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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

O hipocampo é o contador de histórias do cérebro


Cohn-Sheehy e colegas usaram ressonância magnética funcional para obter imagens do hipocampo de voluntários enquanto eles aprendiam e relembravam uma série de contos. "Coisas que acontecem na vida real nem sempre se conectam diretamente, mas podemos lembrar os detalhes de cada evento melhor se eles formarem uma narrativa coerente ", disse Brendan Cohn-Sheehy, um MD / Ph.D. estudante da UC Davis e primeiro autor do artigo.

As histórias, criadas especificamente para o estudo, apresentavam personagens principais e secundários e um evento. As histórias foram construídas de forma que algumas formassem narrativas em duas partes conectadas e outras não.

Os pesquisadores tocaram gravações das histórias para os voluntários no scanner de ressonância magnética funcional. No dia seguinte, eles os examinaram novamente enquanto os voluntários relembravam as histórias. Os pesquisadores compararam os padrões de atividade no hipocampo entre aprender e relembrar as diferentes histórias.

Como esperado, eles viram mais semelhanças para aprender partes de uma história coerente do que para histórias que não se conectavam. Os resultados mostram as memórias coerentes sendo tecidas juntas, disse Cohn-Sheehy.

"Quando você chega ao segundo evento, está voltando ao primeiro evento e incorporando parte dele na nova memória", disse ele.


Hipocampo tece memórias

Em seguida, eles compararam os padrões do hipocampo durante o aprendizado e a recuperação. Eles descobriram que, ao relembrar histórias que formaram uma narrativa coerente, o hipocampo ativa mais informações sobre o segundo evento do que ao relembrar histórias não conectadas.

"O segundo evento é onde o hipocampo está formando uma memória conectada", disse Cohn-Sheehy.

Quando os pesquisadores testaram a memória das histórias dos voluntários, eles descobriram que a capacidade de trazer de volta a atividade hipocampal do segundo evento estava ligada à quantidade de detalhes que os voluntários conseguiam lembrar.

Enquanto outras partes do cérebro estão envolvidas no processo de memória, o hipocampo parece juntar peças ao longo do tempo e transformá-las em memórias narrativas conectadas, disse Cohn-Sheehy.

O trabalho faz parte de uma nova era nas pesquisas sobre memória. Tradicionalmente, na neurociência, os pesquisadores estudam os processos básicos da memória envolvendo informações desconectadas, enquanto a psicologia tem uma tradição de estudar como a memória funciona para capturar e conectar eventos no "mundo real". Esses dois campos estão começando a se fundir, disse Cohn-Sheehy.

"Estamos usando imagens cerebrais para obter processos de memória realistas", disse ele.

A pesquisa sobre os processos de memória pode levar a melhores testes clínicos para os estágios iniciais do declínio da memória no envelhecimento ou demência, ou para avaliar os danos à memória causados ​​por lesões cerebrais.

Os autores adicionais do estudo são: Jordan Crivelli-Decker, Kamin Kim e Alexander Barnett na UC Davis; e Angelique Delarazan, Zachariah Reagh e Jeffrey Zacks na Washington University St. Louis. O trabalho foi parcialmente financiado pelo U.S. Office of Naval Research e pelo National Institute of Aging.

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

Fonte: The hippocampus constructs narrative memories across distant events, Current Biology (2021). DOI: 10.1016/j.cub.2021.09.013


Novembro Azul: Médico explica Relação do Câncer de Próstata e Queda Capilar


Câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto.
 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, no Brasil, estima-se que aproximadamente 66 mil novos casos de câncer de próstata sejam registrados para cada ano do triênio 2020-2022. Esse número corresponde a 62,95 casos a cada 100 mil homens. Sem considerar o tumor de pele não-melanoma, o de próstata aparece como o mais incidente entre o sexo masculino em todas as regiões do país. O que se sabe é que este tipo de câncer afeta principalmente homens com idade mais avançada: cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, sendo raro antes dos 40 anos.

 Dr. Thiago Bianco, um dos maiores  experts do país  em transplantes e tratamentos capilares alerta sobre fatos importantes relacionados ao câncer de próstata e queda capilar.

1- Queda de cabelos precoce pode ser um alerta?

Sofrer com queda de cabelos não significa necessariamente que o homem tem uma doença como o câncer de próstata. Mas, quando os fios caem de forma excessiva isso pode ser um sinal.

No universo das pesquisas nesta área, especialistas franceses já estudaram essa relação que foi publicada na revista Annals of Oncology. No estudo, os médicos compararam 388 homens com tumor na próstata. Uma das conclusões detectou que os homens que ficaram calvos antes dos 30 anos tiveram mais chance de desenvolver a doença. Agora, para os pacientes que se depararam com a calvície após os 40 anos, o risco foi muito menor. Associar a calvície aos hormônios androgênicos como a testosterona é comum e 50% do universo masculino pode desenvolver calvície em algum momento da vida. Em caso de dúvidas, consultar o especialista certo faz toda a diferença.


2- Alopécia após quimioterapia: o que fazer?

Se o homem está em tratamento para o câncer de próstata, a perda dos cabelos é um efeito colateral comum. Isto porque apesar da quimioterapia ser muito eficaz na remoção das células cancerígenas, com as sessões muitas células responsáveis pelo crescimento dos fios também são eliminadas.

Neste momento, o passo mais importante é que o paciente fique bem e realize todas as sessões com o oncologista. Claro que após um certo tempo, muitos pacientes querem reconstruir os fios e se perguntam se é possível fazer alguma coisa com a alopécia. Sim, é possível! O ideal, antes de tudo é fazer uma avaliação  pois somente esta análise irá determinar qual o melhor tempo para pensar em um tratamento e a melhor técnica para cada caso.


3- Como funcionam os transplantes capilares após a quimioterapia?

Muitas pessoas se perguntam se é seguro e possível fazer um transplante capilar após a quimioterapia. A resposta é positiva, mas antes de decidir, a  avaliação é essencial pois o transplante poderá ser feito quando a queda de cabelo não é total. Contudo, graças aos avanços na medicina capilar, este procedimento traz resultados naturais e extremamente eficazes.

Por sua atuação de excelência, Dr Thiago Bianco se tornou o especialista em transplante capilar mais procurado pelos famosos como cantor Roberto Carlos, a dupla sertaneja Marcos e Belutti, Lucas Lima, (marido da cantora Sandy), Santiago (dupla Guilherme e Santiago), Tom Cavalcante e Lucas Lucco (artistas), além de diversos jogadores de futebol e atletas já realizaram transplantes com o cirurgião.  

 


Dr.Thiago Bianco, médico expert em transplantes capilares – Pioneiro na técnica FUE (Follicular Unit Excision), Bianco é um dos maiores especialistas em giga sessões com densidade extrema, tornando-se conhecido mundialmente por suas cirurgias. Dr. Thiago Bianco foi graduado em medicina em 2006, e especializou-se em cirurgia geral e trauma, além de direcionar sua carreira para a área de implante capilar. Membro titular da ISHRS (International Society of Hair Restoration Surgery), atualmente realiza um trabalho pioneiro com as técnicas de FUT (Follicular Unit Transplant) e FUE (Follicular Unit Extraction) Site: https://www.thiagobianco.com.br    

Instagram: @thiagobiancoleal  

https://www.instagram.com/thiagobiancoleal/


Biohacking: o futuro para otimizar todo o funcionamento do seu corpo

Especialista em biohacker lista as principais dúvidas e como a técnica ajuda a melhorar a qualidade de vida


Conhecido ao redor do mundo, o Biohacking é uma técnica que promete revolucionar e tem como objetivo aumentar o desempenho do corpo em todos os sentidos. Basicamente, por ser uma abordagem de auto-saúde para melhorar a qualidade e a longevidade de vida, a técnica busca formar humanos capazes de elevar seu desempenho corporal ao nível máximo.

De acordo com a médica atuante em nutrologia, medicina integrativa, palestrante e biohacker, Dra. Roberta Genaro (@drarobertagenaro), as pessoas visam melhorar consideravelmente o desempenho do próprio corpo, com implantes ou substâncias que melhoram sua capacidade.

Há duas vertentes de abordagem do biohacking: interativa e não interativa. Segundo a profissional, quando é utilizado implantes que melhoram a capacidade do corpo, como por exemplo mulheres que implantaram um chip no braço que libera anticoncepcional periodicamente até pessoas que injetam substâncias nos olhos para ter visões noturnas, é considerada uma prática interativa. Em contrapartida, quando é utilizado elementos externos para melhorar a performance, como luz azul para dormir profundamente, jejum intermitente para aumentar os níveis de energia ou áudios binaurais para aumentar a concentração, pode-se considerar uma abordagem não interativa. "Em ambos os casos o objetivo é o mesmo: hackear a própria biologia para procurar sempre a melhor versão de você mesmo", explica a profissional.

Por mais que a técnica pareça futurista e longe da realidade, diariamente podemos esbarrar com exemplos do dia a dia, como uma pessoa que nasce com problemas de visão e precisa utilizar lentes de contato para poder enxergar.


A alimentação influencia?

Não é novidade que a alimentação tem ficado cada vez mais desastrosa. Hoje, o consumo de alimentos industrializados, com muito açúcar, conservantes e outras substâncias aumentaram significamente e automaticamente acabam com nossa saúde e reduzem a performance consideravelmente.

"No caso da alimentação, hackear a dieta significa consumir alimentos adequados que vão ser benéficos para a saúde, o foco e a produtividade. Existem inúmeros nutrientes que agem diretamente no cérebro e são capazes de melhorar a performance no dia a dia, como o ômega-3 e vitaminas B e D. Tudo é baseado na ciência e na condição genética. Hoje somos capazes de descobrir quais são os alimentos tolerados pelo organismo testando o próprio DNA. Temos que ter em mente que nosso corpo é inteiro interconectado", frisa Dra. Roberta.


E o sono?

Utilizar a técnica do biohacking para ter uma melhor noite de sono inclui a exposição de alguns tipos de luzes antes de dormir, além de algumas técnicas simples para atribuir um bom descanso.

"Alguns hábitos simples fazem toda a diferença na hora de dormir. Por exemplo, tente dormir em um quarto totalmente escuro. Além disso, evite ingerir cafeína após as duas horas da tarde ou grandes refeições antes de deitar. Na técnica biohacker, a qualidade do sono vale muito mais do que a quantidade. É neste momento que nossos órgãos se regeneram e nosso cérebro elimina todas as toxinas acumuladas durante o dia", finaliza a profissional.


Halitose só se dá pela má higienização?

As causas do mau hálito perpassam a má higienização


Quando se fala em mau hálito, é comum a crença de que esse problema bucal se deve somente à má escovação. No entanto, não é bem assim. A Dra.Cláudia C. Gobor, atual conselheira e ex-presidente da Associação Brasileira de Halitose, explica que as causas do mau hálito podem passar de 60.

Ainda existe a crença de que pessoas com mau hálito não limpam bem a boca, mas nem sempre o problema está associado com a falta de higiene oral. “Mesmo quem escova os dentes da maneira adequada pode sofrer com a halitose, que pode ter mais de 60 causas, sendo que 90% delas são bucais”, afirma a especialista. 

A diminuição de saliva é a razão mais frequente para o mau odor. Além de promover uma limpeza da língua, a saliva contém mais de 15 agentes que impedem o crescimento das bactérias patogênicas, aquelas com o poder de provocar doenças. "A diminuição do fluxo salivar e o aumento da descamação da parte interna da boca levam à formação de uma placa esbranquiçada na língua, que é chamada de saburra ou biofilme lingual", explica Gobor. 

De manhã, é normal ter alteração no hálito, devido à hipoglicemia ocasionada por horas sem comer e também a baixa produção de saliva. “Estresse, ansiedade e tensão, medicamentos como fórmulas para emagrecer e antidepressivos, baixo consumo de água, uso da fala por longos períodos, respiração pela boca e radioterapia nas regiões da cabeça e pescoço, afetando as glândulas salivares, são alguns dos responsáveis pela boca seca”, enumera a cirurgiã-dentista.

O tratamento da halitose depende da origem. Há casos de tratamento multidisciplinar, em que o paciente precisa de acompanhamento médico, como o otorrinolaringologista por causa de desvio de septo nasal, ou o endocrinologista para os diabéticos. Além de limpezas dentais periódicas, pode ser necessário utilizar enxaguante bucal adequado, gel com ação microbiana e estimuladores salivares (gustatórios, mastigatórios, fármacos e sessões de tens, laser e acupuntura) para que o fluxo salivar se normalize. O tratamento dura, em média, três meses, mas em 30 dias já se consegue ver bons resultados.

 


Dra. Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva
website: https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
Instagram: @bomhalitocuritiba

Facebook: @bomhalitocuritiba


Dia Mundial de SQF: campanha promove prato com pouca gordura assinado pelo chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó, para alertar sobre doença rara

Iniciativa da Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar chama atenção para a doença e incentiva a dieta hiperrestritiva que precisa ser adotada pelos pacientes


Com o intuito de promover o conhecimento sobre a Síndrome de Quilomicronemia Familiar (SQF) e estimular o diagnóstico correto e precoce a Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (AHF) desenvolveu o Desafio Pouca Gordura. Durante o mês de novembro, serão desenvolvidas ações que darão visibilidade sobre a doença, seus sinais e sintomas, e para quem convive com a doença.

A SQF se origina a partir de uma falha no gene responsável pela produção da enzima lipoproteína lipase (LPL) ou por falhas em outros genes associados à LPL¹. Isso provoca um acúmulo de partículas de gordura que transportam os triglicérides pelo sistema sanguíneo e que se chamam quilomícrons. O excesso de quilomícrons eleva muito as taxas de triglicérides o que pode gerar dores abdominais, pancreatite e até mesmo levar à morte.

Considerando que os pacientes com essa condição têm que fazer uma dieta bastante restritiva, o projeto prevê que o profissional de educação física e comentarista da rádio CBN, Márcio Atalla, desafie o chef Rodrigo Oliveira, do restaurante Mocotó, um dos mais renomados restaurantes de comida nordestina da cidade de São Paulo, a criar um prato com apenas 5g de gordura. Posteriormente, a nutricionista Fernanda Scheer e os ex-participantes do Master Chef Brasil, Brissa Loselli e Hugo Merchan, serão desafiados a reproduzirem o prato do chef.

A SQF é uma doença hereditária rara e pode se manifestar desde a infância até a fase adulta, entretanto, ainda é bastante desconhecida entre os médicos, o que consequentemente pode resultar em um diagnóstico errôneo e tardio². Além das altas taxas de triglicerídeos no sangue também pode desencadear alterações nos vasos da retina, chamadas de lipemia retinalis e lesões cutâneas ou xantomas eruptivos³.

Estima-se que a doença afete entre uma e duas a cada 1 milhão de pessoas no mundo[1,2] e ainda não há dados oficiais de prevalência no Brasil. O tratamento é multidisciplinar e tem como base uma dieta extremamente sem gorduras, com acompanhamento nutricional².

Para conferir a receita do prato com pouca gordura do chef Rodrigo Oliveira e saber mais sobre o Desafio, acesse o Instagram @papopoucagordura.


Sobre a deficiência de SQF

A SQF é uma doença genética de herança recessiva, ou seja, é necessário que tanto o pai quanto a mãe de um indivíduo afetado, tenham um gene alterado; portanto, o risco de recorrência para a prole (os filhos) de pais portadores (do gene alterado) é de 25% para cada gestação do casal. Além disso, estima-se que a prevalência seja entre uma e duas em cada um milhão de pessoas[1,2]. Para o diagnóstico, a pessoa pode procurar por especialistas como geneticista, cardiologista, pediatras, gastroenterologistas, endocrinologistas e oftalmologistas². O diagnóstico da síndrome pode ser feito através do exame clínico, laboratorial e confirmado por teste genético. Em um exame de sangue é possível avaliar a ausência ou deficiência da enzima LPL, assim como os níveis de triglicérides.



Sobre a Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar

A Hipercolesterolemia Familiar (HF) é uma doença genética hereditária, na maioria quase absoluta dos casos, autossômica dominante. A alteração genética provoca altos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade, o LDL. Apesar de possuir tratamento, seu diagnóstico tardio, dificulta sobremaneira a prevenção da DCV, sendo uma das causas genéticas mais comuns na doença cardiovascular prematura.

Para mudar este cenário, em 21 de maio de 2014 foi fundada a AHF - Associação Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar, formada por pessoas com HF, familiares e profissionais interessados em HF. A AHF conta com o apoio de médicos especialistas em seu Conselho Científico. Por toda sua expertise em dislipidemias genéticas e empatia, não poderia deixar de lado esta doença rara, também relacionada com o metabolismo de lipídeos. Assim, a AHF abarca este desafio para acolher as pessoas com SQF e aumentar a conscientização sobre o tema.

 

Referências:

¹Baass A, Paquee M, Bernard S, Hegele RA. Familial chylomicronemia syndrome: an under recognized cause of severe hypertriglyceridaemia [published online ahead of print, 2019 Dec 16]. J Intern Med. 2019;10.1111/joim.13016.
²Falko JM. Familial chylomicronemia syndrome: a clinical guide for endocrinologists. Endocr Pract. 201824(8):756-763.
³Feoli-Fonseca JC, Lévy E, Godard M, Lambert M. Familial lipoprotein lipase deficiency in infancy: clinical, biochemical, and molecular study. J Pediatr. 1998;133(3)417423.Jensen, R.G.; Lipid Technology 1998, 3, 34.


SARS-CoV-2 aumenta o gasto energético de células do cérebro para se replicar

Constatação foi feita por meio de experimentos feitos com hamsters e com astrócitos isolados dos roedores (proteína spike do SARS-CoV 2 em verde e, em azul, os núcleos dos astrócitos; imagem: Lilian Gomes de Oliveira e Yan de Souza Angelo/ICB-USP)

 

Alterações de memória recente e confusão mental estão entre as sequelas neurológicas mais comuns da COVID-19. E experimentos com hamsters conduzidos na Universidade de São Paulo (USP) podem ajudar a entender como esses sintomas surgem e talvez até indicar um caminho para combatê-los.

A pesquisa foi conduzida com os animais vivos e também com astrócitos isolados do sistema nervoso central dos roedores e cultivados in vitro. Os resultados sugerem que a infecção pelo SARS-CoV-2 acelera o metabolismo dessas células nervosas e aumenta o consumo de moléculas usadas na geração de energia, como a glicose e o aminoácido glutamina.

O grande problema é que a glutamina também é importante para a síntese de glutamato – o principal neurotransmissor envolvido na comunicação entre neurônios –, que aparentemente fica prejudicada. Nos animais, a presença do vírus e alterações no nível de proteínas relacionadas com o metabolismo energético foram observadas no hipocampo (região do cérebro fundamental para a consolidação da memória e para o aprendizado) e no córtex (também importante para a memória, a cognição e a linguagem).

“Ao que tudo indica, o SARS-CoV-2 superativa o metabolismo dos astrócitos de modo a obter mais energia para replicar seu material genético e produzir novas partículas virais. Tanto que, quando usamos uma droga para bloquear a glutaminólise [a produção de energia a partir de glutamina], a replicação viral nas células em cultura foi reduzida em cerca de um terço”, conta Jean Pierre Peron, professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), pesquisador da Plataforma Científica Pasteur-USP (SPPU) e coordenador da investigação.

O projeto contou com a colaboração de grupos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Recebeu apoio da FAPESP por meio de sete projetos (20/06145-420/07251-217/27131-915/15626-820/04579-7, 20/04746-0 15/25364-0). Resultados preliminares foram divulgados no repositório bioRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares.

Evidências anteriores

Os astrócitos são as células mais abundantes do sistema nervoso central e entre as suas diversas funções está a de dar suporte ao funcionamento dos neurônios fornecendo nutrientes como, por exemplo, glicose e glutamina. Eles também regulam a concentração de neurotransmissores e de outras substâncias com potencial de interferir no funcionamento neuronal, como o potássio. Além disso, integram a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro contra patógenos e toxinas.

Ainda em 2020, o grupo coordenado por Thiago Cunha na FMRP-USP analisou o tecido cerebral de pessoas que morreram de COVID-19 e confirmou a presença do SARS-CoV-2 no interior dos astrócitos.

Já na Unicamp, a equipe de Daniel Martins-de-Souza demonstrou que o novo coronavírus é capaz de infectar e de se replicar em astrócitos humanos derivados de células-tronco pluripotentes induzidas (IPS, na sigla em inglês), método que consiste em reprogramar células adultas da pele ou de outros tecidos de fácil acesso (leia mais em: agencia.fapesp.br/34364).

Testes in vitro feitos na época indicaram que a infecção induzia alterações em vias bioquímicas relacionadas ao metabolismo energético. Esse achado foi reforçado agora com os experimentos feitos na SPPU.

“Todo esse conjunto de dados sugere que o comprometimento do sistema nervoso central em infectados pelo SARS-CoV-2 passa pelos astrócitos e o metabolismo de energia tem um papel importante nesse processo”, diz Martins-de-Souza à Agência FAPESP.

Resultados recentes

Após infectar astrócitos de hamsters com o SARS-CoV-2, os pesquisadores observaram que as células passaram a produzir moléculas inflamatórias (citocinas) e notaram uma mudança na expressão de proteínas relacionadas com o metabolismo de carbono (glicose). Ao analisar os metabólitos presentes na cultura de células, perceberam que algumas substâncias estavam bem reduzidas em comparação ao controle (astrócitos não infectados).

“Vimos que havia uma menor quantidade de glutamina e de outras moléculas envolvidas na geração de energia e na síntese de proteínas, como aspartato, piruvato e alfa-cetoglutarato. Esse resultado sugere que a célula está muito ativada metabolicamente. Acreditamos que isso ocorre porque o vírus demanda mais energia para se replicar”, explica Peron.

Em outro experimento, as culturas de astrócitos foram colocadas em um aparelho capaz de medir o consumo de glicose e de oxigênio – técnica conhecida como respirometria. A análise confirmou o metabolismo mais acelerado das células infectadas.

“Como se trata de sistema nervoso central, nos chamou a atenção o fato de a glutamina estar mais baixa, pois ela é matéria-prima para a síntese de glutamato e cerca de 90% das sinapses são mediadas por esse neurotransmissor. Aparentemente, portanto, a infecção causa um desbalanço de energia que, por sua vez, leva a um desbalanço nos níveis de glutamato. É possível que isso altere o funcionamento dos neurônios, mas é algo que ainda precisa ser testado”, afirma o professor do ICB-USP.

Quando os astrócitos infectados foram tratados com uma droga capaz de bloquear a glutaminólise, a replicação viral foi reduzida – houve queda tanto na concentração de RNA viral como na quantidade de partículas de SARS-CoV-2 presentes no meio de cultivo.

Nos testes in vivo, os hamsters foram infectados por via intranasal e a presença do vírus no sistema nervoso central foi monitorada até 14 dias depois. Foi possível observar que, assim como ocorreu in vitro, a infecção induziu a produção de citocinas inflamatórias e também causou alterações no perfil de proteínas cerebral.

“Observamos a presença de partículas virais no hipocampo e no córtex – duas regiões ricas em glutamato. Vimos também alterações em várias proteínas relacionadas com o metabolismo de carbono e de glutamina. Isso nos faz pensar que algo similar esteja ocorrendo em humanos e talvez essa seja a origem de sintomas como perda de memória, prejuízos cognitivos, dificuldade de concentração e confusão mental”, opina Peron.

Martins-de-Souza comenta que, nos testes com astrócitos humanos, a redução de glutamina já havia sido observada. “Esses novos achados confirmam que a glutaminólise é um processo importante para replicação viral. Estamos, portanto, falando de um alvo no cérebro que pode ser explorado na busca de terapias”, afirma.

Para Peron, algo mais factível de ser testado no curto prazo é o tratamento das sequelas neurológicas da COVID-19 com fármacos capazes de modular as sinapses mediadas por glutamato. Esse tipo de medicamento já é usado em pacientes com Alzheimer.

O artigo SARS-CoV-2 Infection Impacts Carbon Metabolism and Depends on Glutamine for Replication in Syrian Hamster Astrocytes pode ser lido em: www.biorxiv.org/content/10.1101/2021.10.23.465567v1.

 


Karina Toledo

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/sars-cov-2-aumenta-o-gasto-energetico-de-celulas-do-cerebro-para-se-replicar/37231/


Depressão, ansiedade e dores musculares aumentaram na pandemia, diz estudo

Acupuntura e outras técnicas podem ajudar no alívio dos sintomas e melhora global dessas condições


Um estudo publicado no The Lancet, recentemente, apontou que a pandemia do Covid-19 levou ao aumento global da depressão e da ansiedade. De acordo com a pesquisa, o aumento de casos de depressão de 2019 para 2020 foi de 28% e de ansiedade de 26%.

O problema é que a depressão e a ansiedade, como alguns outros transtornos mentais, nunca vêm sozinhos. Em muitos casos, há presença de dores crônicas e outras condições físicas.

Um estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas de São Paulo, mostrou que mais da metade das pessoas com transtornos do humor apresenta dores crônicas.

Para o médico especialista em acupuntura, Dr. Eduardo Costa Neto, o agravante da pandemia é que as pessoas ficaram paradas, sem se movimentar.

“Na verdade, é uma somatória de acontecimentos. Normalmente, quem tem depressão costuma não ter energia para se exercitar. Com a necessidade de ficar em casa, a inatividade, certamente, foi ainda maior”.

“Já para os ansiosos, as dores podem estar relacionadas ao aumento do estresse e da tensão, já que normalmente quem sofre com a ansiedade acaba sendo mais agitado”, diz o médico.

 

Gravidade da dor

As evidências científicas ao longo dos anos demonstraram que, em geral, quem tem depressão e ansiedade costuma ter uma percepção maior da dor.

"Isso quer dizer que o limiar para sentir dor é menor do que na população em geral. Por outro lado, quem sente dores de forma crônica tem mais risco de desenvolver transtornos do humor. Portanto, são condições que quase sempre estão relacionadas”, afirma Neto.

 

Acupuntura pode ajudar

Nos últimos anos, a acupuntura ganhou mais espaço no Brasil com a sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma terapia integrativa que pode ajudar a melhorar tanto os sintomas físicos como os emocionais.

“A acupuntura sempre foi vista como uma terapia voltada para o alívio de dores devido ao seu mecanismo opiodorrégico. Em outras palavras, o estímulo de pontos de acupuntura leva a alterações no funcionamento do sistema nervoso central. Isso, por sua vez, modula a liberação dos neurotransmissores que são essenciais para a melhora da dor e dos transtornos do humor”, explica Neto.

 

Técnicas integradas

“Hoje, é preciso avaliar o paciente como um todo. Algumas técnicas, como a acupuntura, por exemplo, podem ser usadas juntamente com a medicação. Além disso, todo e qualquer exercício físico também regula os neurotransmissores envolvidos tanto nos distúrbios do humor, quanto nas dores em geral”, reforço o especialista.

"Portanto, agora que estamos em um momento mais tranquilo da pandemia, com o retorno das atividades profissionais, escolares e sociais, é importante que as pessoas adotem um estilo de vida mais saudável, incluindo a prática de uma atividade física e procurem terapias como a acupuntura, por exemplo, para aliviar os problemas físicos e mentais", encerra Neto.

 

Incidência de Diabetes cresce 16% entre 2019 e 2021

Federação Internacional de Diabetes aponta que a doença atinge 10% da população adulta, no mundo

 

O tradicional mês de conscientização sobre diabetes - Novembro Diabetes Azul - começa com um dado alarmante, o aumento de 16% na incidência de diabetes em meio à população adulta em todo o mundo. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla da nomenclatura em inglês), entre 2019 e 2021, o número de pessoas com a doença aumentou em 74 milhões - totalizando 537 milhões de adultos. No Brasil, as estimativas mais recentes somam 16,8 milhões de pessoas com a doença (cerca de 7% da população). Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), esse número também pode aumentar, no país, em função da atual pandemia que provocou maior dificuldade no acesso e manutenção da alimentação saudável, menores índices de atividade física e evasão dos sistemas de saúde.

A coordenadora do Departamento de Campanhas da SBD, Dra. Dhianah Santini de Oliveira, aponta que este cenário é muito preocupante visto que a doença age de maneira silenciosa. "No Brasil, 50% da população não sabe que tem a doença. Em boa parte dos casos, a descoberta ocorre em virtude de sintomas iniciais decorrentes de alguma complicação". A médica ainda aponta que a crescente dificuldade em manter a alimentação saudável, associada à diminuição da frequência de atividade física, em função da pandemia por Covid-19, tem contribuído para o surgimento de novos casos de diabetes e para a desestabilização dos níveis de glicemia entre aquelas que já iniciaram tratamento.

O endocrinologista Dr. Marcio Krakauer, coordenador do Departamento de Saúde Digital, Telemedicina e Tecnologia Em Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes, destaca também que, além das complicações físicas, os novos casos da doença demandam redobrados esforços em saúde pública para assistência de pacientes. "Recentemente, observamos um cenário de desabastecimento de insulinas de ação rápida em vários pontos do país, impactando o tratamento, sobretudo, da parcela mais desassistida da população. Hoje, no Brasil, pelo menos 6,5 milhões necessitam de tratamento insulínico. Um aumento no contingente de pessoas com diabetes exigirá um maior planejamento nas formas de atendimento, distribuição de medicamentos e ainda de ações para a prevenção de complicações como retinopatias, amputações e outras".


Novembro Diabetes Azul - SBD

Para ampliar o acesso a informações seguras e a conscientização sobre o diabetes, a Sociedade Brasileira de Diabetes promoverá, ao longo do mês de novembro, uma série de ações especiais para elucidar o tema. Neste ano, o mote principal da campanha Novembro Diabetes Azul é "Acesso ao cuidado para o diabetes". Entre elas, figuram lives, corridas virtuais, entrevistas e outras iniciativas que possibilitem a participação remota. Entre os pontos altos da programação está o programa Especial 100 anos de Insulina, a ser veiculado no Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), que apresentará uma linha do tempo, desde o desenvolvimento da insulina, em 1921, até os dias de hoje com avanços nas tecnologias.

Em meio à lives, os temas abordados serão complicações ou doenças que se inter-relacionam com o diabetes, como saúde do coração, neuropatias, pé diabético, obesidade e outros. Os conteúdos ficarão disponíveis na plataforma de vídeos on demand da SBD, o Diabetes Play. Neste canal, ainda é possível acessar receitas, animações, podcasts, dicas de saúde e informações médicas para o bem-estar da pessoa com diabetes
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TSE conseguirá combater disparos em massa e fake news nas eleições de 2022?

Dois julgamentos realizados no Tribunal Superior Eleitoral que deixaram uma mensagem clara para as Eleições 2022: serão punidos candidatos que dispararem mensagens em massa por meios eletrônicos e que atacarem o sistema eleitoral brasileiro com as chamadas fake news. Apesar de não cassarem a chapa da candidatura de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão à Presidência da República em 2018, os ministros do TSE escancararam em suas motivações que os disparos por robôs via WhatsApp, com escopo de atacar adversários, não serão tolerados. Por outro lado, no segundo julgamento do tema, os ministros decidiram cassar o mandato e decretar a inelegibilidade do deputado estadual Fernando Francischini (PSL-PR) por divulgar notícias falsas sobre supostas fraudes no uso da urna eletrônica de votação também em 2018. 

Importante frisar que o TSE fixou tese no sentido de que o uso do disparo em massa via WhatsApp contendo desinformação poderá configurar abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social, fato que pode ensejar a cassação do registro do candidato infrator. Apesar do entendimento, o colegiado julgou improcedentes duas ações de investigação judicial eleitoral ajuizadas pela coligação Brasil Feliz de Novo, do PT, contra a chapa Bolsonaro-Mourão por ilícitos eleitorais que poderiam, em tese, levar à cassação e decretação da inelegibilidade de ambos. Entenderam que faltaram elementos que permitissem afirmar, com segurança, a gravidade dos fatos, requisito imprescindível para a caracterização dos fatos dolosos.

 Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes que irá ocupar a presidência do TSE no próximo pleito, frisou: "Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado e as pessoas que assim fizerem irão para cadeia, por atentar contra as eleições e contra a democracia no Brasil". 

Somadas a essas duas decisões, há o inquérito administrativo aberto no TSE em agosto para investigar ataques do presidente Jair Bolsonaro à urna eletrônica e à honra de ministros do judiciário. O futuro do presidente está nas mãos do novo relator, ministro Mauro Campbell, que pode transformar o caso em inquérito judicial, no qual Bolsonaro pode ser declarado inelegível. 

Agora, vamos aguardar como serão as arenas de batalhas das campanhas de 2022. O peso das mensagens virtuais será fundamental na balança das urnas. E quem não se adequar ao jogo limpo pode pagar um preço muito caro. Espera-se que o TSE consiga ter fôlego e ferramentas adequadas para fiscalizar as notícias falsas e os disparos por robôs, evitando, assim, vitórias manchadas por crimes e ações dolosas no pleito eleitoral.

 


Marcelo Aith - advogado, Latin Legum Magister (LL.M) em Direito Penal Econômico pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa – IDP, especialista em Blanqueo de Capitales pela Universidade de Salamanca e professor convidado da Escola Paulista de Direito.

 

Sua empresa está preparada para ser global

 

As exportações brasileiras cresceram 36% no primeiro semestre de 2021. Hoje, o Brasil é a 13ª maior economia global. Surfando nesta onda positiva para o comércio exterior, empresas de todos os portes têm mirado na internacionalização dos negócios. Muito disso se deve ao novo cenário gerado pela pandemia de Covid-19.  As empresas começaram a entender não só a necessidade, mas também as possibilidades mais facilitadas de se tornarem globais.

 

Porém, uma estratégia de internacionalização não acontece da noite para o dia. Ela precisa ser detalhadamente planejada. É fundamental, por exemplo, entender o produto, o preço aplicado, a legislação do mercado alvo, estudar a concorrência e os clientes antes de expandir para o mundo. Replicar a receita do mercado nacional ao mercado externo normalmente não é um bom negócio, pois as variáveis para criar uma relação Internacional são muitas. Não estamos falando simplesmente de exportação ou importação, mas de um ciclo de internacionalização que envolve conectar a compra de insumos ou produto acabado que agregue valor através da importação, a negociação com mercados que tenham acordos comerciais com o Brasil para fazer uso de isenção ou redução de tributação, expandindo as vendas através da exportação, aliando as duas operações aos benefícios tributários e legais locais para gerar maior rentabilidade, melhor competitividade ativando a inteligência de mercados globais ao comércio local.  

 

O primeiro passo quando se pensa em um projeto de internacionalização é montar um estudo de viabilidade, para entender as possibilidades do país de interesse. Só então começamos o planejamento estratégico através de uma metodologia própria desenvolvida com base na experiência de 25 anos criando estratégias internacionais e trazendo resultados expressivos para as empresas brasileiras. Também é fundamental estar atento às exigências do mercado internacional, como etiquetagem, registro de marca, tecnologia, qualidade de produto, processos burocráticos, licenças, etc. 

 

É necessário considerar toda a operação da empresa. Quando uma organização exporta é importante ela estar apta a fazer uso de benefícios fiscais ou projetos especiais através de programas do Governo. Vivendo esse ciclo, ela ativa rentabilidade, lucratividade, crescimento e competitividade também no mercado nacional. Quando usamos esses dois recursos de internacionalização conseguimos expandir a compra através de modalidades como o Drawback e aumentar competitividade e inovação, tudo com menor custo.

 

Esses são apenas alguns dos fatores a serem levados em conta em um processo de internacionalização. Muitas outras variáveis podem influenciar no sucesso da empresa. Mas, com um planejamento profissional e adequado para as necessidades de cada negócio, essa pode ser uma estratégia promissora, com grandes possibilidades de sucesso, aumento da produtividade e inovação.

 

 


Sheyla Patrícia Pereira, sócia da Father Estratégias Internacionais


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