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terça-feira, 5 de outubro de 2021

Pix noturno terá limite de R$ 1 mil. Medida já está valendo


Limite vale entre 20h e 6h. Contas de pessoas jurídicas não foram afetadas e clientes poderão alterar limites pelos canais de atendimento eletrônico

 

A partir desta segunda-feira (04/09), as transferências e pagamentos feitos por pessoas físicas entre as 20h e às 6h terão limite de R$ 1 mil. A medida foi aprovada pelo Banco Central (BC) em setembro, com o objetivo de coibir os casos de fraudes, sequestros e roubos noturnos.

As contas de pessoas jurídicas não foram afetadas pelas novas regras. A restrição vale tanto para transações por Pix, quanto para outros meios de pagamento, como transferências intrabancárias, via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), boletos e compras com cartão de débito.

O cliente poderá alterar os limites das transações por meio dos canais de atendimento eletrônico das instituições financeiras. No entanto, os aumentos serão efetivados de 24 horas a 48 horas após o pedido, em vez de ser concedidos instantaneamente, como era feito por alguns bancos. 

As instituições financeiras também devem oferecer aos clientes a possibilidade de definir limites distintos de movimentação no Pix durante o dia e a noite, permitindo limites mais baixos no período noturno.

Ainda será permitido o cadastramento prévio de contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, mantendo os limites baixos para as demais transações.

Na semana passada, o BC estabeleceu medidas adicionais de segurança para o sistema instantâneo de pagamentos, que entrarão em vigor em 16 de novembro.

Uma delas é o bloqueio do recebimento de transferências via Pix a pessoas físicas por até 72 horas, se houver suspeita de que a conta beneficiada seja usada para fraudes. 

 

 

FOTO: Agência Brasil

 

Fonte: Agência Brasil

Agência de notícias da Empresa Brasileira de Comunicação.

 

Como não deixar a LGPD na gaveta


Ouvir sobre vazamento de dados virou uma rotina. Há quem diga que o mais importante é perguntar quando e não se vai acontecer, afinal nenhuma solução é 100% segura. Na semana passada, o Banco Central comunicou a ocorrência do primeiro vazamento de dados de chaves PIX. Segundo a instituição, houve falhas pontuais no sistema do banco que guardava informações cadastrais, que não dão margem à movimentação de recursos e acesso às contas. Já o estudo Fast Facts, da Trend Micro, mostra que o Brasil assumiu, em julho, o 5º lugar no ranking de países mais afetados por ransomware, com 4,8% dos ataques globais. A lista é liderada pelos Estados Unidos, com 26,5%, seguidos por China, Índia e Alemanha. O Brasil também é o principal alvo de hackers que usam arquivos como isca, com 63,9% dos bloqueios desse tipo, seguido de longe pela Índia (13,5%), Indonésia, África do Sul e Itália.

Os números acendem o sinal vermelho das empresas que ainda não investem em políticas de prevenção a ataques cibernéticos. Se mesmo as instituições com políticas rígidas de segurança não estão imunes a vazamentos, imagine aquelas que ainda estão avaliando o que fazer. É bom que acelerem o ritmo de adequações tecnológicas para se preservarem, pois além do risco de macular a reputação em caso de falhas, as companhias devem estar cada vez mais atentas às implicações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que passou a aplicar multas oficialmente em agosto deste ano.

A lei deixa claro que quem responde por uma violação de segurança, como um vazamento de dados, são os agentes de tratamento – o controlador e o operador, ou seja, pessoas que estão envolvidas no tratamento de dados pessoais. De acordo com o artigo 46 da LGPD, esses profissionais devem adotar medidas de segurança – técnicas e administrativas – aptas a proteger os dados pessoais, principalmente de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas. Caso essas ações não sejam implementadas e isso leve à violação da segurança, o controlador e o operador deverão responder pelos danos causados.

A LGPD veio reforçar que, antes de usar a internet, uma determinada pessoa é dona de seus dados e tem, amparada na lei, o direito de que sejam preservados. Porém, as indefinições quanto às penalizações, os prazos “elásticos” para fiscalização e autuação acabam não ajudando na implementação da nova legislação de forma plena.

Apesar da possibilidade de autuação, algumas empresas começaram a visitar (ou revisitar) esse tema agora. A impressão é que trabalham como se tivessem um prazo maior para terminar as avaliações que já deveriam estar concluídas neste momento, como, por exemplo, o mapeamento dos dados. Por conta das mudanças significativas e de todos os desafios encontrados nos últimos 18 meses, acentuados pela pandemia e seu impacto financeiro em diversos setores, certamente o cumprimento à LGPD teve pouquíssima prioridade. Além disso, tenho a impressão de que muitos contam com a “sorte”, uma vez que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) não terá braços suficientes para fiscalizar todo o mercado e, por isso, apostam que o risco de serem autuados seja menor, pois a fiscalização será menos frequente.

Caso os consumidores não se engajem para cobrar uma atuação firme das corporações em relação à privacidade e segurança dos dados, corremos o risco de a  LGPD ficar na gaveta, mesmo que teoricamente esteja em vigor há dois meses. É necessário que haja uma educação forte e ampla da sociedade, pois somente com a  pressão dela as empresas passarão a tomar ações mais efetivas. Individualmente, as pessoas podem ter força reduzida para pressionar uma grande organização, mas se todos estiverem alinhados, entendendo seus direitos e pressionando as organizações por mudanças, certamente este item passará a ter relevância e prioridade internamente.

Neste momento, as empresas multinacionais que se adequaram à General Data Protection Regulation (GDPR) saem em vantagem, já que boa parte desse trabalho já foi feita para atender à legislação europeia. Mas, independentemente do grau de maturidade da empresa na adoção de ferramentas aderentes à legislação brasileira, é imprescindível que a segurança dos dados se torne uma prioridade para os CEOs.

Uma pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral (FDC) revelou que, das 207 empresas entrevistadas, 40% reconheceram não estarem plenamente adequadas à legislação. De acordo com o levantamento, os conselhos de 86% das corporações dizem ter conhecimento da LGPD e de seu impacto nos negócios, mas apenas 46% deles se reconhecem como responsáveis por sua implementação.

Para encontrar a melhor forma de se adequar à legislação e mitigar riscos, será fundamental entender os desafios existentes e traçar alternativas para superá-los. As empresas precisam se conscientizar da importância de promover transformações na cultura organizacional, investindo na revisão de processos, na adoção de novas ferramentas tecnológicas, no treinamento e orientação das equipes e na definição dos protocolos que garantam a todos o direito de manterem suas informações em segurança. Com agilidade na adequação às normas da LGPD e transparência na relação com clientes/usuários, certamente as instituições serão vistas pelo mercado como mais confiáveis e competitivas.



André Fernandes - diretor de Pré-vendas da NICE, empresa líder no Quadrante Mágico do Gartner em Contact Center as a Service pelo 7º ano consecutivo.

 

Estudo global: 87% das meninas e jovens mulheres acreditam que as fake news causam efeitos negativos em suas vidas. No Brasil, 72% receberam alguma mentira sobre a pandemia

Pesquisa realizada pela ONG Plan International ouviu 26 mil participantes em 26 países. Conclusões mostram que os impactos para as meninas são devastadores; abaixo-assinado apela para a alfabetização digital no mundo todo. Evento de lançamento no Brasil será em 6/10


Mais estressadas, ansiosas, preocupadas. Inseguras com as tensões sociais em suas comunidades. Ameaçadas por riscos físicos e, principalmente, para a saúde. Essas são algumas das consequências das fake news nas vidas das meninas que participaram do estudo Verdades e Mentiras – As meninas na era da desinformação e das fake news, realizado pela ONG Plan International com 26 mil meninas e jovens mulheres de 15 a 24 anos em 26 países, incluindo o Brasil, onde 1 mil meninas participaram. No primeiro estudo global em grande escala para entender o impacto da desinformação e das fake news associado a um olhar de gênero, nove em cada dez meninas (87%) disseram que as fake news afetaram negativamente suas vidas.

 

Em um mundo tão impactado pela pandemia de COVID-19, as informações disseminadas pela internet se tornaram ferramentas importantes para a conscientização sobre medidas sanitárias, prevenção, vacinação. Mas, nesta mesma esteira o mundo todo tem acompanhado um aumento significativo da disseminação de informações erradas e fake news, o que se tornou um grande problema que afeta todas as pessoas. Para as meninas, em especial, o impacto é devastador. No Brasil, a pesquisa aponta que 72% das participantes receberam alguma fake news sobre a pandemia; 32% acreditaram em uma fake news sobre a COVID-19 e 22% questionaram a necessidade de tomar a vacina. Não só no Brasil, mas nos países de baixa e média renda que participaram da pesquisa as meninas e jovens mulheres tiveram maior probabilidade de serem afetadas por fake news e informações erradas que circulam na internet.

 

“Todos os dias, meninas e jovens mulheres que navegam na internet são bombardeadas com mentiras e estereótipos sobre seus corpos, sua identidade e como devem se comportar. Imagens e vídeos são manipulados para objetificá-las e deixá-las envergonhadas. As meninas têm um medo muito real de que eventos e perfis falsos possam atraí-las e enganá-las, levando a situações perigosas também no mundo físico”, afirma Bhagyashri Dengle, Diretora Executiva de Política Transformativa de Gênero da Plan International.

 

Diante deste cenário, o estudo procurou descobrir quais são as consequências das desinformações e das fake news (informações errôneas) na vida das meninas e jovens mulheres. A pesquisa classifica as desinformações como informações falsas, enganosas e muitas vezes prejudiciais que as pessoas compartilham de forma deliberada para causar danos e/ou obter lucro. Já as fake news ou informações errôneas são as informações falsas, enganosas e muitas vezes prejudiciais que as pessoas compartilham por equívoco. No Brasil, muitas vezes é difícil diferenciar um grupo do outro.

 

Como parte da campanha Meninas Pela Igualdade (Girls Get Equal), a Plan International apoia meninas no mundo todo pedindo aos governos que tomem medidas imediatas para aumentar a alfabetização digital de crianças e jovens. A ideia é dar conhecimento e habilidades para que possam identificar informações falsas e se envolverem com confiança em espaços on-line. Este é o segundo ano consecutivo em que a Plan International se debruça em estudos globais sobre temas que afetam as meninas no universo on-line. No ano passado, a pesquisa Liberdade On-line? mostrou que 58% das meninas no mundo já sofreram assédio pela internet e pelas redes sociais. No Brasil, o número chegou a 77%.


 

Destaques da pesquisa


A Plan International Brasil fará o lançamento oficial da pesquisa no dia 6 de outubro, às 16 horas, em um debate com a jornalista Ana Paula Padrão, embaixadora da Plan, Natália Leal, CEO da Agência Lupa, Dani Conegatti, doutor em Educação pela UFRGS, professor e pesquisador de gênero, sexualidade e mídia, e Raíla Alves, gerente de empoderamento econômico e gênero na Plan International Brasil. A conversa será transmitida pelo canal da Plan no YouTube.

 

A pesquisa aponta que as descobertas revelam as consequências da desinformação e das fake news no dia a dia de meninas e jovens mulheres. Uma a cada três (35%) relata que as informações falsas estão afetando sua saúde mental, deixando-as estressadas, preocupadas e ansiosas – no Brasil, esse número chegou a 46%. O estudo descobriu que 20% das participantes se sentem fisicamente inseguras (25% no Brasil). Aqui, 38% das meninas acabaram discutindo com familiares e amigas/os e 30% ficaram menos confiantes para compartilhar suas opiniões. Elas também ficaram tristes e deprimidas (29%). No mundo, 18% pararam de se envolver na política ou em questões da atualidade e 19% afirmaram que sua confiança nos resultados eleitorais foi abalada. Sem dúvida, é um fenômeno que mina a confiança de meninas e jovens mulheres para participar da vida pública. O fenômeno ainda é reforçado quando elas acompanham casos de lideranças femininas que se veem alvo de rumores maldosos e teorias da conspiração criados para minar sua credibilidade, envergonhá-las e silenciá-las. Isso prejudica as ambições de liderança das meninas.

 

“A internet molda as opiniões das meninas sobre si mesmas, os problemas com os quais elas se importam e o mundo ao seu redor. Nossa pesquisa deixa claro que a disseminação de informações falsas on-line tem consequências na vida real. É perigoso, afeta a saúde mental das meninas e é outra coisa que as impede de se engajar na vida pública”, diz Bhagyashri Dengle.

 

Mas, afinal, como as meninas se informam e checam se as informações são verdadeiras? A pesquisa aponta que a fonte mais confiável para as informações é a grande mídia, selecionada por 65% das brasileiras, acima de instituições educacionais (31%) e familiares (30%). O governo federal foi apontado como confiável por apenas 17% das participantes nacionais.

“De forma geral, a pesquisa aponta que o cenário no Brasil é ainda mais crítico do que o observado em outros países, com efeitos cruéis sobre a vida, o desenvolvimento e a saúde mental de meninas e jovens mulheres”, afirma Cynthia Betti, Diretora Executiva da Plan International Brasil.

 

A pesquisa descobriu que o Facebook é a plataforma de mídia social que as meninas acreditam ter mais informações falsas e fake news, selecionada por 65% das entrevistadas. No Brasil, o WhatsApp está logo atrás, com 61% - bem acima da média mundial, de 27%.

 

Quase todas as meninas e mulheres jovens que participaram da pesquisa (98%) usam alguma estratégia para verificar se as informações que acessam on-line são verdadeiras. O mais comum (67%) é cruzar as informações com outras fontes, checar quem é o/a autor/a (53%) e se fornecem evidências (47%).

 

O que as meninas pelo mundo afirmam

Camila, de 20 anos, do Brasil, dá seu depoimento:

“Assim que precisamos ficar de quarentena, nossa rotina mudou totalmente para o virtual. Foi naquele momento que percebi o quão instantânea é a vida on-line e como é fácil ficar imerso naquele universo. Para não perder nenhuma novidade, acabamos não conferindo se a notícia é verdadeira ou falsa, nova ou antiga. A gente só lê, e se for interessante, sai compartilhando com os outros.

 

Isso, infelizmente, é fruto da cultura da desinformação no Brasil, que ficou mais presente na pandemia com diversos tipos de afirmações – verdadeiras ou não – sobre a vacina contra a COVID-19, sobre o como o governo está trabalhando para ajudar a população e por aí vai.

 

Em março de 2020, quando fiquei sabendo que o vírus havia chegado no Brasil, não acreditei. Continuei fazendo o que precisava fazer e, ao olhar à minha volta, percebi que as pessoas pensavam o mesmo que eu. Hoje penso ‘como isso aconteceu? Por que eu não acreditei logo?’. E me questiono se isso não foi consequência de estar em constante contato com fake news, e, ao ver uma notícia verdadeira, descredibilizá-la por parecer algo muito absurdo.”

 

Charlotte, de 23 anos, do País de Gales diz que a abundância de informações falsas na internet pode deixar as pessoas “muito, muito vulneráveis”. “Acho que às vezes há essa falta de responsabilidade no mundo on-line, onde as pessoas podem simplesmente fazer as coisas sem ter repercussões”, explica.

Já Mia, de 20 anos, do Quênia, destacou o fato de vivermos on-line. “Estamos fazendo tudo digitalmente. Então eu acho que [a alfabetização digital] deveria ser ensinada nas escolas primárias, nas escolas secundárias, nas universidades. Para que, quando crescermos, tenhamos uma visão melhor de como usar nossas plataformas digitais”, diz Mia.

Lilly, de 23 anos, do Malawi, ressalta os riscos para a saúde mental. “Quando você usa as redes sociais precisa estar psicologicamente apta e colocar sua mente no lugar, porque há muitos comentários negativos e muitas coisas ruins acontecendo na internet que podem fazer você ... não querer usar a internet.”

 

Rachel, de 18 anos, dos Estados Unidos, aponta o papel das empresas de mídias sociais no combate à desinformação. “Eu acho que elas [empresas de mídia social] precisam fazer um trabalho melhor para impedir a disseminação de informações falsas e fake news, sendo mais proativas para retirar posts denunciados, garantindo que as coisas venham de uma fonte ou algum tipo de sistema de checagem de fatos.”


 

Alfabetização digital


Como resultado da pesquisa, a Plan International está conclamando os governos a educar crianças e jovens na alfabetização digital. O estudo revelou que 67% das meninas e jovens mulheres nunca foram ensinadas a identificar informações falsas ou fake news na escola. “Precisamos dar ferramentas para as meninas e todas as crianças para um mundo cada vez mais digital. É por isso que estamos apoiando os apelos das meninas para que a alfabetização digital seja incluída em sua educação”, diz Bhagyashri Dengle.

 

A Plan International lançou um abaixo-assinado global, que será encaminhado aos governos defendendo a alfabetização digital de crianças e jovens. Todos e todas podem fazer parte do movimento. O link para assinar é plan.org.br.


 

Dados e metodologia da pesquisa mundial


A pesquisa Verdades e Mentiras – As meninas na era da desinformação e das fake news entrevistou meninas e jovens mulheres em 33 países em duas fases. A quantitativa teve mais de 26 mil adolescentes e jovens mulheres com idade entre 15 e 24 anos, em 26 países. Já a etapa qualitativa foi realizada com entrevistas aprofundadas em 18 países para investigar as experiências e opiniões de meninas e jovens mulheres.

Entre os países do estudo quantitativo estão Alemanha, Austrália, Brasil, Burkina Faso, Canadá, Colômbia, El Salvador, Equador, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Holanda, Indonésia, Itália, Jordânia, Malaui, Nepal, Peru, Quênia, Reino Unido, Suécia, Togo, Vietnã e Zâmbia. A coleta de dados foi feita por duas empresas de pesquisa de marketing – Ipsos e GeoPoll – de 5 de fevereiro a 19 de março de 2021.

 

 

Plan International

A Plan International é uma organização humanitária, não-governamental e sem fins lucrativos que promove os direitos das crianças e a igualdade para as meninas. Acreditamos no potencial de todas as crianças, mas sabemos que isso é muitas vezes reprimido por questões como pobreza, violência, exclusão e discriminação. E as meninas são as maiores afetadas. Trabalhando em conjunto com uma rede de parcerias, enfrentamos as causas dos desafios de meninas e crianças em situação vulnerável. Impulsionamos mudanças na prática e na política nos níveis local, nacional e global, utilizando o nosso alcance, a nossa experiência e o nosso conhecimento. Construímos parcerias poderosas há mais de 80 anos e que se encontram hoje ativas em mais de 70 países.


 

Sobre a Plan International Brasil

A Plan International chegou ao Brasil em 1997. Desde então, se dedica a garantir os direitos e promover o protagonismo das crianças, adolescentes e jovens, especialmente meninas, por meio de seus projetos, programas e ações de incidência e de mobilização social. Tem também viabilizado condições de subsistência em comunidades que sequer tinham acesso a recursos essenciais, como a água. Implementamos projetos no Maranhão, no Piauí, na Bahia e em São Paulo. Nossas estratégias, atuando em rede com outras organizações do terceiro setor e movimentos sociais, têm pautado as demandas das meninas em novos espaços do Legislativo, Executivo e na sociedade civil, alcançando todo o território nacional. Considerada uma das organizações mais confiáveis do país, a Plan International Brasil ficou entre as 100 Melhores ONGs do país em 2020 e recebeu a certificação A+ no Selo Doar Gestão e Transparência. A Plan acredita que um mundo melhor para as meninas é um mundo melhor para todas as pessoas. E, para construir uma sociedade mais justa e igualitária, conta com o apoio de embaixadoras como Ana Paula Padrão, Thainá Duarte, Joyce Ribeiro e Astrid Fontenelle. Mais informações: www.plan.org.br

 

Recrutamento deve valorizar a experiência do candidato

Alisson Souza, CEO da abler, dá dez dicas para empresas oferecerem um processo de seleção mais humanizado e agradável


Assim como o marketing lançou conceitos que hoje determinam como deve caminhar um negócio, como experiência do cliente ou CX – Customer Experience em inglês, experiência do usuário ou UX – User Experience, a área de Recursos Humanos também incorporou o conceito e adotou a experiência do funcionário ou EX – Employee Experience e a experiência do candidato ou CX – Candidate Experience.

Alisson Souza, CEO da Abler, startup criada por profissionais das áreas de Recursos Humanos e Tecnologia com o objetivo de conectar empresas e candidatos de maneira simples e amigável, afirma que o recrutamento e seleção é uma tarefa muito delicada por lidar com pessoas e seus sonhos. “Isso quer dizer que uma experiência ruim em um processo seletivo pode afetar e muito alguns profissionais”, adverte.

O empresário enumera dez dicas que podem ser úteis para os profissionais de Recursos Humanos, em especial de Atração de Talentos, oferecerem uma melhor experiência aos candidatos.


  1. Valorize a página de carreiras da empresa

A página de carreiras, também conhecida como “trabalhe conosco”, é a porta de entrada para candidatos que talvez estejam previamente interessados na empresa. Segundo Alisson, a experiência do candidato já deve começar nessa ação, para evitar que ele perca o interesse.

De acordo com o CEO da abler, é importante que a página tenha todas as informações necessárias com transparência, com fotos, vídeos institucionais e depoimentos, tornando o conteúdo bem mais atrativo. “É interessante também adicionar a missão, visão e valores, assim como a cultura da empresa, pois ajuda as pessoas a se identificarem com a organização, facilitando o fit cultural”, sugere.    

Outro ponto fundamental na opinião de Alisson é a usabilidade. “É importante que o site seja intuitivo, ou seja, fácil de usar e entender sem conhecimento prévio. Além de disponibilizar a página de forma responsiva, podendo ser acessada por celulares e tablets”, orienta.


  1. Planeje as etapas do recrutamento e seleção

Na opinião do CEO da abler, quanto antes a área de RH antecipar o processo, maiores as chances de fechar uma boa contratação. “Por isso, o planejamento da vaga é importante, pois conhecer bem e definir todos os critérios, conhecimentos e habilidades que o perfil ideal deve ter facilita a busca”, reforça Alisson.

Os principais passos para fazer um bom planejamento do processo seletivo são:

  • Conhecer bem a vaga aberta;
  • Elencar os conhecimentos básicos necessários;
  • Alinhar as soft skills (competências comportamentais) necessárias;
  • Estabelecer as etapas do funil de recrutamento;
  • Definir o canal de comunicação com os candidatos;
  • Escolher o canal de divulgação da vaga.

  1. Divulgue as vagas de forma clara

Um aspecto primordial considerado por Alisson é a descrição de vagas transparente e clara. Neste momento, o executivo afirma que o responsável pelo processo seletivo precisa reunir o maior número de candidatos possíveis, para então encontrar os com maior aderência. “Portanto, ter informações claras é imprescindível para conseguir atingir o público certo. Contudo, outro fator que ajuda na experiência do candidato é o formato em que esse anúncio é feito”, observa.

Ele cita como exemplo o uso de imagens e linguagem adequadas para cada cargo com termos da área e comunicação daquele público, no caso de uma vaga para designer. “Se a posição aberta for para a área financeira, o estilo de redação da vaga precisa ser completamente diferente”, ensina.


  1. Facilite a candidatura

Excesso de burocracias e formulários podem desgastar os candidatos e fazer com que eles desistam de se candidatar ao processo. Para Alisson, a página deve ser o mais intuitiva possível para facilitar o acesso das pessoas.


  1. Mantenha uma comunicação fluida com o candidato

Alisson recomenda, desde o primeiro contato, deixar claro para o candidato que o responsável pelo processo está disposto a tirar suas dúvidas e que há um canal aberto e de fácil acesso. “Lembre-se de contatar o interessado frequentemente, pois ele pode achar que não faz mais parte do processo”, aponta.


  1. Apresente a cultura da empresa

Segundo o CEO da abler, a partir do anúncio da vaga é muito importante deixar evidente os valores da empresa e apresentar sua cultura para familiarizar o candidato. Dessa forma, é possível gerar mais conexão com os interessados e as chances de encontrar o fit certo são maiores.

  1. Acolha o candidato

A entrevista e a aplicação de testes são momentos bem tensos para qualquer candidato. Alisson recomenda manter um clima amistoso de conversa e não de interrogatório. “Seja sempre agradável e lembre-se que estar ali não é um favor para o profissional”, comenta.


  1. Nunca esqueça de dar feedback

Manter uma comunicação fluida e acolher o candidato também pressupõe dar um feedback acerca do processo para que ele tenha noção se está indo bem ou se foi desclassificado. “Não tem nada mais chato do que não saber por que foi eliminado. Por isso, tenha empatia e sempre que possível deixe claro para os candidatos qual a posição deles na jornada da seleção”, recomenda Alisson.


  1. Monitore a experiência do candidato

O CEO da abler também recomenda ao profissional de Atração de Talentos ficar atento a todas as etapas do processo, como cada um dos candidatos reage a elas e, se necessário, perguntar a eles como se sentem, se tal etapa faz sentido ou não. “Dessa forma, gera-se uma conexão com o interessado e deixando-o mais à vontade para prosseguir na seleção”, argumenta.


  1. Invista em tecnologia

A tecnologia facilita a vida do responsável pelo recrutamento e a do candidato. Alisson recomenda o uso de software de recrutamento que:

  • otimiza os processos;
  • reduz o tempo de contratação;
  • facilita a triagem;
  • cria um ranking de melhores candidatos;
  • integra meios de comunicação com o candidato;
  • possibilita realizar entrevista online pela própria plataforma, sem precisar de cadastro;
  • padroniza as etapas;
  • gera relatórios automáticos.

 


Alisson Souza - Apaixonado por inovação, negócios digitais e R&S, Alisson trabalha há 15 anos no mercado de Tecnologia, sendo os oito últimos no mercado de Recrutamento e Seleção, quando exerceu o cargo de gestor de Tecnologia da Informação em uma das maiores consultorias de Recrutamento e Seleção do Brasil. É pós-graduado em Startups e Future Management pela HSM University. No final de 2017 cofundou a abler, plataforma para Recrutamento e Seleção (SaaS – ATS) 100% focada no aumento de produtividade e consequentemente na redução do tempo de fechamento das vagas. Neste negócio já auxiliou mais de 300 clientes a fechar 35 mil vagas na média, em oito dias. 


Smart streets: é possível viver a cidade de forma mais inteligente em cada esquina

De acordo com previsões da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% da população mundial viverá em áreas urbanas até 2050. Esse crescimento da urbanização resulta em uma pressão significativa sobre a habitação, transporte, sistemas de energia e demais infraestruturas. Iniciativas de cidades inteligentes que produzam avanços em tecnologia de sensores, Internet das Coisas (IOT), computação em nuvem, rede e ciência de dados são consideradas fundamentais para oferecer soluções à urbanização global.

Essas tecnologias podem beneficiar qualquer área urbana que busque usar dados para otimizar operações, como as ruas, que são a força vital das cidades. Elas desempenham funções econômicas e sociais e representam o domínio público do que é consumido ativa e passivamente, dependendo de como está estruturada. O processo de planejamento desses espaços públicos influencia fortemente a evolução das regiões.

As chamadas ruas inteligentes procuram combinar elementos tradicionais do domínio público com sistemas ciberfísicos para fornecer serviços aprimorados, por meio do uso da rua pelas partes interessadas. O grau da inteligência é derivado da aplicação de dados em tempo real obtidos por sensores físicos e virtuais; da interconexão entre diferentes serviços e tecnologias dentro da área urbana; da inteligência da interpretação dos dados e do processo de visualização deles e da otimização das operações resultantes dessa análise.

Existem soluções e aplicações de tecnologias digitais para melhorar e tornar as ruas mais inteligentes e, assim, podem aumentar a acessibilidade dos cidadãos. Como o mobiliário urbano responsivo, que usa tecnologia inteligente para tornar as ruas mais fáceis para pessoas com diferentes tipos de deficiência, incluindo mobilidade reduzida, baixa visão ou cegueira. Isso consiste em sinais digitais e sistemas de beacon instalados ao longo da rua que podem disponibilizar mensagens de áudio com informações, tempo de travessia mais longos e iluminação pública mais forte, que são ativados por meio de smartphones quando os usuários se aproximam de um item responsivo.

As ruas inteligentes também podem ceder à comunidade ações locais para melhorar a sustentabilidade ambiental e apoiar a conscientização e a educação por meio de inovação tecnológica. O exemplo disso está na lixeira inteligente, uma solução para coletar embalagens vazias e aumentar as taxas de reciclagem com um sistema de recompensas. As lixeiras são dispositivos de Internet das Coisas capazes de classificar e compactar os recicláveis automaticamente, com sensores que controlam o nível de enchimento de cada lixeira. Esses sensores conseguem registrar dados em tempo real sobre o nível de preenchimento. O processamento e gerenciamento são feitos via aplicativo, melhorando a gestão de tempo e eficiência dos funcionários da coleta. Assim como o sistema de recompensa por pontos que podem ser trocados por descontos em lojas e cafés na rua onde essa solução esteja instalada, em um incentivo à reciclagem.

Os sensores monitoram a qualidade do ar, som e vibração, água parada, microclima, tráfego, bem como outras atividades na via. Isso pode ser usado para informar e auxiliar em decisões para reduzir a poluição e aumentar a eficiência energética.

A Internet das Coisas promete uma ampla gama de infraestrutura verde, incluindo postes de luz inteligentes com iluminação eficiente e detecção ambiental; bancos inteligentes alimentados por energia solar e híbrida, que servem como pontos de carregamento para smartphones e e-bikes e postos de publicidade; pavimentação inteligente que coleta energia cinética para alimentar iluminação, entre outros serviços.

Uma rua permeada por tecnologias digitais irá gerar uma quantidade significativa de dados a partir dos objetos inteligentes no espaço e interações ativas e passivas do usuário com esses materiais. Medir e informar os impactos das intervenções na rua inteligente ajudam a tomar melhores decisões sobre a alocação de recursos, assim como comunica o progresso aos formuladores de políticas e à comunidade, construindo, portanto, apoio político e comunitário para financiamento de futuros projetos.

 


Débora Morales - mestra em Engenharia de Produção (UFPR) na área de Pesquisa Operacional com ênfase a métodos estatísticos aplicados à engenharia e inovação e tecnologia, especialista em Engenharia de Confiabilidade (UTFPR), graduada em Estatística e em Economia. Atua como Estatística no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).


Como gerar conversas relevantes com seus prospects?

Depois da onda dos blog-posts, o que as empresas têm feito para gerar conexões profundas com seus clientes em potencial?

 

 

Você já deve ter ouvido a frase que as marcas precisam entreter em vez de interromper, certo? Isso porque com a escalada de conteúdo sendo gerado a todo momento, a disputa por minutos de atenção está cada vez mais acirrada. No entanto, 90% das vezes que falamos de clientes em potencial no mundo dos negócios, a pauta fica atrelada à geração de leads e taxas de conversão, desconsiderando a profundidade da comunicação da marca com a audiência. Munir a equipe de vendas com listas e informações é, sem dúvidas, essencial para qualquer companhia. Porém, está longe de ser a única via. Investir em conteúdo e relacionamento, por exemplo, tem se mostrado um excelente caminho para quem busca conexões profundas e diferenciação.

 

“Fomentar o lifelong learning, transmitir conhecimento e proporcionar novas experiências por meio de conteúdo estão cada vez mais em alta. Mesmo quando a demanda chega pra gente como amplificação de mensagem publicitária, nosso time se dedica para adaptar o pedido para um tipo de entrega menos interruptiva e mais educativa", explica Gabrielle Teco, CEO da Qura, hub especializada em curadoria de conteúdos para empresas e executivos, que viu os negócios decolaram durante a pandemia em mais de 500%. 

 

Foi o que fez a Localiza ao lançar o podcast "Pé na estrada com o cliente". Produzido em parceria com a Qura, o programa entrevista especialistas em customer experience, dividindo com a audiência insights sobre como cuidar da jornada do cliente sob diferentes aspectos. "Outro exemplo legal é o Cloudly, trilogia em podcast da Oracle que conta a história da cloud no mundo. Como esse é o tema do momento entre as grandes empresas de tecnologia, optamos por diferenciar a marca oferecendo um conteúdo educativo, bem produzido e levando a mensagem da marca para uma audiência super qualificada", comenta Gabrielle.

 

Mas nem só de podcasts vivem as marcas. Embora o consumo por esse tipo de conteúdo tenha aumentado de maneira significativa - 200% em 2020, segundo o Spotify, principal plataforma de streaming de áudio do mundo - os eventos digitais seguem em alta como estratégia para gerar engajamento e conversas relevantes. "Depois da chuva de lives observada no início da pandemia, observamos uma queda de 35% da audiência em produtos menos interativos, como webinars e palestras. Já eventos no formato mesa redonda, onde o mediador consegue fazer a conversa parecer um bate-papo entre amigos, tiveram uma alta de 20% na audiência quando comparamos com os dados pré-pandemia", adiciona a CEO da Qura. 

 

Num mundo em que qualquer informação está a um clique de distância das pessoas, ir além do blog-post pode fazer toda a diferença para as marcas. As estratégias de SEO continuam relevantes, é claro. Mas passar para um próximo nível de conexão e engajamento com clientes em potencial exigirá das marcas não só criatividade, mas também uma preocupação genuína com a curadoria e a produção do conteúdo que elas assinam. 


 

 

Qura é uma hub especializada em criar conteúdos relevantes e de qualidade para empresas, executivos, empreendedores e interessados por negócios e comunicação.

 

Como a área de Recursos Humanos pode ajudar a sua empresa a ser mais sustentável?

Quando o assunto é sustentabilidade, é comum que as pessoas o relacionem às questões de meio ambiente, como exploração de recursos naturais e poluição. De fato, o conceito tem a ver com os temas citados, porém, também vai muito além disso. Quando falamos de sustentabilidade empresarial, os olhares se voltam para organizações que pensam e aplicam ações que vão beneficiar não só o seu negócio, como também o ecossistema em que está inserida.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um dos seus principais objetivos para os próximos anos é conscientizar e promover iniciativas sustentáveis em grande parte dos países. Para isso, é necessário que, principalmente, grandes empresas, estejam também empenhadas nesses esforços. No entanto, abordar a sustentabilidade e as soluções para se adequar a ela não é um papel só de grandes instituições, mas de toda e qualquer companhia que se importe com causas ambientais e com o futuro do planeta.

De acordo com uma pesquisa da Opinion Box, 33% dos entrevistados acham a sustentabilidade de uma empresa um fator muito importante na hora de comprar um produto ou serviço. Além disso, 55% dos respondentes afirmam dar preferência às marcas sustentáveis. Portanto, como diz uma frase conhecida: "Bom para o planeta, bom para os negócios". Mas, afinal, por onde começar?

E é aí que o RH pode ajudar! Com o passar dos anos, o setor acabou recebendo muitas atribuições. Dessa forma, ações de sustentabilidade e muitas outras passaram a ser pautas importantes e que podem ser implementadas diretamente pela área de Recursos Humanos para promover empresas mais conscientes socialmente.

É importante frisar que uma abordagem mais sustentável, partindo da diretoria e se caminhando para os demais setores, precisa estar cada vez mais enraizada no negócio. Logo, deve ser parte da estratégia da organização e cabe ao RH mobilizar e engajar os colaboradores por meio de ações voltadas para o tema. Tudo isso de forma muito bem pensada em um foco maior: proporcionar boas práticas para os funcionários dentro e fora do ambiente de trabalho.

Entre as práticas que podem ser estimuladas, é possível pensar em saídas de mobilidade urbana, como por exemplo a migração de alguns colaboradores para o home office e o investimento em treinamentos para as lideranças com o tema da sustentabilidade. Além disso, a promoção de ações colaborativas e recompensas internas para engajar o público e fomentar o uso consciente de alguns recursos também entram no escopo de ações.

Outro ponto a ser destacado é que o RH, por meio da aplicação destas práticas, deve também se atentar ao acompanhamento desses resultados. Para medir e otimizar o desempenho das ações, a área de recursos humanos pode estabelecer indicadores que vão apontar se cada projeto está sendo eficiente ou não. A sustentabilidade dentro de uma organização geralmente é alcançada a médio e longo prazo, ou seja, mesmo com a ausência de resultados imediatos, é importante que a empresa esteja ciente disso para que não interrompa essa transição.

Neste contexto, a tecnologia também tem um papel fundamental na contribuição da sustentabilidade. Isso porque além de promover uma revolução nos processos burocráticos do RH, principalmente no que se trata do recrutamento e seleção, a tecnologia também se mostrou uma grande aliada para tornar a área mais sustentável. Observe que, hoje em dia, a maioria das empresas já dispensam o recebimento de currículos de papel, reduzindo assim o desmatamento e ainda se adequando à obrigatoriedade da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

Além disso, grande parte dos recrutadores já não utilizam mais fichas impressas para aplicar testes nos candidatos, uma vez que esses são realizados por meio de softwares de recrutamento e seleção, como o PandaPé, o que significa um grande ganho para todos os envolvidos no processo. Ações simples como essas são indispensáveis atualmente para empresas que desejam investir em sustentabilidade e também melhorar os seus processos.

Promover a digitalização do RH, significa contribuir com a economia de recursos e agilidade nos processos, além de ajudar as companhias a se tornarem mais sustentáveis e competitivas. E você, já está investindo nessa ideia?





Ana Paula Prado - Country Manager do InfoJobs. Responsável pela operação do InfoJobs
no Brasil: áreas comerciais, desenvolvimento de negócios, CS, comunicação, RH e
atendimento, mais de 19 anos de experiência no mercado de internet e no setor de RH.

 

ISO de inovação: por que tantas empresas estão adotando esse modelo de governança?

A ISO - Organização Internacional de Padronização, é uma instituição sem fins lucrativos, fundada em 1947, com o intuito de ajudar na reconstrução das empresas devastadas pela Segunda Guerra Mundial. Ancorada nos princípios da isonomia (que em grego significa igualdade), a organização possui atualmente mais de 22 mil normas técnicas, sendo 180 normas de sistema de gestão, sendo a ISO 56002, de gestão da inovação, uma das mais recentes. 

Diferentemente de outras normas, essa se propõe a ser um guia de boas práticas, um modelo de diretrizes e não de requisitos. Resultado de 11 anos de estudos em um comitê internacional que reuniu mais de 60 países, a ISO 56002 oferece um modelo de governança para a inovação, criando as bases para um bom sistema de gestão.

Baseada em oito pilares – abordagem por processos, liderança com foco no futuro, gestão de insights, direção estratégica, resiliência e adaptabilidade, realização de valor, cultura adaptativa e gestão das incertezas – a ISO defende que uma inovação pode ser um produto, serviço, processo, modelo, método ou a combinação de qualquer uma delas. Contudo, o conceito de inovação é caracterizado por novidade e valor. Em suma, isso significa que ideias sem a manifestação de valor não são inovações, e sim invenções.

Ao implementar a ISO 56002, é necessário definir os objetivos, o propósito, a estratégia, os indicadores de desempenho e, os recursos que serão empregados na inovação – e não só os financeiros, como também os recursos de pessoas, conhecimento, infraestrutura e até mesmo de tempo. A empresa precisa estabelecer onde pretende chegar e quais esforços está disposta a empregar para alcançar suas metas.

Além disso, a norma trabalha fortemente no gerenciamento de riscos, entendendo que muitos deles, em vez de ameaças, podem representar oportunidades de inovação. Quando é identificada uma ameaça, é preparado um plano de ação contencioso. Quando é identificada uma oportunidade, ela é automaticamente direcionada para o funil de inovação, onde as ideias são classificadas e priorizadas de acordo com os interesses da empresa. Quem toma as decisões não são as pessoas, e sim os indicadores.

Na prática, não existe uma receita única para todas. Cada uma, num processo de co-criação, precisa refletir sobre seus anseios e seu apetite para atingi-los. Não existe vitória sem sacrifícios. Precisamos desmistificar a ideia de que inovação é para poucas, ou apenas para aquelas com viés tecnológico. Existem inúmeros exemplos de empresas analógicas que criam maravilhas a partir de um olhar inovador. Mas, sem governança, é impossível transformar ideias em resultados.

Sendo assim, as empresas precisam trabalhar no desenvolvimento da sua estrutura de governança. É preciso definir as bases do sistema de inovação, estabelecendo onde se pretende chegar, quais ferramentas serão utilizadas e mensurando de perto cada passo dado. A qualquer sinal de desvio, é possível ajustar a rota rapidamente.

A proposta da ISO 56002 é deixar para trás o modo empírico com que a inovação tem sido encarada por muitas companhias, onde algumas poucas ideias são levadas em frente e, quase que por obra do acaso, algumas são muito bem-sucedidas enquanto outras quase levam o negócio todo à ruína. Inovar a partir de um modelo de governança internacional, que foi testado e aprovado por mais de 200 empresas no mundo todo – sendo seis só no Brasil – é o caminho mais promissor para crescermos de forma estruturada.

 


Alexandre Pierro - engenheiro mecânico, físico nuclear e sócio-fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO

www.gestaopalas.com.br

 

O que falta às startups?


As startups estão “na moda”, e a cada dia nasce uma nova empresa. Porém, nove em cada dez delas morrem antes de completarem um ano de vida, como aponta a pesquisa realizada pela PwC Brasil. Já o relatório da Distrito, mostra que as startups brasileiras captaram, somente em julho deste ano, R$ 484 milhões em investimentos, valor que é 35% superior ao mesmo período do ano passado e que é um marco na história do setor. Ambíguo, porém real.

 

Uma startup não é feita apenas de inovação, mas deve conter todos os mesmos princípios de qualquer organização. É clara a importância do viés tecnológico para respostas estruturadas e tempestivas em tempos de crise, como a pandemia, e por isso mesmo o GRC (Governança, Riscos e Compliance) tem um papel extremamente relevante para as startups. Com sangue jovem e uma enorme vontade de desbravar o mercado, o GRC traz a elas o pé no chão necessário para dar tração aos negócios e fomentar as boas práticas, começando de dentro para fora. Ou seja, falamos aqui de sustentabilidade.

 

Pessoas e companhias são afetadas por transformações em suas atividades diárias, e portanto, no segmento de governança, riscos e compliance, não poderia ser diferente, pois este é um ecossistema que funciona de forma integrada e colaborativa. Há de se pensar que, neste ponto, não falamos apenas de negócios, mas do seu ambiente e das pessoas que fazem parte dele e o constroem no dia a dia.

 

Essa diretriz trazida pelo GRC para dentro das startups, define normas e obrigações e responsabilidades para o indivíduo, especialmente para gestores e administradores. Cumprindo com estes modelos, são inúmeros os benefícios de um trabalho mais automatizado e para desenvolver planos de ação que mitiguem riscos - que não são apenas financeiros. Um dos grandes problemas das startups hoje é a retenção de talentos. Os impactos de uma má gestão de governança é justamente a reputação da empresa nas mais diversas áreas: legal, ambiental, perda de receita, perda de participação de mercado, colaboradores, etc. Afinal, de que adiantam os investimentos, se o ambiente de negócios incentiva a fuga de talentos?

 

Isso prejudica o crescimento estruturado, ágil e sustentável e impede que a empresa alcance objetivos estratégicos e organizacionais de forma robusta e com princípios. Atualmente é fundamental que uma startup já possa nascer sob essas regras para estar dentro das novas premissas do mercado. É preciso ter um olhar robusto sobre o GRC e um olhar crítico e profundo sobre o ESG, e assim podermos transformar e levar a democratização da governança para o ecossistema de inovação.

 


Claudinei Elias - CEO e fundador da Bravo GRC, uma empresa de consultoria em GRC e ESG que, por meio da tecnologia, integra pessoas e processos com mais de quinze anos de atuação no mercado de Governança, Riscos e Compliance.


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