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sábado, 9 de setembro de 2023

Pais estão mais engajados na educação sexual dos filhos, dizem estudos

70% dos pais americanos são a favor da implantação de aulas de educação sexual nas escolas

 

O periódico Parents realizou uma pesquisa exclusiva em março deste ano, com 1.500 pais americanos, e revelou que 70% deles são a favor da implantação de aulas de educação sexual nas escolas, sendo que 3 em cada 4 pais concordam que "a educação sexual abrangente é fundamental para o bem-estar e segurança das crianças". 

Um dos temas mais mencionados na pesquisa foi a preocupação com a violência sexual: 1 em cada 3 dos pais que já haviam conversado com seus filhos sobre sexo incluiu o assédio sexual, abuso ou agressão sexual (36%) na primeira conversa. 

No Brasil, o Governo Federal anunciou recentemente a retomada da educação sexual no currículo escolar. Isso significa que alunos do ensino básico voltarão a ter aulas sobre saúde sexual e reprodutiva, incluindo temas como infecções sexualmente transmissíveis. Segundo o Ministério da Saúde, 99% dos municípios já aderiram. 

Para Dani Fontinele, terapeuta sexual e sexóloga clínica; membro da ABRASEX (Associação Brasileira dos Profissionais de Saúde, Educação e Terapia Sexual); e especialista em Prevenção de Abuso Sexual Infantil pela Metodologia Claves América Latina; não aprender habilidades sobre relacionamentos saudáveis e tomada de decisões sexuais pode ter consequências graves. 

“Para combater o assédio sexual e a violência, a educação sexual em casa e nas escolas deve ir além das informações básicas sobre biologia, abstinência e consentimento, abordando as complexidades dos relacionamentos íntimos”. 

O Disque 100 (Disque Direitos Humanos) registrou mais de 17 mil violações sexuais contra crianças e adolescentes de janeiro a abril deste ano. Nos quatro primeiros meses de 2023 foram registradas, ao todo, 69,3 mil denúncias e 397 mil violações de direitos humanos de crianças e adolescentes, das quais 9,5 mil denúncias e 17,5 mil violações envolvem violências sexuais físicas – abuso, estupro e exploração sexual – e psíquicas. Os dados são do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e indicam um aumento de quase 70% em relação ao mesmo período de 2022.

 

Educação sexual é importante na escola, mas fundamental em casa

Segundo Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, da Infância e Adolescência, supervisora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria); nunca foi tão importante aplicar a chamada “educação sexual abrangente". 

“Ela agrega todos os pontos sobre sexualidade como desenvolvimento sexual saudável, identidade de gênero, relacionamentos interpessoais, afeto, intimidade, limites, respeito, imagem corporal, entre tantos outros”.

 

Os pais devem incentivar a conversa?

A pesquisa da Parents apontou que a maioria dos pais (85%) planeja falar sobre sexo com seus filhos, enquanto 67% já tiveram a conversa. Destes, 41% disseram que o primeiro papo aconteceu quando o filho tinha 10 anos ou pouco menos. Um em cada dois pais indicou que planejava conversar com seus filhos aos 13 anos ou mais. 

Segundo a pesquisa, a desinformação é um fator alarmante para a maioria dos pais: 69% se preocupam com o que seus filhos absorvem sobre sexo nas redes sociais, enquanto 43% acham que as redes sociais diminuem o estigma em torno de tópicos relacionados à educação sexual para jovens. Ainda assim, a maioria concordou que preferiria estar na linha de frente quando se trata de educar seus filhos sobre sexo. 

Um relatório recente da Common Sense Media descobriu que 54% das crianças haviam assistido pornografia online aos 13 anos (15% antes dos 11 anos). E, ao contrário do que os 43% dos americanos pensam, ter acesso a conteúdo adulto pela internet, sem uma devida orientação sexual, pode trazer prejuízos à criança. 

“Nestes casos, a pornografia pode influenciar as percepções e os sentimentos das crianças sobre imagem corporal, sexo e relacionamentos. E, na verdade, os pais não devem se basear tanto pela idade, mas sim pela maturidade da criança, pelo seu comportamento e por qualquer atitude que demonstre que ela já tem algum conhecimento sobre sexo”, analisa Danielle Admoni. 

E os estudos comprovam: de acordo com a Academia Americana de Pediatria, quando os pequenos recebem educação e suporte dos pais, eles têm maior probabilidade de adiar a primeira vez, de se preocuparem com a contracepção e de serem seletivos na hora do sexo. 

“Dar espaço para que os filhos queiram falar sobre o assunto cria um ambiente de apoio e tranquilidade, onde as crianças se sentirão à vontade para trazer perguntas e preocupações”, completa a terapeuta sexual Dani Fontinele.

 

Como abordar sem intimidar

Primeiramente, segundo a psiquiatra Danielle Admoni, falar sobre sexo não pode gerar um clima constrangedor. 

“Se o sexo é algo natural, ele deve ser tratado como tal, para que não se torne um tabu, trauma ou algo inibitório. Portanto, nada de ‘senta aqui que precisamos ter uma conversa’. A abordagem pode começar aos poucos e de forma cotidiana”. 

A sexóloga Dani Fontinele concorda. “Uma vez que você assusta e afasta a possibilidade desse diálogo, dificilmente conseguirá estabelecer uma relação confiável para este tema. Sendo assim, vá com calma. O mais importante é proporcionar conforto, liberdade e segurança para a criança, e manter esse canal aberto em todas as fases do seu filho”.

 

Linguagem, a “bolha imaginária” e gênero

Na pesquisa da Parents, 1 em cada 3 pais de crianças pequenas, com idades entre 4 e 8 anos, e cerca de metade dos pais de pré-adolescentes, com idades entre 9 e 12 anos, relataram que seus filhos haviam feito perguntas sobre sexo. 

A psiquiatra Danielle Admoni reforça que tanto em casa como na escola é preciso ter uma atenção especial em relação à linguagem a ser usada em cada faixa etária ou dependendo da maturidade do filho. 

Um dos conceitos amplamente usados por educadores do mundo todo é a “bolha imaginária”, especialmente para abordar o tema “consentimento”. Segundo Danielle, por ser um método descontraído e mais democrático, pode ser aplicado em uma faixa etária de 4 a 12 anos. 

"Cada criança cria sua própria 'bolha' imaginária ao redor do corpo. O jogo consiste em pedir permissão caso queira tocar na 'bolha' de alguém. Ou seja, as crianças começam a assimilar que não se deve tocar em ninguém sem o seu consentimento, fortalecendo a base do senso de empoderamento corporal que deverá prosseguir durante os anos de adolescência”, conta Danielle Admoni. 

Outro aspecto de grande relevância é o apoio aos tópicos sobre gênero e sexualidade. “Jovens LGBTQIAPN+ têm taxas mais altas de depressão e estão em maior risco de outras condições de saúde mental, incluindo suicídio. Eles precisam de apoio e ajuda de diversas áreas, principalmente nessa fase da vida, quando nem eles entendem direito o que estão vivenciando, sentindo”, ressalta Dani Fontinele.

 

Busque informações seguras

Os participantes da pesquisa norte-americana usaram várias fontes para buscar informações e poder falar sobre sexo e relacionamentos com seus filhos. As fontes incluíram sites de educação em saúde (38%), sites de orientação parental (30%), amigos/família (30%), médico do filho (30%) e livros (27%). 

“Vale lembrar que a educação sexual deve ser trabalhada tanto na escola como em casa. Uma linha de informação não anula a outra, muito pelo contrário. Elas se complementam na formação de um cidadão seguro de sua sexualidade, do respeito com seu corpo e com o das outras pessoas, com as diferenças, e com os cuidados que precisam ter diante das violências existentes na sociedade”, finaliza Dani Fontinele.

 

5 dicas para melhorar a autoestima e ser mais feliz

A pandemia afetou o bem-estar físico, emocional e mental de milhares de brasileiros. Manter a autoestima nesse período tornou-se uma busca diária e difícil; pensando nisso, a psicóloga Vanessa Gebrim e o fotógrafo Alberto Martinez


A busca por bem-estar e felicidade é uma jornada constante na vida de todos. Enfrentar desafios cotidianos e encontrar maneiras de se sentir bem consigo mesmo pode ser uma tarefa gratificante. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), em onze países, muitas pessoas têm lidado com momentos de desânimo e incerteza. No Brasil, assim como em outros lugares, as preocupações com saúde mental são comuns.

 

Para a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, sentir-se bem tem sido um desafio para muitas pessoas. “As frustrações comprometeram até mesmo a autoestima, já que muitas pessoas não conseguem realizar os projetos que tinham planejado. Aumentos nos casos de depressão e ansiedade se deram também por conta das mudanças drásticas na rotina, além de todo o medo e incerteza que vieram junto. As pessoas estão com as emoções à flor da pele, o que prejudica o equilíbrio e contribui para a baixa autoestima”, explica.

De acordo com o fotógrafo Alberto Martinez, que busca fotografar a beleza natural das pessoas, a estética começou a ser ainda mais uma forma das pessoas cuidarem de si e estimularem a autoestima. “As pessoas estão muito pra baixo, muito pra baixo devido a acontecimentos da vida e muitas vezes relacionamento que tiveram. O que eu vejo são relatos de pessoas falando o como isso afeta a vida delas, como isso afeta a imagem delas e como isso afeta o pensamento delas e isso deixa a pessoa com uma crença limitante sobre si própria”, entende.

Pensando em quem busca alternativas para melhorar o bem-estar físico e mental durante a pandemia, os especialistas listaram algumas dicas. Confira:

1. Faça terapia: a falta de autoestima pode ser uma ponte para quadros de ansiedade, medos, fobias e até para depressão. “Procurar um profissional pode ser necessário e ajuda no sentido de fazer com que o paciente entre no processo de autoconhecimento, trazendo mais segurança e autonomia para sua vida. Além disso, contribui no controle das emoções, fortalecendo a autoconfiança e auto aceitação. Existem abordagens e técnicas bastante eficazes que podem ser a chave para a melhora do bem-estar emocional da pessoa”, explica Vanessa Gebrim.


2. Reserve tempo para cuidar de si: existem diferentes formas de se cuidar e se sentir bem consigo mesmo. "É essencial trazer de volta um pouquinho de luz para sí mesmo, poder irradiar isso que a pessoa tem dentro dela que é olhar para si próprio e se enxergar da maneira que o mundo vê e não aquela maneira que ela colocou na cabeça que ela é", orienta Alberto.


3. Comemore as pequenas conquistas: para algumas pessoas se tornou mais difícil conquistar coisas que antes seriam fáceis. Comemorar essas conquistas se tornou um fator essencial para a saúde mental. “Quando celebramos algo que fizemos e deu certo, ativamos sentimentos bons dentro de nós, sentimentos de recompensa. Nossa mente registra isso para sempre, ajudando-nos a nos sentir mais capazes diante de novos desafios e contribuindo para que sejamos mais confiantes e plenos”, complementa a psicóloga.

 

4. Experimente diferentes estilos: Ao experimentar diferentes estilos e temas em ensaios fotográficos, você pode descobrir novas facetas de si mesmo. "Explorar diversas abordagens na fotografia pode ser libertador, permitindo que você se conecte com diferentes partes da sua identidade", aponta Martinez.

 

5. Se olhe e se entenda: é importante entender que tudo o que a pessoa fizer que, de alguma forma, contribua para que ela se orgulhe de si, a ajudará a fortalecer sua autoestima. “Quando a pessoa está focada em seus aspectos negativos, a insegurança certamente estará presente em sua rotina e relacionamentos. Dentro do processo de autoconhecimento, a pessoa aprende a gerenciar suas emoções e desenvolve sentimentos positivos sobre si e sobre o mundo. É importante entender que tudo o que a pessoa fizer e que de alguma forma contribuir para que ela se orgulhe de si contribuirá para fortalecer a autoestima em tempos tão difíceis como o que estamos vivendo”, conclui a psicóloga Vanessa Gebrim.

 


 

Vanessa Gebrim - Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR, Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam mudanças no âmbito cerebral. Tem amplo conhecimento clínico, humanista, positivista e sistêmico e trabalha para provocar mudanças profundas que contribuam para a evolução e o equilíbrio das pessoas. Mais de 20 anos de atendimento a crianças, adolescentes, adultos, casais e idosos, trata transtornos alimentares, depressão, bullying, síndrome do pânico, TOC, ansiedade, transtorno de estresse pós traumático, orientação de pais, distúrbios de aprendizagem, avaliação psicológica, conflitos familiares, luto, entre outros.

 

Como organizar o casamento? iCasei dá dicas para o planejamento do grande dia

Segundo a plataforma de sites de casamentos, a lista de convidados é a etapa mais difícil de ser executada para os noivos

 

Organizar os detalhes do casamento é um momento emocionante na vida dos casais, mas também é uma etapa que demanda muito trabalho e planejamento aos noivos. O iCasei, pioneiro no segmento de site e lista de casamento no Brasil e América Latina, afirma que definir os convidados para o grande dia é a fase mais complexa dos preparativos, uma vez que envolve divisão das mesas, envio de convites com antecedência para quem mora longe e o alinhamento com a expectativa dos pais, que têm seus próprios convidados.

Fernanda Cruz, editora-chefe de conteúdo do iCasei, explica que este pode ser o momento mais estressante para o casal, por isso, toda cerimônia precisa ser bem planejada desde o início para que esta etapa seja mais simples de resolver. “Antes de mais nada, o casal precisa definir um orçamento e a data do casamento, pois, dependendo do local, é necessário reservar com antecedência", complementa.


Créditos: Acervo iCasei
Os casais ainda têm que definir as prioridades do evento, como fornecedores favoritos, cardápios, mês da cerimônia, decoração, entre outros itens. Ter uma assessoria cerimonial desde os primeiros passos ajudará os noivos a economizarem, já que estes intermedeiam os contratos com as empresas e possuem negociações diferenciadas. Fernanda aponta que após a escolha da data do casamento e da definição de budget, o resto do planejamento deve ser dividido em quatro etapas principais:


1 – Local: o casal precisa escolher se a cerimônia será na igreja, em outra cidade, país ou no mesmo local da festa.


2 – Formato: entre os tipos tem o mini wedding, destination wedding e elopement wedding; e o estilo da celebração, que pode ser romântica, boho, minimalista, clássica, entre outras.


3 – Pesquisa de fornecedores: é importante alinhar expectativa e realidade. Um exemplo é o casamento durante o dia, que requer fornecedores que se encaixam nesse estilo e formato de celebração.


4 - Lista de convidados: a etapa mais estressante para os noivos, porém, importantíssima para definição de cardápio, quantidade de mesas, circulação de espaço, lembrancinhas e número de convites que serão produzidos.


Checklist - Shutterstock
“Ter um orçamento realista e cortar custos em áreas menos impactantes no resultado permitem investimentos nos detalhes que realmente importam para o casal. Isso faz toda a diferença na organização”, explica Fernanda. Para ela, a falta de planejamento financeiro pode levar a gastos excessivos e desnecessários, resultando em estresse e, possivelmente, dívidas logo no início da vida a dois.

Os custos com o casamento variam de casal para casal. Não há uma estimativa de quanto os noivos podem ser flexíveis quanto à organização, mas é natural que os casais queiram celebrar este momento da melhor forma. Para oferecer um suporte completo para os noivos, o iCasei disponibiliza materiais gratuitos para ajudar na jornada até o altar, como e-books 12 passos ao altar e Melhores Meses para Casar; checklist 12 meses; planejador de gastos; planners (mensal e semanal) e calendário.

Dias mais quentes são mais procurados por
 casais que buscam uma cerimônia ao ar livre
📷 Thiago Alves

Para ajudar os noivos na busca pelo casamento perfeito, o iCasei conta com o e-book Guia dos Melhores meses para casar, que funciona como um guia prático para ajudar os casais a escolherem a data ideal do casamento. Além disso, nossa plataforma é completa para personalização do layout do site, lista de casamento e cotas para a lua de mel, de acordo com as preferências do casal. “Não importa qual será o mês escolhido para a cerimônia, o iCasei visa trazer a melhor experiência através de tecnologia e inovação, além de apoiar no planejamento e nas etapas fundamentais para que o grande dia seja inesquecível.”, finaliza Fernanda.
E-book do iCasei ajuda os casais a organizarem
de forma mais prática (Crédito: Acervo iCasei)
Por meio do painel de edição da plataforma e lista do iCasei, os noivos podem escolher ainda entre os mais de 200 layouts personalizáveis para criar o site e atualizar a página com os detalhes da cerimônia, além de serviços como gravata e convite digital. “Aqui no iCasei também temos o RSVP, que é nosso serviço de confirmação de presença, que ajuda na hora de conferir a lista de convidados e evitar gastos extras. Além disso, disponibilizamos os modelos de Save The Date, que os noivos podem utilizar para enviar antes dos convites oficiais”, finaliza a editora de conteúdo.



iCasei
https://www.icasei.com.br/
@icaseibr

 


Compreender o sentido das emoções é de suma importância para o desenvolvimento socioemocional das crianças

De acordo com a psicóloga e arteterapeuta Cecília Rocha, ao conhecer a voz da emoção, as crianças ampliam o autoconhecimento e aprendem a cuidar melhor de si e do que é importante para elas, de suas necessidades e limites


É impossível sequer imaginar a vida sem as emoções. O que seria do ser humano se não pudesse sentir raiva, alegria, amor ou tristeza? A psicóloga, arteterapeuta, e autora do livro infantil “A Casa de Pedro”, Cecília (Ciça) Rocha, explica que as emoções servem a dois propósitos básicos. Primeiramente, funcionam para a manutenção da vida e adaptação ao meio ambiente. Em segundo lugar, atuam como um complexo sistema de comunicação intra e interespécie.

No que diz respeito ao segundo propósito, as emoções acabam tendo grande importância também na formação e manutenção de vínculos sociais, já que estes dependem de um bom processo de comunicação. E, conforme a psicóloga, para o ser humano ter uma boa comunicação, tanto consigo próprio quanto com os outros, ele necessita entender o que determinada emoção quer dizer.

Assim, ressalta a arteterapeuta, é fundamental que as pessoas compreendam que as emoções têm um sentido. Para as crianças, especialmente, que se encontram no início do processo de desenvolvimento emocional e social, conhecer o significado mais profundo das emoções é de grande valia. “Não à toa, sempre oriento os pais a buscarem o significado da emoção que a criança está sentindo . Com isso, suas relações tendem a melhorar muito”, diz.

Cecília relata que gosta muito de pensar nas emoções como visitas que chegam a nossa casa para nos transmitir um recado. “Por isso, em 'A Casa de Pedro', quando cada uma das emoções vai até o lar do personagem principal, a semântica delas é explicada. Por exemplo, quando a raiva bate na porta de Pedro, ele diz que quando esta emoção chega é porque está se sentindo injustiçado, agredido ou ofendido”, relata. De acordo com a psicóloga, ao conhecer a voz da emoção, as crianças ampliam o autoconhecimento e consequentemente, aprendem a cuidar melhor de si e do que é importante para elas, de suas necessidades e limites.

Entre as emoções existem aquelas que são desagradáveis de sentir, como a raiva e o nojo, por exemplo. Cecília explica que, mesmos estes sentimentos, apresentam função positiva e a criança estar ciente disso é essencial na aceitação e no gerenciamento destas emoções. “Essa concepção e aprendizagem liberta. Passamos a receber as visitas das emoções de uma forma mais amorosa, como se, com isso, pudéssemos ficar amigos delas. Assim seguimos mais tranquilos e em paz com nossas emoções e, consequentemente, com a gente mesmo”, afirma.

Segundo a arteterapeuta, a família exerce um papel importante para auxiliar a criança a compreender o sentido profundo das emoções, principalmente daquelas experimentadas como desagradáveis. Os pais desempenham essa função aceitando e validando as emoções de seus filhos. “Naturalizar o sentir traz um alívio profundo para a criança e para a família. Tira uma carga grande dos ombros, de inadequação, de menos valia que podemos desenvolver quando julgamos ser errado o que sentimos”, explica.

Ao demonstrar empatia e compreensão, os pais abrem um canal de comunicação, que é de grande valia para que as crianças lidem melhor com suas emoções. Isso passa também por buscar entender o sentido de suas próprias emoções e guiar a criança no processo de escutar o que determinada emoção que ela está sentindo significa. “Entender o sentido, ou seja, a semântica de cada emoção nos aproxima de quem está sentindo. É como se passássemos a falar a mesma língua. A criança sente isso, sente-se validada, vista e segue mais forte e confiante”, ressalta.

Não obstante a importância de auxiliar as crianças a compreenderem o sentido de suas emoções, nem sempre, para os pais, é fácil fazê-lo. Isto porque, de acordo com a psicóloga, a geração de pais de hoje, muitas vezes, não teve esse aprendizado na infância. “Esse olhar para as emoções, essa atenção, por exemplo, que muitas escolas passaram a dar para a educação emocional é muito recente”, diz. Dessa forma, comenta Cecília, é comum que muitos pais não saibam ajudar seus filhos neste quesito, pois estão também sendo iniciados no assunto.

Para ajudar os pais nessa empreitada, há, na atualidade, além de muitos programas de educação emocional, livros sobre o assunto, afirma a arteterapeuta. “Meu livro 'A Casa de Pedro, por exemplo, aborda esse tema e inclusive tem também um caderno de exercícios que facilita a aprendizagem desses conceitos para as crianças e família”, diz. Cecília ressalta ainda a importância do processo psicoterapêutico nesse sentido. “Ele nos auxilia a ficarmos mais íntimos de nosso mundo interno, para que possamos abrir a porta quando alguma emoção bater e ouvir o que cada uma tem a dizer”, finaliza.



Cecília Rocha – Psicóloga. Especialista terapia comportamental pela FMUSP. Arteterapeuta .Mediadora de conflitos.

 

Bem-estar físico e mental: confira alguns benefícios que o sexo traz à saúde

Tema coberto de tabus, o sexo é responsável por possibilitar muitas vantagens às pessoas

 

O sexo é uma prática natural do ser humano, por isso, é um tema bastante popular e do interesse de grande parte da população, apesar de mitos e tabus que sempre cercam o ato. O que muitas pessoas não sabem, porém, é que o sexo traz às pessoas uma série de benefícios, de cunho físico e mental — e muito além do prazer em si. 

De acordo com um estudo recente publicado no periódico científico Journal of Health and Social Behavior, por exemplo, a prática sexual cotidiana pode trazer benefícios às mulheres da terceira idade, com destaque a menores riscos de desenvolver hipertensão, quando comparadas àquelas que não faziam sexo frequentemente. Ou seja, além de prazeroso e responsável por oferecer benefícios à saúde, o sexo também pode ser aproveitado por pessoas de qualquer idade. 

No Brasil, a atividade sexual tem até um dia próprio para chamar de seu, em 6 de setembro de cada ano. A efeméride surgiu por causa da campanha de marketing de uma empresa de preservativos, como consta em alguns registros. A partir disso, o dia tornou-se uma oportunidade para as pessoas debaterem ainda mais sobre temas além da prática tradicional, como a importância de cuidar da saúde sexual e de quebrar tabus relacionados à sexualidade. No fim das contas, o sexo ganhou ainda mais espaço no debate público, especialmente diante de sua popularidade, evidentemente, e também pelo conhecimento das pessoas sobre tantos benefícios. 

 

Queima de calorias

Além das vantagens tradicionais conhecidas, o coito também permite que os praticantes queimem um bom número de calorias. É claro que o sexo não substitui qualquer atividade física e nem permitirá ao casal conquistar o corpo dos sonhos com a prática, porém, algumas pesquisas destacam que uma relação disposta de 30 minutos de duração, incluindo as preliminares, pode ajudar uma pessoa a queimar por volta de 100 calorias.

 

Qualidade do sono

Após o sexo, o cérebro proporciona uma grande transmissão de substâncias relaxantes, muito úteis para o bem-estar, e isso pode ajudar diretamente em um sono melhor. E vale lembrar que a qualidade do descanso é um elemento fundamental quando se trata de saúde, tendo em vista que o sono tem impacto significativo no sistema imunológico e em funções neurológicas.

 

Redução de estresse

O orgasmo é um grande aliado da diminuição da estafa mental, já que há relação entre essa satisfação sexual e a diminuição de cortisol — conhecido como “hormônio do estresse” — no corpo. Além disso, a atividade sexual libera mais ocitocina, hormônio conhecido popularmente como “do amor”, justamente porque ele compõe um grupo chamado de “neurotransmissores da felicidade”.

 

Melhoria da autoestima

A atividade sexual faz com que a pessoa se sinta desejada e, por consequência, o cérebro transmite uma sensação maior de autoconfiança, o que melhora a autoestima. Essa vantagem relacionada ao bem-estar mental é crucial em outros aspectos da vida, tendo em vista que a autoestima traz impactos importantes tanto na vida pessoal quanto profissional de qualquer indivíduo.

  

Clarissa Silveira - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Barbacena (MG), Clarissa Silveira fez Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Santa Casa de Belo Horizonte (MG), tem título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), além de Residência Médica em Mastologia pelo Instituto Mário Penna em Belo Horizonte (MG). A médica também é Fellow em Ginecologia Regenerativa Funcional e Estética – Laser Vaginal – no Hospital Estadual da República de San Marino e tem Especialização em Sexualidade – Programa de estudos em Sexualidade – PROSEX, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo). Clarissa também tem Especialização em Educação e Saúde Sexual no Instituto de Saúde e Educação, do Hospital Pérola Byington (São Paulo).



APRENDIZADO E SAÚDE EMOCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESTÃO INTIMAMENTE LIGADOS

 

De acordo com a especialista em Educação, doutoranda em Neurociência e Psicóloga, Sueli Conte, ter o apoio emocional dos pais, responsáveis e outros familiares proporciona diferenças importantes no desenvolvimento 


 

Um estudo realizado pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI) comprova: para que uma criança de até 6 anos apresente um bom desenvolvimento cognitivo, é preciso construir bons vínculos familiares e viver em um ambiente saudável. “É justamente o direcionamento emocional que acontece nessa fase da vida, que afeta diretamente os rumos no futuro, inclusive na vida adulta”, endossa Sueli Conte, que é doutoranda em Neurociências, Psicóloga, Pedagoga, além de mestre em Educação e fundadora do Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte, localizado na zona sul de São Paulo, destinado a cuidar da saúde emocional e psíquica de crianças, adolescentes e das famílias. 

 

A especialista explica que é durante a primeira infância que três importantes funções cerebrais são formadas: a flexibilidade cognitiva, a memória de trabalho e o controle inibitório. “Em conjunto, essas funções nos auxiliam no armazenamento de informações de curto prazo”, detalha. Nesse mesmo período, segundo a profissional, também se formam as principais conexões do lobo frontal. “Apesar de seguirem se aperfeiçoando durante toda a vida, essas conexões nos ajudam na concentração”, destaca. 

 

De acordo com Sueli Conte, justamente por esses aspectos, tudo o que acontece nos primeiros anos da nossa infância provoca reflexos importantes no futuro e permanece ao longo dos anos. “Observe que uma criança muito criticada na infância acaba se tornando um adulto inseguro, com baixa autoestima e pensamentos negativos constantes. Isso atrapalha o crescimento emocional, o sucesso na vida afetiva e na profissional”, analisa a psicóloga. 

 

Diante desse cenário, a profissional ressalta a importância de trabalhar as duas dimensões do estado emocional infantil: a reatividade e a autorregulação. A reatividade está ligada à forma como a criança reage a uma frustração. A autorregulação, por sua vez, está atrelada às correções, especialmente aquelas ligadas ao controle motor. 

 

Todos esses pontos devem ser somados à forte tendência apresentada pelas crianças de formar vínculos com as pessoas que estão ao seu redor. “Assim, é essencial que os adultos ofereçam, principalmente durante esse período, demonstrações de afeto e carinho aos pequenos, com especial manifestação de cuidados e acolhimento. Quando isso não acontece, há um prejuízo posterior, que pode se manifestar no rendimento escolar, na vida profissional e em outras áreas”, aponta a fundadora do Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte. 

 

Na visão da especialista, é natural que diante de tantos desafios, pais e responsáveis tenham dúvidas sobre como lidar com o emocional das crianças e adolescentes. A recomendação da profissional, por sua vez, é orientar de forma que eles consigam estruturar e formar o que chamamos de inteligência emocional. “É pela inteligência emocional que eles saberão identificar as próprias emoções e de quem estiver no entorno. Também é interessante ensiná-los a controlar as emoções, como expressá-las e como canalizá-las de maneira produtiva”, elucida Sueli Conte. 

 

Por fim, a especialista reforça que o apoio emocional se apresenta como parte essencial da formação de uma criança, para que ela possa enfrentar a adolescência e a vida adulta de forma mais simples. Segundo Conte, é justamente esse apoio emocional que levará a criança a interagir melhor com o mundo, a lidar da melhor maneira possível com as frustrações e a enfrentar desafios. “É por meio do suporte emocional que criamos seres humanos mais empáticos, mais sociáveis e mais capacitados a se adaptar às mudanças, sejam elas internas ou externas”, finaliza a doutoranda em Neurociências, Facilitadora da Barra de Access, ThetaHealing, mestre em Educação e fundadora do Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte.  




‘Espaço Saúde Integrativa by Sueli Conte’
www.instagram.com/saudeintegrativa20

 


Falta de Sexo e finanças são principais motivos que levam ao divórcio

Segundo Luiz Fernando Gevaerd, especialista na área de Direito da Família, desavenças sexuais e crises financeiras costumam gerar maiores conflitos


De acordo com as estatísticas, mais de 60% dos casamentos chegam à separação nos dez primeiros anos. Em média, os homens no Brasil se divorciam com 43 anos e, as mulheres, aos 40 anos de idade. A principal razão para levar a um divórcio são os desajustes sexuais e a segunda são as crises financeiras. 

De acordo com Luiz Fernando Gevaerd, especialista na área de Direito da Família com mais de 40 anos de carreira, mais de 10 mil casos atendidos e diretor do escritório Gevaerd Consultoria Jurídica, até mesmo as relações turbulentas têm mais chances de se sustentarem quando o sexo entre os dois é prazeroso. “E ainda que possa parecer estranho, a traição não é um motivo preponderante para o término dos casamentos. É bastante comum as pessoas traídas perdoarem, relevando esse fato, porque para essas pessoas o casamento é mais importante que um incidente”, diz ele. 

Segundo o Dr. Gevaerd, é preciso considerar que cada casal tem sua própria maneira de ver as coisas e, se essa maneira satisfaz os dois, deve ser respeitada. Ele explica que, atualmente, não apenas as mulheres, mas também os homens, deixaram de aceitar situações conjugais em que precisam reprimir suas características de personalidade e seus sonhos de vida. “Já fiz milhares de separações e, se antes, 80% delas tinham como causa desajustes sexuais, mais recentemente a liberação dos costumes reduziu as ‘surpresas’ nesse campo, mas ampliaram-se os desentendimentos em defesa da individualidade”, conta.

Depois da questão sexual, o segundo maior motivo de separação é a questão econômica. “Quando vivem dificuldades financeiras, as pessoas precisam mudar seus objetivos e acabam renunciando a muitos de seus sonhos, que vinham sendo em grande parte cultivados desde a infância. Por não conseguir realizá-los, a pessoa se frustra e vive insatisfeita, muitas vezes sem saber o motivo real de seu permanente mau humor”, avalia.

Há outros motivos financeiros, segundo o advogado, que costumam provocar a separação do casal e que não estão necessariamente ligados às crises econômicas, mas sim ao modo de cada um lidar com o dinheiro. “Isso pode ocorrer, por exemplo, quando um dos dois é excessivamente controlado nos custos, evitando todo gasto que considere supérfluo e, assim, privando-se de alguns prazeres que poderiam realimentar o próprio relacionamento. E também pode acontecer pelo motivo contrário, quando um dos dois (ou o casal) faz gastos excessivos e está sempre em descontrole financeiro”, analisa. 

Pedir ou não o divórcio é uma decisão que deve ser encarada com muito cuidado e consciência e, se de fato o casamento já não é uma alternativa, um advogado de família pode ajudar a lidar com questões que precisam ser resolvidas de forma legal. 



Luiz Fernando Gevaerd - Especialista na área de Direito de Família, o advogado Luiz Fernando Gevaerd possui 40 anos de carreira e mais de 10 mil casos atendidos. Gevaerd é graduado em Direito, Economia, Administração de Empresas, Contabilidade e especialização em Mediação de Conflitos. Por sua grande expertise, o profissional é fonte constante das grandes mídias (programas de TV, rádios, revistas, jornais e sites) em assuntos diversos. Um de seus diferenciais é a experiência em outras áreas relacionadas com o Direito de Família: Economia, Contabilidade e Negócios, permitindo-lhe falar sobre as repercussões do divórcio em grandes patrimônios.


Gevaerd Consultoria Jurídica
https://gevaerd.com.br/

 

TDAH em crianças: saiba como reconhecer

Pais precisam ficar atentos ao comportamento dos filhos 
 
Pixabay
Especialista explica alguns sinais que podem ser observados nas crianças

 

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que afeta a capacidade de uma pessoa de controlar seu comportamento e prestar atenção. Embora o TDAH seja frequentemente associado a crianças, ele também pode persistir na adolescência e na vida adulta.

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), mais de 5% das crianças têm Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) no país. Também é possível que crianças sejam diagnosticadas com dois distúrbios ao mesmo tempo. Pesquisas indicam que entre 30% e 50% de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) também apresentam TDAH. 

Carol Borgerth, mãe atípica, conta como foi para descobrir o diagnóstico do filho: “Receber o laudo do meu filho foi um divisor de águas. Visto que, desde quando ele tinha meses de vida, já havíamos notado alguns comportamentos diferentes nele. Mas foi com 2 anos que ele foi diagnosticado com TEA e começamos as intervenções. Porém, além de todos os sinais e laudo fechado de autismo, ainda tinham comportamentos que apresentavam sinais de outro transtorno, como falta de atenção, agitação extrema, falta de concentração e dificuldade de realizar as tarefas escolares. Então após 2 anos de acompanhamento e terapias, o laudo dele foi atualizado para TEA 1 de suporte + TDAH. O Thomás hoje está com 4 anos, e sempre enfatizo a importância das intervenções e tratamentos terapêuticos. É através deles que estamos conseguindo obter resultados muito significativos”, relata. 

O TDAH é caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Crianças com TDAH podem ter dificuldade de prestar atenção em tarefas, seguir instruções, controlar impulsos e manter-se organizadas, afetando muitas vezes o desempenho acadêmico e as relações interpessoais delas. 

A Psicóloga Talita Padovan explica alguns sinais que podem ser observados nas crianças com TDAH: “É possível notar certa dificuldade de concentração e desatenção em seus deveres, até mesmo assistir a um filme com calma é um desafio. Esse conjunto de sinais fica bem evidente nas crianças pré-escolares, entre 3 e 6 anos, época em que normalmente já é possível fazer o diagnóstico”, alerta. 

Crianças diagnosticadas com TDAH costumam ser mais agitadas, ter mais dificuldade de concentração e são mais enérgicas do que a média, explica a especialista. “Infelizmente, essas crianças muitas vezes são vistas como crianças ‘preguiçosas, bagunceiras, sem educação’, quando na verdade são ‘criativas, intensas e curiosas”. 

Embora esses sejam os comportamentos mais populares em crianças com o transtorno, o problema é ainda muito mais complexo e inclui outras características, segundo a psicóloga. “Esses comportamentos são comuns a todas as crianças, mas o problema é quando eles se tornam intensos, o que gera comprometimento no desenvolvimento infantil”, alerta Talita Padovan. 


Entenda como funciona a versão adaptada da Terapia Comportamental Dialética (DBT), chamada DBT for Children.

A DBT-C é uma abordagem terapêutica focada para crianças - com o objetivo de ajudá-las a lidar com emoções intensas, desenvolver habilidades de regulação emocional e melhorar o relacionamento interpessoal. A Terapia é baseada em evidências que combinam técnicas cognitivo-comportamentais com práticas de atenção plena, com o intuito de aliviar os problemas atuais, bem como reduzir o risco de psicopatologia associada no futuro, visando tanto o relacionamento com o meio ambiente quanto o relacionamento consigo mesmo (uma adição importante ao modelo DBT padrão).

A DBT-C instrui os pais sobre como criar um ambiente pronto para validação e mudança, além de prepará-los para tornarem-se treinadores de seus filhos, promovendo respostas adaptativas durante o tratamento e após o término da terapia. E mais: ensina, para pais e filhos, habilidades eficazes de enfrentamento e resolução de problemas, identificando as funções de suas respostas e os significados que atribuem aos eventos, além de fornecer intervenções específicas para diminuir as vulnerabilidades nos sentidos centrais de amor próprio, segurança e pertencimento. Porém, ainda não há psicólogos e profissionais especializados neste novo tratamento no Brasil. 


Especialização na área

Com o objetivo de difundir a DBT-C, a psicóloga Talita Padovan trará para o país, em março de 2024, um treinamento internacional para psicólogos e médicos. “Durante o treinamento, os participantes aprenderão os princípios fundamentais da DBT para crianças, que incluem a criação de um ambiente seguro e acolhedor, o ensino de habilidades de mindfulness e a promoção da autorregulação emocional. Além disso, os participantes também aprenderão técnicas específicas de DBT para ajudar as crianças a desenvolver habilidades de tolerância ao estresse, comunicação eficaz, resolução de problemas e tomada de decisões”, salienta a profissional. 

A palestra será ministrada pela psicóloga que desenvolveu a DBT-C - Francheska Pereplecthicova. Com a terapia, comprovadamente eficaz, as crianças aprendem a lidar com emoções intensas, desenvolvem habilidades de regulação emocional e melhoram o relacionamento interpessoal. O treinamento acontecerá nos dias 9,10, 16 e 17 de março, e será voltado para psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e outros profissionais de saúde mental que trabalham com crianças. “É uma oportunidade única de aprimorar habilidades terapêuticas e expandir conhecimentos”, finaliza Talita Padovan.

 

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Cia Alvo faz releitura expressionista do Apocalipse em espetáculo inédito

O passageiro estreia no dia 15 de setembro no Metaverso e no Teatro Alvo em São Paulo

Maxwell Polimanti 
           

                                                

No próximo dia 15 de setembro, no Teatro Alvo, em São Paulo, e no Metaverso, estreia o espetáculo O passageiro, uma montagem inédita da Cia Alvo que desafia as convenções do teatro tradicional e oferece uma visão expressionista e metafórica do Apocalipse. Explorando a complexidade do tema por meio da linguagem corporal e dos sentidos, a montagem, com apenas dois atores em cena, proporciona uma experiência teatral que transcende as palavras, mergulhando o espectador nas profundezas da experiência humana.

O Apocalipse é um tema que, mesmo nas traduções contemporâneas da Bíblia, permanece misterioso e enigmático. Assim, O passageiro convida o público para refletir sobre seu significado profundo e multifacetado. Utilizando figurinos deslumbrantes e maquiagem criativa para expressar a narrativa rica em emoção e simbolismo, a produção combina elementos de moda contemporânea com fragmentos distópicos, criando um contraste visual que é ao mesmo tempo chocante e belo.

A maquiagem desempenha um papel igualmente importante na peça, transformando os atores em seres que são tanto angustiados quanto majestosos. Com traços marcantes e cores mórbidas, é usada para transmitir a profundidade dos personagens e suas jornadas emocionais ao longo da história.

“Uma das características mais intrigantes de O passageiro é a ausência de respostas ou caminhos de reflexão óbvios”, explica a atriz Karina Bonetti. “Em vez disso, a peça é como uma charada que não tem uma única resposta certa, convidando o público a explorar suas próprias interpretações e reflexões sobre o conteúdo apresentado. Essa montagem tem características expressionistas e não se propõe a imitar a realidade como ela é. Na verdade, foge do teatro mais tradicional que segue o realismo, que nem seria possível, já que o livro do Apocalipse não é escrito de forma realista”, pondera a atriz.

“Toda a dramaturgia foi pensada em camadas desenvolvidas separadamente”, comenta Fabiano Moreira, diretor do espetáculo. “Uma camada de áudio com músicas compostas exclusivamente para o espetáculo e interpretadas ao vivo por um dueto de violino e sax, e outra camada estética com toques de surrealismo no cenário para provocar o imaginário coletivo. É importante destacar o trabalho de corpo dos atores, que compõe toda a dinâmica audiovisual. Todas essas camadas que compõem o espetáculo são para proporcionar ao espectador uma experiência impactante sobre a releitura do Apocalipse”, finaliza o diretor.

O passageiro ficará em curta temporada no Teatro Alvo em São Paulo e no Metaverso, que terá tutoriais explicativos para guiar o expectador, com orientações simples para garantir uma imersão sem contratempos. Para mais informações sobre o espetáculo, siga a Cia Alvo no Instagram: @ciaalvo.

 

O Passageiro

Onde: Teatro Alvo

Rua João Alfredo Abrahão, 292 – Freguesia do Ó

De 15 a 30 de setembro: sextas-feiras às 20h30 / sábados às 17h30 e às 19h30 (horário especial no sábado 30/09, às 9h e 11h)

Elenco: Karina Bonetti, Daniel Langer, Roberta Gomes, Thiago Alcantara

Direção: Fabiano Moreira

Figurinos: Lucinha Oliveira

Maquiagem: Débora Santana

Produção artística: Paul Marcel

Preparação Corporal: Verônica Nobili e Rafael da mata

Iluminação: Bruno Garcia

Trilha original: Emerson Vilani

Dramaturgia: Denis Snoldo

Trilha original: Emerson Vilani

 

Ingressos

Inteira: R$ 45,00

Meia: R$ 22,50

Antecipado pelo Sympla: R$ 30,00

Link: https://www.sympla.com.br/evento/espetaculo-o-passageiro/2123419

 

Metaverso: www.acriart.org.br


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