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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Você já respirou hoje?

 Diagnóstico e tratamento corretos salvam vidas na fibrose cística


Você já respirou fundo hoje e, verdadeiramente, sentiu o ar entrando e saindo dos seus pulmões? Fazemos de modo tão automático, em meio a tantas atribulações da vida, que mal lembramos que estamos respirando. A respiração exerce um papel importantíssimo na nossa vida, na nossa saúde e nas nossas emoções. Em média, um adulto em repouso respira de 12 a 20 vezes por minuto. Em quantas dessas vezes você se deu conta de que está respirando? Via de regra, nos damos conta quando sentimos dificuldade para tal. Ao praticar algum exercício físico de grande intensidade, por exemplo, caso você não tenha condicionamento físico; ou ainda quando nossas emoções se alteram. É também por meio da respiração que conseguimos regular tais sensações, contribuir no controle de crises de ansiedade e acalmar o coração. 

Em tempos pandêmicos, esse processo instintivo e de necessidade incontestável ficou ainda mais em voga. A covid-19 nos lembrou do quão importante são os nossos pulmões e, infelizmente, cessou o respirar de centenas de milhares de pessoas mundo afora. Temos vivido dias difíceis, desafiadores e que tiram nosso fôlego em decorrência deste gravíssimo problema mundial. Mas, dadas as proporções e complexidades, outras milhares de pessoas também convivem diariamente com situações de saúde que afetam sua respiração.

Uma dessas situações é a fibrose cística (FC): doença genética e ainda sem cura, ela pode desencadear pneumonia de repetição, tosse crônica, dificuldade para ganhar peso e estatura, diarreia, pólipos nasais e um suor mais salgado que o normal. Esses e outros sintomas surgem, pois, a secreção do organismo de quem tem a doença é mais espessa do que o normal e, portanto, mais difícil de ser eliminada. 

É possível descobrir se a pessoa tem FC já nos primeiros dias do bebê, através do teste do pezinho - que deve ser realizado entre o terceiro e sétimo dia de vida. Se esse exame vier alterado, é necessário fazer uma nova coleta e, na sequência, o Teste do Suor. Esse teste, que por sua vez é considerado padrão ouro para a confirmação do diagnóstico, também é indicado em situações onde a pessoa apresenta sintomas ao longo da vida, e precisa confirmar ou descartar a condição. 

Foi assim comigo, aos 23 anos de idade, quando enfim recebi meu diagnóstico para fibrose cística - e eu hei de te convencer nas próximas linhas de que realmente foi uma ótima notícia para mim. Através do Teste do Suor, eu pude descobrir que de fato tinha a doença e, a partir daí, ganhar fôlego extra para continuar vivendo. 

A respiração sempre foi meu grande sinal de alerta e motivo de preocupação sem descanso para toda a minha família. Não me recordo, em quase 35 anos de vida, um dia sequer sem ter sentido falta de ar, ou sem ter tido crises de tosse. Contudo, desde que recebi meu diagnóstico, há quase 12 anos, as complicações mais graves acontecem com bem menos frequência e a minha situação de saúde está relativamente estabilizada. Antes disso eu tinha, em média, de quatro a cinco pneumonias por ano. Aos 18 anos precisei tirar duas partes do pulmão direito, depois precisei tirar a vesícula e, em seguida, parte do meu pâncreas parou de funcionar. Isso sem falar da osteoporose, aspergilose, bronquiectasia e outras incontáveis complicações, infecções, bactérias, além de idas e vindas de hospital, centro cirúrgico e UTI. 

Mas se hoje te conto essa breve passagem respirando melhor, e com uma filha de quase três anos correndo ao fundo, é graças à informação de qualidade, ao diagnóstico correto e ao tratamento adequado.

Diagnóstico que mudou minha vida, afinal, saber o que se tem pode mudar tudo. E neste Setembro Roxo – Mês Nacional de Conscientização sobre Fibrose Cística, te faço dois convites: respirar fundo para seguir em frente, e nos apoiar nesta causa. 

Setembro foi escolhido pois no dia 5 assinala-se a passagem do Dia Nacional de Conscientização da Fibrose Cística e dia 8 é o Dia Mundial de divulgação da doença. Durante todo o mês, o Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, organização social que fundei tão logo fui diagnosticada, juntamente com voluntários e associações de assistência, promove nacionalmente diversas campanhas de conscientização. Neste ano, queremos te lembrar sobre a importância de respirar e também contar com seu apoio na continuidade desta missão. A informação tem um impacto que não conseguimos mensurar e pode, sem dúvidas, salvar muitas vidas. 

Portanto, leve adiante essa mensagem, compartilhe com sua rede o que é a fibrose cística, e não esqueça: Respira fundo, pela frente tem muito mundo!

Sobre a fibrose cística: Doença genética, ainda sem cura, que torna a secreção mais espessa que o normal.

Sintomas: pneumonia de repetição, tosse crônica, dificuldade para ganhar peso e estatura, diarreia, pólipos nasais, suor mais salgado que o normal. 

Diagnóstico: A triagem pode ser feita no teste do pezinho, e sua confirmação se dá através do teste do suor, que pode ser feito a qualquer tempo da vida. Pode também ser identificada em exames genéticos.

Tratamento: Inclui, diariamente, inalações, fisioterapia respiratória, dieta hipercalórica, atividade física, ingestão de medicamentos como antibióticos, corticoides, suplementos vitamínicos e enzimas digestivas.

 

 

Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira - psicóloga e especialista em Análise do Comportamento. Tem MBA em Políticas Públicas e Direitos Sociais, está fazendo Mestrado na Universidade Federal do Paraná e fundou o Unidos pela Vida quando recebeu seu diagnóstico para fibrose cística aos 23 anos de idade. Também faz parte do Grupo Brasileiro de Estudos em Fibrose Cística, é casada com Vinícius e mãe da Helena, de quase 3 anos. Helena não tem fibrose cística. 
www.unidospelavida.org.br 

www.unidospelavida.org.br/setembroroxo2021 


M​au hálito: saiba como agir contra o problema que pode até levar à depressão

Shutterstock
90% dos casos de halitose têm como origem causas bucais e não estomacais, como as pessoas imaginam, explica especialista do Hospital Paulista

 

Dificuldade para se relacionar, constrangimento, ansiedade e até depressão: a halitose ou mau hálito, como é popularmente conhecida, é uma alteração do hálito que atinge cerca de 40% da população brasileira, de acordo com a Associação Brasileira de Pesquisas dos Odores Bucais.

No Dia Nacional de Combate à Halitose, celebrado em 22 de setembro, o Hospital Paulista chama a atenção para a condição, que pode ser até considerada um problema psicossocial, causando desconfortos que impedem a interação com outras pessoas.

Segundo a otorrinolaringologista Dra. Lígia Maeda, especialista em halitose, ao contrário do que muitas pessoas imaginam, na maior parte dos casos, a origem do mau hálito não é estomacal, mas sim bucal, e ele pode ser diagnosticado após um exame que é feito de forma rápida e precisa.

"A halitose é a situação em que a pessoa exala um odor desagradável pela boca ou pela respiração. Na maioria das vezes, ela tem causa multifatorial, mas em 90% dos casos, é proveniente da boca", alerta a especialista.

Segundo a médica, o diagnóstico pode ser feito por meio de um exame chamado Oralchroma, capaz de medir os três principais gases causadores do mau hálito em apenas oito minutos. Ele também auxilia no tratamento e acompanhamento do problema.

O Hospital Paulista é um dos centros de referência para o tratamento e diagnóstico do mau hálito. Os pacientes que vivenciam a condição podem apresentar outros sintomas otorrinolaringológicos, como obstrução ou secreção nasal, rinite alérgica, sinusite crônica e amigdalites de repetição.


Como prevenir a halitose?

O mau hálito pode ser considerado um problema de difícil diagnóstico quando tentamos identificá-lo sozinhos, já que o olfato se "acostuma" com os odores. Por isso, o próprio indivíduo não costuma sentir o cheiro que exala.

De acordo com a Dra. Ligia, o fato de o paciente não saber se está com mau hálito, gera muita insegurança. Por isso, pacientes com halitose tendem a ser introvertidos, evitam conversar de perto com outras pessoas ou levam a mão à boca ao falar. Ele afeta a autoestima das pessoas, gerando isolamento social", explica.

"A melhor forma de não sofrer com situações desagradáveis é por meio da prevenção do problema, que pode ser feita de forma simples, por meio da higiene oral adequada, incluindo, principalmente, a limpeza da língua e visitas regulares ao dentista. Além dos hábitos de higiene, uma alimentação saudável e balanceada e a hidratação correta ao longo do dia também são importantes na prevenção", completa.

A especialista lembra que causas sistêmicas como refluxo, doenças pulmonares e do fígado, ou outras alterações do organismo também podem estar entre os agentes da halitose.


Tratamento

De acordo com a Dra. Lígia, os tratamentos da halitose são individualizados e direcionados para cada causa, de acordo com o diagnóstico do paciente. Na maioria dos casos, eles são contínuos e contam com acompanhamento multidisciplinar.

A médica alerta que adiar o diagnóstico e o tratamento podem ser ainda mais prejudiciais à saúde e à autoestima do paciente. A negligência pode levar ao agravamento do problema.

"Além destas questões, o mau hálito gera um prejuízo psicossocial que interfere nas relações interpessoais, causando problemas que podem chegar até a uma depressão. Por isso, se você perceber qualquer alteração no seu hálito, busque ajuda, procure um especialista para que o diagnóstico e o tratamento sejam realizados da maneira correta", finaliza.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Exame inovador para detectar a tuberculose em pacientes sem sintomas está disponível para o SUS

Teste IGRA é capaz de identificar a doença em sua fase latente, possibilitando o tratamento precoce e evitando que a infecção se manifeste

 

Considerada a doença infecciosa que mais mata no mundo, a tuberculose é um problema de saúde pública. Estima-se que 25% da população mundial estejam infectados pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) em sua forma latente, ou seja, sem apresentar sintomas, e apenas 10% são casos ativos. Uma das maneiras mais efetivas de prevenir a transmissão e erradicar a doença se dá pelo diagnóstico e tratamento precoces da tuberculose ativa e da prevenção reativa da patologia, através do tratamento da infecção latente (ILTB).

No Brasil, para reforçar o combate a essa doença altamente contagiosa, o Ministério da Saúde promoveu um pregão para aquisição de um exame inovador, que será disponibilizado à população pelo SUS (Sistema Único de Saúde), para detecção da tuberculose latente. A licitação foi vencida pela QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnóstico molecular, que fornecerá ao órgão o teste IGRA QuantiFERON-TB Gold Plus, considerado um exame referência e o mais utilizado no mundo.

O método IGRA, ou ensaio de liberação de Interferon-gama, está entre os mais precisos para identificar a tuberculose em sua fase latente, analisados e recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Trata-se de um teste sensível, específico e objetivo, realizado com uma pequena amostra de sangue, que apresenta resultado rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais. Outro benefício desse exame é requerer apenas uma visita ao médico, sendo um processo mais ágil, enquanto o método atualmente utilizado no SUS, o tuberculínico PPD, ocorre em duas etapas: uma para aplicação do teste e outra para leitura e interpretação do resultado.

A chegada dessa tecnologia à rede pública de saúde amplia o diagnóstico da doença e beneficia a população de alto risco, como HIV positivos, crianças contato de casos de tuberculose ativa e candidatos a transplantes de células-tronco hematopoiéticas. Os casos da infecção latente por tuberculose são considerados como reservatórios do bacilo, e a qualquer momento, se o paciente tiver sua imunidade afetada, pode vir a desenvolver a forma ativa, com sintomas.

"Disponibilizar esse tipo de exame à população por meio do SUS é um importante passo para o combate e erradicação de uma doença séria, que requer muita atenção. Fomos os primeiros a chegar ao Brasil com essa tecnologia, a fomentar pesquisas e apresentar soluções ao Programa Nacional de Controle de Tuberculose. Hoje, todos os grandes laboratórios e hospitais do Brasil contam com o nosso produto em seu portfólio e, agora, está disponível para a rede pública de saúde", declara Paulo Gropp, vice-presidente da QIAGEN na América Latina.



Tuberculose ainda mata mais de 1 milhão de pessoas por ano

De acordo com dados do Relatório Global da Tuberculose 2020, ao longo de 2019, a doença infectou mais de 10 milhões de pessoas e levou a óbito mais de 1,2 milhão em todo o mundo. No Brasil, considerado pela OMS como um dos 30 países que concentram 90% dos casos, foram registrados 96 mil novos diagnósticos no mesmo período, sendo 6.700 fatais.

A organização ainda destaca que é necessária a busca ativa e tratamento de ambos os tipos de infecções por tuberculose (ativo e latente), para que haja uma redução significativa no número de casos e na letalidade dessa enfermidade. Por se tratar de uma doença tratável e curável, quanto antes for detectada, maiores são os índices de sucesso do tratamento.



Covid-19 fez retroceder em 12 anos a erradicação da tuberculose

Estudos preliminares compilados pela OMS, em mais de 80 países, apontam que 1,4 milhão de pessoas receberam tratamento para tuberculose em 2020, o que corresponde a uma redução de 21% em relação a 2019. O órgão analisa que, com a pandemia do novo coronavírus, os compromissos assumidos por líderes globais, para eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030, estão em risco. Segundo especialistas, a pandemia eliminou doze anos de progressos na luta global contra a tuberculose.

Além disso, a Covid-19 despertou um alerta entre profissionais da saúde e comunidade médica, para os riscos de contaminação da população que já sofre com a tuberculose. Com ambas as infecções afetando os pulmões, uma de forma viral e outra, bacteriana, o quadro dos pacientes acometidos pela coinfecção pode ser muito mais grave e fatal.

"Enfrentamos um grande desafio com a Covid-19 e ele se torna ainda maior para pacientes portadores de tuberculose, que, por si só, compromete a estrutura pulmonar, deixando-a mais fragilizada e suscetível a complicações. É muito importante que as pessoas que já tratam a tuberculose não parem o tratamento. Aos pacientes que têm suspeita e ainda não fizeram exames para detectá-la, é recomendado fazer o quanto antes, pois a tuberculose, quando diagnosticada precocemente, tem grande chance de cura", explica o médico infectologista Dr. Marcos Antonio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

 


QIAGEN

https://www.qiagen.com/us/


Arritmia cardíaca está entre os sintomas cardíacos pós-COVID mais comuns

Segundo especialista do Hospital Santa Catarina - Paulista, a arritmia pode evoluir para um quadro fatal quando associada à insuficiência respiratória ou infecções em estágios avançados. Pessoas com histórico de infarto, hipertensão, hipertireoidismo grave ou anemia, assim como aqueles que passam por estresse e tensão emocional em excesso são mais suscetíveis à doença.


Entre os grupos de risco associados à Covid-19, os cardiopatas ganham destaque, por isso, é indicado cuidado redobrado com o coração em meio à pandemia. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, as complicações de origem cardiovascular seguem como a principal causa de morte entre os brasileiros.

A prevalência destas doenças é mais expressiva do que muitos imaginam. As arritmias cardíacas - que são um desbalanço do coração -, por exemplo, afetam cerca de 20 milhões de brasileiros e causam, anualmente, 320 mil mortes súbitas, segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas publicados em 2015. A presença desta, e outras patologias que afetam o coração, podem fragilizar a saúde da pessoa frente ao novo coronavírus e, por isso, a manutenção de hábitos que levam ao bem-estar do órgão nunca foram tão importantes.

Além disso, mesmo para pacientes sem histórico pré-existente associado à complicação, a infecção causada pelo coronavírus pode incitar o surgimento das arritmias. Por isso, o monitoramento de possíveis sequelas cardiológicas pós-COVID é de extrema relevância. Dados da pesquisa "More than 50 Long-term effects of COVID-19: a systematic review and meta-analysis", publicada em 2021 e conduzida por especialistas do México, Suécia e EUA, identificou que as palpitações e o aumento na frequência cardíaca estão entre as três sequelas cardiológicas pós-COVID mais prevalentes.


O que é a arritmia cardíaca?

A arritmia cardíaca consiste em qualquer alteração na frequência habitual dos batimentos cardíacos, conhecida como ritmo sinusal. De acordo com o Dr. Nilton Carneiro, cardiologista do Hospital Santa Catarina - Paulista, ao contrário do que muitos pensam, esta complicação não se limita apenas a uma aceleração nos batimentos, pois também pode ser configurada quando o ritmo é inferior ao compasso considerado regular.

Embora este valor varie ao longo do dia, a frequência cardíaca normal se mantém entre 50 e 90 batimentos por minuto (bpm). "A condição é separada em duas categorias, as bradicardias (padrão abaixo do comum) e as taquicardias (padrão acima do comum). Para indivíduos com características genéticas que facilitam a incidência desta complicação, alguns tipos de arritmia podem se manifestar logo na infância. Mesmo assim, a idade avançada segue entre os principais contribuintes, principalmente no caso da fibrilação atrial, uma variante da complicação", completa.


Grupos de risco e sintomas

Segundo o especialista, além dos idosos, existem outros grupos de risco que podem ser mais suscetíveis ao desenvolvimento da condição. Entre estes estão aqueles com histórico de infarto, hipertireoidismo grave ou anemia, hipertensos, pacientes com doenças que acometem as válvulas cardíacas e obesos. Vale notar que indivíduos que passam por estresse e tensão emocional exacerbadas, ou que fumam e consomem álcool excessivamente, também se encontram em maior vulnerabilidade. "Importante ressaltar que a comorbidade pode surgir como um sintoma secundário e, possivelmente fatal, para pacientes com quadros graves relacionados, por exemplo, a insuficiência respiratória ou infecções em estágios avançados, que levam ao estresse metabólico", adiciona.

Existem sintomas mapeados que se associam à complicação e podem indicar a necessidade de visitar um especialista para prevenir o avanço a quadros mais graves, capazes de impactar a qualidade de vida a longo prazo. Entre os principais sinais que podem prenunciar a presença da condição estão a fadiga, dificuldade em respirar, dores no peito, suor frio e a queda na pressão, que pode levar a tontura, enjoo, vertigem ou desmaios. Vale notar que até mesmo sintomas psicológicos podem acompanhar a manifestação da comorbidade e por isso, deve-se ter atenção ao equilíbrio emocional, principalmente quando se trata da ansiedade exacerbada.


Como prevenir?

Em relação às medidas que podem contribuir para impedir a manifestação da condição, o Dr. Carneiro aponta que a prevenção das complicações que fazem parte dos grupos de risco está entre os cuidados mais efetivos. "Um estilo de vida saudável, com boa alimentação e uma rotina de exercícios, também é uma ação preventiva de alta relevância, porém, mesmo assim, as consultas periódicas com um especialista são necessárias para monitorar o bem-estar do coração e mapear, com antecedência, a incidência de possíveis complicações", completa.

Vale ressaltar que, para pacientes com esta condição, a prática de exercícios físicos deve ser dosada de acordo com a gravidade do quadro e a disposição do indivíduo em questão. "Os diferentes tipos de atividades físicas exigem níveis variados de esforço e performance, portanto é importante consultar um cardiologista para avaliar qual esporte seria o mais adequado, levando em conta o tipo de arritmia e outros fatores físicos", finaliza. Outras medidas preventivas relevantes incluem a redução no consumo de bebidas energéticas que podem incitar estas alterações na frequência cardíaca, causando maior predisposição para desenvolver um quadro de arritmia.

Para aqueles que tiveram COVID-19, é preciso garantir um acompanhamento adequado e auxiliado por consultas com um cardiologista, pois o surgimento de sintomas associados a complicações pode ser tardio, mesmo para quem já foi curado da infecção por tempo considerável. O Hospital Santa Catarina - Paulista, por exemplo, possui um ambulatório pós-COVID que contempla diversas especialidades, entre elas a Cardiologia.

 


Hospital Santa Catarina


22 de setembro: Dia Nacional do Combate ao Mau Hálito

A ABHA alerta que o diagnóstico deve ser realizado por cirurgiões-dentistas qualificados para que a causa seja corretamente identificada e o tratamento direcionado com eficácia


De acordo com dados da Associação Brasileira de Halitose (ABHA). 57 milhões de brasileiros - o que representa 30% da população do país - são atingidos de forma ocasional ou crônica pela halitose, mais conhecida como mau hálito.  O mau hálito é um sinal ou sintoma de que algo está em desequilíbrio no organismo e pode estar associado a alterações bucais simples e facilmente tratadas, ou a problemas de saúde complexos como o câncer, por exemplo. Com isso em vista, a ABHA lançou a campanha nacional do combate ao mau hálito no dia 22 de setembro.

“É muito comum que a pessoa que está com a alteração não perceba seu mau hálito. Isso acontece porque as células do nariz se acostumam com os cheiros após algum tempo”, afirma a ex-presidente da Associação Brasileira de Halitose, atual conselheira, Dra. Cláudia Gobor, cirurgiã-dentista. Daí a importância de conversar com o amigo ou com a pessoa que está com o hálito alterado. Por isso, a ABHA disponibiliza o SOS Mau Hálito, um serviço gratuito de utilidade pública. “Algumas pessoas acham constrangedor avisar a alguém que ela está com halitose, como se estivesse atestando que essa pessoa não tem uma boa higiene bucal, mas nem sempre é esse fator que leva ao mau hálito. Foi pela presença desse tabu que a ABHA desenvolveu esse sistema”, explica Gobor. Para conhecer o SOS Mau Hálito, basta acessar: http://www.abha.org.br/sosmauhalito.

Na hora de buscar tratamento é bastante comum que as pessoas não saibam qual profissional recorrer. Um dos motivos é que culturalmente a alteração do hálito está associada pela maioria a problemas estomacais ou a falta de higiene bucal. Na verdade, alterações no hálito provocadas pelo estômago respondem apenas a cerca de 2% dos casos. 90% têm origem bucal e as causas podem ir muito além de questões relacionadas à higiene. Por isso, “o cirurgião-dentista qualificado é o profissional indicado para diagnóstico e tratamento”, afirma a especialista. Embora existam situações onde uma integração entre a área odontológica e outros profissionais de saúde sejam necessárias, em especial para o tratamento da halitose extra bucal, o cirurgião-dentista qualificado está preparado para diagnosticar, orientar e acompanhar estes casos.

Então, com o objetivo de conscientizar a população sobre o mau hálito, seu diagnóstico e tratamento, a ABHA Associação Brasileira de Halitose estabeleceu 22 de setembro como o Dia Nacional do Combate ao Mau Hálito e anualmente organiza uma campanha que começa nesta data e segue até o dia 25 de outubro, quando se comemora o Dia do Cirurgião Dentista. Para difundir as informações por todo o País, a campanha conta com a adesão dos cirurgiões-dentistas membros da ABHA espalhados em mais de 20 estados do Brasil.

 


Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva

https://www.bomhalitocuritiba.com.br/

Rua da Paz, n° 195, Sala 102, Mab Centro Médico, Centro/ Alto da XV, Curitiba- PR

Whatsapp: (41) 99977-7087

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Youtube: Claudia Gobor


Como prevenir as doenças da primavera

Seconci-SP traz recomendações para a saúde na mudança da estação

 

Com o fim do inverno e a chegada da primavera, começa a temporada das doenças relacionadas à estação, como rinite alérgica, asma, conjuntivite alérgica e catapora, informa o dr. Horacio Cardoso Salles, gerente Médico Ambulatorial do Seconci-SP (Serviço Social da Construção).

As alergias, em geral, pioram nas mudanças de estação por causa de alterações climáticas como baixa umidade relativa do ar, variação de temperatura e níveis de poluição. “Na primavera podemos ter o impacto de partículas, como os pólens de gramíneas e árvores, dispersas no ar, piorando alergias respiratórias. A principal maneira de prevenir, nesses casos, é deixando os ambientes limpos, arejados, livres de ácaros e poeira. Evitar exposição a plantas em fase de polinização também pode ajudar”, recomenda o médico.

A seguir, uma relação preparada pelo dr. Salles dessas doenças, sintomas, prevenção e tratamentos.

 

Asma

A asma é uma doença crônica que não tem cura. Os brônquios ficam inflamados, principalmente quando entram em contato com um fator desencadeante (poeira, pólens, ácaros, poluição, fumaça de cigarro, ar frio ou exercício físico), dificultando a respiração.

Os principais sintomas são falta de ar, chiado ou aperto no peito e tosse. O tratamento depende do paciente, geralmente envolve broncodilatadores e o uso de corticoide inalado para melhora da inflamação dos brônquios.

Para prevenir, deve-se: evitar ambientes fechados, pouco ensolarados e sem ventilação; arejar a casa, lavar roupas de cama com frequência e reforçar cuidados com a limpeza da casa; evitar exposição à fumaça de cigarro, poeira e outros fatores identificados como desencadeadores de crises; manter vacinação em dia; praticar exercícios físicos regularmente e de forma controlada.

 

Rinite alérgica

A doença parece um resfriado, com a diferença que o paciente sente coceira no nariz, nos olhos ou na garganta e os sintomas são mais persistentes do que um resfriado comum. É desencadeada por fatores como ácaros, pólens e caspas (epitélio) de animais. A variação climática, a poluição e o tempo seco pioram os sintomas.

Os sintomas são coriza, espirros, coceira nasal, ocular ou de garganta. O tratamento depende dos sintomas: se eles acontecem apenas nas crises ou se são bastante frequentes. Para tratar crises, são utilizados anti-histamínicos. Em casos mais persistentes é necessário tratar de forma contínua com corticoide nasal. Como medida de prevenção, deve ser feita lavagem nasal com solução fisiológica.

Para prevenir, deve-se: tirar do ambiente objetos que acumulam poeira, como bichos de pelúcia; aspirar o colchão ou utilizar uma capa impermeável; não higienizar o ambiente com produtos de cheiro forte; usar aspirador de pó com filtro adequado ou pano úmido em vez de varrer a casa (que levanta a poeira); fazer lavagem nasal diariamente; não deixar o animal no quarto da criança alérgica,e ventilar os ambientes abrindo as janelas.

 

Conjuntivite alérgica

A conjuntivite é a inflamação da membrana que cobre o olho. Ela pode acontecer por diversos motivos, como uma infecção viral, bacteriana, irritação química ou ainda uma reação alérgica. A conjuntivite alérgica não é transmissível.

Os sintomas são coceira, olhos vermelhos e inchados, lacrimejamento, sensibilidade à luz. O tratamento é feito por colírios, mas é muito importante consultar um oftalmologista para o diagnóstico correto do tipo de conjuntivite.

Para prevenir, deve-se: evitar produtos de limpeza de cheiro forte; encapar travesseiros e colchões com tecidos impermeáveis; trocar as roupas de cama com frequência; não deixar animais no quarto da criança alérgica; evitar fumar próximo à criança ou nos locais onde ela fica.

 

Catapora

Não se sabe exatamente porque a varicela (ou catapora) acontece com maior frequência na primavera. Ao contrário das doenças acima, esta não é alérgica. É causada por um vírus (Varicela-Zoster) e muito contagiosa. O risco de transmissão da catapora só acaba quando todas as lesões de pele estão na fase da crosta.

Os sintomas são: pequenas bolhas e erupções vermelhas na pele; coceira, e febre alta. O tratamento se dá por meio de recomendações médicas que aliviam os sintomas durante o ciclo da doença, como antitérmicos e analgésicos. Os pais devem seguir as instruções do pediatra; dentre elas, está a restrição ao uso do ácido acetilsalicílico (AAS).

É recomendado que se evite coçar e tirar as crostas. Para aliviar a coceira, compressas de água fria e banhos frios ajudam.


Mês de conscientização da Distonia: doença causa dores e contrações musculares involuntárias nos pacientes

O controle da distonia cervical envolve diferentes tratamentos e pode trazer mais qualidade de vida ao paciente


Setembro é o mês mundial de conscientização da Distonia, uma doença neurológica caracterizada por movimentos e contrações involuntárias que podem afetar qualquer parte do corpo, como mãos, pescoço, cabeça, cordas vocais e olhos¹. Os pacientes que apresentam essa condição têm dificuldade na realização de tarefas cotidianas, pois a Distonia Cervical vem acompanhada de dores, deformação de membro afetado e incapacidade funcional¹.

A Distonia Cervical pode ser idiopática, ou seja, tem a origem indeterminada, fazendo parte da genética do paciente ou pode estar associada a traumas, outras doenças neurológicas e uso de alguns medicamentos1.

Segundo a Dra. Monique Venturi, neurologista e neurofisiologista, os casos de Distonia são desafiadores, tanto para a equipe multiprofissional como para o paciente. "Em muitas situações, notam-se prejuízos sociais e emocionais, por isso a reabilitação precisa ser valorizada. Com diferentes técnicas e medicamentos, conseguimos proporcionar melhor qualidade de vida, independência e funcionalidade para esses pacientes", esclarece.

Para Nilde Soares, de 50 anos e fundadora do Instituto Distonia Saúde, o diagnóstico de Distonia aconteceu em 2011, mas os sintomas se iniciaram antes, quando ela estava com 40 anos. Curiosamente, o primeiro alerta foi feito por um colega de trabalho durante uma reunião. "Ele percebeu movimentos involuntários no meu rosto, mas só percebi quando fui me olhar no espelho", conta.

Depois desse alerta recebido por um colega, Nilde procurou ajuda médica. Neste momento, disseram a ela que os espasmos poderiam ser uma crise de ansiedade, e recomendaram uma consulta com um psiquiatra. A partir daí, Nilde seguiu a jornada de muitos pacientes: passou quatro anos em busca do diagnóstico correto para o seu caso. "Passei por sete neurologistas até identificarem a Distonia Cervical. No meu caso, comecei com movimentos involuntários leves, como caretas que passavam despercebidas, lembrando tique nervosos, mas essas contrações musculares intensificaram-se ao longo dos anos e se tornaram incontroláveis, provocando fortes dores", relata.

Além de acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, com fonoaudióloga e fisioterapeuta, o tratamento de reabilitação da Nilde inclui aplicações de Toxina Botulínica A (TBA), indicadas para o controle dos espasmos e da dor. "Hoje aprendi a lidar com a Distonia, e a importância de seguir o tratamento recomendado pelo médico. O apoio do meu marido também foi essencial nesse processo", conclui.

Caso você apresente alguns dos sintomas, como por exemplo, espasmos musculares, posições anormais e movimentos involuntários na cabeça e no pescoço, procure um médico neurologista ou vá à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência.


Bons médicos vêm do berço

  Opinião


Faz décadas assistimos a abertura desenfreada de novas escolas médicas, sem condição de oferecer formação minimamente digna e honesta. Jovens cujo sonho é seguir a Medicina, cuidar de pessoas e salvar vidas pagam mensalidades caríssimas e recebem em troca conhecimento insuficiente.

 

O resultado é que são jogados na linha de frente do atendimento não como solução.   Viram um risco à saúde da população.

 

Nesse processo, lamentavelmente, quase todos perdem: o jovem médico tem seu sonho destruído e o bolso extorquido; os cidadãos ficam com uma assistência capenga e perigosa. Só ganha mesmo é o mau empresário que abre cursos a torto e a direito com único intuito de encher as burras de dinheiro, como diriam os mais antigos.  

          

É assustador ver uma nova faculdade médica a cada esquina que tropeçamos. Em sua maioria, não possuem professores qualificados, a grade pedagógica é fraca, não dispõem de hospital-escola.

          

Dessas árvores não nascem bons frutos, claro. Medicina se aprende à beira do leito, acompanhando os bons mestres e lidando com pacientes de carne e osso. É preciso prática e coração para exercê-la com eficiência.

           

Hoje, o Brasil tem o segundo maior quantitativo de cursos médicos do mundo, são 351, diplomando em torno de 35 mil/ano. Digo diplomando, pois o que fazem realmente não é formar.

 

Como agravante, temos uma invasão de graduados em faculdades meia boca da Bolívia, Paraguai e outros vizinhos... Coisa ruim não é privilégio exclusivo do Brasil, embora aqui haja em abundância. Pior: muitos desses recém-graduados querem exercer a Medicina aqui sem prestar a prova do Revalida, sem comprovar que estão capacitados para atender você.

 

A saúde é o nosso bem maior, pela qual lutamos dia após dia. Todo esforço deve ser feito para que tenhamos médicos qualificados para cuidar de nós e das futuras gerações.

 

A Medicina evolui e se reinventa em velocidade espantosa. Daí a necessidade de estar a vida inteira estudando e se desenvolvendo. Não bastam seis anos de graduação com mais três ou quatro anos de residência. É indispensável a participação em congressos nacionais e internacionais, simpósios e jornadas de atualização, para se manter em condição de oferecer o melhor aos cidadãos.

 

É ofício que exige habilidade, ética e atitude. Assim como são princípios primordiais da relação médico-paciente, o humanismo, a cumplicidade, o sigilo. Aliás, médico só é médico diante do paciente. Deve ter empatia com pessoas, transmitir confiança e tranquilidade por meio de um olhar, de pequeno gesto, de uma palavra.

 

Lidamos com vidas, todo o cuidado é pouco.


 

 

Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

 

No Dia Mundial do Pulmão o Instituto Lado a Lado pela Vida alerta a população sobre os riscos do câncer de pulmão

 Doença é a responsável pela morte de 1,76 milhão de pessoas no mundo

 

Em 25 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Pulmão! A data tem como objetivo chamar a atenção da população para a importância desse órgão, vital para a nossa saúde, e aumentar a conscientização para as doenças relacionadas a ele. A principal delas é o câncer de pulmão, segundo tipo mais comum no Brasil. Segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM, somente em 2019, o país registrou 29.354 mortes, sendo 16.733 homens e 12.621 mulheres.

 

De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), a incidência global do carcinoma pode chegar a 2,09 milhões de novos casos por ano, sendo o câncer que mais mata no mundo, com 1,76 milhão de óbitos. O principal fator de risco é o tabagismo, porém o índice em não fumantes chega a 20%. Além do câncer, outras enfermidades que atingem o órgão devem ser observadas, como a tuberculose, Doença Pulmonar Obstrutiva (DPO), asma, pneumonia e enfisema pulmonar. O Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), que trabalha campanhas sobre o tema, como a “Respire Agosto”, faz um alerta tanto a população, quanto aos órgãos públicos para que o problema não seja negligenciado.

 

De acordo com Marlene Oliveira, presidente do LAL, é imprescindível que a discussão alcance a toda população para que haja controle das doenças, principalmente do câncer. “Nós procuramos orientar e estimular a população a dar atenção à saúde dos pulmões, sejam os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ou aqueles que utilizam a saúde suplementar, para que em suas passagens pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou pelos consultórios médicos questionem sobre como fazer o controle da saúde dos pulmões. A conscientização é a chave para a redução dos altos índices”, aponta Marlene.

 

Um dos objetivos principais do LAL é desmistificar informações duvidosas que circulam entre as pessoas, principalmente na internet. “Disponibilizamos informações qualificadas, para que a população seja bem informada e possa se prevenir e entender a gravidade do problema. Um alerta que temos feito com ênfase é sobre o uso crescente do cigarro eletrônico entre os jovens. Muitos afirmam que ele é menos prejudicial à saúde, mas a ciência afirma que o vapor inalado contém substâncias cancerígenas. Dar visibilidade às informações verídicas salva vidas”, argumenta a presidente.

 

A prevenção da saúde do pulmão passa pelo acompanhamento médico, assim como pela atenção aos fatores que interferem diretamente no surgimento de um tumor, de acordo com Igor Morbeck, oncologista e membro do comitê científico do LAL. “A exposição passiva ao tabaco, histórico familiar de câncer de pulmão e avanço da idade são alguns dos fatores que devem ter a atenção no tocante a prevenção. Além disso, exposição recorrente a altos níveis de poluição do ar, gás radônio e amianto encontrado em locais de atividades de mineração também são considerados fatores de risco”, afirmou o oncologista rebatendo o mito de que só desenvolve câncer quem é fumante.

 

“Apesar do fumante ter 20 vezes mais chances de desenvolver a doença, hoje, os consultórios médicos já registram índices próximos a 20% dos novos casos em pacientes que nunca fumaram. Isso reforça a necessidade do diagnóstico precoce e do conhecimento específico da doença, para elevar o potencial de cura" reforça Morbeck.

 

O diagnóstico precoce, aliado a um tratamento adequado, aumenta as chances de cura, segundo Morbeck. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer no Estados Unidos revela que 55,2% dos pacientes que obtiveram um diagnóstico da doença ainda localizada alcançam uma sobrevida de 5 anos ou mais. “Com a radiografia do tórax, um exame simples, é possível detectar a presença do tumor e combater seu desenvolvimento. Para isso, é imprescindível a ida frequente ao médico ou ao posto de saúde, para acompanhamento da saúde dos pulmões”.

 

Marlene destaca o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) no processo de detecção e combate à doença. “Sem um sistema de atendimento qualificado não conseguiremos reduzir as taxas de incidência no país. É imprescindível que o SUS seja o foco das políticas públicas quando o assunto é prevenção e diagnóstico precoce. Nossa luta é por criação de políticas públicas que deem suporte ao SUS para que ele atenda plenamente a demanda da população”, finalizou.

 

 


Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL) - idealizador das campanhas Respire Agosto, Siga seu Coração, Mulher Por Inteiro e #LivreSuaPele.

 

Como deve ser a volta ao escritório?

Retorno ao escritório pode gerar ansiedade; especialista traz dicas do que empresas, líderes e funcionários podem fazer para tornar a mudança menos brusca


Algumas empresas já começam a organizar a volta ao escritório, e esse momento pode causar insegurança e ansiedade nas equipes. Uma pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento executivo Korn Ferry com 581 profissionais nos Estados Unidos indica esse sentimento. Mais da metade (55%) das pessoas ouvidas disse que a ideia de retornar ao trabalho presencial gera um estresse. Só que boa parte sente que não têm opção. Entre os entrevistados, 58% disseram que admitir ao chefe a preferência por continuar trabalhando remotamente pode prejudicar as chances de ascensão profissional. 

Para a psicóloga Daniele Nazari, psicóloga do Zenklub formada pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões e especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, voltar para o espaço presencial pode sim proporcionar gatilhos ansiosos - e não há como medir sobre como esse momento poderá desencadear ansiedade em cada funcionário. “Eu vejo um processo de retorno acontecendo até com energias extremas dos colaboradores, aqueles que terão medo de retornar e aqueles que estão com uma enorme expectativa pelo retorno”. 

Segundo a especialista, em ambos os casos, é importante a empresa tornar o processo flexível e gradativo para amenizar o impacto de uma quebra de rotina que está durando muito tempo. “Na clínica as pessoas relatam muita exaustão, e trabalhar presencialmente exige uma energia diferente do que estão acostumadas no conforto dentro de casa”, acrescenta. 

Daniele diz que o mais importante para evitar gatilhos de ansiedade é a empresa manter a transparência e conversas frequentes com os colaboradores para motivação e esclarecimento dos cuidados que estão sendo proporcionados. “A dinâmica com filhos também vai mudar e se reestruturar, então as lideranças precisam ter paciência com essa adaptação também”. 


Papel do líder 

O líder, segundo a psicóloga, tem o papel de proporcionar sensibilidade no time e permitir que as pessoas possam falar mais sobre o que sentem em relação ao trabalho. “Permitir falar mais sobre as emoções torna a relação com mais sintonia e transparência, e com isso o líder também pode conduzir melhor com a sua equipe.”


Papel do funcionário 

Como as pessoas se acostumaram a ter uma rotina mais isolada, retornar para um ambiente mais dinâmico e com muito mais barulhos – como costuma ser o escritório - pode proporcionar uma certa exaustão inicial. A sugestão da psicóloga é as pessoas já iniciarem essa adaptação ao sistema da empresa dentro de casa alguns dias antes de iniciar o presencial. Isso inclui acordar no horário que sairiam para trabalhar, respeitar o horário das refeições e intervalos (conforme seria no presencial), respeitar o horário de trabalho e finalizar as atividades conforme término do expediente na empresa, sair mais de casa para atividades ao ar livre e exposição gradativa para quem mantém o isolamento e estabelecer horários para dormir e relaxar conforme a rotina de cada um. 


Papel da empresa 

A organização pode fazer pesquisas de clima para monitorar a adaptação, ouvir os colaboradores e permitir sugestões, ser transparente, manter a comunicação com frequência e reforçar os cuidados de saúde e das medidas implementadas – como uso do álcool gel, máscaras e limpeza dos locais comunitários. Proporcionar palestras com profissionais da saúde e conteúdo que auxiliem na adaptação também são uma sugestão de Daniela.

O Zenklub, maior plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal do Brasil, criou Guia Prático para Saúde Mental e Pós-Pandemia para ajudar colaboradores e empresas. A cartilha completa pode ser baixada no link: http://www.zenklub.com.br/setembro-amarelo/

 

Com tendência de queda desde junho, média móvel de óbitos por Covid-19 segue na faixa de 500 por 14 dias consecutivos

Última vez que isso ocorreu foi há quase um ano; redução dos números refletem o avanço da campanha de vacinação 

 

Ao alcançar 90,2% de toda a população adulta imunizada com a primeira dose da vacina Covid-19, a Campanha de Vacinação vem mostrando efeitos positivos nos números da pandemia. Com tendência de queda desde junho, a média móvel de óbitos pela doença segue na faixa de 500 por 14 dias consecutivos. Nesta quarta-feira (22), o Brasil registrou média móvel de óbitos em 519,21.

A última vez que isso ocorreu foi há quase um ano. “Observamos uma queda nos números da pandemia, além de um cenário mais arrefecido, o que tem pressionado menos o nosso sistema de saúde. Isso se deve à ampla campanha de vacinação que segue reafirmando a sua importância”, contou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Seguindo a mesma tendência estão os registros de casos em todo o país. Também em queda desde o mês de junho, a média móvel de novos casos chega a 23,82 mil. Ainda que os números da pandemia estejam em queda, as recomendações do Ministério da Saúde para evitar o contágio seguem indispensáveis. Entre elas estão o uso de máscara, limpeza das mãos e manter a distância segura.

“Hoje, sem dúvidas, a nossa principal arma é a vacina. Os imunizantes são seguros, eficazes e reduzem bastante casos graves como o risco de o paciente precisar de ser intubado ou até vir a óbito. Mas, mesmo assim, não podemos deixar de seguir os protocolos, pois seguimos em uma pandemia e eles continuam sendo essenciais no combate ao vírus”, disse o Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.

Até o momento, o Ministério da Saúde distribuiu mais de 287 milhões de doses de vacina Covid-19 aos estados e Distrito Federal. Desses, 224,9 milhões foram aplicadas sendo 142,6 milhões de primeira dose, o que corresponde a 90,2% da população adulta vacinada. Além disso, 82,2 milhões de brasileiros já completaram o esquema vacinal com a segunda dose ou dose única do imunizante.

 


Fernando Brito
Ministério da Saúde

 

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