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sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Cartórios podem regularizar CPFs de crianças para cadastro e vacinação contra a Covid-19

Mais de 3.5 mil unidades em todo o país podem realizar a inscrição da 1ª via de CPF e a emissão de 2ª via desses documentos a menores que precisam do documento 

 

A vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 está prestes a começar no Brasil e, um dos documentos necessários para realizar o cadastro do menor, e que também pode ser usado para sua identificação no ato da aplicação é o CPF, que pode ser emitido diretamente em mais de 3.5 mil Cartórios de Registro Civil, presentes em diversos municípios brasileiros. 

Desde o ano passado, em razão da edição da Lei Federal nº 13.484/17, que transformou os Cartórios de Registro Civil em Ofícios da Cidadania, e de uma parceria firmada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) com a Receita Federal do Brasil, todas as unidades estão autorizadas a fazer a inscrição, alteração, consulta e emissão de segunda via de CPF (Cadastro de Pessoas Físicas).   

Para realizar o ato nos 3.543 Cartórios de todo o Brasil credenciados -- consulte a lista na íntegra aqui - é necessário apresentar (1) a certidão de nascimento original da criança, (2) o documento de identificação do responsável (pai ou mãe) no original também (RG e CPF), (3) se a criança já tiver RG também no original, (4) comprovante de endereço no original do responsável, além do comparecimento do pai ou mãe para fazer a requisição. 

“É mais um serviço importante que os Cartórios passaram a prestar para a população, tanto nas grandes cidades, onde os deslocamentos trazem dificuldade em um momento onde as pessoas precisam ficar em casa, mas também nos pequenos municípios, que muitas vezes não dispõem de outros postos públicos, mas tem sempre o Cartório que faz os nascimentos, casamentos e óbitos, e que agora emite as primeiras e segundas vias de CPFs também”, explica o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli. 

A regularização do CPF pelos Cartórios possibilita que os pais dos menores possam inclusive regularizar ou emitir os documentos de seus filhos para a realização do cadastro nos sites e identificação da criança, uma vez que permite ao cidadão sair da unidade já com o documento regularizado para sua utilização e, nos casos em que o sistema interligado com a Receita Federal apontar a necessidade de complementação do atendimento, o acompanhamento da situação poderá ser feito de forma online pelo site do Registro Civil mediante entrega de login/senha ao cidadão. 

Para que seja possível realizar os serviços, os Cartórios de Registro Civil cobram uma tarifa de conveniência no valor de R 7,00 a quem solicitar o serviço. Já os principais serviços relacionados ao CPF em cartórios permanecem gratuitos: inscrição no CPF realizada no ato do registro de nascimento e cancelamento no caso de óbito.

 

Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais  - Arpen-Brasil


Qual a diferença entre encerrar e concluir uma comunicação?


Você já parou para pensar qual a diferença entre sinalizar o término de uma comunicação e concluir realmente sua mensagem? Embora pareça sutil, essa distinção impacta fortemente a clareza e a eficácia da comunicação. 

 

Frases como “era só isso”, “pessoal, encerramos”, “nosso tempo acabou”, “preciso ir para outra reunião”, tipicamente ditas ao final de reuniões, sessões de feedback, apresentações de produtos ou projetos, apenas sinalizam o término de uma situação comunicativa. Pouco contribuem para a eficácia da mensagem e a retenção das principais ideias por parte do(s) presente(s). Isso não quer dizer que essas frases são erradas ou devem ser abolidas, mas é preciso dizer mais do que isso para, de fato, concluir uma comunicação.

 

A eficácia da mensagem aumenta drasticamente se a pessoa que conduz a reunião ou o feedback resume as principais ideias apresentadas e reforça os próximos passos. Formulações gerais que atendem a esses requisitos são: “para resumir, tratamos hoje de (assunto a),, (assunto b), (assunto c) e, com isso, chegamos à definição de que faremos X”; “vimos hoje que (assunto a), (assunto b), (assunto c). Para mudarmos esse cenário, faremos (ação a) e (ação b). Conto com o empenho de todos vocês”. 

 

Pode parecer redundante reiterar o que foi dito ou até desafiador sintetizar tudo o que foi tratado numa reunião, mas são ações comunicativas essenciais. 

 

Primeiro, porque os receptores, em algum momento da comunicação, se distraem com uma mensagem recebida no celular, uma pessoa que chega atrasada, um ruído da sala ao lado, uma lembrança de uma pendência a ser resolvida com rapidez, um problema pessoal ou profissional. Essas “escapadinhas” são naturais e podem ocorrer com mais ou menos frequência, a depender de inúmeros fatores. 

 

Segundo, é papel de quem conduz uma comunicação consolidar mensagens-chave, especialmente no momento de concluir uma mensagem. Muitas vezes, é nesse momento que o(s) receptor(s) realmente compreende a ideia central e o que vai ser feito adiante. Caso haja apenas um encerramento, sem conclusão, há um risco alto de cada receptor compreender a mensagem de uma forma distinta, o que pode ser extremamente perigoso para a execução de tarefas e o atingimento de resultados.

 

Por isso, em toda situação de comunicação, não encerre simplesmente. Procure elaborar uma conclusão em que sejam reforçados os pontos centrais da reunião, do feedback ou da apresentação e deixe clara a mensagem final ou evidentes os próximos passos. Dessa forma, sua comunicação terá mais eficácia e os mal-entendidos podem ser minimizados.  

 

 

Vivian Rio Stella - Doutora em linguística pela Unicamp, com pós-doutorado pela PUC-SP, especialista em comunicação e coordenadora do comitê de Comunicação Digital da Aberje. Idealizadora da VRS Academy. Professora da Casa do Saber, da Aberje e da Cásper Líbero. Começou a realizar textos e produzir materiais didáticos e a dar cursos sobre redação e e-mails. Por anos corrigiu redações da Unicamp. Do mundo acadêmico queria migrar para o mundo corporativo e depois de anos como consultora montou a VRS, que completa em 2021 oito anos, para ministrar seus próprios cursos e empreender com liberdade.

 

Mercado cambial brasileiro: a nova legislação

Thinkstock
A novidade vai trazer mais segurança jurídica aos negócios, mas há riscos, como a permissão de contas em dólares no Brasil, para pessoas físicas e jurídicas


A nova lei cambial, de número 14.286, que altera profundamente o mercado de câmbio e outros vários dispositivos relativos ao capital estrangeiro no Brasil e o capital brasileiro no exterior, passará a vigorar em 30/12/2022.

Logicamente, o novo marco legal traz um grau de flexibilização e de simplificação que deve impactar positivamente na redução dos custos e transações para os agentes econômicos.

Grosso modo, o novo marco legal enterra de vez o princípio do monopólio do câmbio. Segundo texto da lei, “as operações no mercado de câmbio podem ser realizadas livremente, sem limitação de valor, observadas as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e regulamentos a serem editados pelo Banco Central do Brasil.”

Há uma grande preocupação, correta a meu ver, de disciplinar o mercado de câmbio, tendo em vista a estabilidade financeira, além da necessidade da prevenção de lavagem de dinheiro originária de práticas criminosas.

Os exportadores podem utilizar mais livremente seus recursos no exterior, com repercussões na lucratividade das exportações brasileiras.

As novas alterações fazem parte dos ajustes que o Brasil precisa implementar para poder entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Vai trazer mais segurança jurídica aos negócios, proteção e mais mecanismos de controle com a modernização das normas.

Há riscos, entretanto, como a permissão de contas em dólares no Brasil, para pessoas físicas e jurídicas, o que pode criar problemas adicionais para a economia brasileira, aumentando a volatilidade cambial e reduzindo os espaços da política econômica.  

Além disso, como nossa moeda não é aceita no âmbito internacional, com exceção das operações com a Argentina, no comércio exterior, o mais provável é que essa medida possa resultar no uso crescente do dólar, limitando a capacidade do Banco Central de manter a estabilidade financeira, que passaria a depender do seu estoque em reservas cambiais, apesar de termos um colchão de reservas volumoso para os padrões brasileiros, com cerca de US$ 400 bilhões.

Com a nova lei, a saída de moedas para viagens internacionais, que era de R$ 10.000,00 (dez mil reais), passa a ser de US$ 10.000,00.

O Real está fortemente desvalorizado não devido aos fundamentos econômicos, mas sim pelas grandes incertezas e a má gestão do atual governo em geral. O grande problema de fragilidade é o fiscal.

As regras deverão ser definidas ainda. Esperamos que possam dar maior estabilidade e segurança jurídica ao comércio exterior, aos investimentos estrangeiros no Brasil e de brasileiros no exterior.

Esperamos que os agentes econômicos sejam consultados para definição da regulamentação.

 

Michel Abdo Alaby 

Consultor de Comércio Exterior da Associação Comercial de São Paulo


2021 fecha com aumento de 71% nos pedidos de empréstimo; quitação de dívidas está entre os principais motivos

Desemprego e fim do auxílio emergencial fazem famílias procurarem por alternativas para colocar as contas em dia

 

Para os brasileiros, o começo do ano é sempre carregado de muitas contas e dívidas – que geralmente são pendências do ano anterior. IPTU, IPVA, material escolar, seguro do carro, despesas fixas, compras do mês e parcela do apartamento são exemplos que assustam a população. Em um cenário ainda pandêmico, a preocupação que surge é sobre como quitar as dívidas, visto que a economia do país ainda não foi restabelecida.  

Nos dois últimos anos, a possibilidade de empréstimo passou a ser cogitada cada vez mais pelas pessoas físicas. Segundo o Índice FinanZero de Empréstimo (IFE), que analisou 6,62 milhões de usuários da fintech, o número de pedidos de empréstimo teve um aumento de 71% em dezembro de 2021, quando comparado ao mesmo período de 2020. Neste mesmo mês, o valor médio de empréstimo solicitado foi de R$6.791, resultando em mais de 6,6% a mais do que a média registrada em dezembro do ano anterior.

Ainda de acordo com dados do IFE, com o objetivo de quitar as dívidas, o perfil médio de quem faz o pedido de empréstimo é composto por 53% de homens, na faixa de 35 anos e moradores da região Sudeste. Para Cadu Guidi, sócio-diretor de marketing da FinanZero, além da quitação de dívidas, o pedido de empréstimo está altamente relacionado ao desemprego. “Sem uma renda fixa, as famílias se veem endividadas e com a pouca verba que possuem comprometida. O aumento do custo de itens básicos para sobrevivência também é reflexo desses pedidos de empréstimo. Em contrapartida, ao longo do ano passado, foi possível observar o acréscimo de solicitações para abrir o próprio negócio e investir em viagens”, comenta.


 

Desemprego e fim do auxílio emergencial estão entre as justificativas para o aumento de pedidos de empréstimo

 

Com base na Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o percentual de famílias brasileiras com dívidas chegou a 74,6% em outubro de 2021. O número reflete as consequências econômicas da pandemia, o aumento do desemprego (12,1%, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e as altas taxas de inflação que atingiram a população brasileira no ano passado. Após esse aumento, a informalidade também cresceu e o poder de consumo foi reduzido.

 

Além do desemprego, outro fator que também atingiu a população brasileira foi o fim do auxílio emergencial, um programa desenvolvido pelo Governo Federal brasileiro que oferecia renda mínima aos mais vulneráveis durante a pandemia de COVID-19. Com o fim das parcelas, as famílias que já estavam desempregadas, ou com o salário reduzido, foram impactadas e recorreram a outras possibilidades, como o empréstimo, já que, com o fim do programa, 22 milhões de pessoas ficaram sem o benefício, segundo uma pesquisa feita pelo Ministério da Cidadania. 


 

Falta de educação financeira impacta no endividamento

 

O aumento no número de pedidos de empréstimo também está atrelado à falta de educação financeira que atinge uma grande parcela da população. Por falta de alternativas e acesso a créditos ou garantias, muitos acabam entrando em um processo de parcelas que tendencionam o endividamento e a inadimplência.

 

Um exemplo de causas de endividamento pode ser observado na utilização de créditos como cheque especial e cartões de crédito (limites altos). A utilização desses meios, sem conhecimento sobre educação financeira e possibilidades de juros melhores, leva a pessoa física a um problema que tende a piorar ao longo do tempo.

 

Cadu Guidi acredita que no Brasil, a falta de conhecimento sobre educação financeira é um problema que sempre esteve presente. “Em muitos casos, o endividamento está diretamente associado à falta de planejamento e organização das finanças. É preciso estudar as possibilidades e fazer uso consciente dos créditos disponíveis, tendo cautela com linhas que apresentam juros excessivos. O cheque especial, por exemplo, possui juros cumulativos e aumenta o risco de inadimplência”, diz.

 


Para quitação de dívidas, 44,4% dos brasileiros pretendem solicitar empréstimo no primeiro trimestre de 2022

 

Com a intenção de entender a possibilidade de solicitação de empréstimo por parte dos brasileiros, o Índice FinanZero de Empréstimos também realizou uma pesquisa de intenção com 500 internautas, entre os dias 27 de dezembro e 3 de janeiro deste ano. De acordo com o levantamento, 42% dos entrevistados disseram desejar tomar crédito para os próximos três meses.

 

O levantamento também apontou que o principal motivo para a solicitação de créditos permanece sendo a quitação de dívidas (44,4%), seguido de pedidos para renovação da casa (26,17%) e negócio próprio (24,77%). Mesmo diante da crise econômica, outro motivo que também apresentou aumento, foi a intenção de tomada de crédito para investimentos (22,43%), que atingiu o maior patamar nos últimos seis meses e supõe, consequentemente, uma alta no número de pequenos e médios empreendedores.



Detran.SP reforça procedimentos necessários para renovação da CNH

Habilitados nas categorias C, D ou E devem marcar exame toxicológico em clínica credenciada antes de efetuar o serviço; primeiro mutirão do ano ocorre amanhã (15/1)

 

O Detran.SP alerta: para renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é preciso que o condutor esteja atento com relação a alguns pontos antes de realizar o serviço. Primeiro, o motorista não pode ter nenhum bloqueio no prontuário, como suspensão ou cassação do documento. Já condutores habilitados nas categorias C, D ou E precisam marcar e realizar o exame toxicológico em uma das clínicas credenciadas pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) antes de fazer a renovação. E no caso de profissionais que exercem atividade remunerada (EAR) é necessário se submeter também ao exame psicológico.

 

 

 

Para condutores que vão renovar as carteiras de habilitação categorias A e B, é necessário agendar data e hora para exame médico com um profissional credenciado pelo Detran. Se o cidadão optar por fazer o processo de forma presencial, deve ser feito agendamento da data no portal do Poupatempo – www.poupatempo.sp.gov.br no posto que deseja ser atendido. A renovação da CNH pode ser feita de forma online pelo portal do Detran (www.detran.sp.gov.br), pelo portal do poupatempo.sp.gov.br ou pelo app ou do Poupatempo digital. Links: Detran.SP e Poupatempo.

 

Em relação ao exame toxicológico, conforme determina a legislação federal, o teste é feito mediante a coleta de cabelo ou pelo com o objetivo de detectar o consumo de substâncias psicoativas que comprometam a capacidade de direção. O resultado precisa dar negativo para os três meses anteriores ao teste, pois a janela de detecção é de 90 dias. A relação dos laboratórios credenciados está disponível aqui.

 

Já motoristas que exercem atividade remunerada deverão fazer a avaliação psicológica com o profissional credenciado indicado pelo Detran.SP.

 

Primeiro mutirão de renovação da CNH de 2022

 

O Detran.SP realiza a partir do próximo sábado (15/1), em parceria com o Poupatempo, o primeiro mutirão do ano para a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Serão abertas vagas em todas as unidades de atendimento do Departamento de Trânsito integradas ao Poupatempo. No total, cerca de 30 mil vagas serão distribuídas entre os dias 15, 22 e 29 de janeiro. A prioridade é atender motoristas que tiveram o documento vencido entre maio e junho de 2020 e, agora, devem renovar até 31 de janeiro deste ano.  

 

As vagas para agendamento dos serviços para a ação estão liberadas pelo portal, app ou totens do Poupatempo, pois é necessário que o cidadão marque horário para ser atendido. O serviço presencial será oferecido no horário habitual de cada unidade. É importante lembrar que, pelos canais digitais do Poupatempo e do Detran.SP é possível solicitar de forma online a renovação simplificada, sem a necessidade de ir presencialmente aos postos de atendimento. O único deslocamento obrigatório é para o exame médico na clínica credenciada ao órgão estadual de trânsito.

 

“Para facilitar a vida dos condutores, a renovação da CNH passou a ser oferecida nas plataformas digitais do Detran e do Poupatempo e essa é uma realidade que veio para ficar, pois além de ser prática e segura, ela desburocratiza processos e evita deslocamentos desnecessários ao cidadão”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP. 

 

“Vamos iniciar 2022 oferecendo o primeiro mutirão para renovação de CNH. E para garantir que os cidadãos consigam regularizar o documento a tempo, o Poupatempo, em parceria com o Detran.SP, ampliou a grade de atendimento para esse serviço”, explica Murilo Macedo, diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo, responsável pela administração do Poupatempo.  

 

A CNH no formato digital, que é válido em todo o país, é disponibilizada por meio do aplicativo da CDT (Carteira Digital de Trânsito), da Serpro (Empresa de Tecnologia da Informação do Governo Federal) disponível nos sistemas operacionais Android e iOS.

 

Confira o calendário completo estabelecido pelo Contran

 

 

Serviço: Mutirão para renovação de CNH

 

A ação acontecerá em todas as 100 unidades do Detran.SP integradas ao Poupatempo. Porém, em decorrência de feriado municipal, os postos de Guarujá e São Vicente estarão fechados nos dias 15 e 22 de janeiro, respectivamente. 

Datas: aos sábados, dias 15, 22 e 29 de janeiro.  

Horários de atendimento: habitual, de acordo com unidade escolhida e mediante agendamento prévio.

 

Como a pandemia impulsionou a transformação digital no setor jurídico


A dinâmica entre os departamentos jurídicos corporativos e seus consultores externos está mudando - e, como tantas outras coisas do ano passado, a pandemia de Covid-19 pode ser pelo menos parcialmente culpada. Agora, mais de um ano após a crise de saúde pública, os gastos do departamento jurídico corporativo se recuperaram para níveis normais e as equipes internas estão recorrendo a seus escritórios de advocacia para obter ajuda com a adoção de tecnologias sofisticadas. 

Na verdade, é como se soluções que estimularam a automação de processos ou forneceram insights de dados fossem invisíveis antes da pandemia. No entanto, as interrupções nos negócios niveladas pela Covid-19 podem ter forçado os céticos dentro dos departamentos jurídicos a superar sua aversão à tecnologia. À medida que as equipes internas se tornam mais inovadoras, elas esperam que os parceiros de consultoria externos desempenhem um papel de liderança em sua transformação digital - e que os escritórios de advocacia teçam a tecnologia ainda mais firmemente em seus serviços. 

Para os escritórios de advocacia, esse entusiasmo recém-descoberto dos clientes pela digitalização pode se traduzir em um aumento nas solicitações relacionadas à tecnologia, não apenas em termos de como os clientes estão incorporando tecnologia em seus próprios serviços, mas também como eles podem ajudar a orientar ou facilitar a própria transformação interna. 

Os departamentos jurídicos estão aderindo cada vez mais por digitalização - e apesar de algumas das interrupções nos negócios do ano passado -- estão dispostos a gastar o dinheiro necessário para obter os resultados desejados. De acordo com a Pesquisa Global Cushman e Wakefield, realizada com mais de 60 mil respondentes sobre o uso de espaço de escritório corporativo, apontou que 90% dos entrevistados pretendem adotar o trabalho híbrido pós-pandemia, no período pré-pandemia esse número era de 41%. E isso influencia diretamente na possibilidade de os departamentos jurídicos corporativos continuarem investindo em uma tecnologia que possa acelerar a prática do direito - ou pelo menos torná-la mais eficiente - independentemente de quaisquer restrições financeiras. 

De acordo com a “Pesquisa Covid-19 do Departamento Jurídico de 2020” divulgada pela Deloitte em novembro passado, 62% dos diretores jurídicos e executivos jurídicos seniores esperam que os investimentos digitais continuem, apesar das medidas de contenção de custos. O relatório citou tecnologias como inteligência artificial/processamento de linguagem natural, automação de processos robóticos e gerenciamento do ciclo de vida do contrato como prioridades de investimento. 

Mas a vontade de investir em tecnologia não significa saber quais soluções comprar ou onde aplicá-las. Para isso, os departamentos jurídicos podem estar recorrendo a parceiros confiáveis de escritórios de advocacia que conhecem seus negócios e têm uma visão de trabalho sobre como outros clientes corporativos estão implantando tecnologia. 

É um passo além do papel tradicional de consultor jurídico ocupado pelos escritórios de advocacia há muito tempo - mas talvez necessário. Ocasionalmente, essas necessidades incluem ser correspondido com a solução tecnológica certa para um determinado problema ou assunto.

 

Automatize seus problemas 

Às vezes, não se trata apenas de encontrar as ferramentas certas - trata-se de encontrar o lugar certo para usá-las também. À medida que as equipes internas procuram fazer mais com menos após um tumultuado 2020, algumas empresas estão sendo solicitadas a ajudar a identificar fluxos de trabalho que se prestam à automação. 

Os escritórios de advocacia também estão automatizando alguns de seus próprios processos, em um esforço para passar algumas das eficiências adquiridas para os clientes mais adiante. Por exemplo, os departamentos jurídicos têm pressionado as empresas a serem mais rigorosas sobre o uso de soluções de faturamento eletrônico, que, quando devidamente aproveitadas, podem melhorar a adesão às diretrizes de cobrança de conselhos externos e fornecer dados valiosos de gastos. 

Mas, embora as equipes jurídicas corporativas provavelmente apreciem receber faturas oportunas e precisas, os processos automatizados de gerenciamento de contratos podem estar entre suas principais preocupações, depois de passar um ano em águas pandêmicas agitadas. Quando a Covid-19 começou a fechar as operações comerciais no ano passado, muitas empresas confiaram em ferramentas de gerenciamento de contratos para ajudar a agilizar a busca por cláusulas de força maior e outras informações críticas enterradas sob pilhas de acordos. 

A necessidade persistente de tal tecnologia se refletiu no mercado de automação jurídica ao longo de todo ano passado, com provedores como BlackBoiler e Evisort atraindo milhões de dólares em investimentos desde o início da pandemia. No entanto, os escritórios de advocacia também podem estar encontrando uma maneira de alavancar a demanda por processos contratuais automatizados a seu favor.

 

Contando com dados 

Ao longo dos anos, os departamentos jurídicos corporativos se acostumaram a ver seus advogados externos usarem dados e algoritmos como forma de ajudar a criar estratégias de fluxo de trabalho mais eficientes. Mas algumas empresas começaram a aproveitar os dados de maneiras mais inovadoras, voltadas para ajudar os clientes a não apenas economizar custos, mas prever melhor as despesas futuras. 

Assim como poucas pessoas poderiam ter previsto como a pandemia mudaria as atitudes em relação à tecnologia jurídica, é difícil imaginar a direção da análise preditiva avançando. 

Apesar de alguns avanços encorajadores, o setor jurídico ainda está muito atrás de muitos outros serviços profissionais quando se trata de sofisticação digital. Enquanto lida com SEO básico, marketing de conteúdo e engajamento nas mídias sociais, os demais setores estão aproveitando o potencial de novas oportunidades, como a pesquisa por voz on-line. É muito fácil se distrair com o crescente entusiasmo por soluções de marketing digital, mas as empresas devem garantir que tenham bases sólidas antes de comprometer recursos em campanhas que possam não as beneficiarem ou que forneçam apenas uma correção de curto prazo.



Marcelo Carreira - diretor de Marketing da Access


Networking para tímidos?


No mundo corporativo atual, fazer networking é a melhor forma de gerar novos negócios, porém, para muitas pessoas se relacionar pode ser uma dificuldade. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio 70% dos jovens têm dificuldade de encontrar um emprego, mas não por falta de oportunidades, mas sim por timidez. 

 

De acordo com a psicóloga Vanessa Gebrim, não existe uma causa única para a timidez, cada caso é um caso, mas quando isso prejudica a pessoa é preciso procurar ajuda. “Se a timidez estiver prejudicando em algum aspecto importante de sua vida como diminuição de oportunidades profissionais, falta de bons relacionamentos amorosos, falta de companhia para sair e se divertir, é importante fazer psicoterapia para treinar as habilidades sociais contribuindo na melhora da qualidade de vida da pessoa'', revela a especialista. 

 

Para alguns, a causa da timidez pode ser situações vividas onde o relacionamento interpessoal possa ter sido prejudicado, para outros pode ser característica da personalidade. "Também podem ser pessoas que não tiveram oportunidade de treinar habilidades sociais, ou algumas que podem ter seguido modelos de pais tímidos onde não tiveram influências para desenvolverem comportamentos extrovertidos". complementa Vanessa.

 

Abaixo, as especialistas listam dicas para vencer a timidez e fazer um bom Networking. Confira:

 

1. Comece com conhecidos: “Inicie seu networking com um grau menor de dificuldade começando por onde é mais fácil podendo ser com os parentes e amigos. Depois de algumas conversas bem sucedidas, você vai se sentir mais confiante, ajudando a aumentar a rede para colegas da escola, faculdade ou no meio profissional”, sugere Vanessa Gebrim. 

 

2. Fale com as pessoas: “Quando se trata de networking é importante falar com as pessoas e pensar em maneiras criativas de construir o seu negócio. Dedique tempo aos relacionamentos que você já tem. Estenda a mão e pergunte se elas estão bem, se há algo que você pode fazer para ajudá-las”, comenta Mara Leme Martins.

 

3. Não se desculpe: “É bastante comum que introvertidos se desculpem por pedir ajuda e por acharem que o networking é mais uma “imposição” do que um exercício de construção de um relacionamento. Isso não é positivo, pois pode passar a impressão de que você é um novato no assunto, sem muito profissionalismo nem autoconfiança", explica a psicóloga.

Além disso, a correria do dia a dia nos faz pensar que nunca há tempo para fazer networkings, mas na realidade sempre há. “Não é tarde demais para começar a construir sua rede agora, uma pessoa de cada vez”, alerta Mara. 

 

4. Sorria: “É uma dica simples, que muita gente ignora. Um sorriso sempre vai bem e facilita tudo. Sem exageros, é claro”, indica Vanessa. 

 

De acordo com Mara, desenvolver a simpatia ajuda a abrir portas no networking. “Estar aberto para conversar ou expressar essa vontade ajuda muito no primeiro contato e a quebrar o gelo. Uma ótima oportunidade para desenvolver esse ponto é participar de alguns grupos ou reuniões de empreendedores”, comenta.

 

5. Ouça o que os outros dizem: “Para os tímidos esse é um ponto positivo: eles não têm dificuldade em ouvir o que as pessoas querem dizer. A dica, então, é que a pessoa se mantenha um bom ouvinte e demonstre interesse sincero no que as pessoas falam”, aconselha Vanessa Gebrim. 

 

Para Mara, ouvir e compartilhar é fundamental para vencer a timidez. “O ambiente do BNI é norteado pelo compartilhamento de recursos. Esses podem ser de ordem material ou imaterial, como talentos, habilidades, conhecimentos, informações, contatos, saberes, experiências e tantas outras riquezas que todos temos. Colaborar é um movimento natural do ser humano, que tem prazer em se colocar à serviço do todo, ao contrário do que fomos levados a acreditar”, explica. 

 

6 - Leve em consideração o “efeito borboleta”: “Quando falamos em efeito borboleta, é algo simples e fácil de se entender. Você não sabe quem as pessoas conhecem, então apenas entre em contato com alguém para construir um relacionamento. É preciso ter um ponto de partida para conhecer as pessoas. Conhecendo alguém em uma reunião ou evento, ela pode te indicar para outras pessoas e, dessa forma, você vai construir relacionamentos sem saber onde esse efeito borboleta pode te levar, mas mudando a vida dos seus negócios”, indica Mara. 

 

7. Troque cartões de visita: "Quando você conseguir fazer uma conexão interessante, não perca a oportunidade de oferecer seu cartão de visitas. É muito provável que a pessoa com quem você conversou retribua também. Enviar um e-mail, por exemplo, com um artigo relacionado ao que vocês estavam falando é uma boa forma de manter contato”, propõe Vanessa. 

 

8. Seja você mesmo: "Se você for uma pessoa tímida, não tem de parecer alguém super extrovertido para fazer networking. É claro que você precisa se esforçar para sair de casa e conversar com pessoas que mal conhece. Mas sem exageros”, comenta Vanessa. 

 

9. Prepare-se com antecedência: “Se você tem receio de travar durante uma conversa, prepare com antecedência algumas perguntas para quebrar o gelo e acabar com aquela falta de assunto constrangedora. Outra dica é gravar vídeos para perder o medo como se você tivesse conversando com aquela pessoa, isso ajuda a se preparar também para responder as perguntas quando realmente elas forem feitas a você. Treine bastante, vai aumentar a sua autoconfiança. Se estiver procurando emprego, por exemplo, se prepare para a entrevista”, conta Vanessa.

 

10. Lei da Reciprocidade: "É importante ter a visão de que a confiança colaborativa é a moeda mais valiosa nos negócios, nos relacionamentos e na vida. O marketing de referência e indicações nunca foram tão importantes quanto nos dias de hoje, em que as empresas precisam conquistar novos clientes, presencial ou remotamente, para não colocar em risco a sua operação”, explica Mara. 

 

Segundo Mara, os empreendedores, sendo tímidos ou não, precisam aprender os benefícios da filosofia “Givers Gain”, ou seja, “Se eu lhe ajudar indicando negócios, você vai se interessar em me ajudar também”. “É a Lei da Reciprocidade em ação no mundo dos negócios”, conclui a especialista. 

 

 


Mara Leme Martins - PhD e VP BNI Brasil - Business Network International, a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo.

 

Vanessa Gebrim - Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR, Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam mudanças no âmbito cerebral. Atua também como Consteladora Familiar, com abordagem sistêmica que promove o equilíbrio e melhora relações interpessoais. Tem amplo conhecimento clínico, humanista, positivista e sistêmico e trabalha para provocar mudanças profundas que contribuam para a evolução e o equilíbrio das pessoas. Mais de 20 anos de atendimento a crianças, adolescentes, adultos, casais e idosos, trata transtornos alimentares, depressão, bullying, síndrome do pânico, TOC, ansiedade, transtorno de estresse pós traumático, orientação de pais, distúrbios de aprendizagem, avaliação psicológica, conflitos familiares, luto, entre outros.


Lixo: Problema ou solução?

 

Uma das imagens mais lembradas pelos fãs do filme “De volta para o futuro” é quando os personagens Dr. Brown e Martin McFly se preparam para viajar e para abastecer o carro, o cientista coloca o lixo no tanque e diz que este item será o combustível do veículo no futuro. Na vida real, mais de 35 anos após a produção do filme, pode-se dizer de certa maneira que o filme previu o que viria a acontecer nos anos seguintes.

 

Se naquela época parecia estranho aos olhos do público abastecer um carro com estes itens que são descartados diariamente, hoje é possível perceber o quanto o filme estava correto, esses elementos já podem ser revertidos em uma série de benefícios para a sociedade, inclusive combustível, revela a pesquisadora de tecnologias Angela Oliveira.

 

Em um mundo que produz cada vez mais lixo, o seu descarte correto e aproveitamento pode trazer uma série de benefícios para a sociedade transformando um ônus em bônus. Representante e divulgadora da tecnologia Termoquímica Catalítica, entre outras, Angela Oliveira afirma: “Baseado no sistema de economia circular e logística reversa, atualmente conseguimos transformar o lixo em óleo diesel e Gasolina".

 

Os resíduos são tratados não por uma, mas por várias tecnologias diferentes, que são capazes de transformar inservíveis em óleo de alto poder calorífico, que refinado pode se tornar diesel e gasolina. Enfim, quase mais nada é enviado para o aterro.

 

Ela explica que existem tecnologias, que combinadas adequadamente, tratam o lixo sem poluir o meio ambiente e produzir gases tóxicos. “Além de combustível, é possível produzir fertilizante de alta qualidade para produtores rurais, óleos para motores, gás de síntese, negro de fumo, além de evaporadores de chorume, que vão ajudar a limpar o solo com equipamentos que dedicam-se ao tratamento desse líquido utilizando o próprio lixo causador como remédio para o problema. Temos como tratar até mesmo o lixo eletrônico, com aproveitamento de metais preciosos, acrescenta, para cada resíduo, uma tecnologia especifica".

 

Ainda assim, razões para se preocupar não faltam, destaca Angela: “De acordo com o programa da ONU para a questão ambiental, as cidades do planeta geram em torno de 1,3 bilhão de toneladas de resíduo sólido urbano, que é esse lixo produzido em casa ao ano. E a tendência é que este número cresça para 2,5 bilhões até 2025. A pergunta que fica é: Onde enfiar todo este lixo? O que fazer com tudo isso?”, questiona.

 

Para a pesquisadora, o futuro é agora, e transformar o lixo em energia e combustível já é uma realidade.

 

É importante também pontuar a necessidade de mudar a mentalidade da sociedade. “As pessoas precisam pensar duas vezes quando forem descartar o lixo de suas casas. Podem ver que aquilo, de certa maneira, é algo valioso e pode trazer uma vantagem para todos", detalha, Angela aconselha: “Antes de colocar tudo no mesmo saco e mandar para a lixeira, separe o que você puder, isso será essencial para o meio ambiente e você colherá os benefícios dessa medida.

 

E finaliza: "Abra sua mente para um mundo mais eficiente. Entenda que seu resíduo pode ser uma grande solução e você terá os melhores resultados para o seu bolso e para o seu bem-estar, porque avaliar novas possibilidades, nos torna seres dinâmicos e alinhados com nosso verdadeiro ser, que se encontra sempre além de nós mesmos, nas nossas possibilidades futuras, nas novas maneiras de ver e interpretar as coisas trazendo sentido a nossa existência "

 

O filósofo alemão, Matin Heidegger dizia que existir é o mesmo que temporalizar-se, então bem-vindo ao futuro, ou seria "de volta para o futuro"?

 

Instabilidade climática marcou o campo em 2021

Com o estabelecimento do fenômeno La Niña e previsão de distribuição irregular de chuvas, os produtores podem ter que enfrentar mais uma vez um cenário atípico na safra de grãos 2021/22


A safra 2020/21 surpreendeu muitos agricultores com uma seca prolongada nas principais regiões produtoras durante a primeira safra de soja, além de registros de baixas temperaturas que provocaram perdas na safrinha de milho. Foi uma temporada bastante atípica no campo, com clima desafiador, segundo Gustavo Peri, coordenador comercial de agronegócio da FF Seguros. “No inverno passado, curiosamente houve casos de geadas três vezes nas mesmas áreas. Tivemos produtores que chegaram a registrar até quatro ocorrências de sinistro”, conta Peri.

A safra 2021/22, por sua vez, teve um início delicado. Novembro registrou grandes volumes de chuvas, superando a média para o mês em diversas áreas produtoras nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e “MATOPIBA”. Dessa forma, já na largada da safra de soja, o clima causou danos. “Já tivemos muitos casos de sinistros por causa de trombas d’água e chuvas excessivas, acarretando a necessidade de replantios da soja”, conta Diego Caputo, gerente comercial de agronegócio na FF Seguros.

Dezembro também registrou precipitações acima da média, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados em levantamento de janeiro de 2022. Na região Nordeste, especialmente na Bahia, as chuvas atingiram volumes de até 600 milímetros. Na região Norte, os acumulados ficaram predominantemente entre 200 e 400 milímetros. O Sudeste teve um mês de dezembro chuvoso, com Minas Gerais registrando volumes de 300 a 550 milímetros. Já no Centro-Oeste, as chuvas acumularam volumes principalmente na faixa de 200 a 400 milímetros.

A exceção ficou para a região Sul do Brasil, que teve chuvas abaixo da média na maior parte das áreas, com no máximo 130 milímetros registrados em dezembro. O prognóstico climático indicou o estabelecimento do La Niña, com 80% de chances de manutenção desse fenômeno no primeiro trimestre de 2022, podendo ainda perdurar até o início do próximo outono.

A conjuntura atual aponta para um cenário de muita irregularidade na distribuição de chuvas, o que se traduz em um verdadeiro pesadelo para a agricultura. Áreas situadas em uma mesma região produtora podem sofrer com excesso ou insuficiência de chuvas. “A previsão é a imprevisibilidade e as culturas de inverno são as que tendem a sofrer mais com intempéries. Será um ano com adversidades climáticas e o produtor que não estiver protegido vai correr sérios riscos”, analisa Caputo.

As incertezas também recaem na rotina da seguradora FF Seguros, que precisa se planejar adiantadamente, já pensando em estar preparada para atender com excelência todos os chamados que surgirem durante a temporada 2021/22. “O cenário atual é desafiador em todos os sentidos. Reforçamos o nosso planejamento operacional devido ao aumento das demandas de visitas periciais, realização de análises, laudos e processos de indenizações”, revela Caputo.

Os produtores podem administrar melhor os riscos investindo em tecnologias de agricultura de precisão para obter dados mais localizados e melhorar o manejo na fazenda. No entanto, mesmo assim, o clima sempre será uma incógnita perigosa. Por isso, as contratações de seguro agrícola devem ganhar impulso. “Com todos esses problemas que aconteceram em 2021, agora fica muito mais latente para o produtor o quanto é importante se proteger da variação climática. Existe uma percepção maior de como o risco climático precisa ser mitigado e, com isso, naturalmente o mercado de seguros vai seguir crescendo”, afirma Caputo.

A unidade de agronegócio da FF Seguros atualmente conta com atendimento direto de mais de 200 corretoras. A unidade de agronegócio da FF Seguros fechou 2021 com um valor aproximado de R$ 410 milhões em prêmios emitidos, montante muito superior aos R$ 280 milhões em prêmios registrados pela divisão agro em 2020.


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