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segunda-feira, 4 de abril de 2022

No Dia Mundial da Saúde, médico aponta os principais cuidados com os recém-nascidos

Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de  Pediatria, faz alerta para a importância de manter os bebês saudáveis logo após o nascimento


Um bebê é considerado recém-nascido até o 28º dia de vida. Dentro desse período, pelo fato de serem mais frágeis e também vulneráveis, os recém-nascidos acabam sendo expostos a vários riscos. Os pais precisam ter cuidados redobrados para evitar que possíveis problemas de saúde surjam e se desenvolvam, caso não sejam tratados a tempo. 

Segundo Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, os cuidados com os recém-nascidos devem começar antes mesmo do nascimento, sendo um processo gradual até o momento do parto. 

Durante a gravidez é preciso se utilizar de cautela para tentar garantir a saúde do bebê. De acordo com Condino-Neto, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, algumas atitudes auxiliam nesse processo, como realização do Pré-Natal, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, diagnóstico e tratamento adequado para doenças maternas pré-existentes ou relacionadas à gravidez (diabete gestacional, hipertensão, pré-eclâmpsia, entre outras). 

“Os recém-nascidos costumam dar sinais que podem indicar a presença de alguma doença, entre eles estão: febre, falta de ar, diarréia, palidez, cianose, taquicardia, bradicardia, hipoatividade, convulsão, sialorréia, baixo fluxo urinário, sudorese em excesso, hiperemia, entre outros. O choro excessivo deve funcionar como um alerta para suspeitar de dores ou incômodos”, destaca o médico. 

São muitos os problemas de saúde que podem acometer um recém-nascido logo no seu primeiro mês de vida. Os bebês estão sujeitos à infecção, problemas nutricionais, desidratação, icterícia, que pode ser normal ou consequência de doenças do sangue ou do fígado, e problemas metabólicos.

 

Cuidados com os bebês recém-nascidos 

Para garantir que bebês que ainda estão em seu primeiro mês de vida tenham a saúde no melhor estado possível, alguns cuidados são essenciais, como o aleitamento materno, pois nutre, hidrata e transmite anticorpos e outros fatores imunoprotetores. 

O especialista aponta outros cuidados que precisam ser tomados, principalmente no que se refere aos exames e às vacinas. Condino-Neto ressalta que alguns exames são de extrema importância para checar a saúde do bebê. “O teste do pezinho, atualmente ampliado para identificar de 6 para até 50 doenças, já pode ser feito a partir de 48 horas de vida. Dessa forma é possível reduzir significativamente a mortalidade, sequelas, sofrimento e custo social, causadas por doenças congênitas graves”, afirma. 

Além do teste do pezinho, outros exames também são fundamentais, como dos erros inatos do metabolismo, do erros inatos da imunidade, teste da orelhinha, teste do olhinho, exame físico completo ao nascimento (visando detectar anomalias congênitas visíveis) e passagem da sonda nasogástrica com aspiração de secreções ao nascimento (visando detectar anomalias do esôfago). Os pais também devem prestar atenção ao calendário de vacinação, levando os filhos para tomar as vacinas, conforme normas do Ministério da Saúde. 

Uma questão delicada e que gera preocupação é a transição do recém-nascido do hospital para casa. Neste momento, o primordial é garantir que a mãe receba todo o apoio e suporte para conseguir ter cuidados diretos com o recém-nascido durante o seu período de licença maternidade. “No primeiro mês de vida do recém-nascido é altamente recomendado evitar exposição excessiva a ambientes públicos. E ao notar alguma possível alteração no resultado de exames, como do teste do pezinho, os pais devem procurar prontamente uma unidade de saúde”, finaliza o especialista.



Immunogenic

https://www.immunogenic.com.br/


Como a água solarizada junto com a cromoterapia pode curar de forma simples e eficiente

Shutterstock
Organização Mundial da Saúde reconhece a prática desde 1976 

 

A Cromoterapia é uma técnica muito suave que visa reequilibrar a dinâmica da energia do organismo físico e emocional e o tratamento faz parte das Práticas Integrativas Complementares, além de constar na relação das principais terapias complementares reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1976. 

Quando existe algum tipo de agressão ou lesão grave, é necessário atuar diretamente na correção desse problema. A terapia utiliza as sete cores do espectro solar como o vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta, e cada cor atua em um chakra ou um órgão do corpo humano. 

A aplicação de cores serve para tornar o organismo mais receptivo e aumentar sua resposta às outras medidas terapêuticas necessárias para alcançar a cura e pode ser aplicada com água solarizada, cromopuntura e caneta/bastão.  

Cada cor possui uma vibração energética diferente e causa efeitos curativos e calmantes. Elas representam potenciais químicos que vibram em frequências elevadas. Para cada órgão ou sistema do corpo humano, há uma cor que estimula e outra que inibe seu funcionamento. Portanto, conhecendo bem a ação de diferentes cores, pode-se aplicar a cor correta para preservar a saúde.

A água solarizada cromatizada, por exemplo, é feita por meio da exposição de um recipiente de vidro colorido com água filtrada ou mineral, levada ao sol por no mínimo uma hora. Em seguida, deve ser colocada em um local fresco para esfriar a temperatura naturalmente e beber. 

De acordo com a esteticista dermaticista, Patrícia Elias, que comanda o maior canal de saúde e estética do Youtube brasileiro, há muitos trabalhos científicos em andamento para provar o efeito terapêutico das cores, porém o uso isolado da Cromoterapia só é aceitável e eficiente quando o objetivo é a prevenção de doenças e não a cura. “Em casos de doenças, o ideal é unir a Cromoterapia com mais alguma prática integrativa como a acupuntura, por exemplo”.

 Cada cor possui uma indicação e a especialista enumera abaixo cada uma delas:

 

Vermelho: alterações cardiovasculares não congestivas, pressão baixa, insuficiência cardíaca, anemia, fraqueza nervosa, convalescença, impotência sexual, frigidez, tristeza, depressão, melancolia, desinteresse pela vida e pelas coisas, excesso de práticas psíquicas como yoga e meditação, doenças musculares atróficas, paralisias musculares, preguiça e doenças debilitantes em geral.

 

Laranja: disfunções endócrinas, distúrbios intestinais e estomacais, fratura, calcificações, substituto natural do vermelho, aplicado quanto ele é contra indicado, e entre as cores quentes é estimulante e o mais suave, portanto o mais utilizado.

 

Amarelo: situações de desespero e melancolia, concentração e autocontrole, depressão, manias, ideias fixas, preocupação excessiva, fixação em aspectos materiais da vida como lucros e acúmulos de bens, estafa mental, excesso de senso de responsabilidade, fraqueza com pressão baixa, úlceras gástrica e duodenal, choro excessivo e constante, falta de confiança no futuro, diarreias e colites nervosas, doenças psicossomáticas em geral.

 

Verde: ajuda nos casos de irritação, insônia, esgotamento, depressão crônica, complexo de inferioridade, transtorno bipolar, personalidade fraca, medo do fracasso, falta de motivação, autoestima diminuída, prisão de ventre, falta de memória, crianças desatentas.

 

Azul: nos casos de stress, estafa, convalescença, pressão alta, obesidade, taquicardia, palpitação, nervosismo, insônia, ira, irritabilidade, temperamento agressivo, ciúme, medo, insegurança, ansiedade, alcoolismo, convulsões, esgotamento nervoso, agitação psicomotora e neuroses.

 

Índigo: é uma cor reconfortante recomendada para quem sofre de claustrofobia e para quem tem complexo de inferioridade, problemas neurológicos, principalmente convulsões e demência, problemas psicológicos que envolvem vícios (alcoolismo, drogas, tabaco), hemorragias e outros derrames de líquido no organismo, associado a hipófise.

 

Violeta: carência afetiva, autodestruição, crises de personalidade e materialismo excessivo.


Andropausa – a menopausa masculina

Hipogonadismo pode ser revertido

Implantes hormonais estão indicados?

 

Os homens também passam pela fase de perda de hormônio, assim como as mulheres na menopausa. No caso deles, acontece a queda do testosterona, que pode resultar em fadiga, diminuição da barba e de pelos em outras partes do corpo, falta de libido, depressão, ganho de peso, além de poder causar osteopenia e osteoporose, evidenciando a importância desse hormônio por tantas funções no organismo. Essa fase é chamada andropausa ou hipogonadismo de início tardio.

 

A andropausa acontece entre 40 e 55 anos e, além dos sintomas citados acima, ela pode apresentar riscos para a saúde masculina se não for acompanhada pelo especialista. Doenças cardíacas, osteopenia e osteoporose estão entre as doenças que podem ser desencadeadas pela andropausa.

 

A queda dos níveis de testosterona está associado à síndrome metabólica, obesidade, diabetes, e até mesmo ao envelhecimento. A perda de peso, o controle do diabetes e a melhora da síndrome metabólica no geral podem fazer os níveis de testosterona se elevarem novamente até valores satisfatórios, ou seja, a andropausa pode ser revertida, o que não acontece no caso da menopausa.

 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que, em muitos casos, é preciso receitar reposição de testosterona para esses homens que não conseguem equilibrar a queda dos níveis desse hormônio com o envelhecimento. “A reposição do testosterona proporciona uma melhora significativa no bem-estar masculino. Mas de fato, o hipogonadismo interfere na capacidade reprodutiva podendo, inclusive, levar a infertilidade”, conta a especialista.

 

Implante Hormonal para andropausa?

 

Dra. Lorena explica que tanto implantes hormonais quanto géis podem ser utilizados para o tratamento da andropausa. Os géis são de uso diário e os implantes mantém o hormônio de 6-8 meses no organismo.”. 

A modificação do estilo de vida é fundamental no tratamento da andropausa: atividade física, alimentação equilibrada e saudável e perda de peso estão sempre associados a bons níveis de testosterona.

 

Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://endocrino.pro/

www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

Sim, Dor Tem Controle! Medicina Intervencionista Para o Controle da Dor

Procedimentos Guiados Por Exame de Imagem e as Técnicas Não-Cirúrgicas Mais Usadas!

 

Uma área da medicina que vem se destacando é a Medicina Intervencionista da Dor que, através de várias técnicas, oferece muitas possibilidades de diagnóstico e tratamento para diversos tipos de dor. Os procedimentos são minimamente invasivos, geralmente fazendo uso de agulhas ou cânulas que são aplicadas em pontos específicos, sem nenhum corte, chamadas de técnicas percutâneas.

Uma das técnicas usadas é a radiofrequência que, segundo a Médica, Especialista em Tratamento da Dor pela AMB e Docente da Pós Graduação de Intervenção em Dor no Einstein e SINPAIN, Dra. Amelie Falconi – Trata-se de uma corrente elétrica produzida por um gerador, que é transmitida até um eletrodo. Esse eletrodo é inserido no paciente por meio de cânulas (“agulhas especiais”). Ou seja, é uma técnica minimamente invasiva, então, não são realizados cortes no paciente. Essa corrente elétrica altera o nervo responsável por transmitir o impulso de dor do paciente, interrompendo, ou reduzindo, a transmissão do impulso de dor.

Existem três tipos de radiofrequência: A térmica, a pulsada e a resfriada. A indicação varia com o tipo de estrutura nervosa que será abordada, conforme a necessidade do paciente. Quando o nervo também possui uma função motora é realizada a radiofrequência pulsada obrigatoriamente, permitindo a preservação da motricidade do paciente.

A radiofrequência é um dos principais tratamentos para diversos tipos de dores crônicas no paciente! A melhora dos sintomas pode durar até um ano.

Esse tempo é importante para que o paciente consiga fazer uma boa reabilitação, tratando o problema que originou sua dor – completa a Dra. Amelie Falconi.

Uma causa comum de dor após cirurgia é o aprisionamento dos nervos pela fibrose (tecido da cicatrização); quando o paciente evolui com dores na coluna, em cirurgias de hérnia, mastectomias, entre outros tipos de cirurgia, causada pelo tecido de cicatrização que aprisionou algum nervo.

Um dos tratamentos para esse tipo de caso, quando acomete a coluna, é a epiduroplastia.

 

 Trata-se da introdução de um cateter especial dentro da coluna, sob fluoroscopia e em tempo real, de modo a separar os tecidos fibrosados localizados ao redor de nervos, o que permite a sua liberação da fibrose e introdução de um medicamento anti-inflamatório local.

A reabilitação após o tratamento é fundamental para o sucesso desse procedimento – explica a Dra. Amelie Falconi.

Uma outra técnica não cirúrgica bastante utilizada na medicina regenerativa para o tratamento de dores articulares e musculares é a Proloterapia, um dos pilares da medicina regenerativa. O nome vem do do inglês “proliferant therapy” e literalmente quer dizer “terapia proliferante".

Ela reduz a dor enquanto repara e fortalece os tecidos articulares acometidos em lesões crônicas musculoesqueléticas. A proloterapia atinge os prováveis causadores da dor dentro e fora da articulação, como tendões e ligamentos inflamados que causam dor e desconforto ao paciente. O tratamento consiste numa série de injeções de substâncias que causam uma irritação no local. Essa irritação é interpretada pelo corpo como uma nova lesão, fazendo-o iniciar o processo natural de cicatrização no local dos tecidos lesionados dentro e fora da articulação – concluiu a Dra. Amelie Falconi.

Procedimentos de dor devem ser obrigatoriamente guiados por algum exame de imagem. Durante muitos anos diversos procedimentos foram realizados “as cegas”, onde os alvos eram encontrados através da palpação do paciente e por referências anatômicas. Hoje em dia isso não deve ser aceitável, visto que quando se realiza um procedimento guiado tem se algumas vantagens:

Precisão: garante que o alvo responsável pela dor seja atingido. Isso permite diagnosticar e tratar com maior segurança uma síndrome dolorosa.

Segurança: permite identificar estruturas nobres, que poderiam ser lesadas durante o trajeto da cânula.

Cada corpo humano apresenta alguma peculiaridade específica, alguma variação anatômica. Esse termo, se refere a uma estrutura anatômica não-patológica que é diferente do que é observado na maioria das pessoas. Ou seja, cada ser humano é diferente. Os exames de imagem podem ser guiados por ultrassonografia, radioscopia (raiox) e tomografia computadorizada.

A escolha do método depende do alvo a ser abordado. Em alguns casos podemos utilizar mais de uma técnica para o mesmo procedimento. O mais importante é tratar a sua dor de maneira segura! – completou a Dra. Amelie Falconi.

 

  

Dra. Amelie Falconi - Médica especialista em Dor; Professora de Medicina Intervencionista em Dor Einstein e SINPAIN; Sócia Diretora da Clínica Pro Sport; Coordenada do Comitê de Medicina Integrativa e Dor Crônica da Sociedade Brasileira ide Estudos da Dor – SBED; Autora de diversos capítulos de livros sobre dor.

Instagram: @amelie.falconi_medicin

Twitter: falconiamelie

Atendimento online e presencial -Juiz de Fora


Abril Azul conscientiza sobre o autismo

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, uma em cada 160 crianças no mundo tem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para conscientizar a população sobre o transtorno, a Organização estipulou a cor azul para o mês de abril.  

De acordo com a psicóloga do hospital Santa Casa de Mauá, Leni Rodrigues, o autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico e ocorre em diferentes graus. Ao longo da vida, muitos pacientes vivem de forma independente e outros têm deficiências graves e necessitam de cuidados e apoio. Por essa razão, o quanto antes o diagnóstico for definido, melhores serão os efeitos do tratamento. 

Os principais sintomas são a dificuldade de interação e comunicação, hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado, comportamentos repetitivos ou metódicos. Em casos mais graves os sinais são variáveis.  

A causa do autismo não é totalmente definida e alguns estudos relacionam ao estresse, exposição a substâncias tóxicas, desequilíbrio metabólico, infecções e complicações durante o período de gravidez. 

“Apesar de o autismo afetar a capacidade de se comunicar e de se relacionar, pode gerar habilidades únicas e bem diferenciadas como maior capacidade de atenção, memória e facilidade para o aprendizado de temas específicos”, explica a psicóloga Leni Rodrigues. 

O TEA pode ser detectado muito cedo, ainda no primeiro ano de vida. Porém, a partir dos dois anos de idade, a maioria dos casos pode ser corretamente diagnosticado por meio de avaliações e testes específicos com foco no desenvolvimento cognitivo, linguagem e habilidades. 

O tratamento deve ser iniciado o quanto antes com medidas farmacológicas para controle de sintomas e comorbidades e com o tratamento não farmacológico, que visa o treinamento de habilidades com foco na capacidade de comunicação e interação social, além de refletir positivamente na qualidade de vida por meio de abordagens psicoterápicas, fonoterapia e de terapia ocupacional. 

 

Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – telefone (11) 2198-8300.

https://santacasamaua.org.br/


Descobri que meu filho é daltônico, e agora?

Dr. Hallim Feres Neto, oftalmologista, explica o que é a discromatopsia e dá dicas para descobrir e para melhor conviver com daltonismo em diferentes faixas etárias.

 

O termo “daltonismo” deve-se à primeira pessoa que reconheceu e escreveu sobre esse problema, o físico inglês John Dalton, em 1789 -- ele mesmo tinha deficiência de cores e percebia o mundo apenas como diferentes tons de azul, roxo e amarelo. Usamos em português esse termo para falar de todos os tipos de deficiência de visão de cores -- bem mais fácil do que o termo científico “discromatopsia”.

“Em todo o mundo, há aproximadamente 300 milhões de pessoas com daltonismo. Estima-se que afete aproximadamente 1 em cada 12 homens e 1 em cada 200 mulheres ao redor do mundo. O que leva a pensar que, em cada sala de aula, há uma criança com dificuldade de fazer as tarefas e não tem nem ideia da razão disso”, explica o oftalmologista membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia Dr. Hallim Feres Neto.

Dr. Hallim deixa dicas sobre o que observar em crianças de diferentes faixas etárias:


De 3 a 7 anos:

  • Confira se seu filho precisa de mais tempo para processar informações que usem cores, pois ele procurará por outras pistas (não coloridas);
  • Veja se ele usa cores inadequadas no desenho ou pintura -- por exemplo, folhas roxas em árvores, grama marrom, cachorro vermelho;
  • Observe se ele reluta em brincar de combinar, contar ou classificar jogos com peças coloridas;
  • Nas atividades de colorir, perceba se a criança tem um baixo tempo de atenção, mais baixo que em outras atividades;
  • Em jogos, note se existe dificuldade para reconhecer quem é da equipe pois as camisas coloridas são muito parecidas.

De 7 a 12 anos:

  • Observe se a criança usa escolhas de cores inadequadas ao completar planilhas, desenhos e diagramas - por exemplo, rios roxos;
  • Confira se, às vezes, é difícil para interpretar informações em textos online ou páginas da web coloridas;
  • Note se, raramente, a criança usa cores ou usa cores incorretas;
  • Perceba se tem dificuldade em ver cones de treinamento coloridos e marcas de linha, por exemplo, no jogo de vôlei ou futebol de salão;
  • Ao comer banana, a criança não percebe, pela cor da fruta, que ela passou do ponto;
  • E confira se há problemas em ver todas as imagens e instruções em jogos de computador ou videogame.

Adolescentes:

  • Note se há dificuldade em seguir informações codificadas por cores apresentadas em gráficos e diagramas;
  • A criança acha difícil interpretar informações em quadros interativos ou projetadas em telas;
  • Tem dificuldade em interpretar mapas, gráficos de pizza de cores e resultados de experimentos científicos;
  • Tem dificuldade de perceber qual a cor do LED do celular que está piscando;
  • Tem notas inesperadamente baixas em matérias que domina quando usa ferramentas online para entregar trabalhos.

Dr. Hallim resume: “No geral, as crianças são muito boas em esconder as próprias deficiências - elas se adaptam e acham ‘normal’ enxergar assim. As primeiras suspeitas surgem ao ver um desenho com cores estranhas”.


A maioria dos pais de daltônicos não sabe dessa característica e, na maioria dos casos, a criança também não percebe. “Um diagnóstico positivo pode ser um choque para todos e os pais não devem se sentir culpados se descobrirem isso numa idade mais avançada”, afirma.


O médico confirmou que meu filho é daltônico. O que fazer?

É sabido que uma pessoa com deficiência na visão de cores tem uma vida normal e pode exercer algumas funções até melhor do que pessoas com visão de cor “normal”. Um exemplo foi o recrutamento de daltônicos na Segunda Guerra Mundial para sobrevoar o território e indicar onde o inimigo estava camuflado, porque, com treino, quem tem essa dificuldade aprende a diferenciar texturas, por exemplo, facilitando o reconhecimento da camuflagem.

“Quando recebo uma criança daltônica no consultório sempre deixo claro para a criança que isso que ela considera uma dificuldade, as outras crianças da classe vão achar superinteressante e vão querer saber como é enxergar diferente. Apesar de ser frustrante e cansativo algumas vezes, não é nada para ter vergonha”, conta o médico.

Mas, claro, elas precisam de ajuda em algumas situações. É válido seguir alguns passos:

  1. O conselho inicial de Dr. Hallim é: “Quando temos um parente daltônico e descobrimos uma criança em casa com o mesmo problema, é de grande valia e sempre o sugiro aos pais que procurem esse avô/tio/primo com a mesma condição e peça para conversar sobre isso, e também para que converse com a criança. A experiência e cumplicidade de alguém de confiança que enxerga a mesma coisa faz muito bem para as crianças”;
  2. É importante informar a escola e, de preferência, já explicando quais são as cores em que há dificuldade para que o quadro, material escolar e as atividades sejam adaptados;
  3. Identifique as canetinhas e lápis de cor da criança com os nomes das cores assim que ela souber ler;
  4. Melhore a iluminação do local onde a criança faz a lição de casa; numa boa luminosidade, fica mais fácil de perceber as diferenças;
  5. Quando a criança for mais velha e já puder escolher a roupa e se vestir sozinha, coloque na etiqueta as cores da roupa, assim ela saberá o que combinar;
  6. Encoraje a criança a, sempre que se sentir insegura com algo relacionado a isso, expor a dificuldade. Se ela não levanta a mão e pergunta na escola, apenas ela vai ficar sem aprender.


Existe cura?

Por ser uma alteração genética, ainda não existe cura para essa condição oftalmológica. Existem óculos que melhoram o contraste entre cores, facilitando diferenciá-las, mas não fazem um daltônico enxergar como uma pessoa que tem a visão de cores desenvolvida.

“O que temos de concreto até o momento é a importância de falar sobre o daltonismo para minimizar as dificuldades que uma criança possa ter, e assim ter condições de levar uma vida normal”, finaliza.

 

 

Dr. Hallim Féres Neto - Oftalmologista Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Instagram: @drhallim


SBC reforça a importância das atividades físicas para evitar doenças do coração

Em comemoração ao Dia Mundial da Atividade Física (6/4), a Sociedade Brasileira de Cardiologia salienta a importância dos exercícios, principalmente para o sistema cardiovascular e cardiorrespiratório.

 

A atividade física é fundamental para o pleno desenvolvimento humano e deve ser praticada em todas as fases da vida e em diversos momentos, como preconiza o Guia de Atividade Física para a População Brasileira. Em comemoração ao Dia Mundial da Atividade Física (6/4), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) salienta a importância dos exercícios, principalmente para o sistema cardiovascular e cardiorrespiratório. 

A atividade física reduz a probabilidade de diabetes, melhora o controle da hipertensão arterial e a saúde mental, aumenta a força, a flexibilidade das articulações, a coordenação e o equilíbrio. “Quanto mais envelhecemos, mais benefícios temos com as atividades físicas. Por isso, elas devem fazer parte da nossa vida, diariamente”, expõe Valdir Pereira Aires, salienta Valdir Pereira Aires, membro do Departamento de Ergometria, Exercício, Cardiologia Nuclear e Reabilitação Cardiovascular (DERC) da SBC.

 Especificamente sobre o coração, a atividade física melhora a capacidade cardiorrespiratória, ou seja, quem pratica regularmente reduz a probabilidade de doenças vasculares e aumenta a expectativa de vida. O exercício físico também aumenta a vasodilatação arterial, reduz a possibilidade de deposição de gorduras nos vasos e diminui a inflamação da parte interna dos vasos (endotélio), ajudando a evitar o processo de aterosclerose.

“O exercício físico faz com que tenhamos o coração mais saudável, com maior força de contração do ventrículo esquerdo, contribuindo, dessa forma, para a obtenção de maior longevidade e melhor qualidade de vida”, reforça Aires.

 E no caso de doenças? Elas poderão impedir a realização de atividade física? Para Aires, no caso de doenças agudas, não existe dúvida que o exercício deverá ser evitado, considerando que, no curso desse tipo de enfermidade, todas as energias do organismo se voltam para saná-la.

Sobre as doenças crônicas em geral, incluindo as cardíacas, o médico cardiologista deverá avaliar a integridade do sistema cardiovascular através de uma avaliação pré-participação para os exercícios físicos, em uma tentativa de identificar e afastar condições que sejam consideradas “gatilhos” que imporiam riscos para o desenvolvimento de arritmia cardíaca e/ou isquemia miocárdica. Portanto, é necessário realizar uma prévia avaliação cardiológica ao retorno das atividades físicas, para estabelecer limites seguros.

 Em casos de gripe ou Covid-19, o exercício físico não deve ser feito durante o curso da doença. “Geralmente após 14 dias de Covid-19 de forma leve sem sintomas, ou 14 dias após a pessoa ter tido um teste positivo e continuado sem sintomas, o retorno aos exercícios físicos deverá ser precedido por uma avaliação cardiológica, inclusive para afastar qualquer sinal sugestivo de miocardite. Confirmando a ausência de qualquer alteração cardiológica, o retorno às atividades físicas será permitido, de forma leve e gradual”, recomenda Aires.  

 O cantor e compositor de música popular brasileira nordestina Adelmario Coelho é um exemplo de como a atividade física traz benefícios para a saúde. Ele pratica caminhada, corrida e musculação, com apoio de um cardiologista e um personal trainer. “A atividade física é minha meta de vida, é a primeira missão ao me levantar pela manhã. Se não fosse por ela, eu seria um doente. O exercício me dá muita força, disposição e entusiasmo para subir ao palco e fazer três horas de show”, conta.

 Adelmario pratica atividades físicas com a mulher e os filhos e também estimula os amigos. “Quando eu encontro alguém desanimado, brinco que vou oferecer um tênis para ele começar a caminhar ou ir para academia, porque eu conheço os resultados”, diz.

 De acordo com a OMS, para sair da faixa de sedentarismo, o ideal é praticar de 150 a 300 minutos de exercícios físicos moderados por semana, como andar na esteira a 6 km por hora ou jogar uma partida de tênis, em dupla. No caso de exercícios físicos vigorosos, a recomendação é a prática de 75 a 150 minutos por semana, como correr ou pedalar na bicicleta ergométrica por 30 minutos.

 “A periodicidade deve ser no máximo em dias alternados, mas eu aconselho que se faça pelo menos cinco vezes na semana. Importante lembrar que, além dos exercícios físicos aeróbicos, deve-se praticar exercícios físicos resistidos, chamados de musculação, que aumentam a força e a massa muscular, contribuindo para o aumento da densidade óssea e reduzindo a probabilidade de quedas e fraturas, principalmente nos idosos”, conta Aires.

 As recomendações são essas, mas o grande desafio é motivar as pessoas. “Tenho feito isso no meu consultório diariamente e, infelizmente, no próximo retorno anual, o paciente confessa que não seguiu as minhas orientações, continuando ainda na condição de sedentário. A missão da Comissão de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC é, justamente, informar a comunidade sobre os benefícios dos exercícios físicos e os malefícios do comportamento sedentário”, ressalta o médico.

 Em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o plano de ação global para a atividade física 2018-2030, cujo objetivo é fazer com que todos os países reduzam a inatividade em 15% até 2030. “As pessoas precisam avaliar se estão cuidando da sua saúde apropriadamente. Neste Dia Mundial da Atividade Física, entre outras ações, a SBC vai divulgar vídeos para levar essa mensagem à sociedade. Se a atividade física fosse praticada, muitas mortes seriam evitadas”, salienta Aires.

 

  

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA


Doença com impacto social e econômico, a Esclerose Múltipla, pode ganhar mais opções de tratamento pelo SUS

Consulta pública da Conitec decidirá sobre a expansão de opções de tratamento para a doença, que é uma das principais causas de incapacidade em jovens adultos

 

Com intuito de subsidiar o processo de tomada de decisão sobre a incorporação de mais tratamentos para Esclerose Múltipla (EM) no Sistema Único de Saúde (SUS), a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – Conitec abriu, em 4 de abril, uma consulta pública para ouvir a opinião da sociedade civil sobre a inclusão de terapia para o tratamento de pacientes com esclerose múltipla. A participação de especialistas, pacientes e da população em geral até o dia 25/04/2022 contribuirá para a decisão do órgão.

Alvo da consulta, a Esclerose Múltipla é uma doença rara4, particularmente no Brasil, onde a variabilidade regional da prevalência é bastante significativa: na região Sul, estima-se 27 casos a cada 100.000 habitantes, enquanto na região Nordeste, 1 a cada 100.000.5, 6 A condição é inflamatória, neurológica e degenerativa7, sendo uma das principais causas de incapacidade em jovens adultos3, com sintomas como fadiga, depressão, dor articular, alteração nas emoções, no equilíbrio, na coordenação motora, na fala e deglutição, além de comprometer os movimentos, a visão e a cognição – o que pode prejudicar seriamente a qualidade de vida dos portadores da doença.8-10

Estudos científicos têm demonstrado que, quanto mais cedo a EM for diagnosticada e tratada, melhor o prognóstico e, consequentemente, melhor qualidade e perspectiva de vida para o portador da doença.11-16 Por isso, para os sistemas de saúde, uma maior gama de tratamentos pode minimizar o avanço da doença, impactando diretamente na utilização dos recursos de saúde17 que podem ser decorrentes do tratamento em si – com medicamentos, hospitalizações e consultas – ou até mesmo de necessidades, como, por exemplo, o absenteísmo e cuidados por terceiros.2, 18-20

Seguindo a história natural da doença, em 10 anos, um a cada dois pacientes com esclerose múltipla remitente-recorrente (EMRR), caracterizada pelo aparecimento repentino de surtos, seguido pela remissão parcial ou total 23, 24-26, poderá progredir para esclerose múltipla secundariamente progressiva (EMSP), na qual os déficits neurológicos pioram ao longo do tempo independentemente ou mesmo na ausência, de surtos.21 Por isso, é importante que se faça um tratamento que vise reduzir o número de surtos da doença e minimizar o acúmulo da incapacidade, viabilizando uma melhor qualidade de vida ao paciente22.

 

O que é uma Consulta Pública?

A consulta pública é um mecanismo de participação social não presencial, idealizado para que órgãos públicos levem em consideração o ponto de vista da sociedade médica, pacientes, familiares e interessados no tema ao tomar determinadas decisões27. No âmbito da saúde, isso acontece no setor privado ou público, sendo este de responsabilidade da Conitec, o órgão responsável por auxiliar o Ministério da Saúde no processo de inclusão, exclusão ou modificação de tecnologias em saúde no SUS e também na elaboração ou revisão de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT).

Neste momento está aberta uma consulta pública sobre a inclusão de uma nova terapia para o tratamento da esclerose múltipla, no SUS. Se quiser participar e acompanhar, confira mais informações no site de consultas públicas da Conitec.


Como contribuir com uma consulta pública do Sistema Único de Saúde?

Para contribuir com as consultas públicas em vigência, é necessário estar logado no Gov.br, acessar o site da Conitec e procurar pela consulta pública pelo seu número ou nome da doença. Médicos, profissionais da saúde, pacientes e a população em geral podem se engajar nesse processo.

1) Primeiramente, faça login no cadastro do Gov.br (www.gov.br/participamaisbrasil/acesso).

2) Em uma nova aba, acesse o portal da Conitec (http://Conitec.gov.br/consultas-publicas) e confira as atuais consultas públicas. Cada uma delas acompanha um relatório técnico e um relatório para a sociedade.

3) Após decidir para qual(is) consulta(s) pública(s) deseja contribuir, acesse o formulário eletrônico* correspondente para dar a sua opinião.

 

*Cada consulta possui dois tipos de formulário, dentre eles: 


Formulário de experiência ou opinião – geralmente utilizado pela população de forma geral e pacientes, visto que não é necessário conhecimento científico para realizar a contribuição. 

Formulário técnico-científico – utilizado por profissionais da saúde e profissões correlatas. Este tipo de formulário requer embasamento científico para realizar a contribuição.

 Após o fim da consulta pública, todas as participações são organizadas e inseridas em relatórios técnicos para análise da Conitec. A decisão final é do Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE), que recebe todos os pareceres e os usa como base para decidir o que será incorporado ou não ao SUS. Para acompanhar o resultado, basta seguir acompanhando o site da Conitec.

 

 

 

Referências: 

1 Cassiano DP, Esteves DDC, Cavalcanti IC, Rossi M De, Sena MS, Souza RDO. Brazilian Journal of health Review. 2020;(june 2019):19850–61.

2 Id GK, Teich V, Cavalcanti M, Canzonieri AM. Burden and cost of multiple sclerosis in Brazil. 2019;1–12.

3 Who Gets MS? | National Multiple Sclerosis Society. Disponível em https://www.nationalmssociety.org/What-is-MS/Who-Gets-MS. Acesso em março de 2022.

4 O que é uma doença rara? AME - Amigos Múltiplos pela Esclerose. Disponível em https://amigosmultiplos.org.br/noticia/o-que-e-uma-doenca-rara/. Acesso em março de 2022.

5 da Gama Pereira ABCN, Sampaio Lacativa MC, da Costa Pereira FFC, Papais Alvarenga RM. Prevalence of multiple sclerosis in Brazil: A systematic review. Mult Scler Relat Disord [Internet]. 2015 Nov;4(6):572–9. Available from: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S2211034815001212

6 Vasconcelos CCF, Thuler LCS, Rodrigues BC, Calmon AB, Alvarenga RMP. Multiple sclerosis in Brazil: A systematic review. Clin Neurol Neurosurg [Internet]. 2016 Dec;151:24–30. Available from: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0303846716302505

7 ESCLEROSE múltipla (EM). Einstein. Disponível em https://www.einstein.br/doencas-sintomas/esclerose-multipla. Acesso em março de 2022.

8 MS Symptoms | National Multiple Sclerosis Society. Disponível em https://www.nationalmssociety.org/Symptoms-Diagnosis/MS-Symptoms. Acesso em março de 2022.

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11 Kavaliunas A, Manouchehrinia A, Stawiarz L, Ramanujam R, Agholme J, Hedström AK, et al. Importance of early treatment initiation in the clinical course of multiple sclerosis. Mult Scler J [Internet]. 2017 Aug 17;23(9):1233–40. Available from: http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1352458516675039

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15 Simpson A, Mowry EM, Newsome SD. Early Aggressive Treatment Approaches for Multiple Sclerosis. 2021;1–21.

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22 American Academy of Neurology. Evidence-based guideline: Assessment and management of psychiatric disorders in individuals with MS. 2013.

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27 Consultas públicas. CONITEC. Disponível em http://Conitec.gov.br/consultas-publicas. Acesso em março de 2022.


Síndrome de Burnout no Pós-Pandemia. Vamos falar sobre isso?

Como Está a Nossa Saúde Mental Hoje?

 

Depois dos dois últimos anos vivendo isolados e sob um medo constante de contaminação pela covid19, voltamos aos poucos para a nossa vida de antes; o nosso trabalho fora e casa, o encontro com familiares e amigos, e a vida social como um todo, ainda que algumas restrições continuem. No entanto, a população ainda sente as consequências da pandemia na saúde mental e isso está longe de acabar. Para muitos, o trabalho home office permanece como suas atuações principais no meio profissional.

Com o trabalho home office, os desafios aumentaram, fora do ambiente tradicional de trabalho, as cobranças aumentaram, os horários extrapolaram e uma vez que se está em casa, as reuniões virtuais podem acontecer a qualquer momento, a qualquer horário, sendo difícil dividir o tempo entre o trabalho e a família.

A Dra. Gesika Amorim, Mestre em educação médica, Pediatra pós graduada em Neurologia e Psiquiatria, com especialização em Tratamento Integral do Autismo, Saúde Mental e Neurodesenvolvimento, diz - Praticamente todo mundo viveu ou ainda está vivendo algum nível de Burnout durante a pandemia e mesmo atualmente, no pós-pandemia. E para os pais que estão em casa é pior, pois eles estão sendo obrigados a se desdobrar para cuidar dos filhos, da casa e do trabalho para sustenta-los.

Quando os pais ou cuidadores passam por um esgotamento físico, emocional e mental devido ao estresse por conta da criação dos filhos, é porque eles desenvolveram o quadro de Síndrome de Burnout Parental.

Trata-se de uma exaustão que faz com que os pais sigam com a sensação de cansaço; mesmo depois de um boa noite de sono eles levantam sentindo-se esgotados como no dia anterior; é uma sensação de exaustão que parece não ter fim. Lembrando que é um cansaço geral, com dores no corpo, nervosismo, ansiedade, desânimo e desgaste emocional.

Além disso, as tensões aumentaram porque todos estão confinados em um mesmo espaço. Os pais não conseguem a concentração necessária para um bom desenvolvimento do trabalho, uma vez que os filhos, principalmente se são crianças, acabam interferindo de mil maneiras possíveis. Por outro lado, os pais acabam não cumprindo as multitarefas exigidas e nem dando o mínimo de tempo e atenção para estes. E a própria relação casal/família acaba sofrendo um esgotamento.

Os pais já não têm mais a divisão de tarefas e nem a divisão de horários para o seu dia, o que gera uma desorganização emocional, uma exaustão extrema. As complicações de toda essa situação acabam gerando um aumento do desenvolvimento dos transtornos mentais. Essa fadiga extrema leva ao aparecimento de ansiedade, depressão, esgotamento físico e mental, também ao aumento do consumo de álcool e substâncias ilícitas e o aumento da violência familiar de forma geral – Adverte a Dra. Gesika Amorim.

A insônia, a falta de apetite e até o aumento de consumo de bebidas, cigarros e outras drogas também são sintomas associados. Essa quebra de rotina na vida de todos, o medo de ser infectado pelo vírus, a ansiedade causada pelas incertezas do futuro, todos esses elementos somados, acabam potencializado não apenas a Síndrome de Burnout Parental, mas inúmeros transtornos mentais. As consequências da Síndrome de Burnout Parental podem ser as mais desastrosas, indo desde a negligência dos filhos às agressões verbais, psicológicas e físicas. Mas afinal, como lidar com tudo isso?

O ideal é não tentar ser perfeccionista e querer carregar o mundo nas costas. É preciso ter uma noção exata dos nossos limites e aprender a conviver com eles. Adaptação e resiliência; vamos fazer o que é possível da melhor maneira possível. Estabelecer metas e horários. Será preciso também responsabilizar e delegar certas responsabilidades para as crianças, segundo a idade de cada uma, para terem mais autonomia. O mais importante é estabelecer horário para cada coisa, tentar manter a rotina o mais próximo do normal e procurar ajuda se for preciso – Finaliza a Dra. Gesika Amorim.


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