felizmente a mortalidade diminuiu e precisamos olhar para as possíveis sequelas dos sobreviventes, esse acompanhamento faz toda a diferença no planejamento da alta e na continuidade do cuidado.


Em 2020, o Sabará Hospital Infantil identificou uma média de 19 casos de sepse por mês, sendo que, em 2023 (só no primeiro semestre) esse número subiu para 89 casos por mês. “Esse aumento de casos no Sabará ocorreu porque nossa equipe está apta a detectar a Sepse já nos primeiros sinais, agilizando todo o procedimento protocolar e trazendo muito mais eficácia ao tratamento. A Sepse ainda é uma causa importante de mortalidade infantil não só no Brasil, mas no mundo todo. Já é consenso entre os especialistas do mundo inteiro que, a maioria dos casos de Sepse poderia ser tratada por meio de um diagnóstico precoce e um manejo clínico adequado. Nessa semana, em que nos dedicamos a conscientizar sobre a Sepse, devemos lembrar que informar a sociedade sobre o assunto certamente vai levar a um diagnóstico mais precoce e ajudar a diminuir a morbidade e a mortalidade”, explica Dra. Regina Grigolli Cesar, Supervisora médica da UTI pediátrica do Sabará Hospital Infantil.


Para comemorar o Dia Mundial da Sepse (13 de setembro), a especialista esclareceu algumas das principais dúvidas dos pais e responsáveis sobre o assunto.

 

 

O que é a Sepse?

A Sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo que podem ser causadas por uma infecção.

 

É um problema que só atinge crianças?

Não. A Sepse pode atingir pessoas de qualquer idade. Entretanto, a faixa etária mais vulnerável, que são as crianças e idosos, está mais propensa a apresentar essa condição.

 

A Sepse é o que conhecemos como infecção generalizada?

Não. A Sepse é uma resposta inflamatória generalizada a uma infecção. Ou seja, não significa que a infecção está em vários órgãos, mas, sim, que o organismo causa inflamações diversas na tentativa de combater os agentes da infecção (bactérias ou vírus), o que pode levar à disfunção ou falência dos órgãos, e até mesmo à morte, quando não descoberta e tratada rapidamente.

 

Quem está mais suscetível a ter Sepse?

Bebês prematuros de baixo peso, crianças que têm alguma doença complexa como os oncológicos.

 

A Sepse pode levar à morte?

Infelizmente, se não for detectada de maneira precoce por uma equipe especializada pode levar a criança a óbito. Entretanto, com intervenções rápidas e eficazes, é possível prevenir em até 84% das mortes.

 

Como identificar a Sepse?

Os sintomas da Sepse nem sempre são fáceis de serem identificados e variam de febre ou temperatura muito baixa, vômitos, aceleração do coração (taquicardia), respiração rápida (taquipneia) até fraqueza e tonturas. O reconhecimento rápido de uma equipe especializada e uma intervenção clínica eficaz e adequada podem salvar vidas.

 

É possível prevenir a Sepse?

Sim. Para isso, é necessário que se tome algumas medidas de saúde pública, como por exemplo a melhora no saneamento básico, vacinação e controle de infecções. Uma higiene adequada das mãos também é fundamental para evitar a Sepse.

 

Sabará Hospital Infantil



1 em cada 3 homens no mundo está infectado com algum tipo de HPV, mostra estudo da Lancet

depositphotos
Estudo publicado na The Lancet Global Health aponta que 31% da população masculina apresenta infecção por algum tipo de HPV e 21% têm HPV associado com desenvolvimento de câncer, como os tipos 16 e 18. Pesquisa reforça a necessidade de campanhas de conscientização sobre a vacinação contra HPV, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir dos 9 anos 


Um estudo publicado na revista científica The Lancet Global Health trouxe a revisão de 65 trabalhos, com 44.769 homens de 35 país e os autores evidenciam que a prevalência global de infecção pelo papilomavírus (HPV) em homens é de 31% para qualquer tipo do vírus e 21% para os HPVs de alto risco para desenvolvimento de câncer ou outras doenças genitais (HR-HPV). O HPV-16 foi o genótipo de HPV mais prevalente, seguido pelo HPV-6. Ambos, assim como os HPVs 11 e 18, podem ser evitados com a vacina quadrivalente, disponível no Sistema Único de Saúde para os homens desde 2016, mas que conta com baixa taxa de adesão.

A revisão mostra que a prevalência do HPV foi elevada em adultos jovens, atingindo um pico entre as idades de 25 e 29 anos e estabilizou ou diminuiu ligeiramente a partir de então. As estimativas de prevalência agrupadas foram semelhantes para diferentes regiões geográficas compreendidas no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Europa e América do Norte, África Subsariana, América Latina e Caribe; Austrália e Nova Zelândia (Oceania). As estimativas para o Leste e Sudeste Asiático apontam para metade de prevalência em comparação com as outras regiões.

“A falta de percepção do risco por trás da relação íntima sem preservativo e a realização do sexo oral, expõe a população ao vírus HPV. Somado a isso, temos uma baixa adesão à vacina, o que é uma grande perda, pois ela contribuiria para reduzir a carga de infecção. É necessário intensificarmos as campanhas de conscientização sobre a vacinação contra HPV, além de promover educação sobre prática de sexo com segurança”, ressalta o cirurgião oncológico e urologista Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A recomendação atual do Ministério da Saúde é a de que todos os meninos de 9 a 14 anos de idade devem receber a vacina contra HPV (sendo recomendadas duas doses antes dos 15 anos), assim como as pessoas que vivem com HIV e pessoas transplantadas de qualquer idade (com esquema de três doses).   

Com o estudo identificou a alta prevalência de HPV em homens - Foi realizada uma revisão sistemática e metanálise para avaliar a prevalência da infecção genital por HPV na população masculina em geral. Para tanto, foram pesquisadas as bases de dados Embase, Ovid MEDLINE e Global Index Medicus, tendo sido selecionados os estudos publicados entre 1º de janeiro de 1995 e 1º de junho de 2022. Os critérios de inclusão foram pesquisas de base populacional em homens com 15 anos ou mais ou estudos de prevalência de HPV com um tamanho de amostra de pelo menos 50 homens sem patologia relacionada ao HPV ou fatores de risco conhecidos para infecção por HPV que coletaram amostras de locais anogenitais e que usaram técnicas de PCR ou captura híbrida 2 para detecção de DNA do HPV.

Os critérios de exclusão foram estudos realizados entre populações com risco aumentado de infecção por HPV, realizados exclusivamente entre homens circuncidados e baseados em amostras de urina ou sêmen. A partir disso, os autores analisaram os relatórios identificados e extraíram os dados resumidos daqueles que eram elegíveis. Os dados foram extraídos por dois pesquisadores de forma independente e revisados por um terceiro, com as discrepâncias sendo resolvidas por consenso. Foram extraídos apenas dados sobre HPVs do gênero α da mucosa. As prevalências globais e regionais específicas por idade para qualquer tipo de HPV, HPV de alto risco (HR) e tipos individuais de HPV foram estimadas usando modelos de efeitos aleatórios para metanálise e agrupadas pela classificação geográfica dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Próximos passos - Os pesquisadores concluem que estudos epidemiológicos adicionais que avaliem a prevalência específica por idade dos tipos de HPV em homens de outros países poderiam contribuir para impactar os esforços de monitorização tanto para os países que têm programas de vacinação contra o HPV para meninas como para o número crescente de países que estão incluindo os meninos nos programas de vacinação. A vacina contra HPV auxilia na prevenção de câncer de colo do útero, pênis, ânus e de tumores na região de Cabeça e Pescoço, especialmente de orofaringe.

 

Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR


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