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quarta-feira, 5 de julho de 2023

Especialista reforça a importância dos cuidados preventivos e do diagnóstico precoce no combate às hepatites virais

Consideradas um problema de saúde pública, as hepatites virais são doenças inflamatórias do fígado causadas por diferentes vírus –  denominados tipos A, B, C , D e E. De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 718 mil casos da doença, no período de 2000 a 2021, sendo os vírus B e C os de maior prevalência.

Quando não tratadas corretamente, as hepatites podem evoluir para diversas complicações, como casos crônicos, cirrose hepática e até câncer no fígado, conforme explica Dra. Lilian Branco, infectologista do Hospital Dia Campo Limpo – gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

Desde 2016, o Brasil tem trabalhado para atingir, até 2030, a meta de combate às hepatites virais estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), reduzindo novas infecções em 90% e a mortalidade atribuível à doença em 65%.

Nesse contexto, a campanha Julho Amarelo alerta para a importância da conscientização sobre as medidas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. “Esta campanha também ajuda a combater o estigma e a discriminação associados a esta doença, visando melhorar a saúde pública e a qualidade de vida das pessoas afetadas” destaca a infectologista.

 

Prevenção e transmissão

Conforme Dra. Lilian, cada tipo de hepatite viral possui características específicas. Com isso, as formas de transmissão variam de relações sexuais desprotegidas com uma pessoa contaminada (B), compartilhamento de materiais perfurocortantes infectados (B e C) e fecal-oral a partir de água e alimentos contaminados (A e E). Já a hepatite D (Delta) ocorre somente em pacientes que já possuem o tipo B.

Nesse sentido, não compartilhar objetos de uso pessoal, consumir alimentos e água devidamente tratados, usar preservativo em todas as relações sexuais e manter uma boa higiene pessoal são essenciais para a prevenção.

Outra medida preventiva importante é a vacinação contra as hepatites A e B (que também previne do tipo D), disponíveis no SUS. “A vacinação teve efeito positivo em relação às hepatites virais, com redução da incidência de algumas hepatites como, por exemplo, os tipos A e B”, enfatiza.

 

Diagnóstico e tratamento

Um dos grandes desafios no combate às hepatites é o diagnóstico precoce, já que a doença não costuma apresentar sintomas em fases iniciais. Sinais como fraqueza, mal-estar, tonturas, vômitos, enjoos e icterícia (pele e olhos amarelados) merecem atenção. Assim, a testagem é necessária mesmo quando os sintomas não são evidentes, podendo ser realizada de maneira rápida, sigilosa e gratuita em Unidades Básicas de Saúde.

Segundo a profissional, o diagnóstico, geralmente, é obtido através de exames de sangue que detectam a presença de marcadores específicos para cada tipo, permitindo identificar a presença do vírus no organismo e, em caso positivo, iniciar o tratamento para conter a progressão da doença.

Os tratamentos são prescritos a depender do caso, visando evitar complicações da doença e assegurar o bem-estar do paciente. Além disso, é recomendado não consumir bebidas alcoólicas.

 

Hospital Dia Campo Limpo

 

5 hábitos perigosos para quem tem pressão alta

Segundo o médico e cardiologista Dr. Roberto Yano, a pressão alta aumenta o risco de doenças cardiovasculares, mas alguns hábitos podem impulsionar esses efeitos negativos


A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, ela aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames.

Para aqueles que sofrem de pressão alta, é essencial adotar um estilo de vida saudável e evitar certos hábitos que podem agravar a condição, como explica o médico e cardiologista Dr. Roberto Yano.

A pressão alta é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares. Só no Brasil 400 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência da hipertensão arterial. Muito disso se deve aos maus hábitos de vida que os brasileiros no geral costumam ter”.

 

Hábitos que você deve evitar se tiver pressão alta


1. Consumo excessivo de sal: O consumo excessivo de sal é um dos principais fatores que contribuem para a pressão alta, o sódio presente no sal, quando em grandes quantidades, faz com que a pessoa retenha mais líquido, aumentando o volume sanguíneo e colocando mais pressão nas paredes das artérias. É recomendado limitar o consumo de sal a menos de 5 gramas por dia, o equivalente a uma colher de chá rasa” Explica Dr. Roberto Yano.


2. Tabagismo:Fumar não apenas aumenta temporariamente a pressão arterial, mas também danifica as paredes dos vasos sanguíneos, tornando-os mais estreitos e rígidos. Além disso, o tabagismo está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares e doenças pulmonares graves. Parar de fumar é essencial para controlar a pressão arterial e melhorar a saúde geral”.


3. Consumo excessivo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode levar a um aumento da pressão arterial. Beber em excesso também pode contribuir para a obesidade e o ganho de peso, outro fator de risco para a pressão alta” Afirma Dr. Roberto Yano.


4. Estresse crônico:O estresse crônico eleva a pressão arterial e contribui para o desenvolvimento da hipertensão. Encontrar maneiras saudáveis de lidar com o estresse, como a prática regular de exercícios físicos, meditação, ou hobbies relaxantes, é essencial para controlar a pressão arterial” alerta.


5. Sedentarismo: A falta de atividade física regular está fortemente associada a um maior risco da ocorrência de pressão alta. Sendo assim, a prática de exercícios ajuda a fortalecer o coração e melhora nossos vasos sanguíneos, além de ajudar no controle do peso corporal” aponta.

Sempre é importante reforçar que a pressão alta é uma condição crônica que requer acompanhamento médico adequado e adesão ao tratamento que for prescrito” Alerta Dr. Roberto Yano. 

 

Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 2 milhões engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram.

 

Esquecidas, mas não inofensivas: a luta contra as doenças negligenciadas

Leishmaniose, tuberculose, doença de Chagas e malária são
exemplos de doenças esquecidas que podem causar
consequências sociais e econômicas para o sistema de saúde

Créditos: Envato
Aumento dos casos trazidos pela pandemia agrava cenário que já sofria com a falta de informação e de políticas públicas para manter essas doenças sob controle


Um estudo realizado pela Universidade Federal de Uberlândia, em parceria com a Universidade de Córdoba, revelou que durante a pandemia de covid-19, doenças como malária, leishmaniose e dengue tiveram um aumento na mortalidade, mas uma queda nas internações no Brasil. Isso se explica pelo medo das pessoas de buscar assistência médica durante esse período. O resultado foi que as doenças consideradas “esquecidas” foram, na verdade, negligenciadas.

Leishmaniose, tuberculose, doença de Chagas, malária, esquistossomose, hepatites, filariose linfática, dengue e hanseníase são doenças infecciosas, transmitidas entre pessoas ou no contato com animais portadores, e afetam principalmente a população mais pobre e com acesso limitado aos serviços de saúde. Embora sejam evitáveis e tratáveis, essas doenças ainda trazem consequências sociais, econômicas e para a saúde tanto das pessoas afetadas quanto da sociedade, comprometendo a capacidade das comunidades de se desenvolverem e prosperarem.


Pesquisas e conscientização

Em janeiro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório que estabeleceu metas, alinhadas com os Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, que propõe ações integradas até 2030 para combater essas doenças “esquecidas”. Segundo a médica clínica dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Larissa Hermann, esse movimento aponta urgência no investimento em pesquisa para o desenvolvimento de medidas de prevenção e tratamento e, principalmente, informação. De acordo com especialistas, o pouco conhecimento sobre essas enfermidades dificulta a mobilização de recursos para a implementação de ações efetivas. "Acredito que é responsabilidade do poder público desenvolver estratégias de conscientização e divulgar informações precisas por meio da mídia para atingir o maior número possível de pessoas com informações de qualidade”, reitera Larissa. 

Além disso, a médica defende que é necessário fortalecer o sistema de saúde, capacitar profissionais e melhorar a infraestrutura de atendimento, especialmente nas áreas mais afetadas. Ela ressalta o papel dos profissionais de saúde em lembrar a população da existência dessas doenças. "A orientação deve ir além do tratamento médico, incluindo alertas sobre cuidados com saneamento básico e meio ambiente, com medidas que podem ser tomadas para evitar a contaminação ou minimizar os danos causados por essas doenças", complementa.

 

Fisioterapeuta explica como o celular pode afetar a saúde da coluna

A cabeça pesa em torno de 5 quilos e quando fazemos a flexão do pescoço, este peso pode chegar até 25 quilos devido a esta inclinação

 

Há tempos que o celular deixou de ser apenas um telefone e passou a ser uma ferramenta quase que indispensável para a maioria das pessoas, desde o uso laboral até para o entretenimento. O uso excessivo e de forma inadequada pode trazer problemas para a saúde e especialmente para a coluna cervical (região do pescoço).  

Segundo Cássia Xavier Santos, fisioterapia e coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Santa Marcelina, o uso contínuo leva a sobrecarga das estruturas articulares, por isso, é importante fazer intervalos de 10 minutos a cada 40 ou 50 minutos de uso, para relaxar e alongar a musculatura. “Sempre que possível, usar um apoio para os braços e trazer o celular na altura dos olhos evitando a inclinação do pescoço para frente. A prática de exercícios auxilia na manutenção da força muscular e na mobilidade das articulações fazendo com que os músculos protejam a região acometida. Sem dúvida, o uso desses equipamentos na atualidade é fundamental, porém saber utilizar como moderação pode evitar transtornos indesejáveis”, explica.

A cabeça pesa em torno de 5 quilos e quando fazemos a flexão do pescoço, este peso pode chegar até cinco vezes (25 quilos) devido a esta inclinação. Mas, de acordo com a especialista, essa carga faz com que haja uma pressão maior em estruturas importantes da coluna vertebral, como os discos intervertebrais e uma pressão maior sobre as vértebras, o que pode trazer desde um desconforto na região do pescoço até a desgastes dos discos e de outras estruturas, podendo levar a um longo prazo, processos degenerativos (artrose), hérnias de disco entre outras complicações. “Estas lesões podem acarretar dores na região da coluna vertebral, cefaleias de tensão, cervicobraquialgias (dores irradiadas para os membros superiores). Sem dúvida alguma, o pescoço é bastante comprometido com o uso excessivo e inadequado do celular, porém a coluna lombar pode ser afetada pela má postura. Sobretudo, devemos ficar atentos em outras lesões que podem ocorrer nos ombros, punhos e mãos, além de ser prejudicial ao sono. Diante de todas as possíveis complicações que estamos expostos, nos resta agir de forma preventiva”, finaliza.

 

Faculdade Santa Marcelina

 

Cinco medidas para evitar doenças respiratórias nas escolas

Assegurar a boa qualidade do ar externo é uma medida fortemente disseminada e compreendida ao redor do mundo – mas, pouco ainda se fala, especialmente no Brasil, sobre o mesmo cuidado nos ambientes internos. Em locais de grande concentração de pessoas, como as escolas, se torna fundamental garantir essa qualidade de ar internamente, não apenas para evitar a disseminação de doenças respiratórias, mas, acima de tudo, para manter a boa saúde como um todo das crianças e, assim, prezar por um local de estudos seguro para todos.

A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece, desde a década de 80, a importância deste tema para evitar doenças respiratórias. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, por exemplo, foi registrado um aumento de 30% nas internações de crianças de até cinco anos por síndrome respiratória aguda grave nos primeiros quatro meses de 2022, em relação ao mesmo período de 2021. Este ano, não tem sido diferente. Só no mês de maio, a ocupação de UTIs pediátricas em São Paulo ultrapassou os 80%.

Isso acontece pois, na maioria das escolas, são utilizados sistemas básicos de ventilação natural, os quais são inadequados para atender às necessidades dos alunos e, consequentemente, abrem margem para a maior incidência de tais doenças respiratórias. Afinal, muitos estudos já comprovam que a exposição a vários poluentes atmosféricos em edifícios escolares que não dispõem de sistemas de filtragem adequados, pode causar graves danos à saúde.

Em ambientes fechados, a probabilidade de disseminação de vírus respiratórios é potencializada quando as temperaturas caem, principalmente quando os devidos cuidados com a filtragem do ar não são mantidos periodicamente. Para evitar que estas doenças se alastrem nas escolas, confira cinco cuidados essenciais que fazem a diferença:


#1 Manutenção do ar-condicionado: este já se tornou um eletrodoméstico usual para controlar a temperatura dos ambientes internos e manter um conforto térmico. Mas, muitos desconhecem o cuidado necessário para que atinja seu propósito, principalmente em locais coletivos. Toda instalação de ar-condicionado nas escolas precisa ser muito bem planejada, projetada e cuidada, realizando sua manutenção periodicamente em, no mínimo, uma vez a cada mês – mesmo durante o inverno. Suas peças devem estar sempre em ordem, garantindo a correta filtragem do ar, eliminando contaminantes biológicos altamente propícios de se espalharem em ambientes fechados. Disseminando essa importância, a cartilha desenvolvida pela ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento) contém todos os impactos positivos da manutenção da qualidade do ar interno (QAI) para a saúde de seus ocupantes, assim como observações técnicas e explicações de como assegurar esse objetivo.


#2 Cuidado com a ventilação natural: não é incomum notar escolas que aderem à ventilação natural, ao invés do ar-condicionado. Porém, em épocas de temperaturas mais baixas, quando as janelas costumam ficar fechadas e os ventiladores desligados, há uma maior concentração da poluição externa nos ambientes internos – o que, junto com a baixa incidência de chuva e ar mais seco, cria o cenário favorável para a disseminação das doenças respiratórias nas escolas. A falta de renovação do ar nesses locais é extremamente prejudicial à saúde de todos, o que deve ser repensado a fim de contar com o auxílio de um mecanismo que garanta essa filtragem adequada.


#3 Limpeza adequada dos carpetes e estofados: a higienização de qualquer superfície em tecido, como carpetes, sofás e cadeiras, é fundamental para garantir a qualidade do ar interno. Mesmo quando esses itens parecem limpos, é preciso considerar que microrganismos invisíveis a olho nu podem se alojar nesses objetos. Por isso, é preciso contar com profissionais especializados, que conseguem fazer uma adequada higienização, contando com produtos e tecnologias específicas para este fim. Uma das maiores iniciativas para essa missão é o Guia desenvolvido pela ABRITAC (Comitê de Tapetes, carpetes e capachos da ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção), o qual reúne as melhores práticas de manutenção e cuidados voltados aos revestimentos têxteis de pisos, através das técnicas e procedimentos corretos para higienizá-los devidamente. O conteúdo pode ser acessado no link a seguir: https://bit.ly/3WOQHFb.


#4 Produtos utilizados na limpeza do ambiente: certos produtos químicos utilizados rotineiramente na limpeza dos ambientes não são ideais para a saúde, principalmente aqueles com alta emissão química e fortes perfumes que podem, na verdade, mascarar problemas. Seu uso constante pode desencadear desconfortos, irritações, dores de cabeça e até alergias. Por isso, é recomendado que as escolas optem por produtos com baixa emissão de gases voláteis e com odor neutro em ambientes de uso coletivo, que serão mais agradáveis para todos e evitarão desencadear problemas respiratórios.


#5 Remediação correta do mofo: todo ambiente inteiro está sujeito ao mofo, e o que irá impedir que cause danos à saúde é a forma na qual ele é eliminado. Seus esporos podem se espalhar rapidamente e com muita facilidade, caso sejam apenas limpos superficialmente, uma vez que suas partículas permeiam profundamente as estruturas do local. Por isso, é preciso solicitar os serviços de profissionais preparados para remediar o mofo, isolando a área e criando um sistema de ventilação para tirar esporos internos, eliminando-os por completo. É apenas através desta retirada com segurança que será possível garantir o fim deste fungo e evitar danos graves ao sistema respiratório.

Os ambientes escolares podem se tornar locais perfeitos para a propagação de doenças respiratórias, caso os devidos cuidados não sejam tomados. Felizmente, existem muitos mecanismos simples e eficazes de barrar essa disseminação, que vão desde os cuidados dos próprios alunos, utilizando máscaras quando estão com sintomas de gripe ou resfriado, até as ações da própria instituição no que diz respeito à higienização e filtragem interna do ar.

Além de se sentirem mais confortáveis em climas internos mais frios – ao contrário dos ambientes termicamente neutros mais agradáveis aos adultos – a própria produtividade dos alunos será favorecida, enquanto o descuido com a qualidade do ar interno irá prejudicar seu desempenho cognitivo.

Todos os sistemas de ventilação utilizados precisam ser limpos e cuidados frequentemente, assegurando seu funcionamento correto para a retirada das impurezas externas. Esse ainda é um grande desafio nas salas de aulas, que precisam ser imediatamente combatidos em prol da saúde de todos. Precisamos compreender e disseminar cada vez mais essa importância, garantindo que todos tenham um ambiente escolar mais seguro.

Abordando a fundo este tema, a Brasindoor irá realizar um evento presencial no Senac Tiradentes, no dia 27 de julho, das 08h às 17h, contando com diversos especialistas do ramo em um cronograma de palestras sobre como promover essa gestão corretamente. As inscrições estão abertas no link a seguir: http://brasindoor.com.br/.

 


Leonardo Cozac - presidente da Brasindoor - Sociedade Brasileira de Meio Ambiente e Controle de Qualidade do Ar de Interiores.


Brasindoor
http://www.brasindoor.com.br/


Restrição ao aspartame aumenta debate sobre ultraprocessados

Bebidas que utilizam o adoçante, que está prestes a ser desaconselhado pela OMS, estão entre os alimentos produzidos artificialmente pela indústria, a partir de substâncias; eles são apontados como causas de doenças como câncer, diabetes e obesidade

 

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), deve divulgar no próximo dia 14 de julho um relatório que pode até desaconselhar o consumo do aspartame, um dos componentes mais utilizados em adoçantes artificiais e refrigerantes dietéticos (também chamados de zero). A decisão, segundo notícia divulgada em 30 de junho pela agência britânica Reuters, será fundamentada em mais de 1,3 mil estudos científicos que investigam o aspartame como possível agente causador do câncer e de outras doenças.  

Caso isso seja confirmado, será uma mudança na orientação em vigor desde 1981, que considera “seguro” o consumo da substância dentro de um limite. O entendimento acompanha outra diretriz lançada em 15 de maio pela própria OMS, desaconselhando o uso de adoçantes sem açúcar para controlar o peso corporal ou reduzir o risco de doenças não-transmissíveis. De acordo com a entidade, revisões de estudos sugerem que este consumo, a longo prazo, não contribui para a redução da gordura corporal e aumenta os riscos de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.  

A discussão sobre o assunto volta a estimular a discussão sobre a produção e o consumo dos alimentos ultraprocessados, que são fabricados a partir de compostos e substâncias produzidas artificialmente, como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos. De acordo com o professor Hugo Xavier, coordenador do curso de Nutrição da Universidade Tiradentes (Unit), tais compostos e substâncias têm a única função de conferir uma maior durabilidade aos alimentos, de modo que eles fiquem mais tempo nas prateleiras e nas dispensas. Dessa forma, elas acabam atrapalhando a absorção dos nutrientes essenciais ao funcionamento do corpo. 

“Um exemplo disso é o cálcio, existente em alguns alimentos. Quando você consome um refrigerante com aspartame, ele impede a absorção do cálcio. Consequentemente, esse indivíduo fica com menos cálcio, o osso fica mais fraco e quebra com mais facilidade, o que chamamos de osteoporose. Isso é muito comum nos adolescentes e nas crianças, que caem com muita facilidade. A gente tem ainda a obesidade, muito comum por causa da caloria excessiva no consumo desses alimentos. E tem a piora da flora intestinal dessas pessoas”, elenca o professor.  

Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), e publicado em janeiro deste ano pela revista científica American Journal of Preventive Medicine, corrobora esse argumento, apontando os ultraprocessados como causadores de doenças e mortes relacionadas à má alimentação. Segundo a pesquisa, eles ocupam entre 13% e 21% do consumo total de energia da dieta em adultos, ao mesmo tempo em que contribuíram com cerca de 57 mil mortes prematuras entre 30 e 69 anos em 2019. E a redução desse consumo entre 10% a 50% teria o potencial de evitar entre 5.900 e 29.300 mortes. “A redução do consumo de alimentos ultraprocessados ​​promoveria ganhos substanciais em saúde para a população e deveria ser uma prioridade da política alimentar para reduzir a mortalidade prematura”, conclui a pesquisa da USP.

 

Quais são 

Entre esses alimentos industrializados, conforme definição do Guia Alimentar da População Brasileira, estão vários tipos de biscoitos, sorvetes, balas e guloseimas em geral, pães e cereais açucarados, misturas para bolo, barras de cereal, sopas, macarrão e temperos ‘instantâneos’, molhos e salgadinhos “de pacote”, além de produtos congelados e prontos para aquecimento como pratos de massas, pizzas, hambúrgueres e extratos de carne de frango ou peixe empanados do tipo nuggets, salsichas e outros embutidos. 

É nesta classificação que entram os refrigerantes, refrescos, bebidas energéticas, iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados, que utilizam substâncias como o próprio aspartame. “Só pra se ter uma ideia, ele tem uma capacidade de adoçar esse produto 200 vezes mais que o próprio açúcar. Apesar de as pesquisas ainda não serem conclusivas sobre a relação entre o consumo de aspartame e o surgimento do câncer, mas a gente sabe que o consumo desses alimentos por um período prolongado pode sim tem um índice e uma relação direta ou indireta com o surgimento de várias doenças, como câncer, obesidade, hipertensão e diabetes”, afirma Hugo.  

Ainda segundo o professor da Unit, o consumo desses alimentos ultraprocessados se dá em virtude da praticidade e da facilidade de compra e preparo, no dia-a-dia, sobretudo entre a população dos grandes centros urbanos. 

 

Alternativas 

Entre as alternativas mais recomendadas para melhorar a alimentação e os hábitos alimentares, está o consumo de alimentos in natura, originados de animais e vegetais, como ovos, verduras, legumes, frutas e folhas, ou dos minimamente processados, que não tiveram nenhuma adição na composição original, mas apenas mudanças no processo de envasamento, limpeza ou moagem, como arroz, feijão, frutas secas, sucos naturais e as carnes cortadas em açougues. “É melhor consumir uma carne vermelha do que a linguiça. A depender do preparo, ela é bem melhor e mais saudável, digamos assim, do que os embutidos e enlatados - e aqui entra a salsicha”, afirma Xavier.  

Outra dica do nutricionista é fazer mudanças graduais nos hábitos, principalmente das crianças, para que elas se acostumem melhor com os alimentos mais saudáveis e prefiram menos os ultraprocessados. “Não é retirar abruptamente esses elementos: é diminuir eles e aumentar os alimentos mais naturais. Outra dica é colocar os alimentos naturais mais à vista da criança ou do adolescente, e mostrar a ele quais são os benefícios. Isso nós chamamos de educação alimentar e nutricional. Tudo parte dela. É necessário que os pais tenham essa consciência e comecem a trabalhar isso com as crianças o mais cedo possível”, concluiu.

 

Asscom

Grupo Tiradentes


Novo composto tem ação contra fungos resistentes quando combinado a drogas disponíveis no mercado

Nas imagens à esquerda, fungo Aspergillus fumigatus exposto
 por 48 horas aos antifúngicos tradicionais caspofungina (acima)
 e voriconazole (embaixo). À direita, combinação das drogas com brilacidina
 eliminou a maior parte dos fungos (
foto: acervo dos pesquisadores)
Estudo conduzido na Universidade de São Paulo (USP) revela que a brilacidina, uma nova droga testada para moléstias que vão de infecção cutânea por bactérias até COVID-19, pode matar cepas resistentes de fungos quando combinada a duas classes de antifúngicos disponíveis no mercado.


A nova potencial aplicação do medicamento, agora patenteada e descrita na revista Nature Communications, foi descoberta por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP) apoiados pela FAPESP.

O problema da resistência a medicamentos é um desafio reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas o processo de desenvolver uma nova droga é muito caro e demorado.

“Por isso, buscamos identificar a atividade antifúngica de moléculas químicas já conhecidas, mas até então não estudadas quanto a seus efeitos no controle do crescimento de fungos. Nesse caso, começamos explorando 1.400 compostos químicos até chegarmos neste”, conta Thaila Fernanda dos Reis, pós-doutoranda na FCFRP-USP e primeira autora do artigo.

Graças ao uso de diferentes métodos, os pesquisadores concluíram que a combinação da brilacidina com duas drogas antifúngicas distintas (caspofungina ou voriconazole) tem a capacidade de matar cepas resistentes de várias espécies de fungo que causam infecções em humanos, como o Aspergillus fumigatus, agente causador da aspergilose pulmonar invasiva.

A aspergilose é uma infecção comum em pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs), podendo levar a óbito entre 60% e 90% dos indivíduos. Afeta também pacientes com certo grau de comprometimento imune, como aqueles que estão passando por tratamentos oncológicos (leia mais em: agencia.fapesp.br/39432/ e agencia.fapesp.br/36228/).

Além das combinações com antifúngicos para infecções pulmonares, a brilacidina sozinha bloqueou o crescimento do A. fumigatus e o desenvolvimento da doença num modelo animal de queratite, uma infecção que afeta a córnea.

A doença ocular impacta de 1 a 2 milhões de pessoas por ano no mundo todo, sobretudo em países tropicais com grande atividade agrícola. Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, o uso de lentes de contato contaminadas com fungos é o principal fator de risco.


Mecanismo de ação

A resistência a medicamentos se dá quando o microrganismo (fungo, bactéria ou vírus) encontra uma forma de sobreviver e continuar a se multiplicar mesmo na presença da droga que deveria conter seu crescimento.

Por isso, é importante ter opções de fármacos que atuem de diferentes formas sobre o patógeno, a fim de debelar a infecção mesmo quando a cepa é resistente a alguma droga. Contudo, enquanto existem nove classes de antibacterianos, há apenas quatro de antifúngicos disponíveis comercialmente.

A caspofungina, por exemplo, é um antifúngico disponível há bastante tempo no mercado. Seu mecanismo de ação consiste em inibir a síntese da parede celular, uma estrutura que envolve a membrana plasmática e que mantém a integridade da célula fúngica.

Quando em contato com a droga, porém, não raro, o fungo ativa um sistema de reparo, que dribla a ação da droga e permite que ele sobreviva na sua presença. Daí o potencial da combinação entre caspofungina e brilacidina. Nos testes, a presença da nova molécula desativou o sistema de reparo acionado pela caspofungina.

“A caspofungina não mata o fungo A. fumigatus, mas atrapalha sua multiplicação. Isso, muitas vezes, é suficiente para que o sistema imune do hospedeiro controle a infeção, mas nem sempre. Por isso é importante identificar drogas capazes de atuar em sinergia com ela. Uma das opções seria criar um único medicamento que reunisse simultaneamente caspofungina e brilacidina, de forma que pudessem atuar em conjunto”, resume Gustavo Henrique Goldman, professor da FCFRP-USP que coordenou o estudo.


Superfungos

Outra vantagem da brilacidina é que a combinação com a caspofungina ou com o voriconazole teve ação contra diferentes espécies de fungo.

Nos ensaios com modelos animais, além de A. fumigatus, a combinação da brilacidina com caspofungina foi eficaz em inibir outras espécies fúngicas como Candida albicansCandida auris e Cryptococcus neoformans.

Chamadas de “superfungos”, por conta de sua alta resistência a medicamentos, algumas dessas cepas têm sido responsabilizadas por infecções hospitalares graves. Recentemente, tornaram-se mais comuns devido ao grande número de hospitalizações em UTIs por conta da pandemia de COVID-19 (leia mais em: agencia.fapesp.br/39977/ e agencia.fapesp.br/35923/).

A ação sinérgica da brilacidina com voriconazole, por sua vez, foi eficaz tanto contra A. fumigatus quanto contra Mucorales, um fungo que ocorre sobretudo na Índia e no Paquistão e causa graves deformações no rosto.

Para que os efeitos sejam comprovados em humanos, porém, testes clínicos são necessários. Junto com a empresa proprietária da patente da brilacidina, a norte-americana Innovation Pharmaceuticals Inc. (IPI), os pesquisadores buscam agora uma empresa brasileira que possa licenciar o medicamento no país e realizar os testes clínicos, necessários para comprovar os efeitos em humanos e, em caso de sucesso, disponibilizar a droga no mercado.

O trabalho envolveu ainda outro projeto apoiado pela FAPESP.

O artigo A host defense peptide mimetic, brilacidin, potentiates caspofungin antifungal activity against human pathogenic fungi pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41467-023-37573-y.

 


André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/novo-composto-tem-acao-contra-fungos-resistentes-quando-combinado-a-drogas-disponiveis-no-mercado/41810/


Frio alavanca busca por medicamentos antigripais e antibióticos no Brasil

Plataforma Consulta Remédios registrou aumento de 56% em medicamentos descongestionantes no último trimestre


O inverno está bem perto de começar, mas as temperaturas já indicam queda há um tempo, e com isso, a busca por medicamentos utilizados no tratamento de gripes, resfriados e outras complicações respiratórias vêm aumentando. Quem diz isso é a plataforma Consulta Remédios, maior marketplace de farmácias do país, que tem uma média de 1 milhão de visitantes por dia no site. Entre os dados encontrados, a plataforma mostrou que a busca por antigripais registrou um aumento em torno de 45% em medicamentos antigripais nos últimos 3 meses se comparados ao primeiro trimestre do ano.

“Este ano está sendo o primeiro que enfrentamos o inverno sem o uso obrigatório de máscara desde a pandemia. Isso significa que os vírus vão sim circular mais facilmente e, apesar de o frio não ter uma relação direta com doenças respiratórias, os comportamentos das pessoas no inverno contribuem para o aumento de casos”, explica Rafaela Sarturi Sitiniki, farmacêutica responsável pela plataforma Consulta Remédios.

Além dos antigripais, soros nasais tiveram um crescimento de 25% e antibióticos utilizados em sintomas respiratórios, como a amoxicilina, por exemplo, também registraram 25% a mais de buscas. “No ano passado tivemos uma escassez de medicamentos, sobretudo de antibióticos. Este ano a procura com certeza será grande novamente, considerando que as temperaturas mais baixas estão começando somente agora”, diz Rafaela.


Dados regionalizados

Quando se fala em frio, o Brasil possui diferentes comportamentos. E durante esse período de chegada do outono e inverno, as buscas por estado também se diferem. Para se ter ideia, o estado do Paraná, um dos mais frios do país, registrou um crescimento de 64% em medicamentos antigripais e descongestionantes e totalizaram mais de 71 mil visitas nas categorias de medicamentos para tratamentos de sintomas respiratórios.

Já o estado de São Paulo, a maior praça do país, registrou um crescimento de 63% nos antigripais, e medicamentos da categoria descongestionantes chegaram a ter 57% a mais de procura na plataforma. “Em São Paulo a plataforma também registrou um crescimento de 33% nas buscas por antibióticos nos últimos três meses. A previsão é que esse dados cresçam ainda mais com a chegada do inverno”, ressaltou a farmacêutica.

O estado do Rio de Janeiro, mesmo não registrando temperaturas tão baixas, também apresentou aumento nas buscas por esses medicamentos. “Os antigripais tiveram um aumento de 58% no estado do Rio de Janeiro e os descongestionantes de 69%, um aumento bem significativo para um estado que não é tão frio, o que mostra que a falta de uso de máscaras vem contribuindo para os casos de síndromes respiratórias como um todo”, finalizou Rafaela.

 



Consulta Remédios
www.consultaremedios.com.br

 

ChatGPT representa risco aos dados das organizações


O ChatGPT, bem como outras ferramentas de Inteligência Artificial generativas, tem se popularizado atraindo grande número de usuários. A plataforma atingiu 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro, apenas dois meses após o lançamento, tornando-se o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido da história.

Recentemente, a OpenAI admitiu que um bug vazou dados de 1,2% dos usuários plus. Durante um período de nove horas, usuários poderiam acessar ou receber dados de outros assinantes: nome, sobrenome, e-mail, endereço de cobrança e os últimos quatro dígitos do cartão. Em um dos casos, esses dados só eram visíveis se os dois usuários estivessem conectados ao mesmo tempo. A empresa não divulgou o número total de contas que tiveram informações pessoais vazadas.

Além disso, o uso dessa tecnologia por hackers e pessoas mal-intencionadas, bem como o compartilhamento de informações confidenciais pode trazer grande risco para a segurança dos dados.

Funcionários e executivos podem estar compartilhando dados comerciais confidenciais e informações protegidas por privacidade para esses grandes modelos de linguagem (LLMs), levantando preocupações de que esses sistemas estejam incorporando tais dados em suas bases. Isso significa que, eventualmente, essas informações podem ser recuperadas em outras pesquisas e solicitações. 

Por exemplo, um executivo recorta e cola o documento de estratégia da empresa para 2023 no ChatGPT e pede para criar uma apresentação em PowerPoint. Após essa troca de informações, se um terceiro perguntar “quais são as prioridades estratégicas da [nome da empresa] para este ano”, o chat poderá responder com base nas informações fornecidas pelo executivo.

Ou ainda, um médico insere o nome de seu paciente e sua condição médica e pede para redigir uma carta para a companhia de seguros do paciente. Uma terceira pessoa pode pedir um modelo de carta que acabem vindo com essas informações, ou até mesmo por meio de uma pergunta específica obter informações sobre o paciente.

Algumas empresas restringiram o uso do ChatGPT pelos trabalhadores, e outras emitiram avisos aos funcionários para tomarem cuidado ao usar serviços de IA generativas.

Mas os riscos vão além do compartilhamento de dados. Cibercriminosos podem se aproveitar da ferramenta para criar malwares e e-mails de phishing otimizados. Recentemente, pesquisadores descobriram que o ChatGPT pode ajudar no desenvolvimento de ransomwares. Por exemplo, um usuário com um conhecimento rudimentar de software malicioso pode usar a tecnologia para escrever um malware ou ransomware funcional. Algumas pesquisas mostram que os autores de malware também podem desenvolver softwares avançados, como um vírus polimórfico, que altera seu código para evitar a detecção.

Outro risco de segurança associado ao ChatGPT é que a tecnologia pode ser usada para gerar spam e e-mails de phishing. Os spammers podem usar o modelo GPT-3 para gerar e-mails convincentes que parecem ser de fontes legítimas. Esses e-mails podem ser usados ​​para roubar informações. 

Os riscos de segurança do ChatGPT também podem assumir a forma de golpes de representação. Para fazer isso, um cibercriminoso estuda o estilo de escrita de um funcionário. Esse funcionário geralmente é um executivo de alto escalão, ou o responsável pelas finanças de uma empresa. Depois que o cibercriminoso termina de aprender, ele usa o ChatGPT para redigir mensagens para um funcionário da mesma forma que a pessoa personificada faria. Por exemplo, um hacker (imitando um funcionário da organização) pode escrever para o contador para solicitar a transferência de uma quantia enorme para uma conta. 

Identificando esses potenciais riscos de segurança, as organizações precisam estabelecer técnicas de mitigação desses riscos. É necessário o monitoramento da rede de forma contínua contra qualquer comportamento mal-intencionado, ou de compartilhamento de dados externamente. Modelos baseados em comportamento detectam qualquer padrão suspeito de acesso aos dados. Mais do que isso, já existem soluções que conseguem detectar, por exemplo, quando um funcionário está colando uma informação sensível em um browser da web. 

Outro ponto necessário é a gestão correta de permissionamento das informações dentro das organizações. Isso não é necessariamente uma novidade, mas nem por isso é uma prática amplamente adotada. É muito comum encontrar funcionários com acesso a um volume de informações importantes na empresa – e que não têm qualquer relevância para a atividade que desempenham. No final das contas, não importa qual a nova tecnologia, “sacada”, ou “artimanha” que o criminoso use: a solução é simples, e começa com o cuidado com o uso e compartilhamento das informações dentro da empresa. 

 

Carlos Rodrigues - vice-presidente Latam da Varonis

 

A inteligência artificial impulsiona o empreendedorismo feminino no mundo digital

Conheça Lisane Andrade, CEO e fundadora da Niara, primeira plataforma de Conteúdo e SEO baseada em Inteligência Artificial e Automação do Brasil.

 

A presença e a influência das mulheres no mundo dos negócios têm se fortalecido cada vez mais, especialmente no contexto digital. O empreendedorismo feminino ganhou impulso significativo com o advento da inteligência artificial (IA), e Lisane Andrade, CEO e cofundadora da Niara, uma plataforma de Marketing Digital, Conteúdo e SEO baseada em IA e Automação do Brasil, compartilha sua perspectiva sobre essa tendência em constante crescimento.

 

A inteligência artificial tem se mostrado uma ferramenta poderosa para alavancar o empreendedorismo feminino no mundo digital. A capacidade de automatizar tarefas, analisar dados em grande escala e tomar decisões estratégicas com base em informações precisas tem sido um diferencial fundamental para profissionais de Conteúdo e SEO, permitindo-lhes competir em igualdade de condições no mercado.

 

O SEO é um conjunto de estratégias que ajudam empresas de todos os portes e segmentos a aparecerem em boas posições no Google, gerando assim mais visitas e oportunidades de negócio. Dentro do marketing digital, é uma área bem difundida e utilizada, principalmente, por e-commerces. Além disso, o setor conta com forte presença feminina, representando 47,3% dos profissionais do ramo. Segundo pesquisa "Salário SEO 2023".

 

Lisane Andrade, uma empreendedora visionária e pioneira de SEO no Brasil, enxerga o papel fundamental que a Inteligência Artificial desempenha no cenário empresarial atual. Como cofundadora da Niara, uma plataforma que combina IA e automações para otimizar processos de Conteúdo e SEO, ela tem testemunhado em primeira mão como a IA pode capacitar profissionais e empreendedores a alcançarem resultados extraordinários.

 

Desde do lançamento da ferramenta, Andrade recolhe depoimentos de usuários satisfeitos com o produto. "Atendo clientes com SEO, mas sempre quis oferecer conteúdos, porém a falta de tempo e experiência me barravam de conseguir entregar isso a eles, com a Niara consegui realizar esse sonho e hoje já consigo entregar conteúdos para meus clientes, além disso, consigo oferecer mais serviços, ganhar mais dinheiro, ser mais produtiva e ter mais tempo para os filhos", afirma Jane Muniz, usuária da Niara há 2 meses.

 

Ainda de acordo Lisane Andrade, "A inteligência artificial tem sido uma grande aliada para o mundo dos negócios. Ela fornece ferramentas e insights valiosos para tomar decisões informadas e estratégicas. Além disso, a automação de tarefas rotineiras permite que os profissionais invistam seu tempo e energia em atividades mais estratégicas e criativas, impulsionando assim o crescimento de seus negócios".

 

A Niara é uma plataforma pioneira no Brasil que integra a IA e automações ao Conteúdo e SEO, oferecendo às empreendedoras uma solução abrangente para melhorar a visibilidade online de suas marcas. Por meio de algoritmos inteligentes, a plataforma auxilia na produção de conteúdo otimizado, sugere palavras-chave, códigos e também gera conteúdo em massa. Isso permite que seus usuários maximizem seu alcance e conectem-se com seu público-alvo de maneira mais eficaz.

 

Com a IA e as automações impulsionando o empreendedorismo feminino, a Niara está abrindo caminho para um futuro mais inclusivo e equitativo nos negócios digitais. Ao fornecer às mulheres empreendedoras as ferramentas necessárias para alcançar o sucesso, a plataforma está contribuindo para a quebra de barreiras e a promoção da igualdade de oportunidades no mundo empresarial. 



Niara


Lisane Andrade - empreendedora e líder de negócios, reconhecida por sua experiência em SEO e em Inteligência Artificial. Como CEO e cofundadora da Niara, ela tem dedicado seu trabalho na criação de tecnologias que ajudem profissionais e empresas a impulsionar seus negócios.


Unidades do Poupatempo são pontos de coleta da Campanha do Agasalho 2023

Entre os itens em bom estado de conservação recebidos nos 230 postos do Estado, estão agasalhos, meias, toucas, luvas, por exemplo

 

Com as baixas temperaturas registradas nesses primeiros dias do mês de julho, o Poupatempo reforça o alerta para as doações da Campanha do Agasalho 2023. Coordenada pelo Fundo Social de São Paulo (FUSSP), a ação tem o objetivo de arrecadar itens de inverno e aquecer o coração dos mais vulneráveis, em situação de rua. 

Parceiro da ação, o Poupatempo mantém em todos os 230 postos do Estado caixas para receber donativos. A campanha vai até 22 de setembro e as principais necessidades são agasalhos, meias, toucas e luvas, que sejam novos ou estejam em bom estado. 

Também é possível contribuir em dinheiro na conta corrente oficial da ação: no número 19.771-8, agência 1897-X, CNPJ/MF 44.111.698-0001/98. Outra opção de doar é pela chave Pix doacoesfussp@sp.gov.br. Com os recursos arrecadados, o Fundo Social de São Paulo fará a compra de 100 mil cobertores, que serão destinados à entidades sociais, entre elas hospitais e centros de acolhida e para os fundos sociais dos municípios do Estado de São Paulo. 

Pelo site www.campanhadoagasalho.sp.gov.br, os interessados podem encontrar a lista dos pontos de coleta.

 

27% dos consumidores já sofreram algum tipo de fraude ao comprar online, mas 87% sentem-se seguros ao fazer uma compra no e-Commerce brasileiro, afirma estudo da SBVC.

 Levantamento mostra que 38% dos consumidores sentem-se mais seguros ao fazer compras online em Marketplaces.

 

Os consumidores sentem-se seguros ao comprar online e cada vez mais as empresas devem adotar medidas adequadas para garantir essa segurança. Segundo a 2ª edição do estudo “Segurança do consumidor digital e as fraudes no varejo”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e pela Pinion, 87% dos consumidores digitais sentem-se seguros ao fazer uma compra no e-Commerce brasileiro. 

O estudo mostra que, apesar dos consumidores sentirem-se seguros, 27% dos entrevistados já sofreram algum tipo de fraude ao comprar online (na 1ª edição do estudo feita em 2019 eram 15%), e as ocorrências foram não recebimento do produto adquirido (57%), seguido por recebimento do produto errado ou com defeito (33%), fraudes no cartão de crédito (31%), vazamento dos dados pessoais (17%) e fraude na geração de boleto (12%). 

O estudo também verificou que a maioria dos consumidores costumam denunciar o ocorrido, e na sua maior parte por meios online, porém ainda é relevante o número de consumidores que não denunciam (42%). O principal canal de denúncia é “Reclame Aqui” (40%), seguido por Procon (22%). Destaca-se também o alto número de ocorrências não resolvidas, passando de 25% (em 2019) para 40%. Principais formas de resolução foram: 25% o valor foi devolvido pela empresa, para a conta do consumidor, em seguida para 12% o valor foi devolvido pelo banco, para a conta do consumidor, e também para 12% o valor foi devolvido em créditos para utilização de compras futuras. E por fim, 7% o produto foi trocado. 

Para Eduardo Terra, Diretor Presidente da SBVC, “Segurança digital e proteção de dados vem se tornando um tema cada vez mais relevante. Garantir uma jornada de compra segura e dar um suporte para eventuais problemas que ocorram em uma compra digital é essencial para as empresas de varejo prosperarem no Brasil.“

 

Metodologia

O estudo entrevistou 804 consumidores em todo o país, que costumam fazer compras online. O estudo teve como objetivo quantificar aspectos relacionados à segurança do consumidor digital, através da perspectiva do próprio consumidor, aprofundando a confiabilidade do consumidor em relação ao varejo digital brasileiro, utilização de ferramentas antifraude e ocorrências fraudulentas no e-commerce brasileiro.

 

A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC: 

https://sbvc.com.br/estudo-2a-ed-seguranca-do-consumidor-digital-e-fraudes-no-varejo/

 

 

Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC)
www.sbvc.com.br


 Pinion
https://pinion.business/


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