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terça-feira, 5 de setembro de 2023

Melhora nível de pagamento de dívidas das famílias paulistas em 2023

Em 84% dos casos de contas em atraso, os motivos são cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos pessoais


Pesquisa inédita da Fundação Seade mostra que em 2023 o pagamento em dia das dívidas assumidas pelas famílias no Estado de São Paulo foi apurado para 24% delas, uma melhora de 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior; na Região Metropolitana de São Paulo - RMSP o resultado foi ainda mais positivo, ao passar de 17% para 23%. Já entre aqueles que não pagam em dia, a proporção passou de 39% para 35%, entre 2022 e 2023. São consideradas dívidas os compromissos assumidos que estejam em dia ou em atraso.

 

Em 2023, 59% das famílias no Estado de São Paulo estão endividadas, parcela igual à observada em 2022. O endividamento é menor na faixa de renda familiar mais alta (mais de 10 salários mínimos, com 46%) e maior naquelas famílias com renda de mais de 1 a 10 salários mínimos (62%). O interior paulista apresenta maior proporção de endividamento (61%) do que a RMSP (57%).

 

“O nível de endividamento das famílias reflete diretamente no poder de consumo e na qualidade de vida, pois parte do orçamento pessoal ou familiar, com gastos como alimentos, remédios, moradia adequada e uso de serviços essenciais, como água, gás e energia elétrica, estará comprometida com o pagamento de dívidas”, destaca Alexandre Loloian, da Divisão de Indicadores Sociais da Fundação Seade. 

 

Em 84% dos casos de contas em atraso, os motivos são cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos pessoais, com aumento de 2 p.p. entre 2022 e 2023. Nas famílias com mais de 3 salários mínimos, esse percentual é de 90%, mas o maior aumento ocorreu entre aquelas com até 1 salário mínimo (de 75% para 83%).


Em 2023, para 29% das famílias com atraso em seus pagamentos, o tempo estimado para que possam colocar as contas em dia é de três meses a um ano. No entanto, 39% não têm ideia de quando poderão efetuar seus pagamentos, proporção que equivale a 42% na RMSP e 55% entre as famílias com renda de até 1 salário mínimo.



Inadimplência e economia de dinheiro

 

Entre as famílias mais pobres – até 1 salário mínimo –, 57% se consideram muito endividadas em 2023, proporção 3 p.p. mais elevada que em 2022. Já entre as famílias com mais de 3 salários mínimos de renda essa percepção diminuiu de 49% para 37%.

 

Apesar da menor proporção em relação a 2022, ainda há 27% de famílias no Estado que não conseguiram pagar em dia suas contas de água, luz e gás em um período de até seis meses. Por faixa de renda familiar, 35% das famílias com menor renda não puderam fazer esse tipo de pagamento. 

 

A inadimplência é mais elevada quando se trata de despesas com alimentação e farmácia, pois 37% das famílias estavam em atraso há pelo menos seis meses em 2023. Essa proporção é de 58% entre as famílias com menor renda e de 54% entre aquelas que recebiam Bolsa Família, Bolsa do Povo, BPC ou outro programa de transferência de renda.

 

Embora tenha aumentado de 18% para 21% a proporção de famílias que conseguem guardar dinheiro, essa ainda é uma média baixa, que sintetiza níveis de renda muito desiguais: enquanto 62% das famílias com renda de mais de 10 salários mínimos têm condição de guardar dinheiro, apenas 10% daquelas com até 1 salário mínimo e 13% de 1 até 3 salários mínimos o fazem.

 

Usar o dinheiro que conseguiu guardar é mais recorrente entre os mais pobres (49%), provavelmente pela dificuldade em obter crédito no setor financeiro: apenas 18% o fazem; recurso usado por 43% das famílias com renda de mais de 3 salários mínimos.


 

Sobre a pesquisa


Pesquisa de Percepção da População do Estado de São Paulo sobre Endividamento e Inadimplência no Estado de São Paulo foi realizada por telefone e entrevistou 3.704 pessoas com 18 anos e mais, em abril de 2022, e 3.635, em julho de 2023. 

A pesquisa será elaborada anualmente pela Fundação Seade no Estado de São Paulo

Mais informações: https://endividamentodasfamilias.seade.gov.br/wp-content/uploads/sites/27/2023/08/seade-percepcao-populacao-sao-paulo-endividamento-inadimplencia.pdf

 

Decisões não são estáticas: como fazer mudanças na carreira sem abrir mão de seus sonhos

Autoconhecimento é peça-chave para que se reconheçam rotas alternativas em planos profissionais

 

A busca por assertividade nas tomadas de decisões muitas vezes traz a percepção de que é preciso fazer uma escolha que perdure – como um estudante que presta um vestibular acreditando que seguirá a carreira escolhida até o último dia de sua vida. Porém, assertividade não precisa ser estática. Para o escritor Uranio Bonoldi, especialista em tomada de decisão, é completamente natural e necessário ter uma postura aberta às adaptações  a novas circunstâncias e fazer mudanças no percurso profissional, mantendo ou se aproximando ainda mais dos seus princípios e valores.

“Às vezes, é necessário fazer concessões e mudar algumas rotas naquilo que havia sido planejado, porque o mundo muda o tempo inteiro. Hoje, um mercado pode estar bem, com muitas vagas abertas e oportunidades de sucesso na sua área, e amanhã a realidade será outra. É importante saber enxergar essas mudanças situacionais para não insistir em caminhos que não têm mais as mesmas perspectivas de antes”, diz o autor.

Em seu livro “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”, Bonoldi defende que as escolhas feitas no campo profissional – e também em outras áreas – devem equilibrar as situações externas e os objetivos, gostos, preferências e a identidade da pessoa. “Bem ou mal, devemos reconhecer que não vivemos no mundo dos sonhos. Não podemos fazer só aquilo que queremos, temos que ter os pés no chão e fazer escolhas racionais. A grande questão é que, quanto mais conhecermos a nós mesmos, reconhecendo nossos talentos, aptidões, planos e nossas vontades, mais capazes nos tornamos de reconhecer caminhos alternativos que nos mantenham próximos daquilo que realmente gostaríamos de fazer”, pondera.

Bonoldi, que é também autor da série de ficção “A Contrapartida”, cita que esse dilema costuma ser comum em profissionais do campo cultural. “Muitos às vezes sonham em viver de arte, mas esse é um caminho difícil, pouco acessível para uma grande parcela da população. O que se pode fazer? Observe que outros trabalhos você pode realizar paralelamente que te permita ter uma renda fixa e garanta recursos para investir em sua arte. Ou então, escolha trabalhar em áreas correlatas, como marketing, eventos, jornalismo, etc, para ampliar as possibilidades. Não estou sugerindo que se perca o foco, mas que se faça adaptações e se pense de forma mais ampla para agir de maneira mais estratégica, menos idealista e emocional”, opina.

É claro que é possível persistir em um plano de carreira que foi decidido previamente – mas paga-se um preço por isso, e pode ser alto. “A questão que fica é: você está disposto a lidar com as consequências de insistir em um caminho que tem poucas chances de sucesso no curto/médio prazo? Você vai bancar a decisão, ser disciplinado, persistente e se esforçar para fazer dar certo? Se a resposta for sim, então siga em frente. O que não pode ser feito é agir de forma ingênua, acreditar num mundo de idealizações que não existe, e acabar se frustrando por isso. Estude o mercado, analise a viabilidade dos seus planos, e decida por aquilo que mais fizer sentido para você”, finaliza. 



Uranio Bonoldi - palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão. Atuou em grandes empresas como diretor e CEO. É autor dos thrillers da saga “A Contrapartida” e de “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”. Educado pelo método Waldorf, sua graduação e em seguida a pós-graduação em administração de empresas foi feita na FGV-SP.


Pequenos negócios representam metade dos credores de empresas em recuperação judicial

Mapeamento inédito do Sebrae aponta quem são e onde estão as micro e pequenas empresas que têm créditos com grandes devedoras

 

Quase metade dos credores de grandes grupos empresariais que entraram em processo de recuperação judicial no Brasil são pequenos negócios. Levantamento inédito do Sebrae mapeou 14.924 empresas credoras, das quais 47,4% (ou 7.077) são micro e pequenas empresas localizadas em todos os estados brasileiros. O estudo considera nove conglomerados que divulgaram a lista dos credores no período de janeiro a maio deste ano.

Entre as unidades da Federação com o maior número de micro e pequenas empresas credoras, estão São Paulo (2.247), Rio de Janeiro (1.129), Bahia (556) e Minas Gerais (532). Sudeste e Nordeste lideram regionalmente na quantidade de credores, com 61% e 16%, respectivamente. O Sul responde por 11%, o Centro-Oeste por 8% e o Norte por 4%.

O ramo de atividades mais frequente varia muito localmente. Na região Sudeste, por exemplo, 32% dos créditos devidos a micro e pequenas empresas são para o comércio atacadista especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo; e 29% para o comércio varejista de material de construção. Já no Nordeste, o ramo com o maior volume de créditos a receber (65%) é o do comércio varejista de combustíveis para veículos automotores.

O mapeamento faz parte de um esforço do Sebrae para auxiliar os donos de pequenos negócios que figuram entre credores em recuperações judiciais. O estudo detectou uma alta de 37% em requerimentos de recuperação judicial de médias e grandes empresas e de 30,2% nos deferimentos, entre 2022 e 2023, considerando janeiro a maio. Quase metade das micro e pequenas empresas que são credoras já foram atendidas pelo Sebrae nos últimos cinco anos.

“Em um processo de recuperação judicial, os pequenos negócios são os credores mais frágeis, pois muitas vezes contam com essa empresa como um grande cliente e, em geral, não possuem caixa para sustentar longos períodos sem receber. Nesse sentido o apoio do Sebrae pode ser crucial para atuar sobre a gestão financeira, bem como buscar novas oportunidades de mercado para essas MPEs”, afirma Ivan Tonet, coordenador de Mercados e Transformação Digital do Sebrae.

O projeto do Sebrae inclui um sistema de monitoramento de pedidos de recuperações judiciais. A partir da identificação dos CNPJs de empreendedores de pequeno porte, o Sebrae do estado da empresa em questão é acionado para prestar atendimento. O objetivo é levar informações sobre como proceder a fim de conseguir receber o crédito e apoiar de outras maneiras a partir da realidade do negócio naquele momento.

O mapeamento do Sebrae trabalhou com informações públicas considerando nove grupos empresariais que divulgaram credores: Americanas, Grupo Petrópolis, Drogaria Santa Marta, Graneleiro, Paranapanema, DP4, Nexpe, Dissim, Dok. A situação da empresa, bem como da lista de credores, é dinâmica e pode se alterar ao longo do tempo.


segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Dia Mundial da Saúde Sexual: como garantir uma vida sexual segura?

Especialistas e sociedades médicas esclarecem que informar, alertar e conscientizar sobre saúde sexual, principalmente, adolescentes e jovens, pode ajudar na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, como o HIV/Aids. (1-5)

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a saúde sexual é definida como um estado físico, emocional, mental e social de bem-estar em relação à sexualidade. E, para alcançar esse bem-estar, é preciso ter informações de boa qualidade; conhecer os riscos do sexo desprotegido; ter acesso a cuidados; e viver em um ambiente que promove a saúde sexual. (1,2) 

E, no mês em que se celebra o Dia Mundial da Saúde Sexual, comemorado no dia 4 de setembro, é importante falar sobre as diversas questões relacionadas à saúde sexual, promovendo alerta e conscientização para prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo o HIV/Aids. (2) 

“Em geral, os aspectos relacionados à saúde sexual levantam polêmicas e podem ser marcados por preconceitos e tabus. A adolescência, por exemplo, é um momento da vida que muitas dúvidas aparecem e também, geralmente, surgem as primeiras experiências sexuais. Por isso, é essencial que os adolescentes e jovens possam ter acesso às informações sobre sexualidade, sobre sexo seguro e conheçam o seu corpo. Sem informação e orientação, essas ações podem resultar, entre outras, em gestações não planejadas ou até em infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como o HIV”, alerta o Dr. Marcelo Lima, infectologista e Gerente Médico da GSK/ViiV Healthcare. 

E os dados mostram isso. De acordo com a UNAIDS, cerca da metade de todas as novas infecções pelo HIV no mundo inteiro ocorre entre jovens de 15 a 24 anos. Mundialmente, as doenças relacionadas à Aids são a segunda principal causa de morte entre jovens, de 10 a 24 anos de idade. (5) No Brasil, segundo o Boletim Epidemiológico de 2022, entre 2007 e 2022 foi observado que 23,7% dos casos de infecções por HIV são de jovens entre 15 e 24 anos. (8) 

Para ajudar a reverter isso, é importante que, já no início da puberdade, antes mesmo do início da vida sexual, adolescentes possam ter acesso aos serviços de saúde. Temas relativos a educação sexual, como, por exemplo, autonomia, direito de escolha, planejamento do futuro e métodos contraceptivos propriamente ditos são importantes de serem trabalhados. (4) 

“A ocorrência de novas infecções pelo HIV em mulheres jovens, por exemplo, também tem crescido, e as mulheres nessa faixa etária encontram-se em idade reprodutiva, sendo importante um planejamento reprodutivo, a oferta de teste anti-HIV para a detecção precoce da infecção e o início de tratamento com antirretroviral, a fim de evitar a transmissão vertical do vírus para o bebê. Ou seja, é muito importante que políticas públicas sejam direcionadas a essa população jovem de forma contínua”, afirma o Dr. Marcelo, que complementa:

“É importante dizer que a educação sexual não incentiva a sexualidade precoce. Pelo contrário, informar o assunto de forma efetiva e qualificada tende a fazer com que os adolescentes e os jovens façam escolhas mais conscientes do que os que não tiveram informações.”

 

Principais formas de prevenção e tratamento para uma saúde sexual segura 

O preservativo é o método mais conhecido, acessível e eficaz para prevenir a infecção pelo HIV e outras ISTs e doenças graves, como as hepatites virais. Segundo a OMS, a hepatite viral pode matar mais pessoas do que malária, tuberculose e HIV juntos até 2040, se as tendências atuais de infecção continuarem. (9) No SUS são distribuídos preservativos interno e externo gratuitamente para a população. (6) 

Em relação ao HIV, uma das principais maneiras de se evitar a transmissão é com a Prevenção Combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes métodos de prevenção. Essas ações podem estar combinadas de acordo com as características individuais e o momento de vida de cada pessoa. (6) É importante frisar que os métodos de prevenção só têm sua eficácia garantida se forem usados corretamente. 

O Dr. Marcelo explica um pouco mais sobre a Prevenção Combinada: “Cada pessoa ou grupo de pessoas vai ser orientado com relação ao conjunto de métodos preventivos para o HIV e para outras infecções sexualmente transmissíveis que sejam mais adequados pro seu estilo de vida. Além disso, a prevenção combinada também identifica comportamentos e situações de maior vulnerabilidade que possam ser modificáveis para aquela pessoa ou grupo de pessoas.” 

Entre os métodos que podem ser combinados, estão, por exemplo, a testagem regular para o HIV, que pode ser realizada gratuitamente no SUS; a prevenção da transmissão vertical (quando a gestante vive com HIV e pode haver a transmissão do vírus para o bebê); a profilaxia pré-exposição (PrEP), que consiste no uso de antirretrovirais que são utilizados antes da exposição para reduzir o risco de infecção pelo HIV; o tratamento para todas as pessoas que já vivem com HIV; a profilaxia pós-exposição (PEP), que é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras ISTs, que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções, e ela deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio; entre outros. (6,10) 

O infectologista alerta ainda que, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido, é importante que faça o teste de HIV e outras ISTs. “O SUS oferece gratuitamente testes para diagnóstico do HIV e para diagnóstico da sífilis e das hepatites B e C. Existem, no Brasil, dois tipos de testes: os exames laboratoriais e os testes rápidos. Os testes rápidos são práticos e de fácil execução; podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou com fluido oral e fornecem o resultado em 30 minutos”, esclarece. 

Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo SUS os medicamentos antirretrovirais para todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. (7) 

“O programa brasileiro de controle ao HIV é reconhecido mundialmente, e oferece gratuitamente para a população os medicamentos modernos para prevenção e tratamento ao HIV. É muito importante que você se previna e, caso tenha tido alguma situação de risco, faça o teste de HIV para dar início imediato ao tratamento. Uma pessoa com acompanhamento médico regular, boa adesão ao tratamento é capaz de atingir níveis de carga viral tão baixos a ponto de ser considerado não haver transmissão do HIV por via sexual, este é o conceito chamado i=i, ou indetectável=intransmissível. Além disso, quem toma o medicamento corretamente evita o adoecimento em decorrência do HIV e garante boa qualidade de vida”, finaliza o Dr. Marcelo.


Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico

 


GSK/ViiV Healthcare



Referências:

1. CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Sexual Health. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

2. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Sexual Health. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica - Saúde sexual e saúde reprodutiva. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

4. FIOCRUZ. Adolescentes e saúde sexual e reprodutiva. Disponível em:

<link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

5. UNAIDS. Promoção da saúde sexual e reprodutiva de jovens é importante para melhorar resposta ao HIV. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Aids/HIV. Prevenção. Disponível em

<link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

7. Brasil. Ministério da Saúde. Aids/HIV. Tratamento. Disponível em

<link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico 2022. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

9. WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO launches “One life, one liver” campaign on World Hepatitis Day. Disponível em: <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

10. BRASIL. Ministério da Saúde. DCCIST. Prevenção combinada. Disponível em <link>. Acesso em: 17 ago. 2023.

Mês de Conscientização a Doença de Alzheimer; O que você pode fazer agora?

Estamos prolongando nossa expectativa de vida, mas será que estamos realmente melhorando nossa qualidade de vida? 

O aumento da longevidade da população também está resultando em um aumento nos casos de doenças crônicas e neurodegenerativas, em especial a Doença de Alzheimer. 

A Doença de Alzheimer, uma das formas mais comuns de demência, é uma condição progressiva causada pelo acúmulo das proteínas tau e beta-amilóide no cérebro. Essas proteínas deterioram as regiões e estruturas cerebrais. Quando essas proteínas não desempenham suas funções adequadamente, as sinapses, que são as conexões entre os neurônios, deixam de funcionar, resultando na morte desses neurônios devido a esse mau funcionamento. 

No entanto, é possível promover a saúde cerebral ao longo da vida para retardar o aparecimento dos sintomas da Doença de Alzheimer. Nesse contexto, a adoção de hábitos saudáveis, o manejo do estresse, a alimentação adequada, a prática regular de exercícios físicos e a ginástica para o cérebro desempenham um papel crucial para desenvolver ou não a doença.

 

O que posso fazer hoje para reduzir o risco de desenvolver a Doença de Alzheimer? 

Dado que a Doença de Alzheimer é uma condição multifatorial, a prevenção deve envolver diversos fatores. O primeiro passo é cuidar da saúde geral do organismo, controlando doenças crônicas como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e hipertensão, além de incorporar atividades físicas e uma alimentação equilibrada. 

Uma vez que o corpo está saudável, é importante também monitorar de perto a função cognitiva, com a prática de ginástica para o cérebro e utilizando estratégias de treinamento cognitivo para retardar o aparecimento dos sintomas da doença. Ao estimular a neuroplasticidade cerebral, é possível desenvolver uma reserva cognitiva robusta. Essa reserva ajuda o cérebro a resistir melhor aos danos causados pelo envelhecimento ou por doenças. Além disso, ter parentes de primeiro grau com a doença não é necessariamente uma sentença, pois é possível fazer muito para fortalecer o cérebro, criando essa reserva cognitiva e antecipando-se a qualquer sintoma futuro.

 

Participe da 5ª edição do evento Despertando a sociedade para a saúde do cérebro 

O maior evento dedicado à conscientização sobre a Doença de Alzheimer no Brasil está chegando! Não perca a 5ª edição do "Despertando a Sociedade para a Saúde do Cérebro", que acontecerá em alusão ao mês de conscientização sobre a Doença de Alzheimer. O evento contará com palestras e a participação de diversos especialistas, tudo transmitido ao vivo pelo canal oficial do SUPERA no YouTube, aberto para todo o Brasil.

 

Serviço:

Inscreva – se pelo link: https://bit.ly/despertando2023
Ou participe presencialmente no Teatro Gazeta – Avenida Paulista, 900 – Bela Vista - São Paulo
Quando: 16/09/2023
Horário: Das 8h às 13h Transmissão ao vivo: Canal oficial do SUPERA no Youtube - https://www.youtube.com/metodosupera


Dia da Saúde Sexual: pesquisa mapeia práticas, nível de conhecimento e até a frequência com que o brasileiro busca ajuda médica

Segundo levantamento da plataforma Gleeden, 55% dos entrevistados revelam não ter planos para saúde reprodutiva e 33% dizem fazer práticas sexuais não seguras


 

Em 4 de setembro, é celebrado mundialmente o Dia da Saúde Sexual. Além do bem-estar, a data tem como objetivo promover conscientização social sobre temas como saúde reprodutiva, sexualidade, responsabilidade afetiva, violência e proteção. Atento a esse movimento de saúde e cuidado, o Gleeden - principal plataforma para encontros extraconjugais e relações não monogâmicas do mundo - ouviu seus usuários a respeito das práticas e dúvidas relacionadas a esse importante tema.

 

Segundo a pesquisa, realizada em agosto deste ano, 72% alegam que “levam uma vida sexual pouco satisfatória ou insatisfatória”, enquanto apenas 28% dizem que “consideram a vida sexual satisfatória ou muito satisfatória”.

 

Quando perguntados sobre como avaliam a sua saúde sexual, 62% dos entrevistados responderam que está “muito boa”; 23%, “boa”; e 15%, “regular” – ninguém alegou ter uma saúde sexual “ruim”.

 

Com relação à saúde reprodutiva - que envolve estado de bem-estar físico, mental e social, vida sexual segura e satisfatória, autonomia e liberdade para decidir ter ou não filhos, informações e acesso a métodos contraceptivos eficazes -, 36% dos entrevistados disseram que “fazem planejamentos”; 9%, que “começaram a fazer planos recentemente”; e 55%, que “não têm nada planejado nesse sentido”.

 

A respeito de dúvidas ou curiosidades que envolvem essa temática, metade dos entrevistados (50%) revela que gostaria de saber mais sobre “cuidados com as diferentes práticas sexuais”; 30%, sobre “fetiches”; 10%, “diversidade sexual”; e os outros 10%, “consentimento em práticas sexuais”.

 

Sobre práticas sexuais seguras, 90% dos entrevistados dizem que “conhecem todos os métodos contraceptivos existentes para ambos os sexos” e 67%, que na hora da prática “sempre usam camisinha”. Já em relação a novas relações, os usuários foram questionados se consideram importante solicitar um histórico de saúde sexual antes de se relacionar com o novo parceiro: 44% responderam que “sim”; 33%, que “não”; e 22%, que “gostariam de pedir, mas têm vergonha”.

 

Questionados a respeito dos exames de rotina, 80% dos usuários do Gleeden disseram se consultar com um ginecologista/proctologista pelo menos uma vez ao ano, sendo 25% mulheres e 75% homens. Já 20% dos homens “só buscam ajuda médica quando há um problema específico”. Um outro dado curioso a respeito do público masculino é: 22% recorrem à internet, o famoso “Doutor Google”, para obter informações em caso de dúvida sobre saúde sexual.

 

Com a palavra, uma especialista

Paulina Millán, sexóloga parceira do Gleeden, explica que há uma falsa percepção sobre a educação sexual. “Muitas vezes, as pessoas pensam que, por saberem sobre sexo e conhecerem anticoncepcionais, já receberam uma educação completa a esse respeito. No entanto, elas precisam considerar aspectos como prevenção, prazer e até violência sexual. Por isso, esse dia é tão importante, para falar mais sobre o assunto e aprofundar na detecção de doenças”.

 

A especialista afirma que ainda falta divulgação de informações sobre saúde sexual e reprodutiva e uma maior disponibilidade de laboratórios e clínicas para que as pessoas possam fazer exames, testes e tirar dúvidas. “Além disso, a maioria das pessoas desconhece que já existem vacinas preventivas ou acredita que, se não tiverem um sintoma visível nos órgãos sexuais, estão saudáveis, quando existe a possibilidade de serem portadores de muitas doenças que não apresentam sintomas”, finaliza.

 

 

Gleeden

 

Dia do Sexo: Cirurgião plástico comenta os efeitos da autoestima para uma vida sexual mais saudável

Ex-presidente da SBCP, Dr. Luiz Haroldo Pereira também revela em quanto tempo após um procedimento o paciente poderá voltar a fazer sexo e afirma: “A cirurgia plástica contribui principalmente com a forma que a paciente se vê. Ela vai se sentir mais bonita, confiante e naturalmente mais à vontade para fazer sexo“

Dia 6 de setembro é celebrado o Dia do Sexo e dessa vez, nada de luzes apagadas. Se despir na frente do parceiro ou parceira exige coragem de alguém que não está confiante com o próprio corpo e isso pode acabar minando a vida sexual do casal. De acordo com o Dr. Luiz Haroldo Pereira, cirurgião plástico membro e ex-presidente regional da SBCP, diversos pacientes chegam ao consultório buscando por um procedimento estético justamente porque não se sentem mais confortáveis em fazer coisas simples, como ir à praia, usar uma roupa que mostre mais o corpo ou até mesmo fazer sexo.

 “O mais importante é ter equilíbrio em todas as áreas, corpo, mente e espírito, além de um bom relacionamento com o parceiro ou parceira. O cirurgião plástico entra nesse momento justamente para ajudar nesse reequilíbrio, auxiliando a corrigir o que incomoda e a recuperar a auto-estima”, afirma o médico.

 

Luzes acesas

 

Não existe um procedimento estético destinado a melhorar a vida sexual, mas segundo o médico, sem dúvidas o desconforto com a aparência dos seios, barriga, glúteos ou qualquer outro detalhe, pode ser um fator determinante para piorar a atividade, justamente por envolver o psicológico. 

 

“Muitos pacientes relatam que só tiram a roupa de noite e de luzes apagadas, que não conseguem se despir na frente do parceiro. A cirurgia plástica ajuda essa pessoa a se aceitar muito mais, a se ver de uma forma diferente e relaxar para viver aquele momento.”

 

Além do sexo, Luiz Haroldo fala inclusive do impacto da autoestima na vida sentimental. “Uma pessoa que não está feliz com o que vê no espelho, não consegue desenvolver um relacionamento amoroso e receber carinho. Então muitas pacientes minhas que há mais de dois anos não se relacionavam com ninguém, depois da cirurgia passaram a se amar muito mais e, ou reataram amores antigos, ou ingressaram em novos relacionamentos”.

 

“É muito interessante observar o retorno das pacientes ao consultório após o procedimento porque vemos o sorriso, o brilho nos olhos. Principalmente as mulheres, que acabam tendo uma cobrança maior. Elas voltam a ter prazer em exibir um corpo que as deixam felizes”. Mas o médico também frisa:  “Lembrando que não estamos falando de alguém que tem um distúrbio de imagem, mas de um paciente que se incomoda com um detalhe possível de ser resolvido”.

 

Tempo de recuperação cada vez menor 

Com a evolução da medicina e da tecnologia, o tempo de recuperação para retomar a vida sexual após uma cirurgia plástica tem se tornado cada vez menor. Dr. Luiz Haroldo afirma que o período depende em primeiro lugar de cada paciente e também do procedimento escolhido.  

Uma lipoaspiração, por exemplo, leva no máximo entre 8 a 10 dias de recuperação antes de voltar à atividade sexual, segundo o cirurgião. Já as próteses de mama, cerca de duas semanas são suficientes. “O que demanda um pouco mais de tempo é se for uma abdominoplastia com lipoaspiração, devido ao cuidado com a cicatriz, e pode demandar em média 3 semanas”. 

Mas o mais importante é respeitar a vontade e o desejo do paciente. “Mesmo que esteja liberado, o paciente precisa estar seguro e confortável e isso só depende dele. É necessário combinar a recomendação médica com o que você está sentindo”.

 



Dr. Luiz Haroldo Pereira - atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e facial no Brasil. O médico já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspiração, implantes de silicone e outros procedimentos.
www.drluizharoldo.com.br/
www.instagram.com/luizharoldopereira


Dia do Sexo: cantora Sonja lista 11 músicas para criar o clima perfeito

De Rita Lee à Etta James, a artista revelou sua playlist para a "hora H" comemorando a data mais prazerosa do ano

 

Dia 6 de setembro é celebrado o Dia do Sexo. O que começou como uma campanha publicitária em 2008, fez todo o sentido e claro, se tornou um motivo para comemorar. E para entrar no clima, nada melhor do que uma playlist picante que desperta os sentidos. Do soul ao blues com uma pitada de rock’n’roll, a cantora Sonja revelou - com muito prazer - as suas músicas favoritas e nada convencionais para a hora H. 

Confira: 

1. Why don’t you do right - Amy Irving e Charles Fleischer

2. Half Time - Amy Winehouse

3. Mania de você - Rita Lee

4. Tardes Que Nunca Acabam - Baco Exu do Blues

5. Poetry: How does it feel? -Akua Naru

6. Gambler’s Blues - Otis Rush

7. I want to Ta ta you, baby - Etta James

8. I just want to make love to you - Single Version - Muddy Waters

9. Psiu - Liniker

10. Let’s Get Personal - Betty Davis

11. Redbone - Childish Gambino 

Plus! - Sugar Mama - Sonja 



Sonja - Com influências diretas do Blues e Soul, a cantora lançou o seu mais novo álbum autoral, “Rainha de Copas”, no dia 25 de Agosto. A artista destaca a intensidade pessoal que esse álbum carrega, e afirma que o disco tem um lugar em sua vida como uma espécie de cura, para cicatrizar tudo aquilo que já viveu em relações abusivas, em processos internos de superação e a reconexão com a espiritualidade. Com influências sonoras de Ney Matogrosso, Rita Lee, Sharon Jones & The Dap-Kings, John Coltrane, Tim Maia, The Suffers e entre outros ícones na música, Sonja não rotula suas composições a um gênero musical específico, mas afirma que quer quebrar as barreiras do “seletivo” para as pitadas de blues. “Acredito que todos temos o blues dentro de nós. Acredito que é sim um gênero que pode alcançar as massas”.
https://www.sonja.com.br/
https://www.instagram.com/sonjamusica/
Sonja no Spotify


Bruxismo: saiba os impactos silenciosos na sua vida

Saiba quais são os principais sintomas 


Difícil de ser notado por quem tem, por acontecer durante o sono ou de maneira inconsciente ao longo do dia, o bruxismo acarreta uma série de sintomas que podem comprometer o sono, a qualidade de vida e a produtividade do portador. De acordo com pesquisa realizada pela OMS, 40% da população brasileira é acometida com bruxismo. 

Em relação ao bruxismo diurno e noturno, ambos têm um fundo emocional associado a stress e ansiedade, porém o  bruxismo diurno está mais  relacionado à tensão emocional e desordens psicossociais. “Por outro lado, o bruxismo noturno, embora possa ter relação com fatores emocionais, geralmente está associado a uma resposta de excitação do sistema nervoso central relacionada às mudanças na profundidade do sono”, explica o Dr. Roberto Gamarano, dentista e sócio proprietário da Clínica Odontológica Santé - Santo Agostinho - Belo Horizonte. 

Além disso, existem algumas outras causas como: estresse, ansiedade e outros fatores emocionais, distúrbios do sono, desencadeados pelo uso de medicamentos, distúrbios neurológicos ou alterações respiratórias, como a apneia. “Dessa forma, pode causar dores e danos e até perda de dentes, afetar  sono e a qualidade de vida”, destaca o dentista. 

 

Sintomas e consequências 

·         Dor na mandíbula;

·         Dor de cabeça;

·         Desgaste nos dentes;

·         Fratura, tiranas e perdas dentárias

·         Sensibilidade nos músculos da mastigação;

·         Fraturas de dentes, raízes, restaurações, próteses, chegando até mesmo a fraturas de implantes;

·         Marcas na parte interna das bochechas e na língua;

·         Zumbido no ouvido;

·         Dores e estalos ao abrir e fechar a boca.

 

Tratamento 

 

O dentista pode recomendar placas de bruxismo em resina acrílica para proteger os dentes e sugerir maneiras de reduzir o estresse através de hábitos do dia a dia. “É comum um trabalho junto com outros profissionais como fisioterapeuta especialista em DTM, Psicólogo, psiquiatra, e neurologista”, afirma Dr. Roberto. 

 



Fonte: Dr. Roberto Gamarano – Dentista e Sócio Proprietário da Clínica Odontológica Santé - Santo Agostinho - BH
http://www.clinicaodontologicasante.com.br
Instagram: @clinicaodontologicasante



Os perigos invisíveis para a saúde

Divulgação
A telemedicina pode ser a solução para evitar os riscos da automedicação e do autodiagnóstico, oferecendo um atendimento rápido, prático e seguro através das plataformas on-line

 

No cenário atual, onde a busca por soluções rápidas e práticas é uma constante, a saúde não pode ser negligenciada. Com as novas tecnologias, a automedicação e o autodiagnóstico tiveram um grande aumento, representando ameaças invisíveis que comprometem o bem-estar das sociedade. A telemedicina pode ser a solução para este problema. 

Segundo o médico-gestor do Olá Doutor, Rafael Machado, a automedicação e o autodiagnóstico podem resultar em efeitos colaterais indesejáveis, atrasar o tratamento correto da doença e até mesmo piorar o quadro clínico do paciente. “Em qualquer situação, é essencial que o paciente busque a orientação de um profissional da saúde qualificado para garantir a saúde”, afirmou Rafael.

A automedicação, frequentemente realizada sem orientação médica, pode levar a sérias complicações. Escolher medicamentos sem supervisão profissional expõe as pessoas a riscos como o agravamento de sintomas, o mascaramento de sinais, de sintomas, de doenças subjacentes e reações adversas graves e reações adversas graves. Da mesma forma, o auto diagnóstico, baseado em informações encontradas na internet ou em conselhos de amigos, também pode levar a interpretações errôneas e tratamentos inadequados. “A saúde não deve ser um jogo de adivinhação, pois as consequências podem ser devastadoras. Cada pessoa é única, com um histórico de saúde e características individuais. Somente um médico qualificado pode oferecer um diagnóstico preciso e seguro”, ressaltou o médico do Olá Doutor.

A telemedicina está se estabelecendo como uma abordagem moderna e eficaz para a prestação de cuidados de saúde, oferecendo praticidade, acessibilidade e, acima de tudo, segurança aos pacientes. Ela representa uma alternativa responsável à automedicação e ao autodiagnóstico, garantindo que a saúde e o bem-estar de todos sejam tratados com o devido cuidado médico. “Hoje existem inúmeras plataformas de telemedicina disponíveis, porém é essencial que os pacientes busquem aquelas com acolhimento médico qualificado, seguro, ético e com a devida gestão técnica", garantiu o médico do Olá Doutor.

A necessidade de consultar um médico, seja através da telemedicina ou presencialmente, é fundamental para a manutenção da saúde e para o cuidado adequado do bem-estar individual. Em um mundo onde a automedicação e o autodiagnóstico se tornam cada vez mais comuns, é crucial reforçar a importância de buscar a orientação e o acompanhamento de profissionais de saúde capacitados.

 


Olá Doutor

Protetor solar em cápsula funciona? Saiba quando e como esta proteção pode ser utilizada

Especialista explica como funcionam os protetores solares em cápsula, seus componentes e o motivo pelo qual o uso desses suplementos não substitui o protetor solar tradicional


Todos sabem que o uso do protetor solar deve ser diário, pois, mesmo quando não estamos expostos diretamente ao sol, ainda podemos ser irradiados por uma grande quantidade de raios solares e, desta forma, sofrer as consequências a longo prazo, como o aparecimento de manchas, envelhecimento precoce e até mesmo câncer de pele.

E com o desenvolvimento do protetor solar em cápsula, que pode ser ingerido uma vez por dia com a promessa de proteção da pele contra os raios solares, muitas pessoas deixaram de usar o protetor solar de uso tópico (o tradicional), com a crença de que já estão protegidos. Mas será que estão mesmo?


Como funcionam os protetores solares em cápsula?

Segundo Dr. Maurizio Pupo, farmacêutico e professor especialista em cosmetologia, o protetor solar em cápsula é composto por grandes quantidades de antioxidantes e, estes, devido a sua composição na fórmula, conseguem chegar a diversas estruturas e órgãos do corpo humano, dentre eles, a pele. “Estes se depositam sobre a pele e esse acúmulo de antioxidantes é capaz de proteger contra os danos causados pela radiação solar, o que envolve os radicais livres”, explica.

“Radicais livres são espécies instáveis, isto é, com menos quantidade de elétrons, e são extremamente reativos, o que leva estas moléculas a ‘atacarem’ outras saudáveis, causando diversos prejuízos na saúde do organismo e na pele em si, levando ao envelhecimento precoce, aparecimento de manchas, rugas profundas, entre outros”, detalha o especialista.

Dr. Maurizio ainda explica que o maior estímulo para a formação de radicais livres é a exposição solar sem proteção adequada, trazendo prejuízos a longo prazo (além de estéticos) graves para a saúde, como o câncer de pele, e é por isso que o ideal é o uso de protetores solares de qualidade, seguindo o modo de uso e reaplicação de cada um.


Proteção extra para a pele

“O uso de protetores solares em cápsula garante uma proteção extra para a pele, pois, como são compostos de grandes quantidades de antioxidantes, levam a combater de frente os radicais livres e os malefícios que eles trazem. Como resultado, obtemos uma pele protegida, mais iluminada e radiante”, ressalta o farmacêutico.

Porém, é importante reforçar é que o uso das cápsulas não dispensa o uso do protetor solar tradicional. “Os protetores solares de uso tópico são formulados com uma diversidade de filtros que protegem a pele por meio da absorção e/ou reflexão dos raios solares, protegendo a pele diretamente”, diz.


Composição dos protetores solares em cápsula

Dr. Maurizio Pupo explica que os protetores solares em cápsula funcionam, basicamente, como suplementos alimentares que possuem propriedades antioxidantes e, entre seus principais componentes, encontramos:

  • Luteína – Folhas escuras e gema de ovo: A luteína é um carotenoide da classe das xantofilas, presente nas folhas escuras, como couve e espinafre, e na gema do ovo. Por ser antioxidante, diminui a formação de radicais livres após a irradiação UV, prevenindo o fotoenvelhecimento. Pesquisas realizadas em 2021, na Suíça, mostraram que a suplementação com luteína melhorou o tom geral e induziu o clareamento da pele. Os estudos contaram com a administração oral de 12 mg/dia de luteína por 12 semanas e comprovaram a atividade fotoprotetora desta após a irradiação. Indivíduos que possuem uma dieta rica em carotenoides, apresentam sensibilidade diminuída do eritema, isto é, estão mais protegidos contra a radiação e não sofrem tantas queimaduras solares.
  • Betacaroteno e Licopeno – Cenoura e tomate: O betacaroteno é um carotenoide muito conhecido por sua alta quantidade na cenoura e, também, quando associado à proteção solar. Como citado anteriormente, indivíduos que ingerem grandes quantidades de carotenóides não sofrem tantas queimaduras solares. Em um estudo britânico, 20 voluntárias ingeriram 55g de pasta de tomate, que contém em média 16 mg de licopeno, e foi notado que a indução de mediadores inflamatórios que causam danos na pele foi menor comparado ao grupo placebo.
  • Flavonoides – Cacau: O chocolate é rico em flavonóis, uma subclasse dos polifenóis, que são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Dados indicam que a ingestão de cacau com alto teor de flavonóis podem proteger contra a luz UV, além de aumentar a microcirculação da pele. Além disso, os antioxidantes presentes no cacau desempenham um papel maior na proteção contra a produção de radicais livres induzida pela UVA. O aumento do fluxo sanguíneo também é notado com o alto consumo de cacau e, este ato, leva ao aumento da produção de colágeno e elastina (proteínas estruturais que diminuem com o envelhecimento da pele).
  • Polifenóis – Óleo de oliva: A oliva é muito conhecida e usada na Europa e nos países mediterrâneos, sendo altamente comercializadas como suplementos dietéticos por sua capacidade antioxidante, com efeitos cardioprotetores e quimioprotetores, além de também serem utilizadas em distúrbios hepáticos, na obesidade e diabetes. A oleuropeína é a principal constituinte do óleo de oliva e apresenta atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas, antiviral, antiaterogênicas e anti-hipertensivas. Ela inibe o dano causado pela radiação UVB, enquanto o hidroxitirosol (outro constituinte do óleo de oliva) protege o DNA das células e inibe a resposta pró-inflamatória. Estudos apresentados em 2022, comprovam que a suplementação alimentar com oliva protege as células que produzem as proteínas da pele contra o estresse oxidativo induzido pelos raios solares.

Protetor solar em cápsula x protetor solar tradicional

“Como podemos ver, as substâncias presentes nos protetores solares em cápsula realmente são benéficas de forma geral para a saúde do corpo e da pele, além de contribuírem contra os malefícios do sol, mas, como citado anteriormente, é de extrema importância que o uso do protetor solar em cápsula não seja feito de forma isolada, sem a proteção externa, ou seja, do protetor solar tradicional, pois, além dos filtros presentes na formulação de um protetor tópico que protegem a pele de danos externos, um protetor solar tradicional (de qualidade) ainda oferece proteção contra os raios UVA, UVB, luz azul e luz invisível, tão presentes no nosso dia-a-dia”, explica Dr. Maurizio.

O farmacêutico ainda reforça que o protetor solar em cápsula deve ser utilizado somente com orientação profissional. “Como explicado, esse tipo de proteção é benéfico para a saúde da pele, mas de forma interna, fortalecendo o organismo e a pele para deixá-la mais saudável com o tempo. Mas fazer o uso de protetor solar em cápsula somente antes de ir à praia, por exemplo, sem aplicar um protetor tradicional, a pele sofrerá queimaduras e consequências negativas da mesma forma. Por isso, é de extrema importância não abrir mão do protetor solar tópico e fazer o uso do protetor solar em cápsula com a orientação de um nutricionista ou dermatologista”, finaliza o especialista. 



Dr. Maurizio Pupo - farmacêutico ítalo brasileiro, pesquisador e professor especialista em cosmetologia. É autor de vários livros na área cosmética como: Tratado de Fotoproteção, Luz Azul | Luz Visível e Impactos na Dermatologia, DIFENDIOX® OPP’s Antioxidantes Biologicamente Ativos e Estabilizados em Sistema Hydromicelar, entre outros. Além disso, é CEO e responsável pelo desenvolvimento dos produtos marca de dermocosméticos ADA TINA.


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