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segunda-feira, 10 de maio de 2021

Coronofobia: a nova vilã da saúde mental

 

Freepik

Psiquiatra alerta para medo excessivo relacionado à Covid-19


O coronavírus continua trazendo muitos problemas nesses 17 meses de pandemia - o número de mortes por conta do vírus, juntamente com o medo da população mundial, continua crescendo. Essa aflição, quando excessiva, ganha um novo nome: coronofobia.

Sintomas de ansiedade e medo de contrair o vírus da Covid-19 têm feito com que pessoas se sintam inseguras em todo e qualquer lugar. Um estudo feito pela National Library of Medicine analisou 500 casos de ansiedade e depressão e certificou que todos estavam ligados à crise da Covid-19. O termo “coronofobia” foi criado no final de 2020 e traduz uma ansiedade grave diante do vírus e da pandemia, tanto em contraí-lo, quanto em disseminá-lo.

Segundo a psiquiatra e professora de Saúde Mental no curso de Medicina da Universidade Positivo, Raquel Heep, quem tem essa fobia não percebe e acredita que o seu comportamento está correto e os outros é que estão errados, causando um sofrimento muito grande para a pessoa. "É importante ressaltar que esse tipo de ansiedade não é saudável, fugindo dos padrões de incertezas que todos nós temos. É normal ter um certo grau de ansiedade, mas essa preocupação excessiva traz prejuízos físicos e funcionais. É claro que lavar as mãos, usar álcool em gel, máscara e manter o distanciamento social são atitudes necessárias, mas quem sofre com a coronofobia possui comportamentos como lavar as mãos a ponto de machucá-las e usar máscara dentro de casa, ou até mesmo para dormir. São pessoas que não saem de casa mesmo quando necessário", aponta.

Pessoas com coronofobia também dão muita importância a sintomas que não são preocupantes e acabam até mesmo se automedicando, podendo gerar crises de pânico e problemas físicos. A professora recomenda que, quem identificar sinais de medo excessivo deve agendar uma avaliação com um profissional especializado em saúde mental, principalmente psicólogo ou psiquiatra, que vai avaliar a necessidade, ou não, de medicação para o controle da ansiedade. "Esse segundo ciclo da pandemia trouxe mais inseguranças a todos nós, mas temos que nos manter esperançosos e não deixar que toda essa situação nos traga ainda mais prejuízos", salienta.

 


Universidade Positivo

universidade.up.edu.br/


Como deixar de procrastinar? 4 mudanças para implantar no seu cotidiano agora mesmo

Fotos de Debora Garcia / créditos: arquivo pessoal

A especialista em fisiologia Debora Garcia explica mais sobre mal que nos assola e dá quatro dicas de como deixar a preguiça de lado

 

Procrastinar é universal, e não pense que é só você, seus parentes, familiares, amigos ou vizinhos que evitam fazer certas atividades do dia-a-dia, "empurrando com a barriga" aquela tarefa que, no momento, não estamos com tesão em fazer.

 

Entretanto, procrastinar pode nos trazer consequências, como acúmulo de trabalho e não podemos fugir dela, pois uma hora ou outra vamos ter que trabalhar nossas emoções e enfrentar os problemas.

 

Mas por que procrastinamos? Por que deixamos para fazer depois coisas que podem ser realizadas de maneira simples no momento? Para responder essas e outras dúvidas relacionadas à procrastinação, convidamos a especialista em fisiologia e meditadora Debora Garcia para falar como nosso cérebro atua diante de um trabalho que consideramos enfadonho e como podemos evitar ter preguiças para realizar tarefas.

 

"Procrastinar é uma resposta automática e inconsciente a emoções desconfortáveis. Procrastinamos até para fazer coisas bobas, como lavar louça e arrumar a cama, isso porque nosso cérebro entende que é uma coisa chata. Então temos tendência para evitarmos fazer tarefas que não gostamos de fazer no dia-a-dia.", assim a especialista começou explicando.

Mas, indo além de adiarmos fazer tarefas de coisas do nosso cotidiano, também procrastinamos em fazer coisas maiores e mais complexas, que nos exige mais atenção, como por exemplo, marcar uma consulta, pagar uma conta e até mesmo elaborar a nossa aposentadoria. Nesses casos, a especialista pondera que mesmo adiando, não vamos conseguir fugir das responsabilidades.

 

"O nosso cérebro gosta de sentir prazer, então procrastinamos porque é prazeroso. Quando temos que resolver coisas burocráticas, como por exemplo documentos, isso pode ser monótono ou até complicado para algumas pessoas, principalmente nesse momento que temos que resolver pela internet e lidar com os erros de páginas. É desgastante, trabalhoso, mas não conseguimos fugir, sobretudo se tratando da nossa saúde, vamos ter que enfrentar", ponderou.

 

A consequência de se procrastinar nos estudos e no trabalho é maior

Quando temos a mania de "deixar para  amanhã o que precisamos fazer hoje", obrigações que podem ser simples de serem resolvidas, acabamos acumulando serviço e, geralmente, nos damos conta quando temos alguns tipos de prejuízo. No trabalho e nos estudos isso é mais comum.

 

Nesses dois ambientes, Debora Garcia frisa que, além dos profissionais e estudantes procrastinarem para fazer tarefas enfadonhas, também existe o medo de não saberem superar os desafios e os medos de quais resultados aquilo pode gerar. "O medo de fracassar, de não se sair bem, está ligado à procrastinação. Se o profissional ou o estudante não se sentir seguro naquilo que for realizar, então protela, deixando para enfrentar a tarefa em outro momento. Ao voltar para o mesmo ponto, de resolver o assunto, ele pode fugir de novo e assim sucessivamente", frisou a especialista.

 

Entretanto, diferenciando ambos, a meditadora aponta que no campo profissional ter essa atitude pode ser mais prejudicial. "Cabe para o profissional que, por exemplo, já não aguenta mais o trabalho, mas a segurança que o serviço lhe oferece, lhe faz procrastinar sua saída, assim trabalhando de maneira infeliz. Também vale para o empregado inseguro, mesmo que seja convidado para montar uma apresentação que lhe custe uma ascensão de cargo, ele vai dar um jeito de evitar, o que pode prendê-lo em uma situação de insatisfação por muito tempo", finalizou.

 

Como evitar a preguiça e ser mais produtivo no dia-a-dia

 

É possível vencer esse mal que nos assola tendo uma boa organização e bom trabalho emocional. Abaixo, Debora compartilha quatro pilares cruciais para driblar a procrastinação.

 

  1. Organize seu tempo: crie uma agenda ou faça uma lista com todas as suas tarefas do dia e cada uma feita, dê um "ok" na frente da atividade. Ao final do dia, com tudo feito, você se sentirá melhor.
  2. Tenha habilidade emocional: entenda que as coisas precisam ser feitas mesmo que lhe gere um desconforto. Além de identificar as tarefas do dia, é preciso conseguir lidar com as emoções.
  3. Auto-observação: tente identificar em quais setores da vida você procrastina. Sabendo delas, fica fácil reverter o problema

Evite ser perfeccionista: seja mais estimulante consigo mesmo. Encontre formas para fazer as coisas acontecerem e deixe de se auto julgar, cobrar

 


Debora Garcia - Palestrante, professora de meditação, escritora e mentora, atua no mercado corporativo e para autogestão pessoal. Formada em Educação Física pela UMESP, especializada em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP, atua também na área de educação corporal por mais de 14 anos, identificando que as habilidades ou inabilidades internas são pontos limitantes tanto no desempenho esportivo como na vida

 

 

Doze dicas para fortalecer o sistema Imunológico e amenizar as alergias nesta época do ano!

As doenças respiratórias atingem, em média, 30% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), porém em tempos de Covid-19 a atenção deve ser ainda maior.


“É bastante comum nesta época do ano, com as sucessivas frentes frias, muitas pessoas sofrerem com alergias respiratórias, resfriados e gripes, que aumentam em 40% a incidência, por conta das oscilações climáticas. O grande vilão não é só o vírus, mas o ar frio e a poluição do ar. Tomar a vacina é fundamental, por que diminui o risco de gripes e suas complicações, mas a frente fria, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar contribuem para o aumento das doenças respiratórias devido à alta concentração de poluentes na atmosfera, propiciando o aparecimento de doenças respiratórias como rinite, sinusite, asma e bronquite”, ressalta o otorrino Dr. Alexandre Colombini. 

Segundo o especialista, cerca de 10% dos brasileiros apresentem quadros variados de asma, enquanto 30% sofram com rinite alérgica. 

“ As crianças sofrem mais, com idade abaixo dos 05 anos, e os idosos acima dos 60 anos também, isto por que o sistema imunológico nestas faixas etárias é menos funcional. Com isso as chances de as gripes e resfriados voltarem a cada semana é maior, o que também acaba levando a um gasto maior dos anticorpos, abaixando ainda mais a resistência para que peguem mais e mais doenças respiratórias”, explica o doutor.


VÍRUS DA GRIPE E ALERGIAS- RECOMENDAÇÃO:

Aqueles que são alérgicos ou que têm rinite alérgica ou bronquite são mais sensíveis nessa época do ano e sofrem mais. Devem previamente consultar o médico para poderem se fortalecer, evitando quadros mais graves. Busque um profissional de sua confiança e se possível consultas online. A ida ao pronto-socorro pode prejudicar ainda mais qualquer quadro, pois ali com certeza é um ambiente fechado onde há acúmulo de doenças respiratórias de todo tipo e agora temos mais um alarmante que é o COVID-19.


12 Dicas do especialista. Anote:

  1. - Beba bastante água: o ideal é ingerir dois litros por dia para manter o organismo hidratado. Isso vai ajudar muito a hidratar as vias respiratórias também.
  2. - Faça limpeza nasal com solução fisiológica ao menos duas vezes ao dia. Caso trabalhe em ambiente com ar condicionado, redobre o uso por que ele resseca ainda mais as vias respiratórias.
  3. - Umidifique o ar, seja com aparelhos próprios para isso ou mesmo com toalhas úmidas e/ou grandes bacias para que haja uma grande superfície a ser evaporada para tornar o ar mais úmido.
  4. - Guarde brinquedos de pelúcia em embalagens à vácuo depois de higienizados.
  5. - Procure manter os ambientes arejados.
  6. - Evite usar vassouras para limpar a casa, pois elas podem espalhar a poeira. Prefira utilizar panos úmidos.
  7. - Troque a roupa de cama a cada semana.
  8. - Procure ter uma boa alimentação. A alimentação deve ser balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.
  9. - Lave as mãos com álcool gel e evite o contato com a boca, nariz ou olhos por que é a porta de entrada dos vírus e bactérias.
  10. - Tenha um bom sono e um bom descanso.
  11. - Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados, pois essas doenças são adquiridas pelo ar. Ao espirrar, coloque um lenço ou a mão só se puder lavá-la em seguida, ou vai transmitir a doença assim que tocar qualquer superfície.
  12. - Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo;

 

Canabigerol mostra efeito terapêutico para doenças inflamatórias

 Recentes estudos com a substância, extraída da Cannabis, revelam propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antibacterianas


Com o avanço da Ciência nos estudos da cannabis medicinal, pesquisadores buscam compreender, cada vez mais, os benefícios das diferentes substâncias extraídas da planta. Para o neurologista Flávio Rezende, mestre e doutor em Neurologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o canabigerol (CBG) representa uma nova fronteira entre os fitocanabinoides existentes. "Diversos estudos pré-clínicos apontam o CBG como potencial substância no tratamento de sintomas não atendidos em diversas condições médicas - como a esclerose múltipla e a doença de Parkinson", revela Dr. Flávio Rezende. Um dos benefícios é a ausência de efeitos psicotrópicos, já que não altera o humor ou estado psicológico do paciente.

O canabigerol foi descrito pela primeira vez em 1964 pelo pesquisador Raphael Mechoulam, o "pai da cannabis moderna", mas seu mecanismo de ação só começou a ser descoberto recentemente. Estudos pré-clínicos utilizando células e modelos animais demonstram seu potencial terapêutico para diversas indicações. "Modelos de pesquisa pré-clínicos in vivo demonstraram que o CBG possui efeito imunomodulador muito potente. Isso abre as portas para realização de pesquisa em humanos, principalmente quando inflamação e a neurodegeneração coexistem", explica Dr. Flávio Rezende, que também é diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Health Meds.

Estudos mostram que o CBG mostrou uma importante ação neuroprotetora na doença de Parkinson, reduzindo os níveis de marcadores e reações inflamatórias. Já na esclerose múltipla, derivados do CBG mostraram melhora na atividade motora, redução na expressão de moléculas pró-inflamatórias e diminuição da atividade de células inflamatórias no cérebro.

O neurologista revela que, em breve, será realizado o primeiro estudo em humanos com canabigerol em todo o mundo. "Estamos protocolando no Brasil um estudo clínico de fase II para analisar o uso de formulações com canabigerol em pacientes com doença de Parkinson. Nosso foco também está direcionado à investigação de doenças que cursam com dor crônica, insônia, depressão e apatia, como a esclerose múltipla", diz Dr. Flávio Rezende.


Mecanismo de ação

O canabigerol é uma molécula precursora dos fitocanabinoides e está presente em apenas 1% da planta cannabis, mas com um efeito extremamente potente nos receptores CB2 que estão relacionados ao funcionamento do sistema imunológico e dos nervos periféricos.

O CBG também é um potente agonista de PPARs, fatores de transição que sinalizam a inflamação dentro do núcleo da célula. Esses fatores funcionam como mensageiros nos processos antioxidantes e anti-inflamatórios no organismo. Quando os PPARs são ativados, estimulam o organismo a diminuir a inflamação e agem como um efeito antioxidante.


Propriedades do canabigerol em estudo:

• Ação analgésica e anti-inflamatória

Existe um número crescente de evidências mostrando que os canabinoides reduzem a sensibilidade à dor pela ação potencial associada à inflamação. A substância tem sido estudada no tratamento de doenças inflamatórias intestinais, como na colite ulcerativa. Estudos iniciais mostram que o canabigerol tem 80 vezes mais potência do que o poder anti-inflamatório do ácido acetilsalicílico.


• Propriedade antibacteriana

O canabigerol possui atividade contra bactérias, microbactérias e até mesmo fungos, sendo mais potente que outros fitocanabinoides como THC, CBD e canabicromeno.


• Potencial atividade antitumoral

Além de reduzir náuseas e vômitos associados à quimioterapia, o uso de canabinoides tem demonstrado potencial em inibir o crescimento de células cancerígenas. Em estudos pré-clínicos, o CBG foi capaz de reduzir a proliferação de células humanas de câncer de mama, próstata, carcinoma colorretal e adenocarcinoma gástrico.


• Potencial atividade redutora da pressão intraocular

Estudos pré-clínicos demonstram que o CBG promove redução da pressão intraocular através do aumento da drenagem de fluidos oculares, sendo promissor para o tratamento do glaucoma.



Entenda a Cannabis Medicinal

A cannabis medicinal possui mais de 480 substâncias químicas, sendo que 150 destes compostos, denominados fitocanabinoides, são os mais estudados, com o THC (Tetrahidrocanabinol), o CBD (Canabidiol) e o CBG (Canabigerol). Eles são capazes de ativar receptores canabinoides (CB1 e CB2) em diversos tecidos dos nervos periféricos, Sistema Nervoso Central (SNC) e sistema imunológico. Esse funcionamento complexo é responsável por uma série de funções fisiológicas, incluindo a memória, o humor, o controle motor, o comportamento alimentar, o sono, a imunidade e a dor.

Com base em estudos variados em fase II, fase III ou observacionais, as principais indicações para o uso de produtos de cannabis são ansiedade, demência com agitação, distúrbios do sono secundários a doença neurológica, doença de Parkinson (sintomas não-motores), dor crônica, epilepsia (Dravet e Lenox Gastaut), esclerose múltipla (sintomas urinários, dores, espasticidade), esquizofrenia, síndrome de estresse pós-traumático e Síndrome de Tourette.



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Referências:

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2. Colasanti BK. J Ocul Pharmacol. 1990;6:259-69
3. Ligresti A, et al. J Pharmacol Exp Ther. American Society for Pharmacology and Experimental Therapeutics; 2006;318:1375-87
4. Orrego-González E, et al. Evid-Based Complement Altern Med ECAM. 2020;2020:2371527
5. Borrelli F, et al. Carcinogenesis. 2014;35:2787-97
6. Borrelli F, et al. Biochem Pharmacol. 2013;85:1306-16
7. Pagano E, et al. Phytother Res [Internet]. [citado em 2021 Jan 11];n/a. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/ptr.6831
8. Deiana S. Chapter 99. In: Preedy VR, editor. Handb Cannabis Relat Pathol [Internet]. San Diego: Academic Press; 2017 [citado em 2021 Jan 10]. p. 958-67. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780128007563001150
9. Appendino G, et al. J Nat Prod. 2008;71:1427-30
10. Farha MA, et al. ACS Infect Dis. American Chemical Society; 2020;6:338-46
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18. Colasanti BK. J Ocul Pharmacol. 1990;6:259-69.

Especialista explica por que a covid-19 já é considerada uma doença vascular e não apenas respiratória

Cientistas defendem que a doença deixe de ser classificada como uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG) para se tornar a primeira febre viral trombótica

 

Para a maior parte dos leigos, a covid-19 pode ser definida apenas como uma doença respiratória, que em poucos dias pode acometer os pulmões. Porém, cientistas descobriram recentemente que esta é apenas uma das faces da doença. "O SARS-CoV-2 possui também impacto vascular no organismo por causar lesão endotelial, que é a camada interna do vaso. "Esta lesão pode causar dissecção deste vaso, inflamação do endotélio com comprometimento da circulação, tromboembolismo arterial e venoso, alteração da microcirculação, e consequente repercussão em todo o organismo ", explica o médico Dr. Josualdo Euzébio da Silva, especializado em cirurgia vascular e endovascular.

Conforme o médico revela, as alterações endoteliais podem justificar essas alterações. Dr. Josualdo enfatiza ainda que a Covid-19 precisa ser mais conhecida para melhor entendimento. "Temos visto alterações circulatórias que podem ocorrer tanto na fase da doença quando no período até três meses pós-covid. Algumas alterações podem ser tratadas com medicamentos e outras necessitam de tratamento cirúrgico".

Uma pesquisa publicada na revista científica norte-americana Circulation Research mostrou que o novo coronavírus utiliza uma enzima de conversão da angiotensina (ACE2) para facilitar a entrada nas células-alvo e iniciar a infecção. Esta entrada viral na célula depende da ligação da proteína S (glicoproteína Spike) à ECA (enzima de conversão da angiotensina) nas células hospedeiras.

"Segundo o artigo da renomada revista, quando o endotélio vascular é infectado, ele desencadeia a produção de espécies reativas de oxigênio mitocondrial e desvio glicolítico. Paradoxalmente, a ACE2 é protetora do sistema cardiovascular, enquanto a proteína SARS-CoV-1 S promove lesão pulmonar ao diminuir o nível de ACE2 nos pulmões infectados. No estudo, os cientistas mostraram que a proteína S sozinha pode danificar as células endoteliais vasculares (ECs) ao diminuir a regulação da ECA2 e, consequentemente, inibir a função mitocondrial".

Neste estudo, o Sars-CoV-2 é ressaltado com uma característica peculiar: a de promover a hipercoagulabilidade do sangue, sobretudo por fomentar uma produção elevada de substâncias inflamatórias e de uma enzima chamada trombina, que participa do processo de coagulação. "As complicações circulatórias deste evento podem comprometer pulmões, coração, rins e cérebro. O tromboembolismo arterial e venoso e o comprometimento da microcirculação pode levar até mesmo a perda dos membros inferiores", destaca o cirurgião.

Um artigo publicado recentemente no periódico científico Memórias do Instituto Oswaldo Cruz defendeu que, inclusive, que a covid-19 deixe de ser classificada como uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG) para se tornar a primeira febre viral trombótica. Seria uma classificação pioneira, já que ela é a primeira que favorece a coagulação excessiva, aumentando o risco de trombose.

Dr. Josualdo Euzébio alerta que o controle e a prevenção do tromboembolismo na fase aguda da covid-19 deve ser enfatizado. "É fundamental o acompanhamento médico, lembrando que dor e inchaço nas pernas podem sugerir alterações trombóticas. Saliento a importância do isolamento social e das medidas sanitárias recomendadas pelo Ministério da saúde e enfatizo que as doenças vasculares muitas vezes necessitam de diagnóstico e tratamento precoces", finaliza.



DR. JOSUALDO EUZÉBIO DA SILVA - CRM MG 26128 RQE 17502/RQE 31642
BELO HORIZONTE MG


As aparências enganam...

 O que você pensa que é celulite, pode ser lipedema. Linfoterapeuta explica a diferença e como tratar

 

Inchaço nas pernas, hematomas na pele e, muita celulite. Estas são as queixas mais frequentes em mulheres que sofrem com lipedema, distúrbio crônico que costuma surgir durante a puberdade, gestação, menopausa ou em alguma situação de muito estresse. Mas, como diferenciar as famigeradas “celulites” com o lipedema?

O bioengenheiro e linfoterapeuta Daniel Zucchi, esclarece que o distúrbio se caracteriza pelo aumento simétrico do tecido gorduroso nas pernas, também podendo acometer os braços. Acometendo normalmente as mulheres, o lipedema é uma doença genética que provoca um acúmulo anormal de gorduras de tecido adiposo nos membros inferiores. Isso ocasiona um edema que comprime os vasos linfáticos e sanguíneos. O curioso é que este inchaço não atinge os pés.

Já a celulite é considerada uma doença de depósito, isto é, depositam-se tecidos a mais nos membros inferiores e que podem acumular gordura ou líquido e dar o aspecto celulítico. A questão hormonal é um fator agravante – períodos como gestação, menstruação, uso de anticoncepcional – podem provocar uma desregulação hormonal que desencadeia o processo de celulite.

No entanto, ao contrário das celulites, o lipedema pode ser doloroso ao toque, e costuma poupar regiões do corpo como mãos, pés e tronco. "Estima-se que 10% das mulheres têm lipedema. No entanto, é uma doença subdiagnosticada e pouco investigada, apesar de causar um impacto psicológico imenso. As mulheres que estão com o distúrbio escutam frases do tipo: isso é normal!; é genético; ou mesmo que estão obesas", comenta Zucchi.

De acordo com o especialista, o mal pode ser resolvido com ajuda de profissionais capacitados em linfoterapia associada à técnica de  eletroterapia. “Já tratei muitas vezes de lipedema com muito sucesso. Os resultados são bem satisfatórios e aparentes. Isso eleva a autoestima das mulheres!”, concluiu o linfoterapeuta.

 



Daniel Zucchi - O fisioterapeuta e mestre em Bioengenharia pela Escola de Engenharia da USP - São Carlos, Daniel Zucchi, especializou-se em Drenagem Linfática - foi pesquisador do tema durante oito anos na Escola Internacional de Terapia Linfática da Clínica Godoy-, com sede em São José do Rio Preto, interior de São Paulo (SP).  Na Escola de Engenharia da USP - São Carlos realizou pesquisas sobre cicatrização de feridas crônicas e efeito do laser em cultura de bactérias.  Com diversos artigos publicados no Brasil e no exterior, Zucchi é docente universitário, há mais de dez anos, coordenando aulas em cursos de Fisioterapia, Enfermagem, Educação Física e Nutrição.  Atualmente, é coordenador científico do Instituto Daniel Zucchi de Estética Avançada, único centro de referência em Linfoterapia Estética do Brasil e coordenador de pós-graduação em Linfoterapia pelo CTA – Centro de Treinamento em Anatomia.


Como a nutrição pode contribuir para recuperação de Covid-19 durante a quarentena

 Consumir determinados alimentos, prática olfativa e suplementação com apoio de profissional ajudam quem está se recuperando em casa, segundo nutricionista.


Hoje a ciência já descobriu que os sintomas da Covid-19 são inúmeros, e que podem causar diferentes impactos na saúde das pessoas. Para aquelas que, felizmente, estão se recuperando em casa, uma nutrição adequada pode facilitar o período. Quem dá a dica é a nutricionista Tayse Correa, parceira da FIT FOOD.

Uma das chaves está no bom funcionamento das mitocôndrias. Já ouviu falar delas? São estruturas que estão dentro das células, e que são responsáveis por mais de 90% da energia necessária para a atividade celular. No entanto, além de gerar energia, também são linha de defesa contra a infecção do coronavírus em nível celular.

"Um profissional de Nutrição pode indicar suplementos apropriados para reforçar o funcionamento do corpo - diz Corrêa - hoje algumas das opções são por exemplo a coenzima Q10, complexo B, D-ribose, L carnitina, PQQ e e creatina. Com um suporte nutricional, é possível amenizar sintomas mais comuns como a perda de apetite, alterações do paladar, perda do olfato, cansaço, fadiga, aumento de muco, congestão nasal e dores de cabeça".

A seguir, Tayse lista o pode ser feito para se recuperar desses sintomas:

Falta de apetite: preferir alimentos amolecidos, úmidos e cozidos para facilitar a recuperação do paladar e digestão. Não abusar da quantidade de sal. Investir em ervas como manjericão, hortelã e salsa para estimular as papilas gustativas. "Uma dica é fazer smoothie com proteína (whey ou proteína vegetal) e frutas. A bebida ajuda a manter o aporte proteico durante essa fase", recomenda.

Reabilitação olfativa: diariamente, inalar diferentes odores pelo menos duas vezes ao dia. Fazer esse exercício de inalações curtas de mais ou menos de 20 segundos cada. "Separe em alguns potinhos óleos essenciais, café, canela, alho, curry. Evite itens alcoólicos e ácidos para inalar.", sugere.

Redução da secreção nasal: fazer compressas com óleos essenciais de hortelã-pimenta ou eucalipto. "Recomendo também fazer uma limpeza nasal com soro fisiológico todos os dias pela manhã", diz.

Também vale a pena não descuidar da hidratação. Manter o corpo hidratado é fundamental para conter os sintomas e trazer alívio. "Além de caprichar na água, invista também em chá de gengibre, hortelã, capim-limão, tulsi e chá verde", recomenda. E para fechar a dupla, a alimentação é essencial para se restabelecer. Além disso, comer bem ameniza o estresse oxidativo que a doença provoca.

Devem entrar na dieta elementos como zinco, vitamina D, vitamina C, selênio e N-acetil-cisteína para a recuperação. "Em forma de suplementos, o consumo deve ser feito somente com indicação profissional. Entre os alimentos, consuma ovos, peixes, carnes magras, sementes de abóbora e girassol para zinco; três castanhas-do-pará ao dia para obter selênio; sucos de frutas frescas ou em polpa de acerola, goiaba, kiwi, laranja e limão para vitamina C", recomenda.

 


FIT FOOD

http://www.fitfoodbrasil.com

 

Latinex Brands

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O tipo sanguíneo influencia na gravidade da Covid-19?

Resultado preliminar de estudo goiano aponta que não existe relação da tipagem sanguínea com casos graves da Covid-19Shutterstock

 

Vários países estão pesquisando sobre o tema, mas não há unanimidade sobre conclusão. Hematologista fala sobre o assunto e estudo goiano

 

Desde o início da pandemia de Covid-19, cientistas em todo mundo investigam as diferentes maneiras que o vírus SARS-CoV-2 afeta o organismo humano. Parte dessas pesquisas considera se os diferentes grupos sanguíneos (A, B, AB e O) podem ter papel relevante diante da Covid-19. Várias pesquisas estão sendo feitas sobre o assunto em diferentes países, mas não há consenso entre a comunidade científica, até o momento, sobre a relação entre os diferentes tipos de sangue e questões-chave como a capacidade de infecção pelo vírus, o agravamento da doença e o risco de morte. 

No Brasil não é diferente e estudos sobre o tema estão sendo realizados, um deles pelo Hemocentro de Goiás (Hemogo). Uma das médicas que participa da pesquisa no Estado é a hematologista Maria Amorelli, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia. Ela explica que o estudo é um braço de outro, que analisa o plasma convalescente (doado por recuperados da Covid-19) para auxiliar na recuperação daqueles que ainda estão com a doença. “Analisamos o sangue de 98 doadores de plasma convalescente e fizemos uma relação para saber a gravidade que o vírus os infectou e o tipo sanguíneo”, detalha. 

Ao contrário de outros estudos, como o do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), que avaliou 72 pessoas e indicou que as aquelas do tipo sanguíneo A possuem um risco 2,5 vezes maior de gravidade para o coronavírus, na comparação com tipo O, a pesquisa goiana não teve essa identificação. "Dos 98 pacientes, a maioria era do tipo sanguíneo O, e em segundo lugar, do tipo sanguíneo A  que é a distribuição na nossa população. Essa ideia de que todos os pacientes que não têm o anticorpo anti-A estariam em maior risco, a gente não conseguiu confirmar", explica Maria Amorelli. 

Na avaliação de quadros graves, a equipe descobriu que a maior prevalência era de pacientes com sangue tipo AB, enquanto nenhum paciente do tipo sanguíneo A precisou de internação, indo de encontro aos resultados de outros estudos, como um conduzido por pesquisadores da Universidade de Utah, do Intermountain Medical Center Heart Institute e da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que considerou cerca de 107 mil pacientes, revelou que o tipo sanguíneo não está associado a um maior risco de contrair Covid-19. 

 

Mais pesquisas

Maria Amorelli acredita que um dos fatores que não permitiram a pesquisa do Hemogo ter uma conclusão definitiva foi o número pequeno de pacientes avaliados. “Outra questão é que a população de doadores é mais selecionada, em geral, pacientes do grupo O têm mais tendência a doar, porque têm aquela ideia de que este é o melhor sangue para a doação. Então precisamos de mais estudos”, conclui ela, ressaltando que a literatura médica ainda não conseguiu confirmar a associação entre tipo sanguíneo e risco para Covid-19. 

A médica salienta que não é o momento das pessoas se preocuparem com o tipo sanguíneo que possuem. “Precisamos de mais estudos, não se pode introduzir nada relacionado a isso na prática clínica. Pacientes de qualquer tipo sanguíneo ainda não devem se preocupar. Muitos já estão chegando no consultório e perguntando se por ser do tipo A são do grupo de risco e ainda não é a questão de modificar uma conduta em relação à isso”, explica a hematologista.  

“Outros fatores de risco têm um peso muito maior e mais importância, como doença coronariana, trombose prévia, diabetes. Várias pessoas do tipo A não precisaram internar, tiveram uma doença leve, sem complicações, e várias pessoas do tipo O tiveram doenças mais graves também. Hoje em dia, esses estudos servem para a gente melhorar nosso conhecimento sobre o genoma viral, para poder construir drogas melhores, drogas alvo na nossa luta contra o vírus, mas ainda não deve ser motivo de preocupação”, destaca Maria Amorelli.


As consequências e impactos da respiração incorreta na saúde bucal

Crianças e adultos que respiram pela boca podem ter complicações


Muitas pessoas desconhecem que fatores externos podem afetar a saúde bucal, entre eles o modo como respiramos. Respirar pela boca pode causar muitas alterações no organismo, pois o ar não é filtrado e nem adequado à temperatura corporal.

Esse hábito pode ocasionar rinites e infecções recorrentes, promovendo ressecamento da mucosa oral, gengival e até mesmo cárie, como alerta a Câmara Técnica de Ortopedia Funcional dos Maxilares do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), presidida pela cirurgiã-dentista Renata Orsi.

A profissional destaca que crianças que respiram mais pela boca do que pelo nariz podem ter a arcada dentária alterada e até mesmo ter o formato do rosto e postura diferenciados. Isso é comum de acontecer.  A diminuição de saliva também pode favorecer a proliferação dos microorganismos presentes na boca e causar doença gengival e halitose.

"A boca não foi feita para respirar. A respiração oral certamente provoca dificuldade na deglutição e mastigação pela alteração da posição da língua, que participa exageradamente destes processos alterando a configuração da boca”, explica Renata. Ela garante que esse problema deve ser tratado com atenção.

Entre as soluções estão remover os maus hábitos do dia-dia, ter uma mastigação bilateral e alternada e, quando indicado, realizar tratamentos ortopédicos, atuando diretamente nas alterações promovidas pela respiração nas estruturas faciais e bucais. 

Alguns outros problemas podem ser desencadeados devido à respiração pela boca, como ronco e apneia, já que a entrada do ar é prejudicada quando a pessoa deita.

Além disso, o chamado respirador bucal (indivíduo que respira pela boca) costuma ter alteração na postura corporal e isso pode gerar dor nas costas. Nesse contexto, a cirurgiã-dentista ressalta que pode ser importante encaminhar o paciente com esse distúrbio para especialistas como otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, pediatras e alergistas.

“É preciso ficar atento e procurar orientação de profissionais capacitados para solucionar e modificar esse hábito”, conclui a integrante do CROSP.

 

Estudo norte-americano é o primeiro a associar níveis de vitamina D à necessidade de terapia de oxigênio em pacientes com Covid-19

Pesquisadores avaliaram 437 pacientes no Mount Sinai Health System, em Nova York

 

Em função das recomendações das autoridades de saúde de manter o isolamento social por conta da pandemia, expor-se ao sol se tornou uma tarefa rara, o que reduz a possibilidade de produção de vitamina D pelo corpo. Entretanto, estudos científicos alertam que a deficiência deste pró-hormônio pode aumentar a vulnerabilidade para diversas doenças respiratórias, incluindo gripe e Covid-19.

Estudo publicado pelo Journal o f The American College Of Nutrition em fevereiro analisou os níveis de vitamina D de 437 pacientes com Covid-19, entre 56 e 79 anos, no hospital Mount Sinai Health System, em Nova York (EUA). Os pacientes foram divididos em dois grupos: com deficiência de vitamina D (nível abaixo de 20 ng/ml) e com nível suficiente, ou seja, acima deste patamar, considerando-se os exames realizados nos três meses antes de serem internados ou no momento da internação.

A pesquisa relata que a deterioração do estado de saúde dos pacientes infectados pelo novo coronavírus ocorre pelo aumento das citocinas pró-inflamatórias, o desenvolvimento da síndrome do desconforto respiratório agudo, o que faz com que os pacientes necessitem do suporte de terapias com oxigênio.

"Nos pacientes com deficiência de vitamina D, a suplementação pode ter o potencial de melhor desfecho ao suprimir as citocinas inflamatórias", afirmam os pesquisadores Elizabeth Marie Gavioli, Hirotaka Miyashita, Omar Hassaneen e Evan Siaub, em sua publicação.

Além disso, esse pró-hormônio pode aumentar a enzima conversora de angiotensina 2 (enzima com diversas funções, entre elas o controle da pressão arterial) e reduzir a lesão pulmonar, segundo os cientistas.

"De acordo com os pesquisadores, este é o primeiro estudo que demonstra como os níveis de vitamina D podem influenciar a necessidade de terapia com oxigênio nos pacientes com Covid-19. Eles apontam como a suplementação da vitamina, portanto, pode ajudar a reduzir os custos do sistema de saúde e a disponibilidade de leitos na pandemia", afirma Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)

Os pesquisadores ressalvam, no entanto, que é necessário aprofundar os estudos sobre o tema.

 


Referência:

Gavioli, E. M.; Miyashita, H.; Hassaneen, O.; Siau, E. An Evaluation of Serum 25-Hydroxy Vitamin D Levels in Patients with COVID-19 in New York City. Journal of The American College Of Nutrition. Fev, 2021. Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/07315724.2020.1869626


Hipertensos devem ter cuidado redobrado na pandemia, recomenda o Seconci-SP

Doença atinge cerca de 30% da população adulta e é mais prevalente em pessoas acima dos 65 anos

 

Pessoas com doenças cardiovasculares ou fatores de risco como hipertensão e obesidade estão mais propensas a desenvolver casos graves de Covid-19. Por ocasião do Dia Mundial de Hipertensão Arterial (17 de maio), o dr. George Fernandes Maia, cardiologista do Seconci-SP, alerta sobre os cuidados extras a serem tomados pelas pessoas acometidas por essa doença, que atinge cerca de 30% da população adulta. Deste total, segundo o Ministério da Saúde, 60,9% têm mais de 65 anos. 

“O novo coronavírus provoca a `tempestade inflamatória´, reação inflamatória sistêmica no organismo, podendo danificar o coração e até levá-lo à falência. Artérias e veias também são agredidas, comprometendo a chegada do sangue a outros órgãos, como rins, cérebro, fígado, e ao sistema musculoesquelético”, explica o médico. 

O risco é maior com o descontrole da pressão arterial e para pessoas acima de 60 anos. “Além de todas as medidas preventivas à Covid-19, é fundamental que o hipertenso não suspenda a medicação e mantenha hábitos saudáveis”.

 

Causas e tratamento

A hipertensão arterial é uma doença crônica, caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Pode ser causada por fatores hereditários, obesidade, sedentarismo, tabagismo, bebidas alcoólicas e alimentos com alta concentração de sódio (sal). A linha que define a hipertensão arterial considera valores de pressão sistólica igual ou maior a 140 mmhg e/ou pressão diastólica igual ou maior a 90 mmhg, o chamado 14 por 9. 

Trata-se de doença silenciosa que em muitos casos não apresenta sintomas. Os principais sinais durante uma crise são dor na nuca e no peito, falta de ar, tontura, enjoo e cansaço ao realizar esforço físico. “Os exames periódicos exigidos das empresas são uma boa oportunidade para detectar este e outros problemas de saúde e iniciar o tratamento e controle.” 

O diagnóstico requer avaliação clínica, com a aferição da pressão em pelo menos três ocasiões, acompanhada de exames complementares, como eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, raio-x de tórax, mapa da pressão 24 horas e Holter. Este último visa detectar, registrar, quantificar e calcular a variação do ritmo cardíaco, identificando possíveis distúrbios durante as atividades diárias do paciente.

 Confirmado o diagnóstico, é primordial uma mudança de hábitos alimentares e comportamentais. O tratamento varia de acordo com cada pessoa. “Na maioria das vezes é necessária a adoção de medicamento de uso contínuo, mas há situações em que a adoção de hábitos saudáveis é suficiente para o controle da doença. As visitas ao médico costumam ser semestrais e, mesmo não tendo sintomas, é preciso seguir as orientações, não se automedicar e muito menos suspender a medicação por conta própria.” 

Dicas para diminuir os riscos da hipertensão:

• evitar o consumo de carboidratos, gordura e sódio em excesso, e manter hábitos saudáveis de alimentação;

• ingerir dois litros de água por dia;

• não fumar;

• evitar o consumo de álcool em excesso;

• praticar atividades físicas;

• monitorar e tratar outras doenças que possam causar a hipertensão, como diabetes, doenças renais, vasculares e da tireoide, se existirem. 

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