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terça-feira, 21 de junho de 2022

Queda da cobertura vacinal traz antigas ameaças para a saúde no Brasil

Semana da Imunização do Instituto Lado a Lado pela Vida trouxe como tema central a importância da vacinação no país, em evento on-line e videoaulas com especialistas



Um dos principais temas de discussão na programação da Semana da Imunização deste ano, promovida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), é a relevância do programa de imunização no Brasil, que já foi referência para diversos sistemas públicos de saúde ao redor do mundo e hoje se mostra em uma realidade bastante diferente, com números alarmantes de baixa cobertura vacinal. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), parceira institucional do LAL, os índices de cobertura das vacinas do calendário de rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI) registram uma queda gradual desde 2013, que foi intensificada a partir de 2015. Mas, quais são as principais causas dessa redução e o que deve ser feito por instituições de saúde, pelo poder público e pela sociedade civil para reverter esse cenário?

 

“Precisamos recuperar o protagonismo da vacinação. Afinal de contas, éramos conhecidos como o país do carnaval, do futebol e das vacinas. Mas, estamos perdendo esses títulos”, ressalta Renato Kfouri, diretor da SBIm e membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL). Para o especialista, a falta de interesse gerada pela disseminação das fake news, a desinformação sobre as vacinas fundamentais que fazem parte dos calendários de imunização e o acesso restrito às vacinas são as principais causas da baixa cobertura vacinal no país. O médico acredita que é preciso trabalhar em várias frentes para recuperar o sucesso do Programa Nacional de Imunização.

 

“O antivacinismo se fortaleceu com a Covid-19 e tem impactado nas outras vacinas. Precisamos conhecer melhor as causas para enfrentar regionalmente o problema, com as ações e imunizações mais adequadas. Certamente, a queda de imunização em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro acontece de forma completamente diferente do que vemos em cidades do Norte ou no interior do Nordeste e do Planalto Central, por exemplo”, afirma.

 

Outro grande desafio para recuperar os índices de cobertura vacinal está no próprio sucesso das vacinas. Segundo o médico, com a percepção de queda do risco de algumas doenças praticamente inexistentes, muitas pessoas passaram a se questionar sobre a real importância de tomar vacinas de doenças desconhecidas pela maioria da população. Para Kfouri, essa situação é grave porque traz desinformação. “Muitos pensam: por que devo me vacinar de doenças que não existem mais? Com a eliminação de doenças, as vacinas acabam sendo vítimas de si mesmas e as pessoas voltam a ficar com medo das vacinas. Será que eu preciso? Ela dá febre, dor ou incômodo? É aí que mora o perigo”, destaca o médico.


 

Sinal de alerta para a realidade brasileira

 

Dados do PNI mostram que cerca de metade das principais vacinas do calendário infantil não bate as metas desde 2015, incluindo a vacina contra o sarampo, doença antes erradicada e que hoje possui apenas 15% de cobertura vacinal no país. Desde 2019, nenhuma vacina do calendário infantil bate a meta de cobertura. Segundo Renato Kfouri, a queda é homogênea no geral, mas as doenças que aparecem primeiro são as mais facilmente transmitidas ou as que não são controladas em outros países, como é o caso do sarampo.

 

“Hoje, seria impensável perder uma criança ou adulto para o sarampo, mas a doença não poupa indivíduos suscetíveis sem vacina e se alastra por onde chega. Tivemos 40 mil casos registrados em 4 anos, com aquela famosa estatística de 1 morte para cada 1.000 casos. Ou seja, de 2018 para cá, tivemos 42 óbitos por sarampo, infelizmente. Essa doença é o exemplo clássico porque está presente em muitos países por conta da altíssima transmissibilidade.”

 

A situação da poliomielite também é preocupante, segundo o PNI. O baixo índice de vacinação atual (67%) traz sérios riscos da reinserção da doença no Brasil. “Toda a mobilização das antigas campanhas para o ‘Dia de Vacinação contra a Poliomielite’ é um ótimo exemplo de ação para fortalecer a imunização. Lembro que era dia de festa, de cobertura dos telejornais e do Zé Gotinha como personagem no imaginário das pessoas. A comunicação empática envolvia a todos, coisa que a gente não vê hoje em dia. Precisamos retomar isso, com o envolvimento de estruturas organizadas e a participação de antropólogos, sociólogos e comunicólogos, para convencer aqueles que não se sentem ameaçados. Nós desaprendemos a lidar com as informações nesse mundo moderno e digital, precisamos ser enfáticos e emotivos para voltar a motivar as pessoas sobre a vacinação”, reforça Kfouri.

 

Outro mito sobre a vacinação está relacionado aos adultos, que esquecem das doses de reforço das vacinas tomadas na infância e não se informam sobre novas vacinas, muitas delas inseridas no Programa Nacional de Imunização e disponibilizadas gratuitamente nos postos de saúde. Renato Kfouri chama a atenção para essa situação e afirma que “durante a vida, todos os adultos devem tomar as 3 doses de Hepatite B, além de uma dose de febre amarela e duas da Tríplice Viral. As vacinas da difteria e do tétano também são básicas, mas isso não impede um adulto tomar a de HPV (papilomavírus humano), por exemplo. Sem falar na gripe e na Covid, sem nenhuma restrição.”


 

Atitude positiva e proteção coletiva

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação é responsável pela redução de 2 milhões de mortes por ano no mundo e a queda vertiginosa dos índices de imunização no Brasil foi um dos temas do Fórum Brasil Imune, promovido pelo LAL nos dias 8 e 9 de junho. Entre os especialistas que participaram do evento estão o diretor da SBIm e membro do Comitê Científico do LAL, Renato Kfouri; o Presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), Renato Casarotti; a diretora-executiva da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), Milva Pagano; a especialista internacional em imunização da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e da OMS (Organização Mundial da Saúde) no Brasil, Lely Guzmán; a superintendente de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, Ana Catarina de Melo Araújo; a pediatra, infectologista e coordenadora do Centro de Referências para Imunobiológicos Especiais do Espírito Santo (CRIE-ES), Ana Paula Burian, também membro do Comitê Científico do LAL; e a Presidente do Instituto Palavra Aberta, parceiro do LAL, Patrícia Blanco.

 

Na abertura do fórum, a médica infectologista e especialista em saúde pública Luana Araújo apresentou importantes dados sobre a eficiência da vacinação no mundo e destacou que a expectativa de vida do brasileiro chegou aos 80 anos, devido ao controle de diversas doenças. “Até muito pouco tempo atrás, nossa expectativa de vida era em torno de 30, 40 anos. Isso acontecia porque as pessoas morriam de doenças que, atualmente, são consideradas imunopreveníveis, como o sarampo e tuberculose. Hoje, o grande problema é a falsa sensação de segurança ocasionada pelo sucesso das vacinas. Como as pessoas não veem mais algumas doenças, não percebem a importância de continuar mantendo essa proteção.”

 

Luana ainda reforçou que esse comportamento levou à recrudescência de patologias que não deveriam mais existir. “Dados da OMS mostram que o sarampo, por exemplo, voltou aos índices de 20 anos atrás, com mais de 159 mil casos por ano, em todo o mundo. As pessoas percebem o sarampo como uma doença leve, mas não é, pode ser fatal para crianças ou ainda causar problemas graves, quando o indivíduo chega à fase adulta. Cerca de 30, 40 anos depois da infecção, a pessoa pode desenvolver leucoencefalopatia multifocal progressiva, uma doença neurológica incontrolável e irreversível, que leva o paciente à morte em seis meses. É raro, mas quanto mais casos de sarampo nós tivermos, maiores as chances desse tipo de problema acontecer. E a forma mais eficaz de proteção é a vacina.”

 

Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, ressalta que, para retomar a cobertura vacinal no Brasil, são necessárias ações por parte de todos os atores envolvidos, incluindo a sociedade civil. “A pandemia trouxe muito sofrimento, mas também nos deixou uma experiência positiva, que foi a mobilização de grande parte da população para se vacinar. A ameaça do vírus, que causou dor, sofrimento, hospitalizações e sequelas graves, mostrou que as vacinas são essenciais para a saúde de todos. Precisamos levar esse legado para as demais doenças, como o sarampo, a pólio e até para os diversos tipos de tumores que são evitáveis com a vacina HPV, especialmente o câncer de colo do útero.”

 

No site da Semana da Imunização do LAL, estão disponíveis todas as informações sobre as ações e as videoaulas com entrevistas de especialistas sobre o assunto. O Fórum Brasil Imune pode ser acessado pelo canal do Instituto no Youtube.

 

Acompanhe as atividades da Semana da Imunização

https://bit.ly/3t5JQJQ

 

 

Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)

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Insônia na gravidez: quais as causas, consequências e como tratar

98% das mulheres começam a ter insônia no terceiro trimestre, com despertares noturnos causados por diversos fatores  

 

Distúrbios do sono são muito comuns na gravidez e, dentre eles, a insônia é um dos mais frequentes, acometendo cerca de 78% das gestantes. Segundo um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a insônia pode estar relacionada a alterações hormonais, fisiológicas, metabólicas, psicológicas e posturais. O estudo apontou que mulheres que dormiam menos de 6 horas por noite eram mais propensas a ter trabalho de parto mais prolongado e 4,5 vezes mais chances de ter uma cesariana.

 

O sono no primeiro trimestre

As mudanças nos padrões de sono começam durante o primeiro trimestre da gravidez, provavelmente influenciadas pelas rápidas alterações hormonais, segundo o Dr. Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, Membro da FEBRASGO, especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein; em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO, e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre. 

“Neste período, a gestante costuma ter hipersonolência, principalmente pelo aumento da progesterona, hormônio que também pode causar diminuição do tônus-muscular, aumento do risco de apneia do sono, ronco e interrupções do sono”.

 

Segundo e terceiro trimestre

De acordo com Carlos Moraes, no final do segundo trimestre (23-24 semanas de gestação), o tempo total de sono noturno diminui. “Mais de 98% das mulheres começa a ter insônia no terceiro trimestre, relatando despertares noturnos causados por desconforto geral, dor nas costas, frequência urinária aumentada, movimentos fetais, falta de ar e câimbras nas pernas”, conta o ginecologista. 

Segundo ele, pacientes com insônia têm citocinas pró-inflamatórias altas, que também são observadas em depressão pós-parto, parto prematuro e outras complicações da gravidez. “Os médicos devem tratar os distúrbios do sono imediatamente, pois eles aumentam o risco de complicações, como depressão no final do terceiro trimestre ou após o nascimento da criança”.

 

Manejo da insônia durante a gravidez

Higiene e educação do sono são fundamentais neste cenário. Essas incluem: 

- Use luzes noturnas escuras no banheiro, pois a luz brilhante pode dificultar o retorno ao sono 

- Evite cafeína e chocolate. Especialmente no final da tarde ou à noite, pois eles podem mantê-la desperta 

- Beba bastante líquido durante o dia, mas limite a ingestão após às 17h, para diminuir o despertar frequente para urinar 

- Evite alimentos fritos, apimentados e gordurosos à noite, pois, além de causarem azia, deixam a digestão mais pesada, prejudicando o sono 

- Se for clinicamente apropriado, exercite-se 30 minutos todos os dias, de preferência, 4 a 6 horas antes de dormir. Atividade física tem um impacto positivo sobre o sono 

- Quando já estiver na cama, evite o tempo de tela, pelo menos uma hora antes de dormir. A luz da TV ou do celular pode afetar o ritmo circadiano do seu corpo, além de diminuir a melatonina, hormônio que regula o momento de dormir 

- Durma no lado esquerdo, com as pernas dobradas e com travesseiros entre os joelhos, abaixo do abdômen e atrás das costas, para reduzir a pressão na região lombar 

- Para redefinir seu relógio interno, durma e acorde no mesmo horário, todos os dias 

“O diagnóstico de insônia na gravidez deve ser feito em conjunto com uma equipe multidisciplinar, levantando questões como distúrbios de ansiedade, transtornos do humor, distúrbios do sono relacionados à respiração e síndrome das pernas inquietas. É importante que o médico indague sobre dificuldades no início do sono, manutenção ou despertar, e entenda os fatores ambientais e comportamentais. A obtenção de um histórico médico completo, incluindo quadros de risco, é essencial para diagnóstico e tratamento”, ressalta Carlos Moraes.

 

Terapias

As terapias comportamentais também podem ajudar. “Técnicas como relaxamento muscular progressivo (PMR), que inclui contração e relaxamento alternados de diferentes músculos, podem ser usadas antes de cada período de sono, assim como a respiração profunda abdominal”, afirma Monica Machado, psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

 Já a terapia cognitiva é direcionada à ansiedade, ao pensamento negativo relacionado ao não dormir e às expectativas sobre a duração do sono. De acordo com a psicóloga, algumas gestantes têm ideias pré-determinadas sobre a quantidade de sono necessária para funcionar bem. Isso costuma ser tratado a partir de pesquisa e do histórico de duração do sono das pacientes. 

“A ansiedade é muito comum durante a gestação. São muitas preocupações com o trabalho de parto, com a chegada do bebê e com a nova vida. Essas expectativas podem mantê-la acordada à noite e só trazem prejuízo à saúde. Em vez de remoer pensamentos, tente anotar todas as suas preocupações no papel. Isso lhe dará a chance de considerar possíveis soluções”, conclui Monica Machado.

 

O que é seguro tomar para insônia durante a gravidez

Alguns auxiliares do sono são frequentemente considerados seguros para uso ocasional durante a gravidez. No entanto, segundo o ginecologista, não se deve tomar nenhum remédio para dormir ou outro medicamento durante a gravidez, a menos que tenha sido prescrito ou aprovado pelo médico. 

Alguns chás, como o de camomila, valeriana e de erva-cidreira são excelentes para combater a insônia e dormir melhor, pois possuem propriedades calmantes que ajudam a relaxar o corpo e a mente. 

“Intervenções para tratar os distúrbios do sono são essenciais para evitar resultados adversos ao longo da gravidez, durante o parto e após o nascimento da criança. Daí a importância de tratar o problema antes que os sintomas afetem de forma negativa todos os aspectos de sua vida, principalmente o vínculo mãe-bebê”, finaliza Carlos Moraes.



ViaQuatro e ViaMobilidade aderem campanha do Instituto Jô Clemente pelo Teste do Pezinho para Todos

 Ação conta com atividade presencial em estações das linhas 4-Amarela, 5-Lilás e 9-Esmeralda.


A ViaQuatro e a ViaMobilidade aderiram à Campanha Junho Lilás do Instituto Jô Clemente (IJC), a fim de conscientizar o maior número de pessoas sobre a importância do Teste do Pezinho. A partir de amanhã, dia 21, serão realizadas campanhas presenciais em diversas estações, com a participação de voluntários do IJC, esclarecendo a população sobre a importância do Teste do Pezinho para diagnosticar doenças metabólicas, genéticas e infecciosas. Também serão transmitidos nos monitores das estações e dos trens, vídeos com informações sobre o exame. 

Muitos problemas não apresentam sintomas e podem afetar o desenvolvimento neuropsicomotor do recém-nascido se não tratados. O exame é um dos instrumentos mais eficazes na detecção de doenças graves em recém-nascidos. Com o diagnóstico correto é possível promover o tratamento específico, que permite diminuir ou eliminar lesões irreversíveis (como deficiência mental, por exemplo) e até mesmo evitar a morte. Por isso, realizar o teste é necessário, ainda que não haja histórico familiar dessas doenças. 

A questão é tão importante que uma lei recém-sancionada prevê que o SUS seja obrigado a oferecer a ampliação do teste. Na versão básica, ele rastreia seis doenças. Já o teste ampliado detecta cerca de 50 doenças. 

Simples e rápido de ser feito (bastam algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido, para coleta em papel filtro), a recomendação é que o teste seja realizado após 48 horas do nascimento até o 5º dia de vida do bebê, possibilitando o início de um tratamento imediato se necessário. 

“A ação reforça a preocupação da ViaQuatro e ViaMobilidade em sempre levar aos passageiros que circulam pelas suas estações informações e campanhas sobre cuidados com a saúde e bem-estar, a fim de promover qualidade de vida em todas as fases”, diz Juliana Alcides, Gerente de Comunicação e Sustentabilidade das concessionárias.


Serviço:

Campanha Junho Lilás -- Teste do Pezinho para Todos

Vídeos em monitores de trens e estações das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda

 

Campanha presencial nas estações e datas abaixo:

- 23 de junho, das 10h às 16h: Estação Luz (Linha 4-Amarela)

- 28 de junho, das 10h às 14h: Estação Santo Amaro (Linha 9-Esmeralda)

- 30 de junho, das 11h às 15h: Estação Pinheiros (Linha 9-Esmeralda)

 

Sobre o Instituto Jô Clemente - IJC

O Instituto Jô Clemente (IJC), antiga Apae de São Paulo, é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há mais de 61 anos promove saúde e qualidade de vida às pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de seus direitos, disseminando conhecimento por meio de pesquisas científicas. Tendo o pioneirismo e a inovação como

premissas, atua desde o nascimento até o envelhecimento, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias acerca dos direitos das pessoas com deficiência intelectual. Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal, o Laboratório do Instituto Jô Clemente (IJC) é o maior do Brasil em número de exames realizados e oferece, atualmente, o Teste do Pezinho Ampliado na rede pública do município de São Paulo, contemplando o diagnóstico precoce de cerca de 50 doenças, incluindo dezenas de condições raras. É também um centro de referência no tratamento de Fenilcetonúria, Deficiência de Biotinidase e Hipotireoidismo Congênito, doenças detectadas no Teste do Pezinho que podem evoluir para a deficiência intelectual se não tratadas corretamente.


Cuidados com a asma devem ser redobrados especialmente no outono e no inverno

Doença fica em quarto lugar entre os problemas respiratórios infantis 



No dia Nacional de Controle da Asma, que se comemora em 21 de junho, o Sabará Hospital Infantil chama a atenção para a doença, cujos sintomas aparecem, em 50% dos casos, em crianças com até três anos de idade.

A asma é uma doença que se caracteriza por uma inflamação crônica que afeta as vias aéreas ou brônquios (os “tubos” que levam o ar para dentro dos pulmões), que dificulta a respiração.

No Sabará Hospital infantil, o período mais crítico para o surgimento das crises é entre maio de agosto, nos quais há uma mudança de clima. Em 2020, devido ao fechamento das escolas causada pela pandemia da covid-19, a taxa de casos do mês de maio foi de 5,3% em internações e, em 2021, com o retorno às aulas presenciais, esse número subiu para 21%.

A asma fica em quarto lugar entre as taxas de todas as internações de outras doenças respiratórias (10%); ficando atrás apenas dos casos de bronquiolite (41%), bronquite (13%) e insuficiência respiratória (11%).

Os sintomas mais comuns são falta de ar, chiado ou aperto no peito e tosse, sendo que, durante uma crise, a criança pode apresentar ainda lábios com coloração arroxeada, extrema dificuldade de respirar, confusão mental ou sonolência, pulsação rápida e sudorese.

Para amenizar as crises é possível realizar algumas medidas preventivas como: manter a adesão ao tratamento proposto pelo médico especialista, evitar ambientes fechados, pouco ensolarados e sem ventilação, manter a casa arejada e praticar exercícios físicos regularmente e de forma controlada

"Com o tratamento correto, a criança asmática consegue ter a mesma qualidade de vida de qualquer outro indivíduo. A asma é uma doença que não tem cura. Entretanto, os sintomas podem ser controlados pelo acompanhamento clínico e com o afastamento de possíveis agentes causadores das crises", explica a Dra Maria Helena Bussamra, pneumologista do Sabará.


 Números do Sabará Hospital Infantil



Sabará Hospital Infantil

www.hospitalinfantilsabara.org.br


Cientistas desenvolvem inédito tratamento para câncer, que ilumina as células tumorais de difícil acesso

Especialistas acreditam que a nova fotoimunoterapia pode se tornar um dos principais tratamentos contra o câncer 

 

Publicado no periódico científico BMC Medicine, Triggering anti-GBM immune response with EGFR-mediated photoimmunotherapy traz o resultado de um estudo que mostrou resultados promissores no tratamento contra o câncer. O objetivo da técnica da fotoimunoterapia é iluminar e eliminar as células cancerígenas microscópicas, permitindo aos cirurgiões mais eficácia na eliminação da doença. 

O estudo contou com a participação de uma equipe formada por engenheiros, físicos, neurocirurgiões, biólogos e imunologistas do Reino Unido, Polônia e Suécia. 

Para os pesquisadores, esta poderá se tornar a quinta principal forma de tratamento do câncer no mundo, ao lado da cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

 

O que é a fotoimunoterapia? 

Trata-se de uma terapia ativada por luz, que faz com que as células cancerígenas brilhem no escuro, permitindo que os cirurgiões visualizem e removam os tumores com mais precisão. 

Em um primeiro teste mundial, realizado em camundongos com glioblastoma, um dos tipos mais comuns e agressivos de câncer no cérebro, o novo tratamento iluminou até as menores células cancerígenas, permitindo, assim, a sua remoção.

A nova técnica, que inclui um marcador fluorescente e luz infravermelha, é também capaz de identificar e tratar células de glioblastoma remanescentes, prevenindo recidivas da doença. 

Além disso, testes realizados pelo Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, mostraram que o tratamento parece desencadear uma resposta imune, permitindo ao sistema imunológico que passa pela terapia desenvolver a capacidade de combater novas células cancerígenas que possam surgir no futuro.

 

O futuro 

Após os resultados obtidos em laboratório, o próximo passo será verificar se essa abordagem pode ser usada no tratamento do glioblastoma humano e em outros tipos de câncer. 

Os pesquisadores estudam, por exemplo, a utilização da nova técnica no tratamento do neuroblastoma, um dos cânceres infantis mais prevalentes. 

Há, no entanto, ainda alguns desafios técnicos a serem superados, como alcançar todas as partes do tumor com a luz infravermelha. Ainda assim, os resultados são bastante animadores, afirmam os pesquisadores.

 

Tratamento e prevenção 

Para a pesquisadora Gabriela Kramer-Marek, que participou do estudo, a técnica é especialmente importante para tumores difíceis de tratar, como o glioblastoma, que ainda hoje possui poucas opções de tratamento. Para este tipo de tumor, o desafio está na localização e no acesso para a sua remoção. Assim, a descoberta de novas maneiras de visualizar as células tumorais a serem removidas durante a cirurgia, bem como de tratar as células cancerígenas residuais, é um grande avanço. 

Segundo o professor Axel Behrens, do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, a proximidade de alguns tumores de órgãos vitais é um dos principais motivos para a necessidade de desenvolvimento destas novas formas de tratamento, como esta fototerapia, permitindo que os médicos possam superar o risco de afetar partes saudáveis ​​do corpo. 

Além disso, por conta da dificuldade no tratamento de tumores que crescem em áreas sensíveis do cérebro, como o córtex motor, que está relacionado ao planejamento e controle dos movimentos voluntários, nem sempre é possível eliminar todas as células tumorais por meio dos tratamentos disponíveis hoje. As células remanescentes podem ser responsáveis pela volta da doença, ainda mais agressiva. 



Pesquisa aponta aumento de 530% na ingestão acidental de melatonina por crianças

Médica com pós-graduação em Pediatria e Estudos do Sono, Dra. Ana Jannuzzi, alerta sobre uso da suplementação nos pequenos

 

Em gotas, gominhas ou até em comprimidos. São inúmeras as formas de suplementar melatonina hoje em dia, seja para melhorar o sono ou até mesmo combater uma insônia causada pelo estresse. Mas, e se essa dose extra do hormônio responsável por regular o sono for ingerida acidentalmente por uma criança? 

Segundo um estudo realizado pelo Hospital Infantil de Michigan (EUA), e divulgada neste mês de junho, houve um aumento de 530% na ingestão excessiva acidental de melatonina por crianças, nos últimos 10 anos. Os pesquisadores acreditam que os dados são consequência do aumento dos níveis de estresses dos americanos, o que teria facilitado o acesso de crianças a melatonina. Cerca de 94% dos casos foram com crianças que não usavam o medicamento, mas que conviviam com familiares que usavam. 

Não à toa, outro dado que corrobora essa “geração insônia” e a facilidade de se encontrar a suplementação nas casas, é uma pesquisa divulgada no periódico científico JAMA Network, com base em informações de um banco de dados nacional, sobre saúde e nutrição. O levantamento mostra que 93,9% dos americanos consultados na pesquisa usavam melatonina por conta própria. Para a médica com pós-graduação em pediatria, Dra. Ana Jannuzzi, os pais devem estar em alerta, caso tenham a suplementação em casa. E que, na maior parte dos casos, não há necessidade do uso em crianças.

“Nos Estados Unidos, a melatonina é vendida há muito tempo livremente em qualquer farmácia, sem qualquer necessidade de receita médica. Já no Brasil, a comercialização da substância foi liberada em outubro do ano passado, pela Anvisa. São pontuais os casos em que é necessária a suplementação com melatonina em crianças, uma vez que estamos falando de uma substância que é naturalmente produzida em todos nós à partir do terceiro mês de vida. Nos Estados Unidos, onde o uso da melatonina é mais difundido, o próprio Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrativa, um órgão que é ligado ao Instituto Nacional de Saúde, diz que o medicamento parece ser seguro para a maioria das crianças, se usado a curto prazo, mas admite que existem incertezas nas doses, administração, efeitos a longo prazo e se os supostos benefícios superam os riscos”, declara Jannuzzi. 

A médica, com pós-graduação em Estudos do Sono, explica ainda que a melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, que fica localizada em uma região mais profunda do cérebro. Ela é liberada na corrente sanguínea e regula os ciclos de sono e vigília, que também é chamado de ciclo circadiano. Esse ciclo é responsável por ajustar o funcionamento do corpo para o dia e para a noite. A melatonina é produzida durante a noite, mas começa a produção por volta das 17 horas, e seu pico ocorre de madrugada, mais ou menos as 3 horas da manhã. Além disso, ela ressalta que existem evidências de que as crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam níveis mais baixos de melatonina, por conta de deficiência na conversão da enzima N-acetil-serotonina, em melatonina. Por isso, com acompanhamento médico, podem precisar fazer uso exógeno da substância. 

“A maioria das crianças não vai precisar usar melatonina. Se os pequenos estão com dificuldades para dormir, devem ser investigados alguns aspectos, em especial se está sendo feito um ajuste de ambiente para o sono das crianças. Como a melatonina é desencadeada pela escuridão, a produção do hormônio é interrompida pela luz. Por isso, não é recomendado o uso de celulares, tablets e outros eletrônicos, a partir das 18 horas, porque a luz branca e azul emitida por esses aparelhos causa uma ruptura na produção de melatonina, e consequentemente isso vai prejudicar o sono. Para saber se haverá ou não necessidade de suplementação de melatonina, as famílias devem procurar orientação médica adequada”, finaliza a Dra. Ana Jannuzzi. 

 

Ana Jannuzzi - médica, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem pós-graduação em Pediatria pela Universidade Cândido Mendes, e pós-graduação em Estudos do Sono, pela UniBF, do Paraná. Mãe de duas pequenas (1 ano e 3 anos de idade), é ainda autora do best-seller “O ano de Ouro”, obra com mais de 8 mil exemplares vendidos, um guia para mães e famílias sobre o 1 ano do bebê. Com milhares de seguidores no Instagram (@drajannuzzi), a médica também é referência em Educação em saúde materno-infantil na área de sono do bebê e da criança. É autora da capacitação em “Sono e Rotina”, em parceria com a Faculdade de Brasília, único curso do Brasil vinculado à uma Faculdade certificada pelo Ministério da Educação (MEC) sobre o assunto. Atualmente, cursa pós-graduação em “Sono na Infância e Adolescência” pela Escola Superior de Saúde Cruz Vermelha.


Confiantes e proativos: como a geração Z desenvolve habilidades em sala de aula

Fatores socioemocionais impactam no presente e no futuro dos alunos

 

Pense em uma escola em que, além dos problemas matemáticos, os professores ensinassem seus alunos a resolverem conflitos da "vida real" e a terem sucesso nela. 

 

Parece difícil de acreditar, mas segundo a metodologia  Líder em Mim, utilizada nas maiores instituições de ensino no mundo, as matérias básicas do currículo escolar não são o suficiente e é preciso educar as crianças por completo, ensinando valores como criatividade, colaboração, como lidar com outras pessoas e responsabilidade, entre outras habilidades socioemocionais, para que isso seja possível. 

 

O programa foi desenvolvido pela Franklin Covey Co., nos Estados Unidos, baseado no consagrado livro “Os 7 hábitos de pessoas altamente eficazes” e adaptado à realidade brasileira.“Em poucas palavras, o Líder em Mim incentiva os alunos a acharem seus próprios dons e destaca que cada criança é um líder em potencial. Acreditamos firmemente nisso”, conta Harold Walker, mantenedor da Escola Cristã Jundiaí, recém certificada como Escola Farol pela Franklin Covey.

 

Existem sete passos básicos instigados em sala que são os “pilares” do método e criam uma linguagem comum, facilitando a comunicação entre alunos e professores:

 

Hábito 1: seja proativo

Hábito 2: comece com o objetivo em mente

Hábito 3: faça primeiro o mais importante

Hábito 4: pense ganha-ganha (ou seja, o aluno precisa resolver possíveis conflitos de forma que ambas as partes saiam ganhando)

Hábito 5: procure primeiro compreender, depois ser compreendido

Hábito 6: crie sinergia

Hábito 7: afine o instrumento (ache um equilíbrio entre corpo, cérebro, coração e alma)  

 

De acordo com a diretora do colégio, Rosângela Jayme, a metodologia também é um instrumento de inclusão entre os estudantes. “Crianças com dificuldade de aprendizagem, autismo, ou muito tímidas, por exemplo, costumam se identificar com o método, em especial, porque os professores são instigados à parceria, descobrindo juntos em quais aspectos os alunos mais se destacam, criando incentivos”, explica. 

O programa Líder em Mim está presente em cerca de 3.500 escolas em mais de 50 países ao redor do planeta, desenvolvendo as habilidades fundamentais para enfrentar os desafios do século XXI. Cada vez mais os alunos se tornam proativos, empáticos, organizados e aprendem a trabalhar em grupo, além de construir e manter relações interpessoais saudáveis. A liderança exercida de dentro para fora é o principal objetivo.

 

ESCOLA CRISTÃ JUNDIAÍ

www.escolacrista.com.br


COMO GERENCIAR A RESISTÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS EM RETORNAR DO HOME OFFICE

Empresas se deparam com o desafio de trazer os colaboradores de volta à atividade presencial, e nem o modelo de trabalho híbrido tem atraído as equipes
 

Empresas de diversos setores, diante do arrefecimento da pandemia, estão buscando retomar as atividades presenciais, pelo menos parcialmente, no chamado modelo de trabalho híbrido. Contudo, elas estão se deparando, em muitos casos, com a resistência dos times em voltar ao escritório, mesmo que seja para trabalhar dois ou três dias por semana na empresa. 

Embora o trabalho híbrido seja apontado como o modelo que será abraçado de forma permanente pelas empresas -- como indica pesquisa realizada pela consultoria Robert Half, de recrutamento especializado, segundo a qual 95% dos executivos acreditam neste formato híbrido --, o fato é que os funcionários não estão comparecendo, com a frequência esperada, aos escritórios, levando as companhias a buscarem alternativas para engajá-los nesse sentido. 

“O sistema híbrido de trabalho é o que se mostrou o mais equilibrado para as empresas, por possibilitar ao colaborador mais qualidade de vida, ao mesmo tempo que possibilita o contato com a vida na empresa. Contudo, temos constatado que muitos funcionários não estão dispostos a retornar ao trabalho, mesmo que de forma híbrida”, afirma Jean Patrick, CEO e founder head coach do Instituto Jean Patrick. “No entanto, as empresas e os colaboradores precisam se preparar para o modelo híbrido e para isso, é importante que a empresa crie novos canais de comunicação entre os gestores e os funcionários”, recomenda. 

Um dos grandes problemas que Jean Patrick identifica nas empresas é que os líderes, em geral, usam uma abordagem única para falar com as pessoas, sem considerar as particularidades e o perfil de cada uma delas. “Isso deve ser levado em conta com relação à adaptação de cada colaborador e a sua maneira de se integrar ao modelo híbrido de trabalho. É importante que a liderança compreenda isso”, observa o master coach. 

Entre os problemas de se manter um formato estritamente de home office, em sua avaliação, está o desafio de promover a adaptação e integração dos colaboradores à cultura da companhia -- destacadamente aqueles que foram contratados durante a pandemia, para trabalhar à distância -, a necessidade de se buscar formas de interação entre as equipes e de se criar novos canais de comunicação, que ajudem a engajar os profissionais. “Mais do que nunca, tornou-se fundamental o engajamento dos colaboradores com os rumos do negócio, pois eles precisam se sentir parte dele e desejar estar ao lado dos colegas na construção do futuro da empresa, e isso só é possível com a integração das equipes”, complementa Jean Patrick. 

 

Jean Patrick - Com mais de 20 anos na área de treinamento e 11 mil horas de sessões, Jean Patrick é um profissional com ampla especialização na área, com certificado em treinamento comportamental e internacionais na área de Master Coach e Master Practitioner em PNL, MBA em gestão empresarial, além de atuar como palestrante internacional e ser autor de dois livros.

 

25 de junho, Dia do Imigrante: Imigração no Brasil cresce 24% em dez anos

Plataforma De Criança Para Criança desenvolve vídeos sobre o tema para despertar o interesse, a criatividade, promover inclusão e respeito à diversidade 

 

A imigração no Brasil cresceu 24,4% em dez anos, aumento provocado principalmente pelo fluxo de venezuelanos, haitianos e colombianos, conforme dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No dia 25 de junho, o País celebra o Dia do Imigrante, em homenagem aos povos que contribuíram e continuam contribuindo para o desenvolvimento nacional. A plataforma de educação De Criança Para Criança produziu uma série de vídeos sobre o tema, elaborados pelos próprios alunos.

Segundo o professor da plataforma De Criança Para Criança, José Francisco Aparecido, especialista em estudos contemporâneos, diversas datas comemorativas são trabalhadas nas escolas no decorrer do ano letivo. Ele explicou que os projetos são idealizados pela equipe pedagógica na intenção de os professores orientarem os seus alunos na produção de conteúdos ricos em criatividade e em novos conhecimentos. 

A Startup De Criança Para Criança promove novas metodologias de educação híbrida para escolas de todo o mundo. Um dos principais projetos da Startup é a metodologia “Criando Juntos”, em que os alunos, sob a mentoria do professor, criam histórias, desenham e narram essas histórias, que podem ser baseadas nos conteúdos propostos pelas áreas do conhecimento como geografia, matemática, ciências etc. Professor e alunos enviam o material (história, desenhos e narração) pelo celular, através da plataforma colaborativa desenvolvida pelo De Criança Para Criança, para que a equipe do programa produza desenhos animados.

“Percebemos que Dia do Imigrante é um tema pouco explorado nas escolas, esse conteúdo geralmente está intrínseco no material didático de alguns segmentos. Nesse sentido, trabalhamos a temática do dia 25 de junho, data oficialmente homologada em novembro de 1957, para abordar, independentemente da faixa etária, a importância da influência de milhares de pessoas de diferentes partes do mundo na formação do nosso País, o que contribuiu na construção da nossa identidade”, afirmou.

Ao trabalhar o tema imigração nas escolas, os alunos adquirem conhecimentos sobre a diversidade e pluralidade cultural presentes na sociedade brasileira e aprendem a respeitar as diferenças. “A plataforma De Criança Para Criança propicia aos educadores e estudantes uma metodologia eficaz no trabalho de temas relevantes, como a imigração”, disse. 

O contato direto com as informações, contexto histórico e cultural dos diferentes povos ministrados pelos professores, e as dezenas de histórias disponíveis no acervo da EncicloKids, contribui pedagogicamente para a visão de mundo dos alunos, de acordo com o educador. “A própria sala de aula representa essa diversidade. A utilização das ferramentas oferecidas pelo DCPC desperta novos saberes, beneficiando diretamente o potencial criativo de cada estudante”, comentou.

Os conteúdos dos vídeos são criados pelas próprias crianças, que contam a história tendo como repertório as discussões realizadas em sala de aula, permitindo uma narrativa repleta de sentimentos. “O educador atua para permitir que seus alunos criem, pratiquem a empatia e vivenciem o real protagonismo como autores da sua história e daqueles ao seu redor”, afirmou o professor. 

Segundo o estudo divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, o número de estudantes imigrantes matriculados na rede básica de ensino no Brasil passou de 41.916 em 2010 para 122.900 em 2020.

O Relatório Mundial sobre Migração 2022 das Nações Unidas aponta que em 2021 havia 281 milhões de migrantes internacionais, 3,6 % da população global. O estudo revela que as restrições para conter a Covid-19 afetaram a mobilidade, mas não impediram o movimento entre os países. O relatório apresenta o Brasil como  modelo por conceder vistos humanitários a muitos refugiados e migrantes.

 

Confira os vídeos 

A Imigração

https://www.youtube.com/watch?v=vUqzlSnyBVU

Lembranças Japonesas

https://www.youtube.com/watch?v=iZ9jKxUI9-8

Como Era no Tempo do Café

https://www.youtube.com/watch?v=9vmbg0jBGZs

 

Sobre o De Criança para Criança

O programa De Criança para Criança oferece um leque de metodologias de educação híbrida para escolas de todo o mundo. Do futuro para a escola, a proposta da Startup é oferecer às crianças a oportunidade de serem protagonistas, colocando-as no centro da aprendizagem. Através de uma metodologia chamada "Criando Juntos", os professores são orientados a serem mediadores, fazendo com que os próprios alunos desenvolvam conhecimento sobre temáticas diversas. A partir de discussões, constroem coletivamente histórias, fazem desenhos e gravam locuções relativas às narrativas criadas, que, enviadas através de uma plataforma colaborativa, serão transformados em desenhos animados feitos pelo De Criança Para Criança, expandindo os horizontes educacionais.

 

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José Francisco Aparecido - Mestre em Educação, Arte e História da Cultura, é especialista em Estudos Contemporâneos pela Universidade de Coimbra, doutorando em Ciências da Educação e pesquisador em Estudos da Criança em Portugal.

 

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