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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Agosto Dourado: lactantes devem manter alimentação balanceada e hidratação

 

Nutricionista do CEUB indica alimentação balanceada associada à hidratação como forma de manter a quantidade e qualidade do leite materno 


A amamentação é um dos atos mais valiosos e naturais que existem, fornecendo ao bebê os nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável. No Brasil, o Mês de agosto representa a campanha do Aleitamento Materno. Paloma Popov, mestre em Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), enfatiza os benefícios nutricionais do leite materno e sua relevância para fortalecer o sistema imunológico dos bebês, com indicação para as lactantes priorizarem uma alimentação balanceada associada à hidratação adequada.  

Paloma Popov destaca que o leite materno é uma fonte completa de nutrientes para os bebês nos seis primeiros meses de vida. Ele contém todos os elementos necessários para o crescimento adequado da criança, incluindo água, proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais. "O leite materno auxilia no desenvolvimento do imunológico, neurológico e metabólico da criança", explica. "Além de suprir todas as necessidades do bebê, as imunoglobulinas presentes no leite materno fortalecem o sistema imunológico da criança, ajudando-a a combater infecções e doenças", acrescenta. 

Em relação a mães com restrições alimentares, como veganismo, Paloma Popov destaca que, desde que a mãe tenha uma alimentação adequada e hidratação suficiente, a amamentação pode ser mantida. "Existem muitos mitos em relação à força do leite produzido pelas mães, mas a única coisa que pode aumentar a quantidade e qualidade do leite materno é a mãe priorizar uma alimentação balanceada associada à hidratação. 

Para a professora de Nutrição do CEUB, a amamentação vai além de nutrir o bebê de forma necessária e saudável, uma vez que também traz vantagens para a mãe. Ela descreve como um ato cuidado que fortalece o vínculo entre mãe e filho, contribuindo para o crescimento e saúde da criança nos primeiros meses de vida. "Amamentar ajuda a reduzir os riscos de câncer de mama e colo do útero, além de promover a contração uterina, auxiliando na recuperação pós-parto", destaca.

 

Cenário no Brasil

De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil realizado pelo Ministério da Saúde, cerca de metade das crianças brasileiras são amamentadas por mais de 1 ano e 4 meses. O levantamento aponta que quase todas as crianças do país já foram amamentadas em algum momento (96,2%), sendo que dois em cada três bebês recebem amamentação na primeira hora de vida (62,4%).

 

Aleitamento materno

Agosto Dourado, também conhecido como Mês do Aleitamento Materno, é dedicado à promoção da amamentação. Nesse mês, também é comemorada a Semana Mundial de Aleitamento Materno, criada pela OMS e UNICEF para conscientizar sobre seus benefícios. O leite materno é considerado um alimento completo para o crescimento saudável dos bebês, o que explica a escolha da cor dourada para representar sua importância. Tanto a OMS quanto o Ministério da Saúde recomendam a manutenção do aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais, oferecendo exclusivamente leite materno até o sexto mês de vida.


Atividade física entre pais e filhos pode ser crucial para garantir a saúde da coluna desde a infância

De acordo com Bruno Fabrizio, ortopedista e especialista em cirurgias de coluna, esse tipo de ação é capaz de minimizar problemas futuros 

 

Não é preciso ir muito longe para ensinar os filhos a cuidarem de sua coluna desde cedo. Basta digitar “Yoga para crianças” na ferramenta de busca, por exemplo,  e uma série de vídeos criados por profissionais sobre como realizar atividades com seu pequeno irá aparecer. 

Além dos exercícios físicos, cuidados relacionados à rotina das crianças também são essenciais para uma boa saúde. “A coluna vertebral desempenha um papel crucial no suporte e na mobilidade do nosso corpo. Qualquer problema nessa região pode afetar significativamente nossa qualidade de vida, sendo importante estar atento aos sinais que indicam a necessidade de buscar tratamento para a coluna, mesmo que pareçam triviais”, explica o ortopedista Bruno Fabrizio, especialista em cirurgia de coluna.

Até os três anos de idade, as crianças costumam aprender com aquilo o que observam, espelhando suas ações de acordo com o que os pais realizam. “Por isso, cuidar de si mesmo é o primeiro passo para fazer seu filho promover também um autocuidado. Nesse contexto de imitação, é possível aproveitar para mostrar ao pequeno a melhor postura para andar, sentar ou carregar coisas”, pontua.

Vale lembrar que, além da atividade física, o incentivo deve estar alinhado a um ambiente favorável a esse cuidado, incluindo mesas e cadeiras ergonômicas, colchões e travesseiros apropriados e, até mesmo, mochilas adequadas para que a criança possa carregar seus materiais sem causar maiores danos.    

O especialista destaca, ainda, a importância de estar atento a sinais que indicam pontos fora do comum. “Crianças que crescem muito rápido podem estar propensas a escoliose, por exemplo. Sentir-se incomodado por permanecer sentado por longos períodos é um sinal de que a coluna pode estar comprometida. Se ficar em pé ou caminhar por muito tempo também se torna um problema, é necessário buscar ajuda especializada”, relata. 

Mesmo assim, há mais cuidados que devem ser realizados, como limitar o tempo de uso de tela. “A exposição excessiva aos dispositivos eletrônicos causa prejuízos de todo tipo para os pequenos, incluindo a coluna. Se for inevitável que a criança esteja um período longo de tempo sentada, por conta de estudos ou jogos, as pausas regulares com alongamentos podem auxiliar todo o corpo. É crucial, também, prestar atenção à postura em momentos de diversão, como jogando videogame ou utilizando o smartphone”, revela. 

Além disso, sensações de fraqueza, formigamento ou dormência em braços, pernas ou extremidades são indicativos que merecem atenção. “Esses sintomas podem ser causados por compressão dos nervos, que se ramificam a partir da coluna vertebral. Em todos os casos, buscar o apoio de um especialista no assunto ajuda a gerir melhor as situações e diagnosticar problemas que merecem um tratamento mais específico”, finaliza Fabrizio. 

 

Bruno Fabrízio - formado pela Faculdade de Medicina de Petrópolis e possui residência em Ortopedia e Traumatologia. É especializado em cirurgia endoscópica da coluna vertebral e procedimentos minimamente invasivos para o tratamento da dor. Foi chefe do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Municipal Lourenço Jorge 2019-2023 e diretor médico do Hospital do Amparo Feminino entre 2020 e 2022. Atualmente, é diretor médico da Clínica Dr Bruno Fabrizio desde 2007. Para mais informações, acesse https://www.instagram.com/drbrunofabrizio/


Dificuldade na amamentação é mais comum do que se imagin

Especialista explica os motivos e como fazer para evitar os desafios


Segundo a Organização Mundial da Saúde, o recomendado é que os bebês sejam alimentados com leite materno até os seis meses de idade. Isso porque a amamentação pode proteger contra a mortalidade infantil e diversas doenças. No entanto, muitas mulheres sofrem dificuldades no aleitamento por diversos motivos. Ainda que existam formas de facilitar, isso pode fazer com que muitas mães pensem que estão errando em algum lugar.

De acordo com Vivian Zorzim, professora e coordenadora do curso de Enfermagem do UNASP, os principais desafios são o desconforto, fissuras mamilares, criança com dificuldade de pega e dor. “A falta de informação e de apoio também podem fazer com que a mãe tenha obstáculos”, explica. Isso ocorre por inúmeros fatores, como a baixa produção de leite, fatores emocionais ou psicológicos e questões físicas (cirurgias e patologias mamárias podem impedir a produção).

Para quem passa por essa dificuldade, é fundamentei procurar o apoio de um profissional. “O trabalho de orientação deve se iniciar no pré-natal. É preciso que tenha suporte também durante o parto, garantindo o contato pele a pele na primeira hora de vida do bebê”, conta. Hoje em dia, as maternidades costumam ter profissionais treinados para auxiliar no manejo da amamentação.

É indicado iniciar o processo do aleitamento o mais cedo possível, estimulando o reflexo de busca e pega dentro da primeira hora de vida do bebê, a chamada Golden Hour. “É importante estabelecer a posição correta para que não haja nenhum tipo de lesão no mamilo”, adiciona Vivian. Além disso, a mulher deve cuidar de sua alimentação e hidratação, tanto para a saúde da criança quanto para a sua. O ambiente também deve ser favorável e confortável para que a mãe se sinta mais disposta. “O estresse e a tensão afetam a produção de leite, tornando a experiência menos prazerosa”, acrescenta.

Paciência e persistência são extremamente necessárias, pois é comum não conseguir amamentar de primeira. “Amamentar é um processo natural, mas requer prática e adaptação”, continua Vivian. Uma outra dica é evitar o uso de mamadeiras e chupetas, que poderão causar confusão no bebê e causar desmame precoce. No entanto, caso as dificuldades se mantenham, é importante procurar ajuda especializada de um banco de leite ou de uma consultora de amamentação, pois todo o apoio é necessário.

 

Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP

 

Dia da Saúde: Médico reforça a importância do check up anual para uma melhor qualidade de vida

Exames de rotina ajudam a avaliar a saúde geral e fazer recomendações sob medida para cada pessoa 

 

Ter uma boa qualidade de vida, reduzindo o risco de problemas de saúde, é o desejo da maioria da população. Para isso, além de cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos regulamente, o recomendável, segundo os especialistas, é realizar um check up médico anual, que consiste em um conjunto de exames clínicos, laboratoriais e de imagem que ajuda a observar a saúde geral e fazer recomendações conforme cada paciente, além de permitir diagnosticar e tratar condições ou doenças que não apresentam sintomas e se desenvolvem silenciosamente. Essa orientação é um dos pontos focais destacados no Dia Nacional da Saúde, celebrado neste sábado, 5. A data, em homenagem ao médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, reforça a importância de ter um estilo de vida mais saudável.  

De acordo com o médico Luiz Carlos Santos, que é patologista clínico e pesquisador do Sabin Diagnóstico e Saúde, os exames de rotina permitem avaliar de maneira completa a saúde do indivíduo. “Desta forma, podemos analisar se está tudo bem com o paciente por meio de exames mais frequentes, como: hemograma, ácido úrico, glicemia, colesterol e triglicerídeos, e mais especializados, a exemplo de TGO, TGP e GGT, que avaliam o funcionamento do fígado, e os TSH e T4 livre, que investigam o funcionamento da tireoide, permitindo, desta forma, identificar problemas hormonais, como hipotireodismo e hipertireoidismo”, afirma Santos, acrescentando que, como cada paciente é único, o médico que o acompanha deverá indicar os exames necessários, considerando idade, sexo e históricos pessoal e familiar. 

O especialista ainda destaca que o check up ajuda a diagnosticar problemas de saúde em fase inicial, o que é importante no para o sucesso de boa parte dos tratamentos. “Estes exames periódicos devem ser realizados, pelo menos, uma vez por ano, mesmo por quem não tem doenças diagnosticadas ou histórico de problemas de saúde na família, uma vez que ajudam ter um melhor controle da evolução da saúde dos pacientes, principalmente na busca de um estilo de vida mais saudável, além de apoiá-los a continuarem tendo uma boa qualidade de vida”, pontua Santos. Ele ainda salienta que, dentre as ações que auxiliam na prevenção de doenças, está a vacinação e hábitos saudáveis, como não fumar, manter uma dieta adequada e evitar bebidas alcoólicas. 

A bateria de exames anual, que deve ser solicitada por um médico, está disponível tanto na rede pública, por meio do Sistema Único de Saúde, como nas clínicas particulares, como no Sabin Diagnóstico e Saúde.

 

Confira a lista de alguns exames realizados em um check up anual:

·         Hemograma completo (saúde sanguínea - anemia)

·         Glicose (níveis de açúcar no sangue - diabetes)

·         Lipidograma (níveis de colesterol e triglicerídeos)

·         TGO, TGP e GGT (saúde do fígado)

·         Creatinina e Ureia (saúde dos rins)

·         PSA Total (saúde da próstata)

·         EAS (análise da urina)

·         Ácido úrico (níveis de ácido úrico no sangue)

·         TSH e T4 livre (níveis hormonais)

·         Ferritina (reserva de ferro - anemia)

·         Parasitológico de fezes (parasitas intestinais)

·         Ultrassons

·         Ecocardiograma, eletrocardiograma e testes ergométricos (avaliam o coração)

·         Teste de detecção de sífilis, anticorpos anti-HIV e vírus da hepatite B e C (doenças sexualmente transmissíveis)

·         Mamografia (avalia as mamas)

·         Papanicolau e a colposcopia (avaliam o colo do útero)

 

 

Grupo Sabin


Paciente com Parkinson pode trabalhar normalmente? Especialista explica

 Diante das polêmicas envolvendo uma possível doença de Parkinson no ator Humberto Martins, o neurocirurgião Bruno Burjaili explica como é a autonomia de uma pessoa com a doença 

 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, perdendo apenas para o Alzheimer, afetando cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos.

 

Recentemente diversos portais divulgaram que o ator Humberto Martins, no ar na novela “Travessia”, estaria com Parkinson e utilizando um dublê de mãos para conseguir gravar algumas cenas, o que já foi desmentido pelo ator, mas gerou algumas dúvidas como, alguém com Parkinson realmente consegue continuar trabalhando normalmente?

 

De acordo com o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili, sim, caso sejam utilizados os tratamentos adequados.

“A doença de Parkinson, apesar de não ter cura, possui uma série de tratamentos que podem atenuar bastante seus sintomas, permitindo que o paciente tenha muita autonomia no seu dia a dia”.

Grande parte das vezes, a pessoa que tem a doença consegue manter o seu trabalho com bastante proficiência e alta performance através do uso de medicamentos e terapias associadas, inclusive a cirurgia de marca-passo cerebral que tem se tornado cada vez mais popular” Explica Dr. Bruno Burjaili.

Claro, em alguns casos é necessário que sejam feitas adaptações na rotina de trabalho do paciente para adequá-la a sua nova condição pois existem vários trabalhos que exigem bastante precisão dos movimentos, mas são pequenas modificações que visam apenas a melhorar a qualidade de vida do paciente”. 

Mas para isso é importante que se identifique os sintomas precocemente e logo dê início ao tratamento para evitar maiores complicações e minimizar ao máximo seu impacto no dia a dia do paciente, é importante lembrar também que há casos de profissões que necessitam de esforços físicos que a doença não permite que sejam realizados pode-se avaliar a possibilidade de receber direitos trabalhistas”. Alerta.

 

Famosos que continuam trabalhando mesmo com Parkinson


Com os tratamentos atuais pacientes com Parkinson conseguem ter uma maior qualidade de vida e autonomia para continuar suas atividades diárias, diversos famosos já diagnosticados com Parkinson continuam trabalhando.

Recentemente a jornalista Renata Capucci, revelou que foi diagnosticada com a doença de Parkinson aos 45 anos, em 2018, e durante esse tempo continuou trabalhando, o repórter André Tal, de 44 anos, também revelou, em dezembro do ano passado, que tem a doença de Parkinson e também continuou exercendo suas atividades com algumas adaptações.

Diversas outras celebridades, como o ator famoso pela franquia “De volta para o futuro”, Michael J. Fox e o cantor de rock Ozzy Osbourne, têm diagnóstico de Parkinson e já passaram anos trabalhando antes de revelarem o diagnóstico.

 


Dr. Bruno Burjaili - Neurocirurgião especializado no tratamento de doenças da cabeça, nervos e coluna vertebral, com experiência em doença de Parkinson, tremores, distonia, dores crônicas e fibromialgia.


Amamentação protege contra doenças e auxilia no desenvolvimento do bebê, afirmam especialistas da Rede Ebserh

A pediatra Lilian Campos, do HUGG-Unirio,
orienta paciente sobre aleitamento materno

Profissionais destacam os benefícios do aleitamento materno e do acompanhamento profissional nos primeiros meses de vida

 

A Semana Mundial de Aleitamento Materno 2023 (SMAM) e o Agosto Dourado são campanhas criadas para incentivar a amamentação, que faz bem para a mãe e para o bebê. Mas por que esse alimento é considerado “padrão ouro” para crianças de até dois anos? Nesta segunda reportagem da série sobre aleitamento materno, especialistas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) explicam os benefícios da amamentação.


“O leite materno tem propriedades únicas, pois é fundamental e o bastante para nutrir e hidratar os bebês até os seis meses de idade e para protegê-los de doenças, através da transferência de anticorpos que estão em sua composição”, afirma o médico Antônio Leonardo Pereira Rosa, coordenador do Banco de Leite do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA).


Segundo a pediatra Lilian Campos, do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio), é fundamental incentivar que o aleitamento seja iniciado logo após o nascimento, ainda na sala de parto. O leite que é produzido nos primeiros dias, o colostro, pode ser considerado como a “primeira vacina do bebê”. “O colostro tem uma quantidade maior de anticorpos e fatores de proteção. Existem vários trabalhos mostrando a importância do aleitamento materno para a prevenção de diversas doenças e, principalmente, doenças infecciosas e alergias”, explica a médica.


O aleitamento também traz benefícios para a mãe, pois é um importante fator de diminuição de hemorragias no puerpério, na prevenção de cânceres e como fator que contribui para a perda de peso no pós-parto, destaca o médico Antônio Leonardo. Ele afirma, ainda, que o ato de amamentar cria um vínculo de afeto, carinho e segurança entre a mãe e seu bebê.



Acompanhamento profissional é fundamental


Gabriela de Sena Duarte (foto), mãe do Samuel, teve o bebê na maternidade do HUGG-Unirio e recebeu, da pediatra Lilian Campos, as orientações sobre a importância de amamentar. Apesar de ser seu segundo filho, são dez anos de diferença entre os dois, por isso algumas orientações tiveram de ser reforçadas. “O atendimento foi ótimo, desde o parto até agora está correndo tudo bem, o Hospital é maravilhoso”, comenta a paciente.


Segundo o ginecologista Antônio Leonardo Rosa, esse acompanhamento precisa ser feito pelos profissionais a fim de evitar a interrupção do aleitamento. “A orientação e a avaliação para todas as mulheres e, especialmente, o acompanhamento para aquelas com dificuldades de diversas causas, pode diminuir significativamente o abandono precoce da amamentação”, ressalta.


Esse abandono pode ser causado por diferentes fatores, como a falta de conhecimentos sobre a importância do leite para o bebê, a interrupção por conta do retorno ao trabalho, dor ao amamentar ou, até mesmo, crenças que podem levar a mãe ao uso de mamadeiras desde muito cedo. No entanto, o uso de mamadeiras pode causar riscos ao bebê e à mãe.


“O estímulo para a produção do leite é a sucção. Quando o bebê mama menos, o organismo da mulher entende que ele precisa produzir menos e vai diminuindo a produção do leite. No peito, o bebê precisa fazer uma força maior para poder mamar e isso é muito importante para o desenvolvimento da musculatura da face, dos dentes, para a fala, para a introdução alimentar posteriormente. O uso de chupetas e de mamadeiras pode atrapalhar esse processo”, orienta a pediatra Lilian Campos.


 

Existe uma técnica para amamentar?


O ginecologista e obstetra do HU-UFMA, Antônio Leonardo, explica que a amamentação é um ato instintivo e natural. Segundo ele, existem condições gerais e posicionamentos do corpo da mãe e do bebê que facilitam o contato da boca da criança com o mamilo e a aréola, facilitando a pega e a sucção de forma eficaz, o que, também, evita ferimentos nos mamilos e o esvaziamento mais fácil das mamas.

“O principal no processo de amamentação é ter muita tranquilidade e a orientação profissional gabaritada desde a primeira mamada. Este profissional deve estar habilitado a observar a mãe e a orientar nas melhores práticas para a amamentação mais tranquila e com posturas que produzam conforto e tranquilidade para que tanto o bebê quanto a mãe tenham um momento de relaxamento e dedicação unicamente à amamentação”, conclui Antônio Leonardo.


Obesidade abdominal associada a fraqueza muscular eleva em 85% o risco de morte por doença cardiovascula

 

Conclusão é de pesquisadores da UFSCar e da University College London
que acompanharam durante oito anos 7.030 pessoas com 50 anos ou mais
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Obesidade abdominal e fraqueza muscular, quando associadas, aumentam em 85% o risco de morte por doenças cardiovasculares em pessoas com mais de 50 anos. A constatação é de pesquisadores das universidades de São Carlos (UFSCar) e College London (Reino Unido) que acompanharam durante oito anos 7.030 participantes do English Longitudinal Study of Ageing (Estudo ELSA) com 50 anos ou mais de idade.

"A fraqueza muscular em si aumenta em 62% o risco de morte por doença cardiovascular. No entanto, quando analisamos os dois fatores juntos – obesidade abdominal e fraqueza muscular – observamos que o risco de morte por doença cardiovascular aumenta para 85%. Curiosamente, as pessoas analisadas que tinham apenas gordura abdominal não apresentaram um aumento significativo no risco de morte cardiovascular", conta Tiago da Silva Alexandre, professor do Departamento de Gerontologia da UFSCar e autor do estudo apoiado pela FAPESP.

Um trabalho anterior, que envolveu 6.173 participantes do ELSA e do Estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento), realizado em São Paulo, já havia demonstrado que a obesidade abdominal dinapênica (a combinação de obesidade abdominal e fraqueza muscular) aumentava em 37% o risco de mortalidade geral. Da mesma forma, as pessoas analisadas que tinham apenas gordura abdominal não apresentaram um aumento significativo no risco de mortalidade geral. No entanto, ainda não estava estabelecido naquele momento que a obesidade abdominal dinapênica aumentava também especificamente o risco de mortalidade cardiovascular (leia mais em: agencia.fapesp.br/39452/).

Neste novo artigo, divulgado na revista Age and Ageing, os pesquisadores explicam que a obesidade abdominal dinapênica aumenta o risco de morte por doenças cardiovasculares porque a gordura gera uma inflamação crônica. "Já demonstramos que a gordura abdominal é um fator de risco para a fraqueza muscular. Isso porque a gordura prejudica o músculo. Mas ainda não sabemos o que vem antes: a obesidade ou a fraqueza. De qualquer forma, são componentes sinérgicos, pois geram mioesteatose, que é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura dentro da musculatura esquelética. E essa condição amplifica a inflamação, prejudicando o metabolismo do indivíduo e aumentando o risco de doença cardiovascular", explica Alexandre.

Basicamente, a obesidade mantém o sistema imunológico constantemente em alerta, ativando células de defesa como os macrófagos, mastócitos e linfócitos T. Como resultado, pode ocorrer uma inflamação crônica moderada conhecida como metaiflamação, que acarreta resistência à insulina, inibição da síntese proteica e aumento do catabolismo muscular – quando o corpo passa a obter energia a partir das próprias fibras musculares.

Já a dinapenia e a obesidade abdominal dinapênica podem resultar em maior disfunção da mitocôndria – organela responsável por fornecer energia às células –, bem como o aumento do estresse oxidativo, prejudicando o endotélio vascular e as células do músculo cardíaco responsáveis pelo permanente fluxo sanguíneo (cardiomiócitos), o que pode levar à aterosclerose e outras doenças cardíacas.

"Todos esses fatores prejudicam o metabolismo e aumentam o risco de incidência de doenças cardiovasculares e, por consequência, o risco de morte por essas doenças", explica Paula Camila Ramírez, autora do artigo que é fruto de seu trabalho de doutorado.

No estudo, o diagnóstico de obesidade abdominal dinapênica foi feito com base na circunferência de cintura maior que 102 centímetros para homens e maior que 88 centímetros para mulheres. Já a fraqueza muscular (dinapenia) foi medida usando como referência a força da mão – menor que 26 quilos para homens e menor que 16 quilos para mulheres –, que é medida por um aparelho chamado dinamômetro.

Paradoxo da obesidade

No estudo, os pesquisadores surpreendentemente não encontraram aumento significativo de risco por morte cardiovascular para os indivíduos que apresentavam apenas obesidade abdominal (e não tinham fraqueza muscular). Os resultados do estudo contribuem para um conceito que vem sendo abordado por especialistas que se chama "paradoxo da obesidade".

"Sabe-se, e os nossos números comprovam isso, que pessoas obesas têm maior risco de apresentar doenças cardiovasculares e menor risco de morrer por isso. Isso configura o que a literatura tem chamado de ‘paradoxo da obesidade’, algo ainda controverso, mas com explicações bem plausíveis para o nosso achado. Uma das explicações está [na hipótese de] a gordura servir como uma reserva energética muito útil para o paciente com doenças cardíacas. Outro fator é que as pessoas obesas que preservam o músculo, ou seja, que ainda têm massa muscular, têm o metabolismo menos afetado do que as que perdem músculo e força", explica Ramírez.

"O nosso achado coloca mais um tijolinho na construção do paradoxo da obesidade. Mostramos que a questão não é só a quantidade de gordura, mas sim a quantidade de gordura e a condição desse músculo ser capaz de gerar força. Pois, quando está com gordura infiltrada [mioesteatose], ele já enfraqueceu e isso gera uma tempestade perfeita para o aumento de risco de morte cardiovascular", afirma Alexandre.

Além de apontar para os maiores fatores de risco para morte por doença cardiovascular, o estudo também serve de alerta. "A obesidade abdominal dinapênica é uma condição completamente reversível que pode ser tratada com treinamento aeróbio, exercício de ganho de força muscular e alimentação adequada", diz Alexandre.

O artigo Is dynapenic abdominal obesity a risk factor for cardiovascular mortality? A competing risk analysis pode ser lido em: https://academic.oup.com/ageing/article/52/1/afac301/6966518?login=false.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/obesidade-abdominal-associada-a-fraqueza-muscular-eleva-em-85-o-risco-de-morte-por-doenca-cardiovascular/42053/


Menopausa: Quais exames importantes deve-se fazer após os 40 anos

Não negligenciar e ter todos os cuidados com a saúde pode evitar doenças cardiovasculares, cognitivas, e ainda, proporcionar qualidade de vida, segundo a médica ginecologista Beatriz Tupinambá 


Realizar os exames corretos é fundamental para avaliar a saúde de qualquer pessoa. Mas, ao completar os 40 anos, as mulheres estão bem próximas da menopausa, e é fundamental que elas avaliem qual a real situação de sua saúde, desde hormônios a vitaminas e minerais.

Segundo a médica ginecologista e especialista no assunto, a Dra. Beatriz Tupinambá, é indispensável fazer um detalhamento completo e um acompanhamento por um bom médico. 

Por muitos anos, a menopausa foi um tabu, mas é fundamental falar sobre e buscar tratamento.  

''A menopausa foi classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma doença, e muitas mulheres - a maioria - convivem com ela 'aceitando' seus desconfortos, que muitas vezes prejudicam a vida social, o relacionamento e principalmente a saúde. A menopausa é temida, enquanto deveria ser vivido como o melhor momento da mulher, já que ela atingiu a maturidade, independência financeira, os filhos normalmente já estão grandes, e ela está mais confiante. Muitas vezes, a mulher sofre de depressão, insônia, ressecamentos, e outras coisas, e nem associa que pode ser a menopausa, culpam a vida corrida. O fato é que existe tratamento para qualquer desconforto'', revela a médica. 

Exames indispensáveis: mamografia, ultrassom de mama, densitometria óssea, ultrassom transvaginal e da tireoide. Exames de sangue com todo o perfil hormonal para dosar todos os hormônios: FSH, LH, estradiol, progesterona, estrona, estriol, prolactina, hormônio da tireoide, TSH, T4, T4 livre, T3, T3 reverso, testosterona, testosterona total, testosterona livre, SHBG, insulina, PCR (para avaliar a inflamação), ferritina (para avaliar a inflamação), todos os marcadores de função hepática, marcadores de função renal, lipidograma, colesterol total do HDL, LDL.  

''Muitas mulheres não fazem reposição hormonal com medo de câncer de mama, e isso não é verdade. Se os hormônios forem repostos na dose certa, e com todo o cuidado com vitaminas, minerais e outros aspectos, não há riscos, pelo contrário, evita problemas graves como cardiovascular, depressão, doenças cognitivas, entre muitas outras coisas. Então, se eu pudesse dar uma dica seria: procure um bom médico e faça todos os exames e se trate, para você ser mais feliz e saudável'', finaliza a Dra. Beatriz Tupinambá. 


Colesterol alto atinge 40% dos brasileiros

Cardiologista aponta caminhos para combater o colesterol

 Dia Nacional de Combate ao Colesterol, em 8 de agosto, alerta para a necessidade de adotar um estilo de vida mais saudável

 

Como anda o seu colesterol? Para viver com saúde, esse é um ponto que merece sua atenção. Presente em todas as partes do corpo, o colesterol é responsável pela produção de várias substâncias, a exemplo dos sais biliares (encarregados da digestão dos alimentos), da vitamina D (importante para absorção do cálcio), e de alguns hormônios denominados esteroides, que influenciam no controle metabólico e nas características sexuais dos indivíduos.

Existem dois tipos de colesterol: o ruim (LDL), que promove a formação de placas de gordura nas artérias, e o bom (HDL), que age de maneira oposta e ajuda a carregar a gordura para fora dos vasos. “O perigo mora no excesso do colesterol ruim, pois a formação de placas de gorduras nas paredes das artérias diminui o fluxo sanguíneo e pode obstruir a passagem do sangue, provocando doenças cardiovasculares e aumento dos riscos de infarto, AVC, entre outros males”, explica a Dra. Paola Smanio, cardiologista Fleury Medicina e Saúde.


Inimigo silencioso

A hipercolesterolemia é uma condição que se caracteriza pela presença de taxas elevadas de colesterol no sangue, acima dos 200 mg/decilitro. Esse quadro afeta um quinto da população brasileira, especialmente as pessoas com mais de 45 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

“O colesterol elevado não provoca sintomas, nem mesmo quando começa a formar placas de gordura nas artérias. A condição avança em silêncio e, sem controle, pode ter como a primeira manifestação um infarto do miocárdio ou até mesmo um acidente vascular cerebral”, destaca a cardiologista.

Em geral, a hipercolesterolemia é resultante de uma predisposição genética associada a uma vida sedentária e alimentação pouco saudável, com a ingestão farta e frequente de gordura animal e trans - presentes em margarinas, biscoitos, salgadinhos, fast-food e diversos outros produtos industrializados. No entanto, algumas doenças também causam níveis elevados de colesterol, como hipotiroidismo, insuficiência renal e problemas no fígado.


Diagnóstico

O diagnóstico depende da dosagem sanguínea de colesterol total e de suas frações, ou seja, das lipoproteínas de alta e baixa densidade (HDL e LDL) e dos triglicérides - outro tipo de gordura presente na circulação, que contribui para aumento do risco cardiovascular.

A interpretação médica dos resultados é fundamental, mesmo para as pessoas que têm resultados dentro do esperado. Isso porque a composição do colesterol total precisa ser avaliada. Um valor normal composto principalmente do colesterol ruim, por exemplo, pode representar um sinal de alerta para uma futura hipercolesterolemia.


Acompanhamento periódico

Segundo a Dra. Paola, o acompanhamento periódico dos níveis de colesterol é recomendado a partir dos 20 anos, devendo ser feito mais cedo quando o risco genético de males cardiovasculares for maior – por exemplo, quando um dos pais teve ataque cardíaco antes dos 40 anos.

Caso os resultados estejam normais e não evoluam para algum quadro clínico sugestivo, o médico que acompanha o paciente pode indicar a periodicidade adequada.


Dicas para controlar o colesterol

  • Antes de comprar um alimento, leia o rótulo e evite aqueles com gorduras saturadas (descritas às vezes como gordura vegetal hidrogenada ou gordura trans)
  • Para o consumo de leite e derivados, opte pelos desnatados ou light
  • Fracione a alimentação ao longo do dia: consuma em porções menores em um número maior de refeições.
  • Reduza o consumo de carnes gordas: prefira os pescados e outras carnes brancas (grelhadas e sem pele)
  • Aumente o consumo de fibras: verduras, legumes, grãos integrais e leguminosas (feijão, por exemplo) e alimentos como farelo de aveia são indicados
  • Inclua oleaginosas (nozes e amêndoas, por exemplo) como parte do padrão alimentar
  • Evite açúcar e frituras
  • Reduza a ingestão de bebidas alcoólicas
  • Evite os queijos amarelos e dê preferência aos queijos magros, como cottage e ricota
  • Pratique atividade física regularmente ou incorpore algum exercício à sua rotina: caminhar, trocar o elevador pela escada e descer do ônibus dois pontos antes da parada de destino são formas simples de evitar o sedentarismo
  • Evite o tabagismo
  • Faça exames com regularidade e consulte o médico especialista

Diabetes e corrida: impactos do esporte na jornada da pessoa que vive com a condição

Especialista comenta sobre os principais desafios e benefícios da corrida para o esportista que vive com diabetes



De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de brasileiros (aproximadamente 6,9% da população nacional) vivem com a condição. A prevenção mais eficaz é a prática regular de atividades físicas, adoção de uma alimentação saudável.

Segundo Emerson Bisan, Diretor de Exercício Físico do Instituto Correndo pelo Diabetes (ICPD), a maior preocupação é em como evitar a hipoglicemia. A corrida é conhecida por ser um esporte exigente e que estimula grande parte do corpo, resultando em um alto gasto energético que impacta diretamente os níveis de glicemia.

“O esporte é um reflexo das mudanças da vida, com dias de vitória e dias de derrota. O aspecto mais importante é aprender a lidar tanto com as vitórias como com as adversidades, incluindo episódios de hipersensibilidade e hipoglicemia”, pontua o Diretor de Exercício Físico do ICPD, e salienta ainda que inicialmente o ideal é o corredor imitar o gesto da corrida na velocidade de caminhada para descobrir sua velocidade de cruzeiro e posteriormente, aumentar gradualmente a distância e velocidade.

Bisan pontua abaixo cinco fatores que a pessoa que vive com diabetes deve levar em consideração ao praticar exercícios:


1- Analisar a glicemia atual e sua tendência.

2- Considerar a última refeição e sua composição nutricional, garantindo que fornecerá a energia necessária durante a atividade

3- Verificar a duração e pico de ação dos medicamentos usados.

4- Analisar a atividade física planejada e sua intensidade.

5- Garantir que tenha carboidratos de rápida absorção à mão, caso ocorra uma hipoglicemia.


“Adaptar-se a novos hábitos pode levar tempo, especialmente para iniciantes. No entanto, hormônios liberados durante exercícios, como dopamina, endorfina e adrenalina, promovem alterações nos hábitos alimentares, reduzindo consumo de alimentos sem valor nutricional e trazendo conforto e bem-estar. Resultados como força, condicionamento cardiovascular, fôlego e flexibilidade surgem em semanas, melhorando qualidade do sono e controle da glicemia”, ressalta Bisan.



Jornada da Paciente

A atleta Zilda Maria da Silva, que vive com diabetes, comenta que iniciou no esporte há sete anos, após ter 40% da artéria coronária obstruída. Seguindo orientação médica e de educadores físicos, Zilda ingressou no ICPD e passou a ter aulas de corrida com Emerson Bisan.

"Comer de forma inadequada afeta sua capacidade de correr e alcançar seu potencial máximo. Quando há excesso de alimentos inadequados, ocorre acúmulo de gordura e pouca evolução na massa muscular. Ao optar por uma alimentação saudável e adequada para ganhar massa muscular, a vontade de correr aumenta e você potencializa a velocidade”, comenta Zilda, que afirma: “Praticar um esporte auxilia na consistência de uma rotina e, por consequência, influencia positivamente em melhorias nutricionais, de qualidade de sono e no cuidado do diabetes”, finaliza a atleta.



Sobre o Instituto Correndo pelo Diabetes

O Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD) é uma organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover a saúde integral e qualidade de vida das pessoas que vivem com diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), por meio do exercício físico, inclusão e garantia de direitos.
https://www.institutocpd.org/
https://instagram.com/correndopelodiabetes


Médico pneumologista do HCN alerta sobre a importância da prevenção do câncer de pulmão

Especialista da unidade de Saúde do Governo de Goiás fala sobre o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão e traz alertas sobre a doença

 

O dia 1º de agosto foi escolhido como Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão, mas a conscientização da população sobre os tumores de pulmão deve permanecer durante todo o ano. O objetivo é chamar atenção para o diagnóstico em fases iniciais, uma vez que se detectados precocemente, esses tumores podem ter altas taxas de cura.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de pulmão é um dos tumores mais comuns em todo o mundo, com quase 2 milhões de novos casos por ano. No Brasil, trata-se do segundo tipo mais comum entre homens e mulheres, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) em 2020.

 

Referência em tratamento oncológico em Goiás, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), unidade da Secretaria de Saúde do Governo de Goiás, é o primeiro da rede estadual a ter seu próprio Centro de Oncologia. Pensando nisso, o médico pneumologista do HCN, Dr. Leonardo Vinicius de Freitas, faz um alerta sobre o câncer de pulmão.

 

“Atualmente, o câncer de pulmão é o que mais mata no mundo. Esse fato, por si só, já é um grande motivo para termos um dia voltado ao combate e à conscientização da população”, ressalta o médico pneumologista do HCN, unidade gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (IMED).

 

Além disso, de acordo com o Dr. Leonardo Vinicius, um dos grandes problemas do câncer de pulmão é que nas fases iniciais ele costuma ser assintomático. Na maioria dos casos, quando o paciente procura um médico especialista é porque ele já apresenta alguns sintomas e isso significa que a doença já está num estágio mais avançado.

 

Por isso, é de extrema importância a realização de exames periódicos e a atenção aos sintomas mais comuns das doenças respiratórias, que são: tosse constante ou com sangue, presença de sangue nas secreções produzidas pelas vias respiratórias (como o catarro), perda de peso sem nenhum motivo aparente, dores torácicas e falta de ar.

 

A grande maioria dos casos de tumores de pulmão estão associados ao tabagismo (o hábito de fumar), que hoje em dia é o fator de risco mais importante para o surgimento do câncer de pulmão. Portanto, parar de fumar é indispensável para prevenção, bem como a realização de exames periódicos para que possa ser feito o diagnóstico em fases iniciais.

 

“É importante também mantermos a nossa saúde respiratória em dia, principalmente se trabalhamos ou convivemos em ambientes com muita inalação de fumaça, poeira ou produtos químicos. Esses também são fatores de risco, que têm como principal forma de prevenção o uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s), como as máscaras”, orienta o pneumologista do HCN.

 

Hoje, há comprovações científicas que indicam a necessidade da realização de exames de rastreamento de câncer de pulmão, como a tomografia, para pacientes ex-fumantes, principalmente acima de 55 anos. Por isso, é importante que essas pessoas façam exames anualmente e tenham o acompanhamento de um médico especialista na área, a fim de obter um diagnóstico precoce e reduzir as chances de mortalidade.

 


Centro de Oncologia do HCN
https://bit.ly/3kIL1xu



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