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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

O que são facetas?

Técnica moderna é capaz de encobrir e remodelar o sorriso

 

Facetas são lâminas criadas a partir de uma tecnologia, nascida no Século XX, com a finalidade do recobrimento da face vestibular dos dentes. Desta forma, exerce a função de reparar determinadas estruturas dentárias. É o que identifica um estudo publicado pela Universidade de São Paulo (USP).

Sua indicação ocorre para diferentes finalidades. Ainda de acordo com o estudo da USP, tais estruturas podem ocorrer para modificar a forma ou posição dos dentes, para correção estética de defeitos estruturais, modificação da cor, reparos e até para a reabilitação oral.

A comunidade odontológica defende que tal procedimento pode ocasionar uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes. “As facetas são de grande eficácia para indivíduos com dentes escuros, pequenos, tortos, inclinados, que possuem restaurações, desgastes por bruxismo, dentes com fissuras, lascados, com retrações gengivais, diastemas, espaçados, estreitos, entre outros casos”, pontua Dr. Paulo Coelho Andrade, cirurgião dentista mestre e especialista em implantodontia e odontologia estética.

Por trás deste universo reconstrutor do sorriso, existe muita tecnologia. Dr. Paulo explica que as facetas podem ser produzidas a partir de meios diferentes, mas ambos envolvem recursos tecnológicos de ponta. “Na odontologia estética moderna, a técnica de facetamento dos dentes, busca solucionar inúmeras imperfeições do sorriso. Esse procedimento tem aplicações de formas diferentes, mas duas delas utilizam de tecnologia estrangeira para o resultado", explica o especialista.

"A primeira é uma técnica feita com aparelho a laser e arco de plasma alemão, capaz de aplicar as facetas alemãs diretamente sobre os dentes do paciente. Com essa técnica é possível recriar totalmente a cor e a forma dos dentes tornando o sorriso mais estético de forma rápida, segura e durável sem desgaste ou com um mínimo de desgaste na superfície dos dentes. Todo material, instrumentais e maquinários são de procedência alemã em nossa clínica. Outra vantagem é que as facetas alemãs feitas com aparelho de laser e arco de plasma alemão podem ser feitas em todos os dentes em poucas sessões”, acrescenta Dr. Paulo.

O especialista ainda explica sobre um segundo método capaz de produzir uma faceta ou coroa de porcelana em torno de vinte minutos, sem necessidade de laboratório protético. “Neste caso, existe um equipamento alemão, Cerec Sirona CAD-CAM, capaz de realizar um escaneamento de todo preparo dentário. Essa digitalização identifica o posicionamento da arcada, as imperfeições e a partir de um software, desenha uma perspectiva 3D da área. Em seguida, essas informações são enviadas para uma unidade fresadora que as recebe e começa a produzir as facetas ou coroas em porcelana. Cada peça é produzida num intervalo de 10 a 20 minutos. Finalmente, basta fixar no sorriso do paciente”, esclarece o mestre em implantodontia.


Cuidados contra câncer de pele devem ser redobrados no verão

 

  Créditos: Envato
A fotoproteção, além do protetor solar, envolve barreiras físicas como roupas com proteção UV, chapéus, viseiras e óculos escuros

                                                        

Alta exposição solar da estação pode causar problemas que desencadeiam a doença, que corresponde a 30% do número total de tumores no Brasil

 

Além das viagens à praia e idas aos parques e piscinas, a chegada do verão é um estímulo também para a prática de atividades ao ar livre. E, muitas vezes, um item imprescindível acaba sendo esquecido: o protetor solar, que deve ser utilizado durante todo o ano. Na luta contra o câncer de pele, torna-se um produto ainda mais essencial na estação mais quente do ano.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) registra em média 185 mil novos casos de câncer de pele por ano, o que corresponde a 30% dos tumores malignos diagnosticados no Brasil, sendo o tipo mais frequente da doença no país. As principais causas do câncer de pele são fatores pessoais, familiares e ambientais, conforme explica a médica dermatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), Kátia Sheylla Malta Purim. “A exposição solar desprotegida ou prolongada, bem como as queimaduras solares, em especial na infância e adolescência, podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Pessoas de pele e olhos claros, e com histórico pessoal ou familiar de câncer de pele, são mais suscetíveis”, aponta.

O câncer de pele ocorre em qualquer época do ano, mas, no verão, a alta exposição solar pode causar queimaduras, insolação ou manchas na pele, problemas que podem desencadear a doença. Por conta disso, é importante ficar atento a alguns sinais que podem surgir na pele durante esse período. “Uma dica é ficar de olho naquela ferida que coça, sangra, não cicatriza e está aumentando de tamanho. Se notar que uma lesão vem mudando de cor, aparência, está irregular e mais elevada, procure o médico. É fundamental realizar o acompanhamento com dermatologista para monitorar manchas e cuidar da pele”, alerta Kátia, ressaltando que o câncer tem maior chance de cura se descoberto no estágio inicial.

A especialista indica o autocuidado e a fotoproteção como formas mais eficazes de prevenção. “Evite exposição solar desprotegida em qualquer horário, mas principalmente entre às 10h e 16h, mesmo protegido. A fotoproteção, além do protetor solar, envolve barreiras físicas como roupas com proteção UV, chapéus, viseiras e óculos escuros, além de manter uma alimentação adequada”, salienta Kátia.

 


Universidade Positivo
up.edu.br/


Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz orientam sobre como escolher e higienizar os alimentos para evitar infecções alimentares

Cuidados adotados durante a pandemia, como uso do álcool gel podem ser uma saída em praias e parques

 

Quando as férias chegam e temos a oportunidade de ir à praia ou a parques e nos esbaldamos em comidinhas, como milho cozido, lanches naturais, queijo coalho, frutos do mar e sorvetes, e bebidinhas, como refrigerantes em lata, água de coco e isotônicos. Todas essas opções são muito apetitosas, mas temos que tomar alguns cuidados com a higiene para evitar problemas gastrointestinais, como diarreias e intoxicação alimentar. 

De acordo com Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, esse tipo de alimentação é bastante comum no verão, mas devemos ficar atentos ao acondicionamento dos produtos por causa das altas temperaturas e de proliferação de microrganismos nocivos ao organismo. 

“Na hora de escolher, deve-se observar como está sendo feita a conservação daquele alimento, por causa do calor. Checar se as geladeiras térmicas estão realmente mantendo a temperatura adequada. No caso de alimentos crus é imprescindível estarem acondicionados em ambiente refrigerado. Quanto às bebidas, devemos ficar atentos à qualidade da água usada para fazer o gelo que envolve as latas e garrafas”, esclarece. 

Para quem gosta de água de coco, a especialista a chama atenção para o alto teor calórico. “A água de coco sempre é bem-vinda, mas devemos beber como se estivéssemos ingerindo uma fruta ao longo do dia, lembrando que ela contém em sua composição carboidratos. Quando a intenção foi hidratar o corpo, o ideal é beber água”, explica. 

Com relação aos isotônicos, cautela também é a palavra de ordem. “Por serem industrializados e com corantes, devem ser evitados. Geralmente, eles são mais indicados para atletas, que precisam fazer a reposição de sais minerais, carboidratos e eletrólitos, que são eliminados por meio do suor”, exemplifica. 

A nutricionista lembra ainda que todos os cuidados de higiene que foram adotados durante o auge da pandemia da Covid-19, como o uso de álcool em gel 70% para higienizar as mãos, evitar aglomerações e usar máscara em ambientes fechados, devem ser mantidos em lugares fechados.

 

Dicas sobre como escolher os alimentos e cuidados necessários:

  • Sanduíche natural: observar se está acondicionado em ambiente refrigerado para manutenção da temperatura fria.
  • Produtos quentes são mais indicados porque os microrganismos (bactérias e vírus) não sobrevivem a altas temperaturas, como milho cozido e queijo coalho.
  • Levar frutas e palitos de vegetais (cenoura e pepino) higienizados com hipoclorito de sódio e mantê-los refrigerados em geladeira térmica ou de isopor.
  • Beber bastante água para evitar desidratação.
  • Alimentos crus, como ostras, devem estar acondicionados em ambiente refrigerado.
  • Procurar limpar latas de bebidas com álcool gel ou água e sabão.
  • Lavar as mãos ou usar álcool gel antes de ingerir alimentos.

 

Cuidados com intoxicação alimentar

A falta de cuidados com os alimentos durante as férias pode trazer alguns transtornos, como a diarreia e a intoxicação alimentar. Segundo o Dr. Rafael Bandeira Lages, gastroenterologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, crianças, idosos e pessoas com muitas comorbidades ou baixa imunidade deve estar ainda mais atentos aos sintomas, como diarreia, náuseas e vômitos, principalmente se persistirem por mais de três dias.

“Normalmente, as diarreias agudas acabam sendo combatidas pelo próprio organismo. Mas, se os sintomas persistirem por mais de três dias ou caso apresente febre, sonolência, pressão baixa ou sangue nas fezes, o ideal é buscar ajuda médica para fazer hidratação adequada e avaliar necessidade de exames para seguir com o melhor tratamento”, aconselha. 

A principal causa de diarreia aguda nessa época do ano é a gastroenterite infecciosa (irritação e inflamação do tubo digestivo, incluindo o estômago e o intestino) consequência, na maioria das vezes, da existência de vírus e bactérias nos alimentos. “O cuidado com o que comemos fora de casa é importante porque a maior parte das intoxicações no verão são causadas por alimentos contaminados”, ressalta.

 

O que fazer em casos de diarreia ou intoxicação alimentar:

  • Hidratar-se bastante e repousar para que o organismo se recupere do desarranjo intestinal.
  • Se os sintomas persistirem por mais de três dias ou forem acompanhados de febre, pressão baixa, sonolência ou sangue nas fezes, buscar imediatamente um hospital ou posto de saúde.
  • Crianças, idosos e pessoas com múltiplas comorbidades ou imunidade baixa devem buscar ajuda médica.

 

 Hospital Alemão Oswaldo Cruz

www.hospitaloswaldocruz.org.br/


Janeiro Branco: testes genéticos podem ajudar a cuidar da saúde mental

O teste farmacogenômico PharmOne identifica o medicamento mais eficaz para cada paciente, acelerando a melhora e evitando a desistência do tratamento

 

As questões relacionadas à saúde mental e emocional devem receber atenção da sociedade durante todo o ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior prevalência de depressão na América Latina e ocupa o segundo lugar quando consideramos todas as Américas. Para reforçar a importância do assunto, o ano se inicia celebrando o Janeiro Branco, que levanta o debate sobre saúde mental. Com a grande quantidade de medicamentos disponíveis para depressão, a resposta para a indicação daquele que oferecerá o melhor resultado a cada indivíduo pode estar na genética. 

Atualmente, existem mais de 200 medicamentos disponíveis para o tratamento de doenças neuropsiquiátricas, no entanto, a probabilidade de falha terapêutica é de aproximadamente 50%. Entre 30% e 50% dos pacientes não respondem adequadamente ao antidepressivo inicial, sendo que 15% dessas pessoas têm ideação suicida, segundo estudo publicado na Frontiers in Pharmacology em 2020.

Na busca de tratamentos mais eficazes e toleráveis para os pacientes, a Dasa Genômica, braço genômico da Dasa, a maior rede de saúde integrada do país, oferece o PharmOne. O teste farmacogenômico pode indicar se o medicamento prescrito será efetivo e bem tolerado pelo paciente, além de, muitas vezes, apontar uma dosagem mais individualizada. “Ele também mede as interações medicamentosas capazes de influenciar na resposta aos fármacos, permitindo que o médico faça a prescrição do antidepressivo mais personalizado para cada pessoa, aumentando as chances de sucesso”, explica o Head de Farmacogenômica da Dasa Genômica, Dr. Leandro Brust.

A velocidade que cada remédio é processado no organismo varia de acordo com o DNA de cada paciente, mas, além disso, o PharmOne relaciona fatores genéticos, pessoais e ambientais em uma plataforma tecnológica interativa, resultando em um perfil metabólico do paciente. Os resultados são apresentados como diferentes alternativas medicamentosas e com as características de cada uma: nome do medicamento, achado genético, recomendações e pontos de alerta, como reações adversas, interação com outros medicamentos e eficácia. 

O teste, que avalia os mais de 27.000 medicamentos aprovados pelo FDA (Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos), é feito apenas uma vez na vida do paciente caso a intenção seja avaliar aquelas características genéticas, pois os dados pessoais e ambientais podem ser atualizados na plataforma, descartando a necessidade de um novo exame.

“A farmacogenômica ajuda na manutenção da saúde mental, uma vez que, com a possibilidade de iniciar o tratamento de forma assertiva, as chances de abandono por falta de resultado ou devido aos efeitos colaterais causados são reduzidas. É uma forma de minimizar o sofrimento do paciente e garantir uma maior chance de resultados mais eficazes para os tratamentos das doenças, evitando uma das principais causas de morte no mundo”, finaliza o especialista.

 

Dasa Genômica


Saiba como evitar e tratar as assaduras nas coxas no verão

Freepik
Esteticista dá dicas de como aproveitar os dias quentes sem lesionar a região

 

Um dos maiores problemas estéticos do verão sem dúvidas está nas assaduras das coxas. O atrito entre as pernas é um incômodo muito comum que causa desde irritações, e vermelhidões até assaduras na região das pernas. O maior erro das pessoas, no entanto, é ligar essa condição a pessoas acima do peso, uma vez que este problema também é acometido por quem possui uma formação mais grossa das pernas.

De acordo com a esteticista dermaticista Patrícia Elias, este atrito se agrava com o suor e com a umidade. “Quando essas assaduras entram em contato com umidade elas pioram, então não é indicado, por exemplo, usar uma roupa de ginástica úmida por muito tempo. Esse comportamento pode levar a assaduras mais severas e até mesmo ao escurecimento da pele”, aponta. “No entanto, atenção para as pessoas que estão com escurecimento dessa região excessiva e estão com sobrepeso, pode ser um sinal de resistência à insulina e neste caso, é necessário procurar um médico”.

Para tratar esse problema a esteticista indica alguns passos:


1- Óleos vegetais

Por ser uma opção natural, os óleos vegetais podem ser utilizados na pele que já está lesionada, impedindo o atrito. Entre os mais recomendados estão: rosa mosqueta, amêndoa doce, macadâmia e maracujá, todos ricos em vitaminas A, C, D e E. Usar sempre à noite.


2- Aposte em roupas de tecidos leves

Patrícia ressalta o uso de roupas leves para deixar a pele respirar e lembra que os tecidos sintéticos podem ser prejudiciais, pois abafam a área das coxas e deixam o suor e a umidade presos no local. Neste caso, vale apostar em roupas com tecido de algodão, por exemplo. Caso for necessário usar vestimentas mais grossas, assim que puder, deixe a pele respirar. Na hora de dormir, utilize um short com um tecido leve e frio para evitar o atrito e calor.


3- Talco

O talco é uma opção bastante debatida entre médicos e esteticistas quando o assunto é o tratamento de assaduras. O produto de fato ajuda a secar a região e diminui o atrito, mas pode deixar a pele esbranquiçada e manchar as roupas. Por isso, a esteticista indica o uso de talcos cremosos ou líquidos para evitar este tipo de problema.


4- Sempre hidrate a região após o banho

Neste caso, a especialista aponta que é mais assertivo buscar por um hidratante corporal que ofereça uma rápida absorção, dessa forma, é possível obter o resultado desejado sem carregar aquela sensação de que a pele está grudenta. Para o verão, cremes que possuem uma textura mais neutra são os mais indicados.

“Além dos óleos corporais, indico utilizar shorts ou bermudas modeladoras debaixo das saias e dos vestidos, pois são excelentes escolhas na hora de proteger as coxas, sempre lembrando de trocar as peças mais vezes ao dia, porque são sintéticas e infelizmente podem aumentar o excesso de umidade, principalmente no verão”, sugere Patrícia.

Se as pernas já estão lesionadas, o ideal é procurar não irritar mais a pele para reduzir o desconforto. Evite o contato com água quente, dê prioridade a sabonetes mais neutros e sempre hidrate a região da assadura para recompor a barreira da pele. “Uma sugestão é molhar uma toalha com chá gelado de camomila e deixar agir por alguns minutos. Em seguida, utilize uma pomada para assadura misturada com gel de babosa”, finaliza.


Patrícia Elias
Instagram: @esteticapatriciaelias
YouTube: Patrícia Elias – Saúde & Estética
Loja Virtual: https://patriciaelias.com.br/


Janeiro Branco: campanha convoca sociedade para debater importância da Saúde Mental nas relações humanas

Com o tema "A vida pede equilíbrio!", a 10ª edição do movimento brasileiro pela Saúde Mental promove diversas ações no Brasil e no exterior

 

Janeiro é o mês das revisões pessoais e do (re)planejamento de vida. É no começo de cada Ano Novo que as pessoas se sentem inspiradas a refletir sobre o passado, o presente e o futuro das suas vidas e das suas relações. E é neste período de reavaliação que, desde 2014, acontece a Campanha Janeiro Branco, iniciativa social criada pelo psicólogo e palestrante mineiro. Leonardo Abrahão.

Em 2023, o movimento completa 10 edições com o objetivo de construir uma cultura da Saúde Mental na humanidade, trabalhando pela psicoeducação dos indivíduos e pela criação de políticas públicas dedicadas às necessidades psicossociais da Saúde Mental.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde publicados em 2022, quase um bilhão de pessoas, incluindo 14% dos adolescentes do mundo, vivem com algum transtorno mental, situação agravada pela pandemia da Covid-19 e sistematicamente por tabus como preconceitos e o desconhecimento sobre o amplo conceito de de Saúde Mental.

Além disso, segundo Leonardo Abrahão, “desde o início da história da humanidade, todas as pessoas, assim como todas as instituições sociais, vêm lidando, quase que às cegas, com as complexas e inescapáveis questões psicológicas que caracterizam os seres humanos, lidando com a psicodinâmica humana sem o devido suporte da educação sentimental, da orientação emocional e do estímulo ao autoconhecimento, à autonomia mental e ao compromisso psicossocial, circunstâncias que o Movimento Janeiro Branco dedica-se a combater e a solucionar. Muitos sofrimentos humanos, com ou sem transtornos mentais, podem ser prevenidos ou melhor conduzidos se as pessoas aprenderem estratégias verdadeiramente simples para cuidar da Saúde Mental”, explica o especialista.


Ações dentro e fora do país

Em 2023, o Janeiro Branco reafirma-se como o maior movimento político-cultural do mundo pela Saúde Mental da humanidade e segue inspirando pessoas do Brasil e do exterior a pensarem sobre temas da Saúde Mental por meio de diferentes tipos de ações em espaços públicos e privados das cidades.

Em Caruaru (PE), por exemplo, no dia 14/01/2023, acontecerá o 1º Simpósio Janeiro Branco. No Rio de Janeiro (RJ), na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), no último dia do mês, será realizado o Seminário Janeiro Branco UERJ Pela Vida 2023. Em São Paulo (SP), na Avenida Paulista, no dia 29/01/2023, a partir das 9:30h, será a vez da Caminhada Pela Saúde Mental.

Em outras cidades do país, milhares de palestras, panfletagens, caminhadas, entrevistas, rodas de conversa, oficinas terapêuticas e de tira-dúvidas sobre os temas “A Vida pede equilíbrio!”, “bem-estar emocional” e “qualidade emocional de vida” estão sendo programadas para ocorrer ao longo do primeiro mês do ano.

Além do Brasil, outros países já aderiram ao movimento, como é o caso do Japão, do Cabo Verde, de Angola, de Portugal, da Espanha, da Colômbia e até mesmo da França, com registros de ações pela Saúde Mental por ocasião do Janeiro Branco. 

Como forma de demonstrar apoio ao movimento, diversos artistas do Brasil também têm vestido a camiseta oficial do Janeiro Branco e contribuído voluntariamente para a difusão da mensagem “quem cuida da mente, cuida da vida!”.  Entre as celebridades que já manifestaram esse apoio, estão Suzana Vieira, Priscila Fantin, Cláudia Leite, Emiliano D’Ávila, Izabella Camargo, Daiana Garbin, Rainer Cadete, Luciana Vendramini, Marcelo Marrom, Dodô (Grupo Pixote), Negra Li, entre outros. As imagens estão nas redes sociais do Janeiro Branco: @janeirobranco. Quem quiser saber mais sobre o Janeiro Branco, ou aderir ao movimento, pode acessar o site oficial da Campanha (www.janeirobranco.com.br).

Por meio do site é possível conversar com a equipe responsável pela Campanha, bem como conhecer formas de se tornar “parceiro oficial” do Instituto Janeiro Branco, a ONG que nasceu para fortalecer o projeto, somar forças com iniciativas convergentes e levá-las mais longe em nome de uma cultura da Saúde Mental no mundo.


Dados do INCA apontam 704 mil novos casos de câncer no Brasil em 2023

Regiões Sul e Sudeste concentram 70% da incidência entre os 21 tipos mais comuns

 

Dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) trazem informações importantes sobre a estimativa de novos casos da doença no Brasil entre os anos de 2023 e 2025. De acordo com o INCA, são previstos 704 mil novos casos de câncer por ano no país, sendo 70% deles nas regiões Sul e Sudeste. A estimativa do INCA também aponta aumento nos tipos de câncer com maior incidência. Para 2023, são 21 tipos analisados, incluindo o de fígado e o de pâncreas, que não constavam na publicação anterior. O câncer de fígado está relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas, como cirrose, e já aparece entre os 10 tipos mais incidentes na Região Norte. Já o câncer de pâncreas, tem como principais fatores de risco obesidade e tabagismo, e está entre os 10 mais incidentes na Região Sul do Brasil.

O oncologista e CEO do Grupo SOnHe André Sasse explica que análises como essa representam uma ferramenta essencial para o planejamento e a gestão de políticas públicas no Brasil. Segundo ele, quando as estatísticas apontam esse crescimento na incidência da doença, é preciso olhar além. “Não basta apenas incorporar medicamentos ou tecnologias para tratar a doença, é preciso entender as condições que vêm provocando esse comportamento epidemiológico, para que possamos fazer algo pelo coletivo, preventivamente”, explica.

O câncer de pele não melanoma ainda tem a maior incidência no Brasil, sendo responsável por 31,3% dos casos, seguido pelo de mama, 10,5%, próstata com 10,2%, cólon e reto com 6,5% dos casos, pulmão com 4,6% e estômago, com 3,1%, Assim como o câncer de mama entre as mulheres, entre os homens, o câncer de próstata é o mais comum em todas as regiões do país, depois do câncer de pele não melanoma. O INCA estima o diagnóstico de 72 mil novos casos de câncer de próstata por ano até 2025, e 74 mil novos casos por ano de câncer de mama no mesmo período.

O surgimento de novos casos de câncer a partir de 2023 pode ser reflexo de uma demanda reprimida de diagnósticos durante os dois primeiros anos da pandemia de COVID-19, em que muitas pessoas negligenciaram os exames de rotina. O oncologista André Sasse reforça a importância do diagnóstico precoce para o câncer, de maneira geral. “Quanto mais cedo a doença for identificada, maior a possibilidade do paciente responder bem ao tratamento, o que aumenta a chance de cura. Por isso, a rotina de exames é tão importante”, explica.

Os números apontados pelo INCA também relacionam a incidência de alguns tipos de câncer a questões sociais. Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os tumores de cólon e reto ocupam a segunda ou terceira posição entre a população masculina. Já nas regiões com menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou terceiro da lista. Entre as mulheres, o câncer colorretal ocupa a segunda posição nas regiões com maior IDH, enquanto o câncer do colo do útero aparece em segundo lugar entre as mulheres das regiões com IDH mais baixo. Os dados revelam a necessidade cada vez maior de uma atenção direcionada para a nossa saúde. Alimentação saudável, exercício físico diário e rotina de exames formam um trio de ações que ajudarão na prevenção de muitos tipos de câncer. “É preciso que haja uma mudança de hábitos entre as pessoas, colocando a saúde como prioridade e como responsabilidade individual”, pontua o oncologista. 



Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br


Janeiro Branco: a importância do acompanhamento psicológico para o cuidador do paciente com câncer

Durante o mês de conscientização com a saúde mental, é preciso olhar com carinho para familiares ou amigos que vivem a rotina do cuidado ao paciente oncológico. Especialistas falam sobre importância da rede de apoio no consultório e fora dele

 

Descobrir o diagnóstico de câncer é um momento bastante sensível e cheio de desafios. Apesar da situação exigir muita empatia com o paciente, também é preciso olhar com carinho para a pessoa que assume o papel de cuidador, ou seja, aquela que irá se responsabilizar na maior parte do tempo em oferecer bem-estar tanto físico, como emocional.

Em muitos casos, o cuidador tende a deixar suas vontades e necessidades de lado para se dedicar ao máximo ao paciente com câncer. Mas, quando existe a ausência de uma rede de apoio neste momento tão delicado, o desgaste físico e emocional podem tornar o período ainda mais complexo para o cuidador.  

O cuidador tem uma maneira única de lidar com a doença, afinal, cada pessoa tem o seu jeito de encarar a nova etapa. Porém, uma coisa é fato: ele se torna responsável por ser mais presente e tem uma grande influência no cenário (e na vida!) do paciente com câncer.  

Toda a responsabilidade faz com que o cuidador passe por diversos papéis, provando que ele também precisa (e deve!) pedir ajuda. Uma das maneiras de se cuidar é buscando o apoio emocional, que pode vir de um psicólogo, oncologista ou até mesmo da família, dependendo de cada caso.  

Segundo Jacqueline Pereira, psicóloga na Oncoclínicas São Paulo, o diagnóstico de câncer irá impactar tanto o paciente, quanto a família, desorganizando assim um sistema que já é anterior à doença. "A gente sabe que todos os membros desse núcleo familiar vão se sentir afetados e vão se mobilizar para cuidar do paciente. Mas, geralmente se concentra em uma única pessoa, a qual chamamos de cuidador principal", explica.

 

Os desafios

A oncologista Andrea Borges, também da Oncoclínicas São Paulo, reforça que é muito importante entender quais são as dificuldades do cuidador para ajudar o paciente. "Esse é um papel do médico na hora da consulta. Nós não podemos olhar apenas para o paciente, é importante compreender o contexto e focar também no cuidador. Muitas vezes, ele é uma pessoa frágil e pode ser que não dê conta sozinho se nós não conseguirmos ajudá-lo”, comenta. 

Além do desgaste, o cuidador também lida com a impotência, mais um motivo para que a equipe médica esteja alinhada com o contexto daquela família. “Precisamos dar a base para o cuidador na parte psicológica. A impotência do cuidador é querer passar pela situação que o próprio paciente está vivendo. Então, ele se frustra o tempo inteiro. Por isso, precisamos estar de olho a todo momento na consulta. É nessa hora que devemos falar: 'Você precisa de ajuda? Nós temos uma equipe de psicólogos que pode auxiliar’”, diz a oncologista. 

Toda a sobrecarga pode ter ainda um impacto direto no cuidador, fazendo com que ele tenha dificuldades no sono e alimentação, além de episódios de ansiedade que podem mobilizar a depressão. 

"A gente sabe que o estresse pode mobilizar repercussões muito intensas na parte física. Então, o adoecimento físico do cuidador é muito comum por conta dessa sobrecarga e porque ele mesmo deixa de se cuidar, de fazer suas rotinas de acompanhamento médico, ficando em segundo plano. O agravamento do estresse pode trazer um quadro mais grave, como depressão e outras questões de saúde mental", comenta Jacqueline.

 

Rede de apoio é tudo 

Assim como o paciente com câncer, o cuidador também precisa de uma rede de apoio, afinal, nada se faz sozinho. O oncologista tem um papel importante em entender e ajudar no que for necessário para colaborar no tratamento como um todo - isso inclui estar ali (de verdade!) para compreender o contexto.  

“Existem diversos tipos de cuidadores, alguns mais técnicos, outros nem tanto, mas a base de tudo é o carinho e a disponibilidade da ajuda que ele tem com o paciente. As vezes, oferecemos suporte encaminhando este cuidador ao psicólogo quando necessário. É completamente diferente quando se tem esse apoio sólido em casa. O paciente tem uma melhor evolução”, explica Andrea Borges.

Quando algo não vai bem, é muito importante que o cuidador e as pessoas ao redor dele fiquem atentas aos sinais. “Na Oncoclínicas, por exemplo, existe o suporte psicológico ao cuidador. É fundamental que tanto o paciente quanto o cuidador estejam em parceria com a equipe para tomar ações, ou seja, planejamentos que facilitem esse processo”, complementa Jacqueline.  

E esse apoio não para por aí! Algumas ações simples também podem auxiliar nos cuidados com a saúde mental do cuidador. “Organizar uma rotina, pensar o que ele pode fazer, o que está no alcance, o que é possível no momento, não vir com o espírito de super-herói querendo dar conta de tudo e todos e dividir tarefas com outros membros da família para não sobrecarregar”, diz a psicóloga.  

Além disso, o cuidador não deve deixar de ir ao médico e realizar seus exames de acompanhamento, priorizar a alimentação, ter uma boa qualidade de sono, praticar exercícios físicos e encaixar o lazer dentre suas atividades. “Sobretudo, o cuidador deve ter em mente que é superimportante a presença e disponibilidade de cuidado, mas não tomar como o centro da vida. É necessário dividir o processo para que o cuidador não adoeça e ofereça uma atenção de maior qualidade para aquele paciente oncológico que está precisando tanto nesse momento”, finaliza Jacqueline Pereira.


Saiba o que é e como acontece o processo de detoxificação

O processo de eliminação de toxinas do corpo é essencial para uma qualidade de vida Crédito: Divulgação

 

Técnica que consiste na limpeza de impurezas do organismo está em alta após as confraternizações de final de ano. Médico explica como fazer o processo de uma maneira simples e prática 

 

Finalizadas as festas de final de ano, é hora de refletir sobre os momentos que passaram e estabelecer novas metas para o ano que se inicia. Dentre os muitos sonhos e as expectativas que as pessoas estão empenhadas em realizar, a de uma saúde melhor é uma das primeiras opções. Nesse contexto, incluem-se as famosas dietas.

As opções são variadas, mas aquelas baseadas em sucos, também chamadas de detox, são as que mais chamam atenção, principalmente, pelo fácil preparo. Deste termo, que virou moda entre artistas e famosos, surgiu a expressão “Detoxificação”. O conceito representa a limpeza das toxinas do organismo, livrando-o das impurezas e melhorando seu metabolismo. De acordo com o Dr. José Ribas, da clínica REVIV, a ingestão de alimentos, em geral, passa por órgãos como o fígado e os rins, mas também envolve o funcionamento corporal como um todo. “A maior parte do processo de detoxificação, em torno de 60% a 65% é dado pelo fígado. Apenas 20% é dado pelo intestino. As demais porcentagens estão distribuídas em órgãos do nosso corpo, como pulmão, rins, e em células do nosso sistema imunológico, como pele e placenta”, fala o profissional.

Existem, ainda, alguns alimentos que contribuem para a eliminação das toxinas do corpo, mantendo o metabolismo regular de uma forma geral, principalmente, quando "inseridos por via natural", ou seja, consumidos nas refeições diárias. Estes aplicam-se diretamente ao processo de detoxificação, já que têm propriedades que os enquadram como fonte de medicamentos. “Temos, como exemplos clássicos, a cúrcuma, vinda através do açafrão, o extrato de alho envelhecido, o resveratrol, encontrado em sementes de uvas, e as brasílicas, encontradas em alimentos como brócolis, couve e espinafre", pontua Ribas.

"Compostos como as oleaginosas e, até mesmo, a pimenta auxiliam no processo de detoxificação hepática por aumentarem os níveis de um antioxidante universal chamado Glutationa. Por isso, dizemos que esses alimentos não devem ser consumidos somente no período de final de ano, mas ao longo da vida”, afirma. Além disso, substâncias como os polifenóis, muito presentes em frutas e vegetais, também são mecanismos importantes em processos fisiológicos, como a prevenção de doenças cardiovasculares, neurodegenerativas e câncer, a partir da sua influência nos genes. Portanto, adquirem papel importante na longevidade, e seus efeitos se devem, principalmente, pela alta capacidade antioxidante e anti-inflamatória, influenciando, ainda, na sensação de bem-estar.

Ribas também chama a atenção para o fato de que, diferentemente do que a maioria das pessoas pensam, os sucos detox são apenas uma das formas de detoxificação, somadas às muitas outras existentes entre os alimentos funcionais. Por isso, devem ser usados como complemento alimentar. “Os sucos detox servem, em sua maioria, como repositores para a hidratação corporal. Um facilitador, já que o consumo de alimentos funcionais, como couve e abacaxi, acaba exercendo este papel de terapia complementar, que é acrescida pelo consumo de alimentos e alguns nutracêuticos, gerando um equilíbrio do sistema fisiológico e metabólico”, afirma o especialista.



Consumo exagerado

Outra grande preocupação, segundo Ribas, está no período de festas de final de ano, o que leva muitas pessoas a consumirem alimentos de forma exagerada, liberando diversas toxinas no corpo e podendo, consequentemente, acelerar o processo de envelhecimento. Entre os exemplos, estão os corantes, presentes em refrigerantes, e as toxinas liberadas por bebidas alcóolicas, o que dificulta o processo de detoxificação e aumenta o processo inflamatório. Alimentos baseados em açúcar, carne vermelha e cereais refinados também integram a lista.

Aliado a isso, há o surgimento de doenças relacionadas à má alimentação. De acordo com o especialista, existe, ainda, o fato de que o consumo de agrotóxicos, de uma maneira indireta, também favorece os quadros graves de toxinas no organismo. “Os inseticidas, fungicidas e herbicidas que se encontram presentes nestes alimentos, muitas vezes, a gente acaba consumindo-os ou, até mesmo, preparando sucos detox 'ricos' em agrotóxicos quando, ao invés de nos auxiliarem, acabam atrapalhando o nosso corpo”, pondera Ribas, chamando a atenção também para o glifosato, composto encontrado em alimentos não-orgânicos e o herbicida mais utilizado pela agricultura brasileira, com potencial para o desenvolvimento de células cancerígenas.



Regulação do sono

Já em relação ao sono, o especialista diz que, períodos festivos como os proporcionados pelo final do ano, acabam por influenciar no ciclo circadiano das pessoas, e isso pode abrir precedentes para a mudança do funcionamento hormonal do corpo, principalmente, da melatonina e do cortisol, responsáveis por regular o processo. “O fato dos indivíduos dormirem muito tarde acaba mexendo com este ciclo e, como consequência, deixa, muitas vezes, as pessoas mais compulsivas no dia seguinte. Corrobora também a alimentação composta por alimentos mais gordurosos, comprometendo não só os processos de detoxificação, como também os processos bioquímicos no dia seguinte”, afirma. O profissional ressalta que o processo de planejamento alimentar adequado deve ser anual, e não apenas durante um determinado período. “O problema maior não é o que acontece do Natal ao Ano Novo, mas do Ano Novo até o próximo Natal, e todas as técnicas relacionadas à medicina preventiva ou à medicina do estilo de vida vão auxiliar no processo de envelhecimento das pessoas, podendo, algumas vezes, cair em tentação ou, até mesmo, dormir por períodos mais longos, sem afetar o ciclo hormonal e metabólico.

Por fim, Ribas alerta que o estilo de vida é o que vai garantir ao indivíduo um envelhecimento saudável. Hidratar-se bem, alimentar-se de maneira saudável, não fazer apenas estratégia de suco detox. Este é o estilo de vida que visa garantir o envelhecimento saudável e pode favorecer, às vezes, a prática de algumas exceções para que a gente possa gozar da vida de maneira necessária, mas com bom senso e pensando, principalmente, nas consequências do que a gente faz do nosso processo de velhice.


Embora incurável, transtorno de ansiedade pode ser driblada a partir de remédios e até pelo comportamento

Os transtornos de ansiedade são bem conhecidos pelos brasileiros. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), só no país são mais de 18 milhões de ansiosos, algo próximo de 8,5% da população. Este número cresceu durante o isolamento provocado pela pandemia de coronavírus, mas antes disso as filas de pacientes que recorrem aos médicos e psicólogos em busca de tratamento já eram grande.

Considerando os aspectos neurobiológicos, a ansiedade é explicada por uma disfunção das amígdalas cerebrais, responsáveis por fazer a regulação da corticotrofina (ACTH) e da noradrenalina, dois agentes que são ativados justamente em situações adversas que envolvem medo, tensão, sustos e preocupação.

“A função cerebral nessas circunstâncias negativas é de enviar estímulos que ajudem a descarregar toda essa tensão, a fim de se livrar do suposto perigo. Mas a falha de leitura das amígdalas acaba proporcionando crises de ansiedade sem motivação aparente”, explica a médica endocrinologista Sarina Occhipinti. “No fim das contas, o que os pacientes procuram quando recorrem a tratamentos médicos ou psicológicos é por métodos que diminuam essa disfunção”, complementa.

Entretanto, segundo a médica, a cura definitiva para o problema ainda é um sonho que a ciência não conseguiu alcançar. Os ansiolíticos e antidepressivos têm trazido resultados no combate à ansiedade, mas, esclarece Sarina Occhipinti, eles não resolvem o problema em si. “Os medicamentos existentes que oferecem algum resultado ao transtorno de ansiedade conseguem diminuir as crises, mas não impedi-las. Hoje não podemos afirmar que existe cura para a ansiedade”, esclarece.

A principal orientação da médica é para que o paciente recorra à terapia neurocomportamental. “De forma gradativa, mudando pequenas práticas no dia a dia, é possível dar nova aprendizagem ao cérebro, de modo que ele consiga driblar as situações em que as amígdalas respondem de forma equivocada. As estratégias neurocomportamentais têm mostrados ótimos resultados e realmente mudam a vida dessas pessoas”, conclui Sarina Occhipinti.


5 Dicas de alimentação pós-festividades para voltar com foco total

As festividades de fim de ano vem inevitavelmente acompanhada dos excessos, e é importante pensar na alimentação pós-festas. Afinal, depois de um dia inteiro comendo e bebendo em excesso, o corpo precisa se recuperar para voltar a rotina. 

Para isso, é importante ingerir alimentos ricos em nutrientes e fibras, que ajudam a desintoxicar o organismo. Frutas e verduras são ótimas opções, assim como sucos detox e sopas light. Outra dica é evitar o consumo de bebidas alcoólicas, que podem causar desidratação e alterações no sono. Beber muita água também é fundamental para manter o corpo hidratado e funcionando adequadamente.

O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo, separou algumas dicas para te ajudar a voltar das férias com foco total, confira:
 

1. Voltar à rotina
A primeira e mais importante. Se você já tem um acompanhamento e um planejamento alimentar, volte a segui-lo. Costumamos nos permitir ficar fora da nossa rotina com o pensamento de "um dia a mais não vai fazer diferença". No entanto, o ideal é manter o máximo da semelhança possível entre os dias de festa e a rotina de casa, seja na alimentação, suplementação ou treinos. Se você se desviou, é importante retomar suas atividades quanto antes.
 

2. Beber muita água
O Dr. Ronan Araujo alerta sobre a ingestão de água durante e depois das festividades. Beber muita água é um dos passos mais importantes para ajudar a recuperar o organismo. Geralmente durante esses dias, se consome mais bebidas com teor alcoólico, e isso desidrata o corpo e nosso cérebro, é importante que a ingestão de água seja constante.
 

3. Dê preferência a alimentos naturais
Se você exagerou, opte por escolher alimentos mais naturais e frescos. Isso se deve ao fato de que eles são mais saudáveis e nutricionais, além de serem menos processados e, consequentemente, mais sustentáveis. “Para se recuperar e manter uma dieta mais saudável e equilibrada, aposte nos alimentos naturais! Como legumes, verduras e tubérculos/raízes e frutas. Evite industrializados e alimentos processados. Essa é uma dica para seguir sempre, mas agora é especialmente importante.” indica o médico Ronan Araujo.
 

4. Destoxificar o organismo
Chás, Kombucha e temperos naturais são ótimos para a saúde, pois possuem diversas propriedades medicinais. A cavalinha, por exemplo, é diurética e ajuda a reduzir a inflamação; já a carqueja é digestiva e o gengibre é conhecido pelo seu poder de acelerar o metabolismo. Os temperos também são uma ótima opção para quem busca um boost na saúde. A cúrcuma, aliada às outras especiarias, é uma potente arma contra o câncer; o alecrim tem propriedades antibacterianas e antifúngicas; já o orégano é um ótimo antioxidante.


5. Reeducar a fome
O Dr. Ronan Araujo explica que quando passamos alguns dias comendo de forma inadequada e irregular a fome pode aumentar. Para controlar a fome, aumentar o consumo de fibras, proteínas e gorduras de qualidade é interessante. Alimentos como abacate, coco e castanhas, por exemplo, possuem gorduras de qualidade. Proteínas como peixes, frango e leguminosas para vegetarianos pode ser uma boa pedida também. As fibras podem ser encontradas em vegetais, verduras e frutas. 

“Pense que quando ativamos o nosso paladar com alimentos muito doces, artificiais e com gorduras super processadas (os chamados alimentos mais palatáveis) é mais difícil no dia seguinte ter prazer em comer alimentos frescos e naturais, que não tem todos esses temperos e estimulantes artificiais para nossas papilas gustativas. Volte a rotina e adapte seu paladar a sentir o gosto real dos alimentos.” finaliza o médico nutrólogo Ronan Araujo.
 

Ronan Licinio de Araujo - formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.


Cuidados para treinar no calor

Dicas para praticar atividades físicas no verão sem se descuidar da saúde


Treinar no verão pode ser uma diversão para muita gente. Dias ensolarados, perspectiva de ir para a praia ou para a piscina e a temperatura mais alta são convites para intensificar a prática das atividades físicas. Os treinos na estação mais quente do ano podem ser muito prazerosos e precisam ser acompanhados de adaptações que levam em conta as mudanças climáticas do período.

É importante aumentar o número e a duração dos intervalos entre cada série de exercícios e também reduzir as atividades cardio, como corridas e pedaladas. O excesso de calor combinado com excesso de esforço pode resultar em tonturas, dores de cabeça e cansaço excessivo.

Um dos pontos mais importantes é manter o corpo hidratado. “É necessário beber mais água não só durante os exercícios, mas também ao longo de todo dia”, afirma Bruno Silva, fisiologista da Smart Fit. Com o tempo quente, a água é a grande responsável por regular a temperatura corporal. Muita gente se esquece de tomar água. Vale lembrar que a recomendação médica é de ingestão de 3 litros de água por dia.

Recomenda-se que a atividade física seja feita em períodos do dia em que o sol pega mais leve, principalmente para quem quer se exercitar ao ar livre. O começo da manhã, fim de tarde e noite são os horários mais indicados. Para quem vai se expor ao sol, o uso de protetores solares é essencial.

Também é preciso cuidado com a alimentação. “Estar bem alimentado no calor garante que o estoque de glicogênio nos músculos seja reposto e evita a falta de energia nos treinos”, afirma Lucas Alves, nutricionista da Smart Fit. Estar bem alimentado significa não treinar em jejum e também não exagerar em alimentos pesados.

Nas altas temperaturas, o metabolismo acaba funcionando mais lentamente, deixando a digestão mais devagar. ingerir alimentos mais leves e refrescantes como melancia, cenoura, salada de folhas, e frutas cítricas como laranja e limão, ajudam a alinhar a digestão. Comer alimentos ricos em potássio, como banana, batata doce e abacate melhoram a circulação e ajudam a evitar as cãibras, que são comuns no calor. 

A Smart Fit preparou um treino para quem deseja botar as recomendações em prática e começar a fazer exercícios nas altas temperaturas da estação:


TREINO PARA O VERÃO

Treino A/B

Cardio e força: Adaptação e resistência e resistência cadiorrespiratória e muscular.

 

Treino A de segunda e sexta-feira (Força)

Esteira 10 minutos | Velocidade no qual simule uma caminhada

Agachamento Livre | 3 series 15 a 20 repetições – 40seg de pausa

Supino com halter | 3 series 15 a 20 repetições – 40seg de pausa

Afundo Livre | 3 series 15 a 20 repetições – 40seg de pausa

Remada Fechada com halter | 3 series 15 a 20 repetições – 40seg de pausa

ABD Curto | 3 series 15 a 20 repetições – 40seg de pausa

Infra Solo | 3 series 15 a 20 repetições – 40seg de pausa

 

Treino B quarta-feira (Cardio)

Esteira 10 minutos | Velocidade no qual simule uma caminhada

Bike 10 Minutos | Velocidade moderada

Polichinelo| 3 series 10 repetições – 1min de pausa

Meio Burpe | 3 series 10 repetições – 1min de pausa

Pose da criança |3x 20seg – 40seg de pausa

Mobilidade de tronco | 3x 20seg – 40seg de pausa

O download da execução completa do treino pode ser realizado neste link.

 

Smart Fit

www.smartfit.com

 

Janeiro Verde: 6 informações sobre câncer de colo do útero que toda mulher precisa saber

Mês reforça sobre conscientização e prevenção da doença, que tem como principal causa o HPV. Especialista reúne fatos que auxiliam no combate à desinformação
 

Câncer do colo do útero é assunto sério, mas a boa notícia é que a doença pode ser prevenida a partir de alguns cuidados. Este mês, que leva a cor verde, traz como foco a prevenção e conscientização contra a neoplasia, que tem como principal causa o Papilomavírus Humano (HPV), responsável por cerca de 99% dos casos. 

De acordo com a Dra. Larissa Gomes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, a infecção por HPV costuma ser assintomática e autolimitada. "Em grande parte dos casos, até os 30 anos as mulheres podem ter essa infecção resolvida. No entanto, há a possibilidade do vírus evoluir para o desenvolvimento do câncer do colo do útero”, explica. 

Cerca de 75% das brasileiras sexualmente ativas irão entrar em contato com o vírus durante a vida. Por volta dos 25 anos de idade, é quando o ápice da transmissão acontece e depois do contágio, 5% delas irão desenvolver a neoplasia entre dois e dez anos, segundo o Ministério da Saúde. 

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2023 cerca de 17.010 mulheres serão diagnosticadas com câncer do colo do útero no Brasil a cada ano, o que representa um risco considerado de 13,25 a cada 100 mil casos. Vale lembrar ainda que a doença é o terceiro tipo de câncer que mais afeta o público feminino, por isso, é muito importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes para o início do tratamento. 

A seguir, a oncologista comenta 6 informações relevantes para ficar no radar:
 

A vacina contra o HPV pode prevenir o câncer do colo do útero?

"Sim! Desde 2014, ela é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do Brasil para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Diante dessa realidade, a vacinação contra o HPV pode não só prevenir o câncer do colo do útero, como também o de vulva, vagina e ânus nas mulheres e de pênis nos homens. É necessário que a imunização ocorra antes da exposição ao vírus, ou seja, antes do início da vida sexual".
 

Mulheres jovens podem ter câncer do colo do útero?

“Em grande parte dos casos, esse tipo de câncer ocorre após os 40 anos, mas é importante reforçar que pode acontecer em qualquer idade. Por isso, é fundamental que a realização do exame do Papanicolau seja feita a partir dos 25 anos ou quando a mulher começa a ter relações sexuais. Por conta da baixa procura pela vacinação e exames ginecológicos de rotina, é possível notar um aumento dos casos em pacientes jovens, mostrando ainda mais que a prevenção é fundamental desde cedo”.
 

Qualquer mulher contaminada pelo HPV pode ter câncer do colo do útero?

"Não. Menos de 10% das mulheres infectadas irão desenvolver a doença, contudo, isso não é uma regra. No caso de pacientes com a imunidade comprometida, ou seja, transplantadas, portadoras de HIV ou ainda que realizem algum tratamento, a reprodução do vírus pode acontecer de maneira mais facilitada. Portanto, é fundamental que a vacinação contra o HPV ocorra como uma maneira de prevenção à doença".
 

80% da mortalidade pela neoplasia pode ser reduzida quando descoberta precocemente

"Infelizmente, grande parte das mulheres não são diagnosticadas enquanto o câncer está na fase inicial. Por isso, é muito importante que os exames de rotina, como o Papanicolau, sejam realizados periodicamente. Nem sempre os sintomas podem ser percebidos, mas caso a paciente note algo fora do normal, é fundamental buscar ajuda de um especialista”.
 

Os primeiros sinais podem demorar para aparecer?

“Na maioria dos casos, o câncer do colo do útero é assintomático, mas é possível observar o surgimento da dor na relação sexual, sangramento ou, ainda, secreção vaginal com odor, quantidade ou aspecto diferente do usual. Quando a doença está avançada, a paciente pode apresentar dores mais intensas na região pélvica, alterações urinárias ou intestinais, perda de peso não justificada ou dores nas pernas e costas, ou cansaço extremo relacionado a perda sanguínea (anemia).
 

Se a mulher notar sangramento durante a menopausa, é preciso ficar de olho

"O sintoma pode estar relacionado ao câncer do colo do útero, contudo, é importante reforçar que não é a única causa possível. Há a possibilidade desse sinal estar ligado a outras situações, como pólipos endometriais, lesões de colo e vagina, etc. Caso a paciente perceba a presença do sangramento, é essencial procurar um ginecologista o quanto antes".



Grupo Oncoclínicas
www.grupooncoclinicas.com


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