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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Dia Mundial do Combate ao Câncer: médica tricologista explica a relação da quimioterapia e a queda de cabelos

 Dra. Luciana Passoni fala sobre os procedimentos pós-tratamento do câncer para retomar a saúde dos fios 

 

Hoje, 04 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, a data visa conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção e da realização de exames precoces contra o câncer. O câncer de mama mata milhares de mulheres todos os anos. A doença, se detectada precocemente, tem mais de 90% de chances de cura. Mas, em muitos casos, para tratar o tumor é preciso que a paciente passe por sessões de quimioterapia e, assim, possa conter o avanço da doença e acabar com as células cancerígenas. Só o nome do tratamento, claro, já assusta. 

Principalmente devido às reações provocadas, em especial a queda dos cabelos que tanto aflige as mulheres nesse momento tão delicado. De acordo com a médica tricologista, Dra. Luciana Passoni, a perda dos fios é desencadeada pelos fortes medicamentos utilizados durante o tratamento do câncer. “O principal objetivo destes medicamentos é atingir apenas o tumor, mas eles acabam afetando o funcionamento de boa parte das células do corpo, incluindo a dos pelos e cabelos. O tratamento de radioterapia também pode ocasionar queda dos fios, porém de forma localizada na área doente com raios de alta energia. Nesse caso, apenas a área próxima ao tumor será atingida e sofrerá a queda”, explica a dra. Luciana.  

O câncer de mama, leucemia e os linfomas  exigem procedimentos com drogas mais fortes e, consequentemente, levam a uma maior dos fios. “Nem todas as substâncias usadas na luta contra o tumor fazem o cabelo cair. Também é difícil dizer quantas sessões de quimioterapia exatamente provocam a queda. Na verdade, depende de cada caso. Tudo é muito individual”, analisa a tricologista. 


Atenção a técnicas milagrosas!

Mas e será que existe alguma forma ou tratamento paralelo para se evitar essa perda capilar durante procedimentos contra o câncer? Muito se fala na crioterapia, uma técnica de resfriamento do couro cabeludo (scalp cooling). “Essa técnica é utilizada para tentar preservar os cabelos durante a quimioterapia. O uso de toucas, ou máquinas de resfriamento do couro cabeludo, leva à vasoconstrição, diminuindo assim a absorção da substância quimioterápica pelas células do pelo. Os resultados da crioterapia dependem muito do tipo e da quantidade de medicação usada na quimio e das características individuais de cada organismo”, diz a médica.  

E a especialista ainda faz um sério alerta sobre a crioterapia, para que a técnica não seja usada de forma displicente e sem uma boa análise da situação e cada  paciente. “O método pode ocasionar diversos efeitos colaterais como dores de cabeça, náusea e tonturas. Há, ainda, a possibilidade de ocorrer queimaduras pelo gelo com as toucas, se aplicadas de forma inadequada”, ressalta Luciana. 

 

Cuidados pós-tratamento

Como já foi dito, se descoberto precocemente, o câncer de mama, em especial, tem mais de 90% de cura. E como proceder após vencer a luta contra a doença e encerrar as aplicações da quimioterapia? O que fazer para recuperar a saúde dos cabelos? 

Além dos cuidados de rotina, é essencial a consulta com um médico especialista dermatologista (tricologista) para que ele possa indicar suplementação oral com nutrientes específicos para fortalecimento dos fios de cabelos. “É importante manter os cabelos limpos, hidratados e evitar todo e qualquer tipo de química (escovas progressivas, alisamentos, tinturas) nos fios. Eles ainda estarão frágeis e sensibilizados e é preciso evitar qualquer substância que leve à quebra ou mais queda”, explica a tricologista. 

Ela também aconselha que os cuidados com os fios sejam iniciados tão logo comecem a crescer um pouquinho. É importante que o dermatologista leve em conta o tipo de câncer e qual o tratamento foi realizado pelo paciente. “A autorização do oncologista para iniciar o tratamento dos fios é muito importante. Isso porque a localização do tumor eliminado deve ser levada em conta já que, dependendo do caso, pode haver restrições”, alerta a especialista. 

 

Cabelos diferentes?

Segundo a tricologista, o cabelo volta a crescer de 2 a 3 meses após o término das sessões de quimioterapia e o crescimento total dos fios, algumas vezes, leva de 6 a 12 meses. 

Outro fato curioso é que, temporariamente, a textura e a cor dos fios que começam a crescer, podem ser diferentes do cabelo que a paciente tinha antes do tratamento do câncer. Mas com o tempo as células do pigmento regeneram-se espontaneamente, e o cabelo retorna à cor e textura originais. “A informação de que os cabelos podem crescer diferentes depois do tratamento de quimioterapia ou radioterapia não é mito. Essa alteração é causada pelos próprios medicamentos quimioterápicos. Essas substâncias influenciam o ciclo metabólico dos fios, alterando a tonalidade e a textura, mas o quadro é reversível e, aos poucos, o cabelo volta ao seu crescimento e estado normal”. 

 

Rede de apoio

A perda do cabelo, ainda mais num momento tão delicado que é o tratamento de um câncer, é uma experiência desafiadora para qualquer pessoa, tanto psicologicamente, como emocionalmente. A queda dos fios afeta a autoimagem, a autoestima e a qualidade de vida. 

“Mas o conselho mais importante é que é preciso focar no processo do tratamento e cura, e se preocupar menos com o aspecto estético neste momento! Além disso, é muito importante que amigos e familiares mostrem sempre que a beleza de cada mulher vai muito além dos fios de cabelo. Um bom apoio profissional e ajuda psicológica é de extrema importância neste período”, pontua Luciana.


Fevereiro Laranja: Campanha alerta para a importância do diagnóstico precoce da Leucemia

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), somente em 2018 foram estimados 10.800 novos casos de leucemia no país, sendo 5.940 em homens e 4.860 em mulheres.

A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida e acontece quando há o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Esse câncer no sangue pode atingir qualquer pessoa, de qualquer idade, sendo mais comum em crianças.

O diagnóstico é dado quando as taxas dos leucócitos, plaquetas ou glóbulos vermelhos estão muito alteradas e o tratamento deve ser imediato o que pode incluir a quimioterapia, imunoterapia e/ou terapias alvo e o transplante de medula óssea.

Este último é uma forma de tratamento da leucemia indicado em casos de alto risco. Em um primeiro momento, são examinados os familiares de primeiro grau do paciente em busca de compatibilidade. Caso não ocorra, é registrada a necessidade em um banco de doadores de medula. Por isso o cadastro no banco é muito importante, pois a chance de encontrar doadores compatíveis é relativamente baixa.

 

Tipos de Leucemia

São diversos tipos de leucemia e os sintomas podem variar bastante. De um modo geral, alguns sinais como sangramento, desmaios, vômitos, manchas no corpo, dores ósseas e perda de peso podem significar que um diagnóstico adequado é necessário.

Um dos exames realizados que pode dar indícios da doença é o hemograma completo, realizado por meio da coleta de sangue do paciente.

Para a médica Marina Barcelos, membro do Grupo de Hematologia e Transplante de Niterói (GHTN), a doença ocorre quando o há uma transformação maligna de células precursoras da medula óssea.

“Essa transformação resulta em células anormais que se proliferam, porém não podem se desenvolver ou funcionar normalmente. Entretanto não há um mecanismo eficaz capaz de inibir sua proliferação. Não se sabe exatamente o que causa esse primeiro dano celular. Alguns fatores de risco são sabidamente conhecidos, porém sabe-se que esses não são, de forma alguma, determinantes para o desenvolvimento da leucemia”, afirma.

Entre os fatores de risco para a doença, a médica destaca: exposição prévia à quimioterapia ou radioterapia; desordens genéticas como neurofibromatose ou Síndrome de Down; além de exposição ocupacional à substâncias tóxicas como benzeno.


Mamografia: em todas as idades?

Dia 5 de fevereiro é o dia nacional desse exame que se realizado rotineiramente pela mulher, diminui o risco de falecer por um câncer de mama


O tumor de mama é o câncer mais frequente entre as mulheres. É também a primeira causa de morte por câncer no Brasil e no mundo. Dados de países com alta renda demostram uma queda de mortalidade atribuída aos programas de rastreamento e terapias mais efetivas. Já no Brasil, não é observado essa queda, segundo a oncologista Susana Ramalho, do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e do CAISM/Unicamp. “No Brasil não notamos diminuição da mortalidade por câncer de mama. A dificuldade de acesso aos tratamentos e o diagnóstico tardio podem ser as causas. A mamografia é o único exame que, quando realizado rotineiramente pela mulher a partir dos 40 anos, na ausência de quaisquer sintomas nas mamas, diminui o risco de falecer por um câncer de mama”, afirma.

De acordo com a médica, grandes estudos realizados em mais de 500 mil mulheres, mostraram a redução da mortalidade entre 10% e 35% no grupo de mulheres que faziam mamografias regularmente comparada às que não faziam. “A ultrassonografia e a ressonância magnética podem complementar o rastreamento, especialmente em mulheres de alto risco ou com mamas densas”, explica Susana que é  mestre em Oncologia Mamária e doutora em Oncologia Ginecológica pelo CAISM/Unicamp.

No Brasil, as sociedades médicas recomendam o rastreamento mamográfico anual para as mulheres entre 40 a 75 anos. “Temos uma proporção maior de diagnósticos em pacientes jovens do que em outros países, como Alemanha e Estados Unidos, com 41% de pacientes com diagnóstico de câncer de mama em idade inferior a 50 anos. Já o Ministério da Saúde indica a mamografia de rastreamento para mulheres de 50 a 69 anos sem sinais e sintomas de câncer de mama, a cada dois anos. A mamografia diagnóstica, diferente da mamografia de rastreamento, é indicada para avaliar lesões mamárias suspeitas e pode ser realizada em qualquer idade, inclusive em homens. A mamografia de rastreamento é para mulheres assintomáticas, já a mamografia diagnóstica é indicada quando há uma lesão mamária suspeita”, explica a oncologista.

Nenhum teste de rastreamento é perfeito e a mamografia não é exceção, afirma Dra Susana, que explica que fatores como a densidade mamária e a idade influenciam a efetividade da mamografia, dificultando a detecção dos tumores. “A mamografia de rastreamento é menos efetiva em mulheres mais jovens por possuírem mamas mais densas. Em torno de 25% dos cânceres de mama em mulheres entre 40-49 anos não são detectados pela mamografia. Em mulheres com lesões suspeitas e especialmente com nódulos palpáveis, a investigação rápida com avaliação, mamografia, ultrassonografia e, se indicado biopsia, são primordiais para um diagnóstico precoce”, indica.


Em que idade parar o rastreamento?

Como recomendação, a mamografia de rastreamento em mulheres com mais de 75 anos deveria ser interrompida. “Os benefícios do rastreamento mamográfico com diminuição de risco de morte nesta faixa etária não foi demonstrado em importantes estudos. A maioria dos tumores em mulheres idosas tem crescimento lento, podendo não afetar a expectativa de vida e, assim, não impactar na mortalidade. O recomendado, em casos selecionados, é uma avaliação individual, se possível de acordo com a saúde e doenças existentes que impactam na expectativa de vida de cada mulher”, afirma a oncologista.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando e a das mulheres é 80,3 anos. “Temos, portanto, uma população cada vez mais idosa e com melhor expectativa de vida. Assim, o seguimento com mamografia de rastreamento deveria ser descontinuado em mulheres com expectativa de vida menor que 5 anos e avaliada individualmente em mulheres acima de 75 anos”, finaliza a especialista.

 


Susana Ramalho - especialista em Oncologia Clínica pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Oncologia. É mestre em Oncologia Mamária e doutora em Oncologia Ginecológica pelo CAISM/Unicamp. Susana também é preceptora dos residentes de Oncologia Clínica do CAISM/Unicamp. Susana faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza e Santa Casa de Valinhos.

www.sonhe.med.br

@gruposonhe


Como usar o novo teto do INSS em seu benefício – Contribuição Única

A contribuição única do INSS pode ser uma opção favorável para muita gente que deseja dar um up no valor da aposentadoria, já que, com essa estratégia, o benefício pode aumentar até quase 4 vezes mais sobre o valor esperado. Mas, quem pode ganhar até R$4.200 de aposentadoria fazendo uma contribuição única?

É importante ficar atento aos requisitos para entender a quem se aplica esse cálculo. Com a ajuda de um profissional especializado em direito previdenciário, o segurado pode entender melhor como investir na contribuição única e, o mais importante: se esse dinheiro poderá retornar para ele em benefício.


Reajuste do INSS em 2022

Anualmente o governo realiza o reajuste do salário mínimo e dos demais benefícios previdenciários. Com isso, todos os benefícios são atualizados conforme a inflação. Em 2022, o reajuste para a remuneração mínima no Brasil foi de 10,18%.

Na prática, o salário mínimo que anteriormente era de R$1.100 agora passa a ser R$1.212. Já os demais benefícios passaram por um reajuste de 10,16%. Assim, o teto máximo de benefícios da previdência passou a ser de R$7.087,22.


Como recolher sobre o teto do INSS

Para recolher sobre o teto por conta própria, o contribuinte pode realizar o recolhimento como segurado individual (cód 1007) ou facultativo (cód 1406). É importante observar em que tipo de código o contribuinte se encaixa e assim evitar contribuições pelo código errado, isso pode gerar prejuízos financeiros no futuro.

Além disso, é necessário contribuir em cima da alíquota de 20% sobre o valor máximo: ou seja, o recolhimento, para esse ano, passa a ser de R$1.417,44. Ainda, empresários podem ter uma alíquota diferenciada, recolhendo sobre pró-labore.


Como saber se vale a pena?

Recolher sobre o teto pode ser extremamente favorável em algumas situações. Em algumas ocasiões, o benefício pode sair de um salário mínimo para até R$4.252,55. Porém, em determinados casos, contribuir sobre o teto pode trazer prejuízos ao contribuinte.

O mais recomendável é realizar um planejamento previdenciário, de preferência com a ajuda de um profissional da área, para entender se vale a pena ou não.

Na maioria dos casos, essa vantagem se torna mais expressiva nas aposentadorias por idade (65 anos para homens, e a partir de 60, para mulheres, a depender do período em que a idade foi atingida), visto que nessas aposentadorias, só são necessários 15 anos de contribuição.

Em outras aposentadorias também é possível aumentar o benefício recolhendo sobre o teto, porém, é necessário mais tempo de contribuição para conseguir fechar os requisitos.

Em caso de aposentadoria por idade, a melhor possibilidade de benefício se reflete nos segurados que tinham 15 anos de contribuição – ou tempo próximo a esse – antes de julho de 1994. Para os segurados que possuem tempo de contribuição após julho de 1994, esse tipo de cálculo também se torna viável, desde que tenham contribuição antes desse período, com a possibilidade de descarte de salários.

Quem ainda não se aposentou ou se aposentou recentemente e recebeu a carta de concessão, mas ainda não sacou o benefício ou FGTS decorrente da aposentadoria, também pode tentar a possibilidade de verificar se a contribuição única se aplica de forma positiva.

No caso em que o segurado já entrou com o pedido de aposentadoria e só descobriu após concedido o benefício, é necessário, com ajuda de um profissional, analisar a situação e, se favorável, entrar com um pedido de desistência, contribuir pelo teto e, em seguida, entrar com pedido de nova aposentadoria para receber um benefício mais vantajoso.


Vale saber

Recentemente o INSS editou uma nota técnica que orientava o órgão a não conceder esse tipo de aposentadoria. Entretanto, para que tal mudança seja feita, seria necessário que uma nova lei entrasse em vigor suspendendo as aposentadorias com esse tipo de cálculo, visto que, atualmente, ele já é amparado pela constituição federal. Portanto, as aposentadorias calculadas com a contribuição única continuam sendo válidas e concedidas normalmente pelo INSS, visto que não há impedimento legal sobre elas.

Acompanhe outras notícias sobre seus direitos em nosso Canal do Direito Trabalhista e Previdenciário.

 

Carolina Centeno de Souza - Advogada especialista em direito previdenciário, trabalhista e sindical. Palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno Advocacia. Visite nosso site clicando aqui


Última chamada para participar da Meia Maratona das Cataratas

Uma das provas mais lindas do planeta, realizada no Parque Nacional do Iguaçu, está chegando para renovar as energias dos amantes de corrida. As vagas são limitadas

 

                                                        Créditos: Roberto Lemos 

 

As inscrições para a 13ª edição da Meia Maratona das Cataratas, a corrida da Maravilha Mundial da Natureza, serão encerradas no dia 20 de fevereiro ou quando se atingir o número-limite de participantes. A prova será realizada no dia 20 de março de 2022, no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu/PR.   

A 13ª Meia Maratona das Cataratas contará com o percurso integralmente dentro do Patrimônio Mundial Natural, intensificando ainda mais as sensações do participante com a natureza da unidade de conservação, atrativo internacional que encanta pessoas de todo o mundo.

 

                                                         Créditos:  Henrique Britez 

 

A prova possui dois percursos, a Meia Maratona das Cataratas tradicional, com trajeto de 21 quilômetros, ida e volta no parque, e o Desafio das Cataratas, percurso de oito quilômetros, também ida e volta. A corrida tem limite de vagas nas duas categorias: na disputa de 21km, são duas mil vagas; já na de 8km, até 1.500 participantes. 

As inscrições devem ser realizadas no site oficial da corrida (www.meiamaratonadascataratas.com.br). As vagas são limitadas para 3.500 corredores. O período de inscrição encerrará no dia 20 de fevereiro de 2022 ou quando o total de vagas for atingido.

 

                                                         Créditos: Marcos Labanca

 

Moradores de Foz e das cidades vizinhas ao parque – Os corredores da cidade de Foz do Iguaçu e dos 13 municípios vizinhos ao Parque Nacional do Iguaçu têm desconto especial, de 20%, no valor da inscrição, ao realizá-la presencialmente no Marco das 3 Fronteiras – Brasil. A promoção é válida mediante apresentação de comprovante de residência e documento com foto.

 

                                                         Créditos: Marcos Labanca 

 

Os acompanhantes que quiserem assistir à chegada dos participantes deverão adquirir o ingresso no dia da visita, nos terminais de autoatendimento do Parque Nacional do Iguaçu, localizados no Centro de Visitantes, reservando a vaga no ônibus das 7h30.

Os corredores que precisarem de mais informações do Parque Nacional do Iguaçu, local da corrida, e das principais atrações de Foz do Iguaçu podem acessar a Central de Atendimento no WhatsApp: +55 (45) 9137-3444 (wa.me/5545991373444). Os atletas que desejarem consultar o status de sua inscrição devem enviar a solicitação para o e-mail contato.ativo@ativo.com

 

                                                          Créditos: Bruno Bimbato

 

 Serviço

13ª Meia Maratona das Cataratas – inscrições até dia 20 de fevereiro
Data da corrida: 20 de março de 2022 (domingo)
Local: Parque Nacional do Iguaçu – Foz do Iguaçu
www.meiamaratonadascataratas.com.br

 

REGULAMENTO – 8km: www.meiamaratonadascataratas.com.br/regulamento-8-km/
REGULAMENTO – 21km: www.meiamaratonadascataratas.com.br/regulamento-21-km/

 

Informações gerais
contato@meiamaratonadascataratas.com.br

 

Informações sobre inscrições
contato.ativo@ativo.com


Novas tecnologias e digitalização acelerada são desafios a mais para cibersegurança

2021 encerra com maior registro de ataques de hackers da história; confira 10 medidas de prevenção que ajudam na proteção digital

 

E-mails de spam, links suspeitos e golpes bancários. A internet está repleta de perigos que podem colocar a privacidade e os dados pessoais em risco. Desde o início da pandemia de covid-19, o cenário da cibersegurança vem enfrentando constantes desafios em se adaptar às novas demandas da digitalização acelerada, ao mesmo tempo em que novas ameaças aparecem. O ano de 2021 encerrou com o maior registro de ataques de hackers da história e, para 2022, especialistas traçam um caminho ainda mais complexo para a segurança cibernética de empresas de todos os portes e setores.

No mar de possibilidades que a internet oferece, navegam mais de 4,66 bilhões de usuários, segundo estudo divulgado pelo Cuponation com base em dados do site Statista. Pelo celular, tablet ou computador, fazemos compras, conversamos com amigos, interagimos, ouvimos músicas, assistimos a vídeos, lemos notícias e pesquisamos. E com tanta gente na rede – 59,5% da população mundial, o interesse de cibercriminosos cresce ainda mais. A cada dia de 2021, a empresa de defesa cibernética Kaspersky identificou 380 mil novos arquivos de malware e softwares maliciosos na internet, uma alta de 5,7% em comparação ao ano anterior. 

Os criminosos inventam um novo truque a todo momento. Durante a pandemia, o número de golpes aplicados pela internet aumentou expressivamente. Segundo o Serasa Experian, a cada oito segundos, um brasileiro sofre uma tentativa de fraude. Nessa perspectiva, foram mais de 150 milhões de vítimas no Brasil em 2021 do phishing, golpe virtual que engana as vítimas com sites e aplicativos falsos que se passam por empresas ou pessoas famosas. A estimativa é do DFNDR Lab, laboratório especializado em cibersegurança da PSafe. "As práticas para roubo de dados continuam quase as mesmas, o que muda é o nível de sofisticação. Estabelecer a segurança digital tanto no âmbito pessoal quanto de trabalho, se tornou algo essencial", diz o gerente de Infraestrutura do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), Alessandro Nowicki.


Internet mais segura

A cada 10 brasileiros, sete temem ataques hackers para fraudes ou espionagem, de acordo com dados da pesquisa World Affairs, realizada pelo Instituto Ipsos. Nos celulares, alguns criminosos aproveitam a popularidade de determinados aplicativos para criar programas falsos com nomes semelhantes que monitoram as atividades dos usuários e instalam aplicativos para capturar dados pessoais e bancários. "Aquecimento, consumo excessivo de bateria, lentidão repentina, propagandas e pop-ups no navegador são algumas das situações que indicam que o celular pode estar infectado", sinaliza Alessandro.

As conexões digitais se multiplicam e formam teias cada vez mais emaranhadas de novas tecnologias. Isso faz com que os processos necessários para gerenciar e manter toda essa rede, inclusive a segurança cibernética, também se tornem mais complicados. Para 77% dos líderes brasileiros, as organizações se tornaram complexas demais para serem protegidas. No mundo, as empresas destinaram apenas 25% do orçamento de Tecnologia da Informação (TI) para segurança cibernética em 2021. E no Brasil, 83% das organizações preveem um aumento nos gastos cibernéticos em 2022, em comparação com 69% no mundo. Os dados são da pesquisa Digital Trust Insights 2022, realizada entre julho e agosto de 2021 pela PwC Research. 

Para manter a internet mais segura e livre de invasores, existem algumas configurações e medidas simples que podem ser adotadas. A aplicação dessas dicas pode aumentar consideravelmente a confiabilidade da conexão de residências e empresas. A maioria dos ajustes de segurança está presente nos roteadores domésticos, o que facilita a implementação dessas ferramentas. Alessandro salienta que "usar senhas mais fortes, observar o padrão de criptografia e adicionar redes para convidados são alguns dos passos que podem fazer com que você não tenha mais problemas com acessos não autorizados à internet da sua casa".

A pandemia restringiu a circulação de pessoas nas ruas, mas elas continuam caminhando em ruelas virtuais nem sempre tão seguras e bem sinalizadas. "A internet faz parte do mundo, criando uma imensa rede de conexões. Vivemos conectados boa parte do tempo, com pessoas, objetos e instituições, e todos cada vez mais presentes em nosso cotidiano. E a internet é fruto do que fazemos com ela, por isso, cada um de nós pode contribuir ao ser um usuário responsável”, enfatiza o gerente.


Dicas para ficar seguro

Confira a seguir as principais medidas práticas de prevenção, na percepção de Alessandro Nowicki, para manter tanto empresas quanto residências protegidas dos riscos de ataques e incidentes de segurança da informação:

1 - Mantenha o computador, antivírus e firewall atualizados.

2 - Use um gerenciador de senhas. 

3 - Tenha cautela com wi-fi pública.

4 - Não instale softwares e aplicativos suspeitos.

5 - Cuidado ao clicar em links em redes sociais e e-mail.

6 - Acesse sites com certificado de segurança.

7 - Desconfie de ofertas muito generosas.

8 - Ative a autenticação em duas etapas.

9 - Faça backup de arquivos.

10 - Evite divulgar informações pessoais.

 


ICI – Instituto das Cidades Inteligentes

 www.ici.curitiba.org.br


Interrupções de suprimentos - causas, consequências e como evitá-las

Nos últimos meses acompanhamos o aumento da inflação de custos, causado pela escassez de matérias primas e componentes, consequência da paralisação de linhas de produção durante o período do coronavírus, aliada à retomada do consumo. Apesar desse pico atual, acredito que a inflação será contida em alguns meses, mas saliento a importância do entendimento profundo da interdependência de cadeias de produção integradas, tema importante, que deve ser compreendido por gestores empresariais, para mitigar riscos em suas operações.

Qual custo para uma montadora parar a linha de produção de um veículo, devido à falta de colunas de direção não entregues por um fornecedor? Quantos barris por dia uma empresa de petróleo upstream perderia se um petroleiro terceirizado não descarregasse o FPSO no prazo? Quantos whoppers o Burger King vende em um dia, e o que aconteceria se o fornecedor de cebola, devido a condições climáticas, deixasse de entregar em determinada região?

De acordo a Harvard Business Review, o custo diário de interrupção de uma cadeia de abastecimento varia de USD 310 mil a USD 1,2 milhão para empresas com receitas de USD 7,7 milhões a USD 50 bilhões por ano.

Para otimizar o capital de giro e melhorar o balanço, as empresas mantêm menos estoques e adotam estratégias just-in-time. Isso aumenta a pressão sobre os ciclos de produção e, portanto, aumenta a dependência de fornecedores terceirizados e o impacto associado a interrupções no fornecimento.

Assessorei, durante 24 meses, uma montadora que possuía um único fornecedor para cada componente dos carros que fabricava, de modo que sua vulnerabilidade com relação a tais fornecedores era tanta, que os mesmos frequentemente solicitavam recursos para tal montadora, ameaçando interromper a produção, afinal, um carro pode ter todos os componentes, mas não sai da fábrica se um, apenas um deles, faltar.

Compartilho aqui um pouco do que vivi e aprendi, mantendo durante esse período as fábricas desta montadora sem nenhuma interrupção. Ressalto que os conceitos desse texto podem ser aplicados a empresas de todos os tamanhos e em todos os segmentos, com menor ou maior profundidade. Seja o Burger King ou o dono da padaria do bairro, ambos estão expostos à ruptura de suas operações por falhas de fornecedores, e precisam estar atentos.

Segundo o filósofo americano William James, “uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco”. Recessões econômicas combinadas com preocupações geopolíticas resultam no aumento da instabilidade, especialmente nas cadeias de abastecimento globais, e o monitoramento da saúde dos fornecedores é imperativo. Empresas precisam ser capazes de proteger suas vulnerabilidades.

Durante o século 20, a verticalização foi o modelo operacional de muitas indústrias. Montadoras, por exemplo, produziam de tudo, desde a fundição, cultivo da borracha, fabricação de peças, montagem e transporte dos automóveis prontos. Este modelo foi vantajoso devido às economias de escala na produção em massa e custos mais baratos para comprar maiores quantidades e variedades de materiais. Fornecedores confiáveis eram essenciais para a produção em massa, já que grandes investimentos em fábricas, equipamentos e estoques podiam ficar ociosos por falta de componentes, que poderiam estar indisponíveis. Portanto, ter a propriedade de toda a operação (integração vertical) tornou-se fundamental.

No entanto, uma mudança em direção à desverticalização ocorreu nas últimas décadas, como resultado de fatores, como: (i) diminuição dos custos de comunicação, (ii) aumento dos sistemas de controle, (iii) padronização da produção, (iv) implementação de programas de controle de qualidade, (v) redução de barreiras comerciais e tributação entre os países, (vi) países com mão de obra qualificada e de baixo custo, (vii) necessidade de otimização do capital de giro e foco no core business.

Isso permitiu que grandes players passassem a comprar produtos e serviços terceirizados, criando economias de escala de indústrias inteiras, ao invés de economias de escala baseadas apenas em uma determinada empresa. O novo padrão passou a ser empresas horizontais, colaborando estreitamente com fornecedores (contando com parceiros para executar funções em vez de manter o controle). De acordo com a Bain Consulting, mais de 80% de todas as grandes empresas do mundo usam parceiros externos, muitos desempenhando funções antes vistas como core businesses.

Esse novo modelo traz vulnerabilidades. As empresas devem determinar a viabilidade e os riscos envolvidos na terceirização. O panorama e as opções da cadeia de suprimentos (número de fornecedores, qualidade, tecnologia, logística, entre outros), devem ser analisados em detalhes antes da decisão.

Um aspecto fundamental é o poder de barganha dos fornecedores. Se houver poucos fornecedores, e tais fornecedores tiverem vantagens competitivas e conhecimentos únicos, eles podem exercer um poder significativo sobre o setor. Se as peças fornecidas forem genéricas e tiverem alternativas facilmente disponíveis (recursos), o fornecedor terá menor poder de barganha. Quando os fornecedores têm poder de barganha, podem pressionar a empresa cliente, cobrando preços mais altos, ajustando a qualidade ou controlando a disponibilidade e os prazos de entrega, podendo afetar o ambiente competitivo e influenciar diretamente a lucratividade da empresa cliente.

Fatores que aumentam o poder de barganha de um fornecedor: (i) poucas opções de outros fornecedores, (ii) altos custos para mudar para outro fornecedor, (iii) facilidade do fornecedor se tornar um concorrente, (iv) conhecimento ou tecnologia específicos, (v) produto altamente diferenciado, (vi) vários clientes - baixa dependência da empresa cliente, (vii) nenhum substituto disponível.

Dada a importância dos fornecedores para a cadeia de valor, é do interesse da empresa-cliente criar e manter boas relações. Informações críticas sobre o processo precisam ser compartilhadas com o fornecedor para garantir que não haja atrasos ou custos desnecessários incorridos. Canais de comunicação abertos com a segurança e confidencialidade exigidas ajudarão a fortalecer o relacionamento com os fornecedores. Comunicação clara também permitirá que o estabelecimento de planos de contingência para circunstâncias excepcionais.

Processos detalhados (com as informações corretas) podem minimizar o risco associado aos fornecedores. Planos de emergência devem ser elaborados para evitar interrupções na cadeia de valor. Se todas as partes conhecerem o plano, elas poderão administrar desastres naturais e outros eventos caóticos sem maiores problemas.

A produção de automóveis é uma das cadeias mais complexas, requer milhares de peças e componentes de um grande número de fornecedores. Tradicionalmente, o poder de barganha dos fornecedores neste setor tem sido muito baixo, mas o cenário mudou ao longo dos anos. Para otimizar a estrutura de capital, as montadoras venderam seus ativos não essenciais, seguindo a tendência de desverticalização. De acordo com MarketRealist, a contribuição dos fornecedores terceirizados para a cadeia de valor de automóveis passou de 56% em 1985 para de 82% em 2015.

Nas últimas décadas as montadoras expandiram nos países emergentes e, para terem uma base de fornecedores confiável, incentivaram os fornecedores tradicionais europeus e americanos a instalarem suas próprias fábricas nesses países. Quando e onde não foi possível, as montadoras desenvolveram sua própria base de fornecedores locais, com empresas locais (a maioria de propriedade familiar).

As empresas familiares são as que mais sofrem em períodos de recessão, como o que passamos recentemente, pois carecem de solidez financeira e experiência para lidar com crises, gestão pouco profissional e dependência de poucos clientes e produtos. Assim, possuir alertas preditivos e monitoramento é fundamental para prevenir os riscos de rupturas desses fornecedores. Interrupções no fornecimento afetam as operações, especialmente para multinacionais que contam com amplas redes de fornecedores, e estão constantemente expostas a múltiplos riscos relacionados à cadeia de suprimentos, que podem prejudicar suas receitas, marcas e reputações.

Os riscos podem ser macroeconômicos, políticos, ambientais, crises econômicas, instabilidades políticas, guerras, mudanças na tributação, medidas protecionistas e desastres naturais. Também podem estar relacionados aos fornecedores: (i) situação financeira deteriorada - redução nas vendas, fluxo de caixa ruim (atual e falta de perspectiva), custos insustentáveis, (ii) endividamento – ausência de linhas de crédito, riscos de recuperação judicial ou falência, (iii) pouca governança e falta de expertise em gestão, principalmente em crises, (iv) informações - muitos fornecedores carecem de ERP sofisticado sistemas e ferramentas de inteligência de negócios, com dados não confiáveis e, resultados imprecisos, (v) tecnologia e base de ativos - equipamentos antigos e falta de recursos para investir em P&D.

É comum vermos fornecedores destas cadeias confiarem aos clientes a função de financiar suas necessidades de fluxo de caixa, uma vez ao se encontrem em situações críticas. Quanto mais dependente do fornecedor, mais caro será ajudá-lo a sair de uma situação de crise. Portanto, as empresas principais das suas cadeias de valor devem conhecer a condição e o status de seus fornecedores para evitar ficarem em posições frágeis. Os gestores de tais empresas precisam desenvolver um relacionamento próximo com os fornecedores e compreender profundamente todas as opções disponíveis, caso seus fornecedores tenham problemas.

A questão é se há uma maneira de aumentar o nível de análise preditiva, para evitar interrupções de produção e acomodações financeiras onerosas. Examinar puramente os KPIs financeiros, de qualidade e de entrega é superficial e não permite antecipação e mitigação de riscos. Um mergulho em outros aspectos-chave do fornecedor só pode ser alcançado com gestão ativa de risco do fornecedor (o que chamamos em inglês de Supplier Risk Management).

De acordo com o MIT Sloan Management Review, a maioria dos gestores sabe que deve proteger suas cadeias de suprimentos, mas poucos agem para mitigar os riscos fazendo pouco para evitar incidentes ou mitigar impactos. Alguns desastres naturais/ biológicos nos últimos anos causaram interrupções em cadeias de suprimentos e destacaram vulnerabilidades dessas redes integradas.

Os gestores deveriam saber proteger suas cadeias de abastecimento de interrupções, mas as soluções mais óbvias, como aumentar os estoques, adicionar capacidade produtiva em locais diferentes e ter vários fornecedores, podem não ser as mais eficazes. Apesar das organizações reconhecem que seus fornecedores são vulneráveis, carecem de know-how para agir e normalmente implantam processos reativos e não preditivos.

Apesar de 66% das organizações estarem preocupadas com os riscos da sua cadeia, apenas 40% realizam avaliações de risco (ainda assim esporadicamente ou após um evento crítico). Além disso, 65% das organizações têm baixa visibilidade dos fatores de risco nos fornecedores Tier2 e Tier “n” (ou seja, fornecedores indiretos que causam tanto risco quanto os diretos).

Consequentemente, 77% das organizações entrevistadas pelo MIT tiveram interrupções significativas em sua cadeia de suprimentos nos 2 anos anteriores à pesquisa. De acordo com a Anual Supply Chain Today de 2014, 24% das empresas relataram que sua marca e reputação foram prejudicadas após uma interrupção na cadeia de suprimentos.

Embora a interrupção seja um problema comum, várias organizações não conseguem determinar com antecedência as repercussões de uma interrupção e os gestores só começam a fazer perguntas depois de enfrentar o problema, e aí, já pode ser tarde demais. O que fazer pra evitar esse tipo de situação?

Definir o nível de risco e proteção desejados, mapeando possíveis problemas relacionados aos fornecedores e a probabilidade de causar interrupções futuras. Após a identificação, definir um plano de ação para resolvê-los antes que se tornem problemas reais, priorizando pela urgência.

Abordar antecipadamente permite projetar o risco, estando em uma posição favorável no caso de ruptura. A principal vantagem da predição é o tempo de resposta. O curto tempo ameniza os danos. A preparação para um evento de interrupção, por exemplo, 90 dias antes, é mais favorável do que a preparação para a interrupção na véspera da mesma.

Além de examinar resultados financeiros históricos, ratings de crédito, tendências de qualidade, tempo de entrega, de giro de estoque, contas a pagar e a receber, é importante reconhecer os sinais de desempenho financeiro futuro. Da mesma forma, é importante conhecer a gestão de caixa e a cultura de caixa do fornecedor, pois indicam a capacidade em enfrentar desacelerações econômicas e eventos de crise. É importante desenvolver um processo de monitoramento para coletar dados do fornecedor e avaliar a saúde financeira continuamente, compreendendo os gatilhos para interrupções, antes que as mesmas ocorram.

Também ajuda aprender com eventos passados (o que aprendemos com a crise atual?), criando contingências (plano tático para cenários de maior probabilidade), ter um "Plano B" e pensar holisticamente (compreender os elementos macro afetando os negócios).

Você deve monitorar seus fornecedores: (i) avaliar o desempenho financeiro (ii) analisar os KPIs, como qualidade e tendências de preços, (iii) identificar novos fornecedores, (iv) solicitar que os fornecedores compartilhem informações (pré-condição contratual) e (v) desenvolver perfil de risco de cada fornecedor. Identifique os problemáticos: entenda os problemas e as principais causas e use as informações de monitoramento para determinar as áreas mais prováveis de perigo. Você pode categorizar seus fornecedores de acordo com alguns graus de stress percebido.

Baixa performance: (i) redução nas receitas, (ii) perda de participação de mercado, (iii) crescimento lento, (iv) margens deterioradas, (v) demissões de pessoal, (vi) questões de qualidade e tempo, (vii) receitas concentradas em poucos clientes. Problemático: (i) restrições de capital de giro, (ii) redução do capex e opex de manutenção, (iii) inadimplência em covenants de dívida e “paredes de dívida”, (iv) perdas operacionais, (v) fluxo de caixa negativo. Em crise: (i) acesso limitado a dinheiro novo, (ii) pedidos de antecipação de dinheiro, re precificações e condições de pagamento, (iii) venda de ativos (às vezes essenciais), (iv) restrições de caixa, (v) falha em cumprir as dívidas atuais.

Com base no grau de dificuldade e nas opções disponíveis, determine um plano de ação (recursos, antecipar dinheiro, aumento de preço, aporte de dinheiro, aquisição, empréstimo) e estabeleça uma equipe para implantá-lo.

Há várias maneiras de endereçar um fornecedor nessas condições e, antes de abordá-lo, você deve entender questões operacionais: (i) nível de estoques nos fornecedores e na sua fábrica, (ii) viabilidade de aumento de estoque (custo, armazenamento), (iii) propriedade dos ferramentais facilidade de recuperá-los, (iv) existência de outros fornecedores substitutos (custo, complexidade e volumes), e questões estratégicas: (i) propriedade intelectual, (ii) nível de dificuldade financeira, (iii) histórico de relacionamento com o fornecedor e experiencia da gestão desse fornecedor, (iv) perspectivas de geração de caixa.

Com base no acima mencionado, as ações que você pode realizar são: (a) arrumar um novo fornecedor: disponíveis com baixa complexidade/ transição rápida, com os mesmos custos (ou aumento ajustado ao risco). (b) apoio financeiro: se a situação pode ser resolvida com eficiência e dinheiro adicional, invista capital e contrate especialistas para melhorar as margens do fornecedor, se a probabilidade de realização for alta, pois pode ser apenas uma correção temporária para problemas. (c) sugerir um M&A: se o apoio financeiro não for suficiente, você pode buscar compradores com solidez financeira para o fornecedor. (d) adquirir o fornecedor: se as alternativas acima não forem possíveis, você pode considerar a aquisição para evitar interrupções.

A passagem de um modelo de operação verticalizado para um terceirizado influenciou a organização de diversos setores e alterou a dinâmica do poder de barganha. Algumas indústrias já têm mais de 80% de sua cadeia de valor fornecida por terceiros. Empresas multinacionais contam com fornecedores globais e locais, cuja capacidade de entrega está sujeita a riscos sistêmicos e intrínsecos.

Para evitar interrupções, o tempo é mandatório, e você deve ser capaz de identificar e resolver problemas prováveis antes que se tornem problemas reais. Monitorar fornecedores, com ferramentas e indicadores adequados, pode reduzir drasticamente o risco associado de perda de receita e reputação. Além disso, existem estratégias adequadas para cada nível de stress de fornecedores, que devem ser implementadas de acordo com os objetivos da sua empresa e a relevância do fornecedor.

 

  

Estevão Rocha - professor de Turnaround na FIA Business School. Engenheiro naval (Poli/USP), extensão em economia (Harvard), finanças e marketing (FEA/USP), tecnologia (Singularty University), mestrando (University of Liverpool). Foi head global de M&A da Atento (NYSE), reestruturador de empresas pela KPMG e IVIX, diretor da G4S (LSE) e associado no private equity Artesia. Assessorou mais de uma centena de empresas.


Home office: especialista dá dicas de trazer mais conforto ao ambiente de trabalho

Trabalho remoto ganha força durante pandemia de Covid-19 e exige adaptações para manter ambiente confortável e produtivo 

 

Em decorrência da pandemia de Covid-19, que impôs medidas para restringir a circulação e aglomeração de pessoas, muitas empresas tiveram que adotar o home office como forma de trabalho. Como resultado, a procura por projetos relacionados à reforma em ambientes residenciais aumentou.

De acordo com a designer de interiores Andreia Araujo, o home office veio para ficar e foi responsável por diversas adaptações nos últimos dois anos. Com isso, alguns cuidados são necessários para manter o ambiente confortável na hora de trabalhar em casa. 

Segundo a profissional, o cuidado com a postura deve ser um dos pontos de maior atenção durante o home office. Por isso, é importante ter mobiliários adequados, como uma boa cadeira e uma bancada na altura correta.

“A altura da bancada e da cadeira deve permitir com que seu antebraço fique apoiado sobre o teclado ou à mesa. Os joelhos devem estar dobrados em um ângulo de 90 graus, já os pés precisam estar apoiados no chão. A altura da tela do computador também é muito importante, sua cabeça tem que estar ereta, sem que você precise levantá-la ou baixá-la”, explica. 


Cuidados com a iluminação

De acordo com a designer, também é preciso ter cuidados com a iluminação para manter o ambiente agradável, visto que certas cores de lâmpada podem influenciar negativamente na qualidade do trabalho. 

“Procure um ambiente onde você consiga ter bastante luz natural. Caso isso não seja possível, considere trabalhar com iluminações artificiais nos tons mais brancos para que você tenha mais atenção”, comenta.

A profissional recomenda que lâmpadas amarelas sejam evitadas, tendo em vista que a tonalidade, apesar de ser considerada aconchegante, também pode dar uma leve sensação de moleza. 


Home office com crianças e pets em casa

De acordo com Andreia, é possível fazer home office com crianças em casa. Para isso, a profissional sugere que sejam feitas mudanças no ambiente para que os pequenos possam entender que aquele também é o lugar de trabalho dos pais.

“A dica é pintar aquele pedacinho onde está a bancada com uma cor diferente e trazer a psicologia com as crianças. Por exemplo: 'olha, quando o papai e a mamãe estiverem sentados neste cantinho, com esta cor aqui, é o momento de trabalhar’. Então, é importante a criança entender o limite dela", diz.

Além de crianças, a designer conta que também é comum a presença de pets no ambiente de trabalho remoto. Desse modo, Andreia recomenda a utilização de métodos que possam distrair o animal.

“Se você mora sozinho, de repente há algum brinquedo que possa prender a atenção do animal. Em casa, quando preciso fazer alguma reunião, a minha cachorrinha Maggie sempre fica na sala, e eu fico no quarto da minha filha, que é o lugar que a gente adaptou para isso”, revela.

Para Andreia, o mais importante é entender que a empresa está sendo adaptada dentro de casa. “Só que, de maneira alguma, você tem que fazer com que isso seja um empecilho, tem que encontrar o equilíbrio para isso. Essa é a minha dica sobre home office", finaliza.


Seis em cada dez empresários demonstram otimismo para realizar investimentos em 2022, aponta Boa Vista

Levantamento, realizado no 4º trimestre de 2021, ouviu 500 empresários dos setores de serviços, comércio e da indústria

 

Um levantamento realizado ao longo do 4º trimestre de 2021 pela empresa de inteligência analítica Boa Vista revelou que 61% dos empresários dos setores de serviços, comércio e da indústria demonstravam otimismo para realizar investimentos em 2022. Segundo a pesquisa, entre os entrevistados que declararam querer investir em seu próprio negócio ao longo deste ano, 62% disseram que irão apostar no aprimoramento de seus produtos e serviços, contra os 54% registrados no mesmo período de 2020. Na sequência, 60% dos empresários apontaram a tecnologia como foco dos investimentos e 57% disseram que pretendem investir na capacitação e no desenvolvimento de suas equipes. A pesquisa permitia mais de uma resposta sobre o destino das aplicações planejadas.


“É notável o aumento da confiança dos empresários que pretendem investir no crescimento de seus negócios. O otimismo identificado no final do ano passado se deu muito por conta da ampla aderência da população à vacinação e o fim das restrições de acesso para o comércio e serviços. Apesar de se tratar de um cenário totalmente oposto ao do final de 2020, é importante fazer a ressalva de que fatores recentes como o aumento dos casos de Covid-19 e de gripe, além de novas restrições, tais como o cancelamento do carnaval de rua em diversas cidades e estados, suspensão de voos e de operações de cruzeiros, por exemplo, podem voltar a frear o ânimo dos empresários neste início de ano”, explica Flávio Calife, economista da Boa Vista.


Entre os entrevistados, 68% declararam ter a expectativa de alavancar seu faturamento em relação ao último trimestre de 2020, período em que 49% dos empresários afirmavam ter certeza de crescimento. “As empresas irão direcionar seus investimentos para buscar o crescimento e compensar o desempenho dos dois últimos anos, que foi severamente prejudicado”, comenta Calife.


O otimismo dos empresários não se limita aos investimentos. Pouco mais da metade dos entrevistados, 51%, espera uma diminuição no índice de endividamento das empresas. Em 2020, no mesmo período, apenas 34% tinham essa expectativa. A diminuição da inadimplência no país também é esperada pela maior fatia dos entrevistados. Cerca de 45% acreditam que os índices devem cair, enquanto 35% apostam na estabilidade e 20% em um possível crescimento dessa taxa.


Mesmo com a perspectiva de queda no endividamento das empresas, há entre os entrevistados, refletindo a alta das taxas de juros, a intenção de não tomar crédito em 2022. Apenas 33% têm planos de solicitar de crédito neste ano, enquanto cerca de 42% declararam a mesma intenção em 2020. O principal objetivo dos empresários que irão precisar de crédito é garantir o capital de giro – 45% – e pagar dívidas já contraídas. “Algumas empresas vão precisar de recursos para ter fôlego financeiro, mesmo com perspectiva de contratarem crédito por taxas maiores que as praticadas em 2021”, explica o economista.



Metodologia


A pesquisa realizada pela Boa Vista foi baseada em um questionário estruturado, aplicado ao longo do 4 trimestre de 2021, entre 500 empresários, na sua maioria representantes dos setores de serviços, comércio e da indústria, em nível nacional. O índice de confiança é de 90% e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

Boa Vista


Poupatempo da Sé oferece atividades gratuitas para a população curtir ao ar livre

 Na área externa da unidade são realizadas diversas práticas esportivas; iniciativa é promovida pelo Sesc do Carmo  

  

Ainda dá tempo de aproveitar o tempo livre para se descontrair, praticar exercício físico e até mesmo aperfeiçoar as habilidades esportivas.  Quem estiver ou passar pelo Poupatempo da Sé, na região central de São Paulo, pode realizar algumas atividades gratuitas no local até o próximo dia 12 de fevereiro.   

Com um espaço montado na área externa da unidade, o Poupatempo oferece modalidades como slackline, tênis de mesa, futmesa, chute a gol e minigolfe. Promovida pelo Sesc do Carmo, a ação faz parte do projeto Sesc Verão 2022, que conta com uma programação voltada à importância do lazer no cotidiano.   

As atividades são indicadas para maiores de 12 anos, que deverão apresentar um documento com foto e o comprovante de vacinação contra a Covid-19, com duas doses ou dose única, na versão física ou digital – disponível no portal www.poupatempo.sp.gov.br ou no aplicativo Poupatempo Digital. O uso da máscara também é obrigatório durante todas as práticas. 

  O Sesc Verão é uma campanha que busca proporcionar às pessoas novas possibilidades de vivenciar aspectos variados da cultura esportiva, bem como outras experiências corporais. 

  

Serviço 

Espaço Tempo Livre 

Local: Poupatempo da Sé – Rua do Carmo, s/n – Sé/ SP. 

Datas e horários: até 12/02 – segunda a sexta-feira, das 9h às 14h; e sábado, das 9h às 13h. 

Evento gratuito aberto à população. 


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