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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Tendência de reaproveitar peças e materiais, economizando recursos com criatividade, alinha moda e sustentabilidade e ajuda a mudar a cara do consumo

Até grifes famosas já adotaram o Upcycling e sócias da Jahe Marketing dão dicas para inspirar pequenos e médios negócios 

 

É praticamente impossível acompanhar o noticiário sem observar notícias sobre sustentabilidade, mudanças climáticas e os rumos do consumo. Como os negócios podem continuar oferecendo produtos que agradam os consumidores e respeitam o meio ambiente? 

Para marcas de alguns setores, uma das saídas mais interessantes para continuar lançando produtos com apelo sustentável – e driblar desafios como a crise de matérias-primas que surgiu a partir do começo da pandemia de covid-19 – é o upcycling, termo em inglês que mescla upgrade com reciclagem.  

“A palavra tem uma definição mais ou menos elástica, mas, a grosso modo, define o reaproveitamento de materiais e produtos que seriam descartados, principalmente para a criação de itens de maior valor agregado. Saem processos industriais como a criação de papel reciclado ou a produção de garrafas plásticas, e entram o trabalho criativo e um toque de artesão. Na maior parte das vezes, a ideia é manter algo da aparência ou finalidade original”, comenta Thaís Faccin, sócia fundadora da Jahe Marketing.  

Abstrato demais? Pense no reaproveitamento de um utensílio doméstico para criar móveis, bicicletas se transformando em mobília, ou roupas se transformando em outros itens de vestuários.  

“É justamente na moda que o upcycling vem ganhando espaço”, prossegue Faccin. “Em novembro de 2020, quando o site de compra e venda de produtos de segunda mão Enjoei passou a vender ações na Bolsa, a tendência ganhou contornos concretos.” O valor de mercado do site à época chegou aos R 2 bilhões.   

Já no começo de 2021, quase 7 mil lojas que comercializam itens de segunda mão foram abertas no Brasil, de acordo com o Sebrae. E fora do país, o mercado de itens usados deve crescer 20% nos próximos anos, com estimativa de chegar a movimentar até US 40 bilhões, de acordo com o Boston Consulting Group. 

O fato é que o upcycling está em toda parte, e nem é tão novo. Basta pensar nas roupas e acessórios feitos com sobras de tecido em quadradinhos, como o tradicional patchwork. “A diferença é que agora grandes marcas e grifes internacionais adotaram a prática – e com isso, influenciam comportamento e consumo”, diz Satye Inatomi, também sócia e fundadora da Jahe Marketing.  

A tendência é tema recente da revista Vogue, já foi adotada pela grife Valentino, e também tem ajudado famílias a poupar dinheiro em meio ao aumento do custo de vida em todo o mundo.

 

Veja alguns destaques sobre o upcycling para inspirar você e sua marca, de acordo com a Jahe Marketing  

“Nem sempre praticar preços mais baixos é a pegada das marcas que adotam o upcycling”, alerta Inatomi. No caso de uma grife como a Valentino, a questão do preço é menos relevante, mas não o desperdício. A marca está apoiando um novo projeto de upcycling com uma varejista francesa, a Tissu Market, que promove a reutilização criativa e sustentável dos tecidos parados no estoque da grife.  

A Tissu Market vende tecido por metro. Assim, materiais como chiffon, tafetá, cetim, entre outros, que estavam parados no estoque da Valentino, voltaram a ser trabalhados por costureiros e estilistas.  

“Outro caso interessante é a estratégia da Bolt, uma plataforma de patinetes elétricos. Patinetes que seriam descartados estão sendo reaproveitados por um designer de joias, chamado Tanel Veenre. Como o alumínio dos veículos é de alta qualidade, o material se transforma em brincos, pulseiras e pingentes com apelo de força e resistência, qualidade positivas para quase qualquer marca”, explica Inatomi.  

Um dos apelos positivos da tendência, de acordo com as sócias, é o fato de que, ao dispensar a necessidade de reprocessamento dos materiais, economiza-se energia, o que impacta positivamente o meio ambiente. Não é para menos: de acordo com a ONU, a indústria da moda é responsável por 10% de todas as emissões de gases do efeito estufa.  

“Mas, claro, sempre que pensamos em atitudes sustentáveis e marcas, é sempre bom lembrarmos do greenwashing.  É necessário que as mudanças sejam reais, e que caminhem para além do discurso. O discurso, e o marketing, quando não são traduzidos em práticas efetivas, podem causar danos na reputação da companhia. E a sua reputação, assim como os produtos que as marcas desejam vender, deve durar tanto quanto uma boa peça reaproveitada”, concluem as especialistas em marketing. 

 

Jahe Marketing

 

Mudanças do INSS de 2023 dão sequência à Reforma da Previdência

Para especialista, dificuldade para se aposentar exige cada vez mais o planejamento previdenciário


O ano começou complicado para os segurados do INSS, diante das mudanças que adequam e dão sequência à Reforma da Previdência. São as chamadas regras automáticas de transição, que significam, principalmente, mudar as normas de benefícios a cada ano e que, em 2023, vão resultar no aumento da pontuação para aposentadoria por tempo de contribuição e por idade.

Contudo, diante dessa realidade, aquelas pessoas que ainda têm tempo para se aposentar devem fazer um planejamento previdenciário e se organizar.

“Esse plano tem sido uma maneira mais eficaz de garantir uma aposentadoria menos prejudicial e mais vantajosa, visto que tivemos tantas alterações com a Reforma da Previdência. Uma análise é o que garante que o segurado não perca dinheiro e nem tempo”, orienta a especialista.

As mudanças impostas pela reforma para a aposentadoria retardaram mais ainda o tempo de espera para alcançar o benefício. “A aposentadoria é um direito de toda pessoa que contribuiu para a previdência e é o momento da vida na qual o segurado não deveria se preocupar tanto e, sim, desfrutar de um momento tão esperado. Porém, infelizmente, muitos terão que esperar mais ainda para se aposentar”, diz Isabela.


Entenda as mudanças em vigência a partir de 2023

Entre as alterações, as mulheres são as mais impactadas na aposentadoria por idade, com a regra de transição estabelecendo o acréscimo de seis meses a cada ano até chegar a 62 em 2023. Os homens, por sua vez, estão com a idade mínima fixada em 65 anos, com o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para ambos os sexos.

No que se refere ao tempo de contribuição, em 2023 há os reflexos de duas regras que previram modificações na virada de 2021 para 2022.

Em janeiro de 2023, conforme a primeira regra que estabelece um cronograma de transição para a regra 86/96, a pontuação composta pela soma da idade e dos anos de contribuição subiu. Agora são 90 pontos para as mulheres e 100 pontos para os homens. A outra regra que se refere à idade mínima mais baixa para quem tem um tempo longo de contribuição, a idade mínima para pedir o benefício é 58 anos para as mulheres e 63 anos para os homens.

Cabe lembrar que a reforma acrescentou seis meses às idades mínimas a cada ano até atingirem 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 2031. Para ambos, o tempo mínimo de contribuição exigido é de 30 anos para as mulheres e 35 para homens.

 

Brisola Advocacia Associados

 

Job hopping: por que a geração Z muda tanto de emprego?

Sua empresa está tendo dificuldades em reter profissionais da geração Z? Então saiba que, infelizmente, não é a única a estar enfrentando esse problema. Dinâmicos, revolucionários e ambiciosos, permanecer em uma vaga por muitos anos não é mais um compromisso que estão dispostos a aceitar. Muito mais preocupados com seu propósito, autonomia e flexibilidade, não pensam duas vezes em mudar de emprego em companhias que ofereçam essas visões – desencadeando um movimento que vem gerando uma verdadeira preocupação em saber não apenas como atrair os zillennials, mas principalmente como retê-los nas companhias.

No Brasil, dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência identificaram que profissionais entre 18 e 24 anos tendem a ficar menos de três meses no mesmo emprego. Mas, quando analisamos aqueles entre 50 e 64 anos, sua grande maioria costuma permanecer na mesma vaga por mais de dez anos. O choque geracional presenciado pelo mercado é completamente discrepante, e não faltam motivos para compreender essa mudança.

Há alguns anos, o sonho de consumo de entrar e se aposentar em uma mesma empresa era justificado pelo cenário econômico internacional. As opções de mercado não eram tão vastas como atualmente, o que gerava uma relação mais marcada hierarquicamente e pelo anseio em construir uma carreira forte em uma organização. Hoje, estamos na época das infinitas possibilidades profissionais – com diversas vagas em modelos de trabalho variados a serem escolhidos conforme o perfil e desejos de cada um.

Se não se sentirem valorizados ou acreditarem que seus valores não estão de acordo com os ofertados pela empresa, a geração Z não terá muito receio em procurar outra oportunidade que se adeque mais ao seu perfil. Pular de emprego para esses profissionais se tornou algo natural, uma vez que podem encontrar com facilidade outra vaga que lhes traga maior felicidade, onde possam desenvolver suas habilidades e, principalmente, tenham liberdade para exercer suas funções e aprender cada vez mais.

O job hopping é um movimento muito presente nessa geração, e não há como deixar de lado esses desejos. Agora, é tempo de se preocupar em como adaptar a cultura organizacional para torná-la atrativa para estes profissionais, criando um ambiente convidativo que não apenas os atraia, como especialmente consiga retê-los de forma que se identifiquem com os propósitos da marca e os impactos que desejam causar no mercado.

Em termos de cultura, fortalecer a marca empregadora é estratégico para evitar essa saída dos zillennials. Se tornar um local desejado para se trabalhar não é fácil, mas fundamental para essa missão. Para isso, é extremamente importante compreender e definir com clareza o perfil de profissional desejado para seu negócio – monitorando as tendências de seu segmento e as adequando internamente desde o processo seletivo.

Esses fatores devem caminhar conjuntamente, garantindo a máxima assertividade no recrutamento e a coerência entre as demandas dos profissionais e o que sua empresa pode oferecer. Assim, ao recrutar profissionais alinhados com estes princípios, a retenção da geração Z será uma consequência natural.

Ao contrário do que muitos acreditam e colocam em prática hoje em dia, oferecer uma série de benefícios corporativos não é garantia de retenção de nenhum profissional, seja qual for sua geração. Não é preciso ser muito criativo ou pensar em brindes valiosos que agradem a geração Z, mas sim firmar um processo seletivo personalizado capaz de buscar aqueles que estejam alinhados aos propósitos da marca. Assim, mesmo diante de uma movimentação intensa entre empregos, esse match fará toda a diferença para a atração e retenção de profissionais que queiram crescer junto com sua empresa.

 

Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

Wide
https://wide.works/


Estudo sobre demografia médica 2023 mostra desigualdades regionais e entre especialidades médicas no Brasil

Áreas como a Hematologia e Hemoterapia possuem menor número de profissionais em relação a outras. Além disso, pesquisa aponta desigualdades regionais e entre gêneros.

 

O número de médicos mais que dobrou no país em pouco mais de 20 anos, segundo dados da Demografia Médica no Brasil 2023, cujos resultados foram publicados no último dia 8 de março. Em janeiro deste ano, havia 562.229 médicos inscritos nos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o que corresponde a uma taxa nacional de 2,6 médicos por mil habitantes. Nessa perspectiva, deverão ser mais de um milhão de médicos em 2035. Mesmo assim, de acordo com o estudo, realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), existem proporções desiguais entre especialidades médicas e no salário de homens e mulheres, bem como no número de profissionais da área em diferentes regiões.

Apenas na área da Hematologia e Hemoterapia, cujos especialistas são responsáveis pelo diagnóstico e tratamento de doenças do sangue e pelo acompanhamento da doação de sangue, eram 3.271 médicos registrados, segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), representante dos profissionais da área.  

Em um comparativo das duas últimas décadas do mesmo levantamento, embora as especialidades tenham apresentado um crescimento de 72% no número de profissionais, de 2002 a 2012 (versões subsequentemente anteriores do mesmo levantamento apresenta este ano), hoje ainda é bastante diferente do número de profissionais de especialidades como a Clínica Médica (56.976), a Pediatria (48.654) e a Clínica Geral (41.547), mas ainda a frente da relação de profissionais de outras especialidades, como a Radioterapia (1.014), a Medicina de Emergência (779) e a Genética Médica, que tem a menor quantidade de especialistas no País, com 407 médicos registrados. 

De acordo com o médico hematologista e hemoterapeuta, Dr. José Francisco Comenalli Marques Júnior, presidente da ABHH, existe um déficit de profissionais da Hematologia e Hemoterapia, assim como de outras áreas para atender os pacientes nas diferentes regiões e municípios, o que também reflete a concentração de centros especializados no tratamento de doenças onco-hematológicas em determinadas localidades. 

“Temos investidos em programas voltados a profissionais desde a graduação para se que interessem pela Hematologia e Hemoterapia, bem como na Terapia Celular, que é uma área promissora no tratamento do câncer e de outras doenças. No entanto, a formação de especialistas encontra uma estrutura de saúde no Brasil ainda aquém do que os pacientes precisam, com centros especializados de tratamento ainda restrito a alguns municípios, portanto, uma oferta menor de vagas, além de salários não tão atrativos em relação a profissionais de outras especialidades.”, aponta o presidente ABHH que, em 2022, iniciou ampla discussão sobre Equidade na Saúde. 

O levantamento aponta ainda um envelhecimento dos profissionais da Hematologia e Hemoterapia em atividade. Ao compararmos a idade média apresentada há dez anos (46,95 anos), percebemos um avanço para 48,4 na pesquisa apresentada recentemente. “É fato que profissionais com mais idade em exercício representam quase que metade do nosso universo e, por isso, temos investido cada vez mais em formação e apresentação das nossas especialidades para estudantes e residentes através dos Programas de Ligas Acadêmicas e Sangue Jovem, da ABHH, a fim de atrair os novatos e incluir os nativos da internet e das tecnologias no mercado de trabalho”, ressalta Marques.
 

Diferenças regionais e de gênero -- Nas regiões do Brasil, conforme mostra o estudo da USP e da AMB, há proporções diferentes de profissionais. Enquanto no Sudeste há uma razão de 3,39 médicos em geral para cada mil habitantes, no Centro-Oeste de 3,10 e no Sul de 2,95, no Nordeste essa razão é de 1,93 e no Norte de 1,45. Mesmo assim, mesmo dentro de regiões com alto índice de médicos, há discrepâncias entre capitais, municípios do interior e das regiões metropolitanas.  

Essas desigualdades relacionadas à demografia médica também se fazem presentes em recortes entre gêneros. O estudo mostra que as mulheres ganham, em média, R 13 mil a menos que os homens, ainda que exista a estimativa que elas serão maioria daqui a apenas um ano, com 50,2% do total de profissionais. Em 2035, a expectativa é de que a porcentagem aumente para 56%. Apenas na Hematologia e Hemoterapia, as mulheres são cerca de 64% dos profissionais. 

“Essa desigualdade na renda entre homens e mulheres é uma problemática que estamos procurando equacionar. Recentemente, criamos o programa Equidade da ABHH, que está promovendo ações no sentido de tornar nossa especialidade mais equânime, bem como a área médica e o acesso dos pacientes à Hematologia e Hemoterapia. Nesse sentido, estudos como esse da USP e da AMB são fundamentais para nos fornecerem insumos para realizar um trabalho mais direcionado.”, esclarece Marques Júnior.


Crédito pessoal vem como alternativa saudável ao empréstimo com garantia de bens

Fintech de crédito pessoal 100% online disponibiliza opções sem a necessidade de arriscar suas posses, inclusive para negativados

 

 

Os primeiros meses do ano são aqueles em que as pessoas ainda estão se organizando financeiramente, colocando as contas na ponta do lápis, procurando soluções para quitar as dívidas do ano que passou e os débitos que ainda vão chegar. Com as altas taxas de inadimplência – cerca de 78,9% das famílias estavam com dívidas em novembro de 2022, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens –, muitas famílias procuram um empréstimo para sair do vermelho e encontram diversas modalidades no mercado.

 

Uma delas é o empréstimo com garantia de bens, um tipo de crédito no qual o banco (ou outra instituição financeira) empresta dinheiro e pede, como garantia, um bem do cliente em valor equivalente ao disponibilizado, como celular, carro ou imóvel. “Esta opção de crédito, especialmente para quem está negativado e precisando daquele respiro para conseguir organizar novamente as contas, pode ser vista como uma saída rápida e fácil de aprovar o crédito, já que tem uma contrapartida do solicitante, mas não é o único jeito”, afirma Rogério Cardozo, diretor-executivo da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online. Ele destaca que hoje, no mercado, existem outras opções para pessoas que não podem comprometer suas posses. 

 

Através de uma análise diferenciada, que vai além do sistema de aprovação baseado na tradicional consulta ao SPC e ao Serasa, a Simplic oferece crédito pessoal e possibilita facilidades no planejamento da quitação. A empresa tem como missão facilitar a aprovação de crédito e evitar constrangimentos para os clientes em um momento tão delicado, além de minimizar filas e tempo de espera para liberação do montante. A contratação e a avaliação de crédito podem ser feitas em alguns minutos, para que se receba o dinheiro em poucas horas.

 

“Buscamos, através da análise, facilitar a aprovação do crédito, atendendo quem normalmente teria que recorrer a outras ofertas talvez menos interessantes, ou acabando não obtendo o crédito que necessita. Queremos ajudar a levantar, apoiar nosso usuário, sem que ele precise necessariamente colocar em jogo um ou mais bens", finaliza Rogério. 

Para oferecer os benefícios mencionados, a Simplic utiliza ferramentas como inteligência artificial, machine learning e big data na avaliação de dados dos usuários. Desde o início das operações, em 2014, a empresa já originou R 500 milhões em crédito pessoal

 

Simplic


Com potencial para se tornar referência mundial em Pesquisa Clínica, Brasil carece de investimentos no setor

Embora lidere regionalmente, o Brasil representa apenas 2% das pesquisas clínicas no cenário mundial


De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o valor per capita que o governo utiliza em seus três níveis de gestão (federal, estadual e municipal) para cobrir as despesas com saúde dos mais de 210 milhões de brasileiros é de R$3,83 ao dia. Em 2019, o gasto por habitante com saúde em todo o país foi de R$ 1.398,53.

Para garantir a segurança e eficácia dos medicamentos utilizados pelos brasileiros, foi necessário que eles passassem por uma etapa fundamental antes de serem disponibilizados para o público: a pesquisa clínica.

Fundamental no desenvolvimento de um medicamento ou vacina, a pesquisa clínica observa, registra e atesta as reações de uma droga ou fármaco no corpo humano, de modo a garantir que seu uso seja tanto eficaz quanto seguro.

Apesar da importância das pesquisas clínicas para a evolução da saúde mundial por meio de descobertas de novas opções de tratamentos para diversas doenças, o Brasil ainda carece de investimentos no setor. Mesmo sendo o 6º maior mercado farmacêutico do mundo, segundo a empresa IQVIA, o país que possui muitas características para se tornar referência no setor ainda fica atrás quando o assunto é investimento em pesquisas clínicas.

Aproximadamente 8.805 estudos de pesquisa clínica são feitos no Brasil, o que representa 42% do total na América Latina. Embora lidere regionalmente, o Brasil representa apenas 2% das pesquisas clínicas no cenário mundial. “Uma característica de países desenvolvidos que investem regularmente em pesquisas clínicas e possuem medicamentos de ponta, é a qualidade de vida e longevidade de sua população”, afirma Fernando de Rezende Francisco, gerente executivo da Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro).

Com uma população multiétnica que ultrapassa o número de 200 milhões de habitantes, e com diferentes tipos de clima, o Brasil é um país com enorme potencial para conseguir se tornar referência em pesquisas clínicas. “A farmacogenética, por exemplo, que tem como objetivo estudar tratamentos personalizados de acordo com as características genéticas de cada pessoa, necessita de estudos com populações multiétnicas, ou seja, o Brasil é um local bastante favorável para esse tipo de estudo”, pontua Francisco.

Para que o país consiga se destacar nesse setor, é necessário que ocorra uma desburocratização da parte regulatória nos próximos anos e que os investidores consigam ter a percepção de que o Brasil é um local conhecido por conta da sua diversidade populacional. “O país só tem a ganhar com as pesquisas clínicas, pois além de proporcionar qualidade de vida e opções de tratamentos, será uma fonte de geração de empregos e irá colocar o Brasil em destaque no cenário mundial”, finaliza Francisco.

 

ABRACRO - Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica

 

Com foco na geração Z, Trope e Ecossistema Ânima lançam campanha para ajudar jovens a escolherem o curso ideal com a nota do ENEM

Parceria envolve a participação de creators nativos digitais que ajudarão na tomada de decisão de jovens que vão ingressar no ensino superior 

 

As notas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) já estão disponíveis no site e a Trope, martech especializada em soluções de negócios para marcas com foco na geração Z, está com nova campanha em ativação com o Ecossistema Ânima, parceiro da empresa há três anos.

O objetivo principal desta iniciativa é utilizar o momento em que as notas do ENEM foram disponibilizadas para promover a autonomia na escolha do curso que a Geração Z quer fazer e incentivar a não fazerem uma escolha profissional baseada nos gostos ou desejos dos pais. 

Quanto ao comportamento e aflições da Geração Z, Luiz Menezes, CEO da Trope, destaca que boa parte da comunidade ainda sofre com a decisão de entrar no ensino superior devido à pressão exercida por membros de outra geração. “Parte da GenZ considera um peso o momento de decisão do curso, e a meu ver isso é um reflexo da cobrança das gerações anteriores em atribuir esse momento 'a grande definição da sua carreira e futuro', como algo imutável ao decorrer dos anos, o que já não é uma verdade, em especial, para os nativos digitais”, destaca.

Nesta campanha, participam oito instituições do Ecossistema Ânima e foi escolhido um creator para divulgar as condições promocionais que envolvem a nota do ENEM para cada uma delas. De acordo com Menezes, o papel principal dos creators dentro da ação é gerar conhecimento de marca para as universidades e conversão, ou seja, trazer novos alunos nesse momento crucial.

Segundo Guilherme AlmeidaDiretor de Marketing do Ecossistema Ânima, a decisão de trabalhar com criadores de conteúdo nesta iniciativa partiu da percepção de que eles são fundamentais para estabelecer relacionamento genuíno e eficaz com o jovem vestibulando. “Os criadores de conteúdos escolhidos com o apoio da Trope são fortalecidos nas comunidades em que as nossas instituições estão presentes, o que cria uma oportunidade maior para que se conectem com os nativos digitais. Com a nota do ENEM, o público-alvo consegue ingressar na universidade e obter uma bolsa de estudos, que pode variar de acordo com a nota do aluno”, explica.

Luiz Menezes destaca também que decidir a própria carreira é um dos momentos que mais provoca aflição na Geração Z, pois além de ser decisivo, envolve muita pressão de todos os lados. “A presença dos criadores de conteúdo na campanha é de extrema importância, pois eles conseguem atuar como amenizadores, empoderando os jovens que vão ingressar no ensino superior”, finaliza.

As instituições de ensino superior que serão impactadas pela campanha são: Universidade Anhembi Morumbi; UNA; Centro Universitário IBMR; Universidade Potiguar; Universidade São Judas Tadeu; UNIFACS; Unisul; e UniRitter.

 

Trope
https://www.trope.se/

Seu consultor financeiro "fala" cripto?

 Especialista reforça importância do entendimento do mercado para que o investidor possa ser bem orientado


No ano de 2022, muito do estigma de risco que era carregado há tempos pelos criptoativos foi derrubado. Bancos e grandes nomes do mercado passaram a aderir aos investimentos, gerando inclusive mais visibilidade a eles. Entre os exemplos que podem ser mencionados estão BlackRock, Google, XP, Nubank, PicPay etc. Nesse cenário, a importância de um consultor financeiro entender de criptoativos é fundamental.

Para o consultor Maurício Zanetti, CEO da KRYP.TOOLS, plataforma de SaaS (Software as a Service) e única para quem já investe em criptoativos e gerencia ou negocia carteiras em mais de uma conta ou usa diversas exchanges, um entendimento maior do mercado se faz cada vez mais necessário tanto para mitigar tabus quanto para que o investidor possa ser bem orientado sobre investimentos que ainda geram muitas dúvidas. “Até novembro de 2022, havia mais de 9 mil criptomoedas ativas, mas ainda há pouco conhecimento sobre elas. Uma pesquisa da Investopedia perguntou sobre o nível de entendimento das pessoas sobre esse universo. Simplesmente 49% dos adultos que responderam disseram que eram ‘iniciantes’ no tema”, revela.

De acordo com o especialista, existem muitos artigos e informações on-line que podem ajudar a educar investidores interessados no mercado de cripto, mas faltam consultores financeiros, mesmo entre os que gostam de investimentos alternativos, que estariam confiantes em fazer recomendações quando necessário. “E a questão da regulamentação contribui para isso. Até mesmo os reguladores enfrentam desafios porque devem determinar de quanto poder devem abrir mão para garantir que as criptomoedas permaneçam descentralizadas e não controladas por governos ou instituições financeiras”, diz.

Para Zanetti, em uma situação ideal, seria recomendável pedir sugestões a um consultor financeiro sobre quantas e quais criptomoedas adicionar ao portfólio de investimentos. Porém, normalmente, o que acontece é que criptoativos nem sequer fazem parte dessas indicações. Até mesmo porque não há conhecimento suficiente para isso. “O interessante é que o volume de pessoas que declararam negociações com criptoativos no Brasil vem subindo. Um levantamento da LCA em parceria com ABCripto mostrou que, de abril a julho de 2022, o número teria passado de 320,9 mil CPFs para 1,3 milhão. Mas a pergunta é: como essas pessoas estão sendo orientadas?”, questiona Zanetti. 



Maurício Zanetti - CEO da KRYP.TOOLS, empreendedor em série, mentor, investidor anjo e consultor de empresas. Participou de mais de 50 conferências e exposições de tecnologia em todo o mundo. Visitou mais de 40 países. Palestrante convidado em vários congressos, workshops e eventos globais, especialmente nos EUA, Dubai, Reino Unido, Alemanha e Suíça.


KRYP.TOOLS
@kryp.tools_br


Mais arrecadação não deveria levar a mais gastos

Tanto quanto a responsabilidade financeira e a adequada gestão das despesas são virtudes necessárias às famílias e empresas que queiram estar preparadas para enfrentar períodos difíceis, a responsabilidade fiscal e a eficiência dos gastos devem ser compromisso de governos e bons gestores públicos. Isso é especialmente importante nos períodos mais favoráveis, para que se possam implementar políticas anticíclicas em tempos mais desafiadores.

Especial atenção deve ser dada ao que vem acontecendo nos estados brasileiros. A partir de 2021, ainda durante a pandemia, tiveram uma arrecadação surpreendente, por uma série de fatores. Com isso, conseguiram um importante reforço de caixa que, recomenda a responsabilidade fiscal, deveria ser usado para sanar as contas e fazer alguma reserva, se possível.

O grande risco, repetindo experiências nefastas do passado, é que esse superávit de arrecadação e caixa conjuntural, passageiro, seja direcionado a aumento de gastos permanentes, que não poderão ser reduzidos no próximo período de vacas magras, engessando ainda mais o orçamento.

 E a solução não deve vir por meio da extração de mais recursos da sociedade, isto é, do aumento da carga tributária, que já é a mais elevada entre os países em desenvolvimento, e uma das mais altas do mundo. Além do que, essa transferência ajuda a reduzir a produtividade da economia, pelo motivo simples de famílias e empresas aplicarem os recursos com mais eficiência do que o poder público. O Estado precisa aprender a gastar com mais eficiência o enorme volume de recursos que já arrecada. Temos que entender que o avanço vem de gastar melhor e não de gastar mais. É o velho ditado: fazer mais com menos.

Estranhamente, quando um governo tem a coragem de reduzir carga tributária, como a proposta do ex-ministro Paulo Guedes de reduzir o IPI, para reduzir o famigerado Custo Brasil e aumentar a eficiência da economia, o mercado financeiro, agências de rating e parte da imprensa reagem mal e só enxergam risco fiscal de descasamento entre receitas e despesas. Por que não se enxerga o lado positivo, a oportunidade para voltar à reforma administrativa, ao aumento da eficiência da máquina pública, para fazer o ajuste pela despesa e não pela receita, consolidando o equilíbrio das contas públicas num menor nível de carga tributária, que é o que todos queremos?

 

Carlos Rodolfo Schneider - empresário

 

Como as novas tecnologias podem viabilizar a Medicina 4P no Brasil?

Segundo o Dr. Eduardo Cordioli, médico e Head de Inovação da Docway, a chegada do 5G no país marca o primeiro passo para a viabilização do método 



O avanço tecnológico vem apresentando novas possibilidades de como encarar o cuidado com o paciente antes mesmo do surgimento de qualquer enfermidade. Nesse contexto, a medicina 4P surge com o objetivo de ser mais preditiva, preventiva, participativa e personalizada. Contudo, apesar do termo existir há mais de 20 anos, a materialização desse tipo de abordagem ainda era algo distante da realidade -- até o ano passado.

“Há muito tempo se fala sobre a Medicina 4P, mas ela só é viável através da tecnologia e da telemedicina”, aponta o Dr. Eduardo Cordioli, médico e Head de Inovação da Docway, empresa que oferece soluções completas de saúde digital. “Para ela existir, o paciente precisa ter acesso a um sistema computacional com alto potencial de conexão a múltiplos gadgets capazes de transferir informação de maneira simultânea para uma mesma torre”, explica.

Para atingir o modelo ideal de trânsito de dados e armazenamento de informações, o 5G e as novas tecnologias de conexão, que começaram a chegar no Brasil apenas em 2022, são essenciais. “Com a Medicina 4P e o auxílio do 5G, médicos e pacientes poderão trocar informações em tempo real e de maneira mais fidedigna, por conta da velocidade de transmissão de dados e estabilidade da conexão”, diz. Segundo Cordioli, o caminho para a efetivação do método é: 1) dar acesso; 2) colher dados; 3) gerar insights; e 4) formar políticas de saúde que atendam cada vez mais pessoas de forma igualitária. “O objetivo é gerar insights para que o paciente, de dentro de casa, receba uma informação ativa sobre sua saúde. A partir desses dados personalizados, a inteligência artificial é capaz de sugerir ao médico os melhores caminhos de conduta. Assim, o médico pode analisar e apontar a melhor solução. Lembrando que o profissional da saúde sempre terá a palavra final, pois a medicina não é uma ciência exata”, complementa.


A alteridade é inata ao indivíduo

Como mais um dos efeitos da predação descontrolada do patrimônio natural feita pela humanidade, o litoral norte de São Paulo foi atingido por fortes tempestades, que causaram caos, inundações e deslizamentos de terra, deixando muitas pessoas desabrigadas e afetadas. Descontando-se a ganância de alguns poucos oportunistas, que, como abutres, buscam se refestelar nos dramas alheios, essa tragédia ressaltou o lado mais humano das pessoas, que se mobilizaram para ajudar os afetados, demonstrando que a inclusão é uma característica intrínseca da pessoa humana. 

Em momentos de necessidade, como esse, é evidente que as pessoas se unem para ajudar uns aos outros, independentemente de suas diferenças políticas, ideológicas ou culturais. Essa atitude inclusiva é fundamental para a construção de uma sociedade justa e sustentável, baseada na solidariedade e na alteridade. Infelizmente, em muitas ocasiões, a sociedade é fragmentada por polarizações ideológicas, políticas e preconceitos de todos os tipos. Isso faz com que as pessoas se afastem umas das outras, criando barreiras que impedem o desenvolvimento de uma sociedade inclusiva e justa.

 

Por isso, é essencial valorizar a inclusividade inata da pessoa humana, buscando construir estruturas sociais que reflitam essa característica. Devemos promover a educação e a sensibilização para a empatia e a solidariedade, para que as pessoas possam compreender a importância da ajuda mútua e da inclusão. Além disso, é necessário que os governos e as organizações da sociedade civil trabalhem juntos para criar políticas e programas que promovam a inclusão e a justiça social. Isso pode ser feito por meio de medidas como a promoção do acesso a serviços básicos, como saúde, educação e habitação, bem como a facilitação da criação de oportunidades econômicas para todos. 

Em suma, a tragédia no litoral norte de São Paulo nos lembrou da importância da inclusão e da solidariedade em momentos de necessidade. Devemos valorizar essa característica intrínseca da pessoa humana e trabalhar juntos para construir uma sociedade justa e sustentável, baseada na alteridade, na solidariedade e na inclusão.

 

André Naves - Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.


Desconhecimento sobre Novo Ensino Médio agrava inseguranças dos alunos

Professora Marly Campos, da Camino School, mostra como acolher estudantes que estão iniciando o Ensino Médio

 

A transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio costuma gerar diversas inseguranças nos estudantes. Nessa fase escolar, os alunos se deparam com novos conteúdos, um maior número de professores e, por vezes, maior carga horária. Além disso, lidar com novos desafios, ritmos e expectativas pode ser uma tarefa difícil para muitos deles. Afinal, o Ensino Médio é o fim de uma etapa dada como básica e o início de outra, cheia de importantes tomadas de decisão.

 

Neste ano, a adaptação a essa nova etapa escolar vai abranger, também, a dinâmica do Novo Ensino Médio. Segundo pesquisa do Senai e do Sesi divulgada nesta semana, 55% da população ainda desconhece as mudanças trazidas pelo sistema, o que pode gerar ainda mais insegurança nos alunos.

 

Apesar da desinformação que precisa ser solucionada, quando são listadas as principais mudanças mais de 70% dos brasileiros aprovam diretrizes como a escolha dos itinerários e novo modelo de currículo. De acordo com a professora Marly Campos, esse modelo vai ajudar na adaptação dos alunos que entrarem no primeiro ano deste ciclo, pois eles poderão contar com atividades que os ajudarão a desenvolver protagonismo e autoconhecimento.

 

“A BNCC atribui uma nova arquitetura ao currículo do Ensino Médio principalmente com a inserção da escolha dos itinerários formativos e do projeto de vida”, explica Campos. “Escolas que se organizam tendo o estudante no centro do processo, voltadas para a cultura local, para as condições de vida da comunidade, são tentativas de propiciar uma educação significativa para a sua juventude” afirma a professora.


 

Principais inseguranças da transição para o Ensino Médio


Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos estudantes nessa fase escolar é a falta de clareza diante da necessidade de realizar escolhas. “Eles precisam lidar com tensões geradas pelas escolhas profissionais que se avizinham e para as quais nem todos se sentem preparados”, afirma Marly Machado Campos, professora da Camino School, escola trilíngue, especializada em metodologias ativas, localizada na Zona Oeste de São Paulo.

 

“Muitos sabem que precisam levar mais a sério o estudo e percebem o final da etapa básica, mas com a instabilidade emocional, própria da adolescência, manter o foco nas escolhas se torna mais difícil”, explica a professora.

 

Inseguranças com o corpo e a sensação de não-pertencimento são outras características típicas dessa fase da vida e requerem atenção. “Às inseguranças cotidianas somam-se outras, relacionadas com o próprio corpo em transformação, com a necessidade de pertencimento ao grupo e de ser aceito”, acrescenta Marly Campos. 

 

Realizar uma escuta atenta e ativa é uma excelente forma de acolher as dores e as incertezas dos estudantes neste período. Para isso, é importante que tanto a escola como a família estejam dispostas a adotar essa postura acolhedora. “Ajudar os alunos a identificar as perguntas norteadoras para o momento e as possibilidades que estão disponíveis é uma forma de acolhimento e parceria”, afirma Campos. “A coerência entre a visão e postura da escola e da família contribui para a segurança do estudante e potencializa o acolhimento”, acrescenta a professora.


 

Um exemplo positivo e inspirador


Uma forma de auxiliar estudantes nessa adaptação é promover o seu protagonismo na construção do conhecimento. Para isso, existem metodologias criadas a partir de problemas reais que já estão sendo implementadas na prática, como a Project Based Learning (PBL), adotada pela Camino School. “No Ensino Médio, estamos aprofundamento os conhecimentos, estimulando nos estudantes a ampliação da visão de mundo, bem como a atribuição de significado ao que se aprende”, mostra Campos. 

 

A construção coletiva do conhecimento, promovida pelos projetos, é um componente importante para a formação integral dos alunos. “Na Camino School, os itinerários formativos para o primeiro bimestre foram propostos, considerando os interesses do grupo e os estudantes já fizeram as suas escolhas”, comenta a educadora. 

“Esse olhar individualizado para cada aluno tem o propósito de auxiliar tanto nas dificuldades cognitivas quanto nas socioemocionais”, conclui.


Potencial da indústria farmacêutica para investir em cannabis medicinal

A indústria farmacêutica é um dos segmentos mais poderosos do mundo, já que é a encarregada da produção de medicamentos, responsáveis pela manutenção da saúde de bilhões de pessoas ao redor do planeta. De acordo com dados da consultoria IQVIA, a área somou R$ 88,3 bilhões em vendas em 2021, crescimento de 14,7% em relação ao ano anterior.

É um mercado em constante transformação graças aos seguidos avanços tecnológicos que possibilitam métodos inovadores de tratamento. Além disso, a evolução da indústria farmacêutica e científica permitiu unir tratamentos alopáticos e homeopáticos de acordo com a necessidade do paciente, a fim de oferecer alternativas eficazes e que auxiliem na qualidade de vida.

Por isso, é fundamental que o setor farmacêutico esteja atento aos novos métodos de tratamento da população, como o aumento do uso de medicamentos à base de cannabis medicinal, que hoje auxilia mais de 100 mil pacientes no país, de acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e tem potencial para atender outras milhões de pessoas. 

Atualmente a produção e o cultivo da cannabis são proibidos no Brasil, a atual regulamentação permite apenas a importação desses produtos, ou da matéria prima semi elaborada, por meio de autorizações da Anvisa. Por isso, ainda é um mercado que há muito a ser explorado no país, principalmente considerando que a demanda não atende nem em 50% os pacientes que poderiam ser beneficiados com os produtos, com comprovações científicas de que estão se tornando cada vez mais eficazes. 

Com uma visão mercadológica, isso acaba se tornando uma grande oportunidade, pois as companhias podem preencher essas lacunas e se tornarem autoridades no tema. Afinal, a indústria farmacêutica é extremamente dinâmica e a pressão competitiva da entrada da cannabis não precisa ser considerada um potencial prejuízo, e sim a evolução de um setor que já existe e está em constante maturação.

Uma avaliação da Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann), com base em dados da Euromonitor, aponta que o mercado da cannabis deve ganhar força no Brasil nos próximos anos, com potencial para atrair até US$ 30 bilhões e gerar mais de 300 mil empregos em dez anos. 

O segmento de cannabis é novo, por isso as companhias não possuem grandes históricos para podermos  compartilhar tendências a longo prazo. Apesar disso, tenho uma perspectiva positiva em relação ao setor, que vem se expandindo e ainda nos encontramos no começo da curva de crescimento. Em linhas gerais, o mercado de cannabis é promissor e, como todo investimento, tem o momento certo para investir, ou seja, analisar os riscos e oportunidades quanto ao cenário econômico do momento. 

Entendo que o principal segredo para o sucesso de um investimento é saber identificar as oportunidades de mercado e suas possibilidades de desenvolvimento, além de estar atento às tendências. Afinal, é um processo que precisa ser estudado com base em possibilidades futuras, principalmente nesse setor, em que eu acredito muito, considerando as descobertas da ciência, cada vez mais inovadoras e motivadoras.

 

Fabrizio Postiglione - fundador e CEO da Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal. O executivo estuda a planta há mais de 10 anos e ao longo de sua trajetória profissional, atuou em todo o processo para produção e comercialização de medicamentos à base de cannabis.

 

A nova geração das tecnologias em sala de aula

O uso de tecnologias no ensino, por parte de professores e alunos, traz não apenas novas possibilidades em sala de aula e novas propostas pedagógicas, como também muitos debates para entender até que ponto a tecnologia pode ser benéfica para o aprendizado.

No início dos anos 2000, debatia-se, amplamente, se o uso da internet em salas de aula seria benéfico. Seriam as informações encontradas na rede confiáveis? Ou teriam um caráter acadêmico? No início da década de 2010, o debate era sobre a popularização dos smartphones, e como esses dispositivos poderiam ser distratores no ambiente escolar. Na primeira metade da década de 2020, discutimos a I.A. (Inteligência Artificial). 

Hoje, percebe-se que a internet não apenas auxiliou professores e alunos, mas também foi a base do ensino durante a pandemia de covid-19, quando fomos obrigados a aprender e ensinar por meio da rede. Em um grande número de colégios, a rede é encontrada em todas as salas de aula. Para os estudantes, é uma ferramenta utilizada como plataforma de ensino, meio de pesquisa e até uma nova forma de comunicação  com colegas e professores. O uso da rede global de computadores dentro das escolas já é um consenso. 

Seguindo a evolução tecnológica, chegamos aos smartphones, telefones com acesso à internet. Acredito que tais dispositivos têm o potencial de serem utilizados em sala de aula como facilitadores. Porém, o mesmo aparelho que apresenta em segundos os resultados de uma pesquisa, ou faz um cálculo matemático, traz o acesso a jogos, mídias sociais e inúmeras outras funções que tornam-se distratores dentro de sala de aula. Sendo assim, o uso de smartphones nesse espaço acaba por não formar uma unanimidade entre os profissionais da educação.

Hoje, discute-se uma tecnologia que é diferente das citadas acima. Falamos sobre a Inteligência Artificial, a qual, diferentemente dos smartphones e da internet, tem uma capacidade de criação antes  encontrada apenas no cérebro humano. Não apenas discutimos uma tecnologia que facilita o acesso dos estudantes e dos professores à informação, mas uma inteligência capaz de criar textos, imagens e até mesmo respostas prontas, trabalhos discursivos inteiros e ainda explicar satisfatoriamente o motivo de uma resposta ter sido escolhida como correta. 

A Inteligência Artificial como novo membro da sala de aula, traz inicialmente os mesmos debates que as outras tecnologias. Questiona-se até que ponto a I.A. é uma facilitadora ou um problema dentro das escolas. A falta de concordância sobre o uso da I.A. em salas de aula é provada quando percebemos que escolas, como as do estado de Queensland, Austrália, proíbem o uso de uma das I.A. mais populares atualmente, o ChatGPT. 

Ainda na Austrália, as universidades Flinders University, University of Adelaide e University of South Australia tomaram decisões diferentes, permitindo o uso da I.A., desde que seja declarado. Ou seja, em uma mesma nação, encontramos  divergências em relação ao uso de tal tecnologia. 

Como professor, sou a favor de todas as tecnologias que possam auxiliar o aprendizado, facilitando o acesso à informação. Deve-se antes compreender, de que forma a I.A. pode auxiliar o professor e seus alunos, e quais as suas vantagens pedagógicas. Porém, penso que é dever da escola e dos educadores garantirem que todo tipo de tecnologia possa ser utilizada de maneira correta.

A internet como ferramenta escolar é um consenso, os smartphones não. Já a I.A. ainda levanta debates sobre de que modo seu conhecimento pode auxiliar os alunos, ou se pode acostumá-los a apenas digitar para ter uma resposta. O meu receio, assim como dos educadores em geral, é da criação de uma geração de alunos sem capacidade de síntese e sem senso crítico.

Sinto que a internet é uma “nova Barsa”, trazendo todos os tipos de conhecimento condensados em uma só rede, de modo que a enciclopédia antes encontrada apenas em folhas de papel, pode agora ser acessada com o toque de alguns botões. As capacidades de pesquisa e síntese da I.A são inegáveis, e trazem não apenas os dados condensados na rede, mas os interpreta e cria respostas lógicas. Resta saber de que modo essas capacidades podem fazer com que os alunos aprendam, ou se podem prejudicá-los por não precisar mais desenvolver as habilidades que a I.A. agora traz.


Enzo Kalinke - especialista em Educação Internacional, é professor de História do Colégio Positivo.

 

Dia do Consumidor: redes sociais, experiência phygital e atenção às finanças impactam geração Z no e-commerce

Jovens chegam ao mercado consumidor com novas prioridades; executivo aconselha estudar perfil de compra do grupo em datas comemorativas 

 

Com o passar dos anos, fica nítida a existência de consumidores cada vez mais exigentes, com novos perfis de compras e, muitas vezes, mais interessados no acesso e na qualidade da experiência do que na posse dos produtos. Essa mudança reflete a entrada dos jovens da geração Z no mercado consumidor – nascidos entre 1995 e 2010 –, com prioridades diferentes e desafiadoras para os empresários. Estar preparado para atender esse novo público, focando no digital e investindo em melhorar a jornada do usuário, é um ponto crucial.

 

Todos os aspectos particulares desse grupo devem ser levados em consideração em datas comemorativas do comércio, como o Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março. Para Eric Vieira, head de e-commerce da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios, empresários precisam estar atentos para entender o público e não ficar para trás. “Essa geração, ao meu ver, é ainda mais exigente quando falamos de agilidade e prontidão, ainda mais no meio digital, pois são pessoas que já nasceram na era tecnológica e sabem tudo desde muito cedo”, pontua o executivo.

 

A geração Z, segundo a ONU, já é a mais numerosa do mundo, representando 32% da população. As principais análises de perfil e hábitos de consumo desse grupo sugerem que eles estão sempre em busca de novidades e dificilmente acabam sendo fiéis a produtos e marcas, pois gostam de pesquisar, inovar e se diferenciar. Além disso, são financeiramente mais atentos, sempre em busca de estratégias digitais que os beneficiem, como descontos e cashbacks

 

Geração Z omnichannel: requisito é ser phygital


É fato que essa geração é dependente dos celulares, e, inclusive, preferem dispositivos móveis aos computadores pela agilidade e rapidez. “Para o Dia do Consumidor, vale o comércio pensar em estratégias que englobem os smartphones, através de aplicativos, criando ferramentas e formas de captar a atenção deles e proporcionar uma experiência satisfatória”, comenta Eric.

 

Estimativas do mercado apontam, por exemplo, que esses jovens chegam a compartilhar cinco telas ao mesmo tempo, incluindo computador, celular, TV, consoles e até acessórios, como smartwatches. “Podemos concluir que é uma geração predominantemente omnichannel, que, apesar de nascerem no mundo digital, recebem o impacto também nas experiências físicas. Na medida em que os hábitos de consumo vão mudando, os clientes vão demonstrando mais receptividade às inovações e tendências vão surgindo, como o phygital. Ele é particularmente compatível com a geração Z”, afirma Vieira. 

 

Apesar de também envolver a integração do físico com o digital, o phygital e o omnichannel não são conceitos iguais. Além disso, para poder entregar a experiência digital, faz uso de tecnologias imersivas como a realidade aumentada e virtual que habilitam engajar e mesmo testar os produtos de forma virtual, proporcionando uma experiência de maneira interativa e com grau maior de personalização. O omnichannel está relacionado à convergência dos canais na operação do varejo e no atendimento ao consumidor. Já o phygital está mais voltado à incorporação de tecnologias a experiências presenciais. É o caso, por exemplo, de sistemas de self-checkout em lojas físicas ou de um parque de diversões que disponibiliza uma pulseira digital para acesso aos brinquedos, ao quarto do hotel e a determinadas compras. Porém, para ser phygital, é preciso, antes, ser omnichannel.

 

Redes sociais ajudam a atrair a geração Z para o seu e-commerce


As redes sociais são responsáveis por melhor alcançar a geração Z. De acordo com o Instagram, a plataforma de lojas embutidas no próprio aplicativo foi responsável por 59% das vendas realizadas através de redes sociais – o aplicativo é o mais utilizado por 84% dos internautas entre 16 e 29 anos, janela que engloba a geração Z, segundo pesquisa da Opinion Box. Portanto, é crucial que haja investimento do empreendedor em influenciadores, publicidade, e marketing digital nas redes sociais, especialmente em datas como Dia do Consumidor e Black Friday, por exemplo. 

 

Isso sem mencionar o TikTok, plataforma mais baixada no mundo, que deve fechar o ano com mais de 1,5 bilhão de usuários, sendo aproximadamente cinco milhões apenas no Brasil. Um em cada quatro usuários (23%) afirmaram que descobriram algo na plataforma e foram comprar imediatamente, segundo a plataforma. “Já existem relatos no mundo todo capazes de afirmar o poder do TikTok na divulgação de marcas e produtos. As pessoas vão atrás deles por conta da rede social”, conta Eric. A hashtag #TikTokMadeMeBuyIt, por exemplo, já possui 23,9 bilhões de visualizações. 



FCamara
www.fcamara.com
 

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