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terça-feira, 9 de março de 2021

A liberdade religiosa em tempos de pandemia

Após passarmos por um ano de pandemia cheio de medo, incertezas e solidão, foi preciso encontrar um meio de acreditar em dias melhores. Um desses meios que não só os brasileiros, mas toda a população mundial encontrou, foi por meio da fé. Através de orações, todo o mundo se reuniu em uma só fé que acreditava em dias melhores, independente da religião.  

A liberdade religiosa, entretanto, não é universal. Existem países, como a Coreia do Norte, que fazem seus habitantes sofrerem perseguições religiosas, o que fere a liberdade individual de cada cidadão. No Brasil, felizmente, temos o direito de escolher qual fé seguir, no caso a também chamada de liberdade de credo. Por ela, temos o direito de professar livremente qualquer religião, direito este garantido pela Constituição da República de 1988, em seu Art. 5, VI, VII e VIII. São direitos invioláveis e fundamentais a qualquer um que esteja em território nacional. 

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

O direito à liberdade religiosa se encontra no mesmo nível do direito à vida, à liberdade e ao direito de ir e vir. Nossa lei maior protege e ainda prescreve claramente que ninguém pode ser privado de seus direitos devido à sua crença religiosa.

A constituição também estabelece imunidade tributária a templos de qualquer culto, o que significa dizer que não podem ser instituídos impostos sobre os locais de culto. O constituinte criou tal imunidade para que os locais dos templos fossem protegidos de perseguições.

Nosso Código Penal determina em seu Art. 208, punição de detenção àquele que impedir ou perturbar a liberdade religiosa de outrem. 

Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo

        Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:

        Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

        Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

Garantido por lei, a liberdade religiosa é um direito que todo cidadão brasileiro tem. Com ele, podemos professar a nossa fé e, através dela, acreditarmos em dias melhores. É sempre bom lembrar que, independente de qual religião, é importante orarmos para que, acima de tudo, a saúde de todos os nossos compatriotas seja preservada.



 

Dr. Marcelo Campelo - OAB 31366 - Advogado Especialista em Direito Criminal

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Interior de São Paulo atrai cada vez mais investimentos do mercado imobiliário

Incorporadoras apostam na fixação de empresas em municípios fora do eixo da Capital e no consequente aumento de potencial e demanda por imóveis. No Interior, valor reduzido, áreas de lazer e outras comodidades são diferenciais dos residenciais


À medida que se fixam ou expandem seus negócios no interior de São Paulo, empresas de médio e grande portes respondem pela abertura de novas frentes de trabalho. Mesmo diante da pandemia, 2020 terminou com saldo positivo de geração de empregos no interior de São Paulo, segundo balanço do Novo Caged, do Ministério do Trabalho. Foram criados 9.165 novos postos de trabalho no interior do Estado, enquanto a Região Metropolitana de São Paulo fechou 11.483 empregos no saldo entre admitidos e demitidos no ano passado. A performance se reflete em uma tendência que vem mobilizando o mercado imobiliário. Cada vez mais atentas às demandas por moradias nas cidades fora do eixo da Capital, as incorporadoras investem em empreendimentos habitacionais que se diferenciam por imóveis com valores reduzidos, projetados com estrutura de lazer, serviços em áreas comuns e inúmeras comodidades. 

As empresas que se transferem da Capital e do entorno da metrópole para se fixarem no Interior trazem para as cidades seus quadros profissionais mais qualificados e, localmente, contribuem para a ampliação do número de empregos. “Este movimento gera uma demanda considerável por moradias”, observa Guilherme Bonini, diretor executivo da Longitude Incorporadora. “Quem muda de cidade precisa de um imóvel para morar. Da mesma forma, quem já vive no município e consegue uma colocação com salário melhor quer tornar realidade o sonho da casa própria e, assim, sair do aluguel. Diante disso, o nosso olhar para investir em novos empreendimentos vai para o Interior”, avalia. 

Quando comparados com o Interior, os imóveis na Capital são mais caros e, dependendo do padrão, pouco agregam em equipamentos de lazer e comodidades. “Nas cidades do interior de São Paulo, onde a Longitude atua, há uma grande preocupação em tornar o condomínio um local agradável de convivência em que o morador sinta prazer em desfrutá-lo”, afirma Bonini. 

São muitos investimentos projetados para o interior paulista.  “Temos escolhido as cidades com potencial econômico em que as empresas vão se instalar”, diz Bonini. “Além de equilibrar a demanda por moradia nesses municípios, nosso interesse é gerar empregos com a mão de obra que contratamos a cada residencial lançado no mercado”, conclui. 

É fato que o crescente interesse das incorporadoras pelo Interior ajusta-se às novas configurações de trabalho. Hoje em dia, além de se transferirem para municípios fora do entorno da Capital, as empresas proporcionam aos colaboradores a possibilidade de realizar tarefas em home office. Nesta esfera de atrativos, há que considerar ainda as facilidades e vantagens oferecidas ao consumidor para sair do aluguel e adquirir o imóvel próprio. “O sonho da casa própria, sem dúvida, representa um grande impulso imobiliário e responde por uma grande movimentação do mercado no interior do Estado de São Paulo”, finaliza Bonini.

  

Veja como declarar movimentação de criptoativos no Imposto de Renda

Com as altas dos valores dos criptoativos em 2020 (que tem como principal nome as Bitcoins) muitos brasileiros passaram a aplicar seu dinheiro nesse produto financeiro. Agora, com a chegada do período da entrega Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física 2021 é fundamental declarar os valores investidos nessa linha.

"Um dos principais cruzamentos que a Receita Federal faz em relação ao imposto de renda é com a Declaração de Criptoativos. Neste ano foi criado um novo campo para declaração desses valores na declaração, mostrando que terá uma maior atenção sobre esse ponto", explica o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.

Richard se referem ao estabelecido de um código específico sobre o tema na Ficha de Bens e Direitos para declarar os valores movimentados nesse modelo de produto financeiro, sendo eles:

• 81 - Criptoativo Bitcoin - BTC

• 82 - Outros criptoativos, do tipo moeda digital (conhecido como altcoins entre elas Ether (ETH), XRP (Ripple), Bitcoin Cash (BCH), Tether (USDT), Chainlink (LINK), Litecoin (LTC)

• 89- Demais criptoativos = Criptoativos não considerados criptomoedas (payment tokens), mas classificados como security tokens ou utillity tokens;

Mas, o diretor executivo da Confirp alerta que por mais que deva constar na Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física, o contribuinte já deveria ter feito uma ação anterior, com envio da Declaração de Criptoativos. "A movimentação de criptoativos devem ser declarados mensalmente quando ultrapassar o montante das operações de R 30 mil mensais", alerta.

Dentre as informações de interesse, serão informadas: data da operação, tipo de operação, titulares da operação, criptoativos usados na operação, quantidade de criptoativos negociados, valor da operação em reais e valor das taxas de serviços cobradas para a execução da operação, em reais, quando houver.

As informações deverão ser transmitidas à RFB mensalmente (desde a competência agosto de 2019) até último dia útil do mês-calendário subsequente àquele em que ocorreu o conjunto de operações realizadas com criptoativos (informações contendo detalhes das operações) acima do limite estabelecido, ou do mês de janeiro do ano-calendário subsequente (saldos anuais) pela Exchange quando situada no Brasil;

Ponto importante segundo Richard Domingos é que "haverá aplicação de multas mínimas por mês deixado de entregar a referida declaração pela pessoa físicas será de R 100,00 ou 1,5% dos valores inexatos, incorretos ou omitidos deixados de ser informados à RFB".

Estarão sujeitos às regras de ganho de capital os ganhos mensais auferidos nas vendas de criptomoedas, cabendo inclusive o limite de isenção para vendas de bens de pequeno valor assim considerada pela Receita Federal para alienações de até R 35.000,00.


segunda-feira, 8 de março de 2021

Cinco elogios para fazer no dia 8 de março e desconstruir o machismo no dia do mulher

Consultor de relacionamentos Rafael Lopes, do canal Nerd Sedutor, revela como é possível valorizar a mulher sem cair nos clichês de aparência e delicadeza feminina

 

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, está, a cada ano, mais diferente e empoderado. Se antes a visão sobre elas era de um sexo frági e sútil, agora a força, a bravura e a determinação constroem a imagem que elas, verdadeiramente, querem passar.  Nada de flores, bombons e condecorações sobre a delicadeza da mulher, o papo agora vai além das superficialidades e exige um olhar mais profundo, sobretudo deles, os homens.

 

“As mulheres estão cansadas dessa mesmice sobre sexo frágil e delicadeza e não toleram mais elogios sobre a imagem ou que reforçem essa competição entre elas. Chegou a hora de falar sobre o que elas sentem, representam e são para além da aparência”, afirmou o consultor de relacionamentos Rafael Lopes, do canal Nerd Sedutor. 

 

Para acabar com os estereótipos de mulheres “belas, recatadas e do lar”, o especialista que ajuda homens e mulheres a terem relacionamentos sólidos e duradouros, listou cinco elogios que podem ser feitos neste dia da mulher que vão além do trivial e que correspondem a muito mais sobre o que elas querem ouvir. Confira!

 

1 - Você tem um belo sorriso!


“Existem diferentes formas de falar da beleza dela sem ser superficial ou mostrar que você só liga para aparência. O sorriso é a janela do nosso humor, da nossa personalidade. Falar dele é falar sobre algo muito mais íntimo do que só do externo."

 

2 - Você é divertida!


“Elogiar o humor, deixa a mulher confortável para se soltar e mostrar o lado engraçado, espontâneo e inteligente. Essas características muitas vezes são escondidas pelo machismo ou pela sociedade que impõe que as mulheres devam ser mais retraídas que os homens"

 

3 - Você tem muito bom gosto!


“Esse elogio também diz sobre a aparência, mas vai além da beleza externa e foca nas escolhas que ela faz. O modo como ela se veste, como usa o cabelo e até sobre a decoração da casa, etc, dizem sobre a personalidade dela e sobre as escolhas que ela faz.”

 

4- Você é muito inteligente!


“Faça esse elogio durante uma boa conversa, em que ela fale sobre a vida, carreira e sonhos. Ouça com atenção. Valorize suas conquistas e suas ideias. Elogie suas habilidades.”

 

5 - Gosto de estar com você!


“Esse elogio engloba uma série de coisas, como: gosto de você, você é divertida, quero ficar com você e estou interessado(a) em você. Tudo depende do seu nível de envolvimento com a mulher em questão, mas pode ser usado em diferentes ocasiões para mostrar a importância dela na sua vida.”




Créditos de: Divulgação / MF Press Global 

 

A batalha ainda não acabou! Campanha “Guerra ao Coronavírus” da Santa Casa de São Paulo mobiliza população no combate à pandemia

Um ano depois dos primeiros casos de Covid-19, o mundo ainda segue no combate à doença. Estamos atravessando um momento delicado da pandemia, com o crescimento expressivo do número de casos. Na Santa Casa de São Paulo, o cenário não é diferente. O trabalho continua intenso, com equipes dedicadas e comprometidas com a vida, mas essa batalha exige muitos recursos. Por isso, a instituição convida a sociedade para continuar ajudando os profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia. A campanha “Guerra ao Coronavírus” tem o objetivo de arrecadar recursos ou doações de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) e medicamentos, destinados aos atendimentos de pacientes de Covid-19.

Neste ano, as contribuições para a instituição diminuíram, apesar das doações terem sido fundamentais em 2020. Desde o início, a instituição se organizou para este enfrentamento e realizou muitas melhorias em todos os seus hospitais. Esse período entra para a história da Irmandade, que tem contado com o apoio de pessoas físicas e empresas. A união de esforços, a credibilidade e a confiança dos pacientes e familiares, trazem motivação no trabalho diário das equipes, pois toda esta mobilização permite que as pessoas possam ser acolhidas e tratadas com segurança.

Mas a guerra ao coronavírus ainda não acabou. O cenário ainda é difícil e a instituição precisa contar com a solidariedade da população, pois ainda há muito a ser feito. “Infelizmente a pandemia está com mais força nestes últimos dias e a Santa Casa de São Paulo segue atuando fortemente nesta guerra ao coronavírus e prestando atendimento aos milhares de pacientes com outras doenças. A nossa instituição precisa muito, neste momento, receber todo apoio possível da sociedade. Cada doação recebida traz alento e esperança. A nossa luta continua!” ressaltou Dra. Maria Dulce Cardenuto, Superintendente da Santa Casa de São Paulo.

Para participar da campanha, basta acessar o site www.santacasasp.org.br/doe e realizar a doação (de qualquer valor) que pode ser efetuada com cartão de crédito, depósito, boleto bancário ou entrar em contato com a área de doações para doar produtos, pelo e-mail doacao@santacasasp.org.br ou pelo telefone 11 2176-7941.


Dia 8 de março e todos os outros 364 dias do ano são delas

Vivemos em um país em que o feminicídio cresce em larga escala e por motivos cada vez mais banais; onde a palavra da mulher e ela própria não tem o devido valor e respeito. A impressão que se tem é de que não paramos para pensar na importância da mulher como ser humano, para a sociedade, para a família e para as outras mulheres. Muito embora exista esta crescente no número de feminicídios, elas vivem cerca de 7 anos a mais que os homens, de acordo com dados do IBGE.

Hoje não vim falar de violência contra a mulher, apesar da pauta ser pertinente. Vim enaltecer as flores, mas sem esquecer dos espinhos. E me pergunto: o que faz com que elas vivam mais? Historicamente as mulheres carregam consigo múltiplas funções atribuídas a quem, no passado, limitava-se a “só ficar em casa”: lavar, passar, cozinhar, cuidar da casa, dos filhos, do marido. Seis funções que, se destrinchadas, podem dobrar ou triplicar. Com o passar dos anos elas vêm ocupando seu lugar na sociedade, em altos cargos de grandes empresas, assumem o posto de chefes de família e se reinventam dia após dia. Finalmente! Mesmo saindo de casa para assumir sua posição no mercado de trabalho, muitas continuam com a sobrecarga das tarefas citadas anteriormente, com pouca ou nenhuma ajuda na maioria dos casos. E não há nada de belo nisso. É injusto e muitas vezes covarde.

A mulher é uma divindade, fortaleza admirável que antes de pensar em si, coloca os seus em primeiro lugar. Acredito que o segredo da longevidade feminina está aí. A mulher é um ser ímpar, que enfrenta desafios e se reinventa sempre que necessário. Ela enxerga além do que se pode ver, sabe que para ser o pilar que sustenta a família, precisa olhar para si, cuidar da sua saúde, da alimentação. A mulher não tem vergonha ou preconceito em passar por exames periódicos e consultas médicas. Cuidar da saúde para elas não as diminui, pelo contrário. Cuidar da saúde do corpo e da alma é a peça fundamental que mantém todas as engrenagens funcionando em equilíbrio.

Não há nada que a mulher não seja capaz de fazer ou alcançar. Elas não vivem para provar nada pra ninguém, vivem para si e para os que ama. E para nós, homens, é mais uma lição e exemplo a ser seguido.

 



Dr. Henrique Lima Couto - Mastologista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Mastologia


Mulheres demoram, em média, 7 anos para ter o diagnóstico de endometriose. Por que isso acontece?

Março é o Mês Mundial da Conscientização da Endometriose

 

A endometriose é uma doença crônica que atinge cerca de 10% das mulheres em idade fértil em todo o mundo. Além de ser uma enfermidade que pode causar dores muitos fortes e até mesmo incapacitantes, existe uma enorme desinformação sobre a doença tanto das pacientes como entre os próprios ginecologistas, o que dificulta o diagnóstico e afeta de forma grave a qualidade de vida destas mulheres.

Um estudo global realizado pela World Endometriosis Research Foundation revelou que mulheres portadoras da doença demoraram, em média, 7 anos para obter o diagnóstico de endometriose. O levantamento foi feito em 2011 com 1.418 pessoas do sexo feminino entre 18 e 45 anos.

A demora no diagnóstico – fruto da desinformação - é um dos motivos que levaram à criação do Março Amarelo – Mês Mundial da Conscientização da Endometriose – justamente para alertar as mulheres sobre a importância de estarem atentas aos principais sintomas da doença e também de procurarem um especialista no assunto, capacitado para realizar o diagnóstico correto da enfermidade.

“A mensagem principal é: a mulher não precisa sentir cólicas”, afirma Fernando Guastella, ginecologista formado pela USP e especialista em endometriose. “Se o médico afirmar que cólicas são normais, mas você estiver incomodada com a dor, procure outro profissional”, completa.

Professor responsável pelo setor de ultrassonografia ginecológica do centro de ensino médico CETRUS, Guastella ensina aos alunos, há 12 anos, como diagnosticar de forma correta a endometriose.

A seguir, ele dá dicas importantes sobre os sintomas da doença, informações sobre a causa, diagnóstico e tratamento.

 

O que é endometriose

E endometriose é uma doença caracterizada pela presença de células do endométrio fora do útero. O endométrio é o tecido da camada interna do útero. Todo mês, o útero se prepara para a fecundação do óvulo. Quando ela não ocorre, o endométrio descama e as células endometriais se desprendem e saem com o sangue menstrual. Em algumas mulheres, no entanto, as células endometriais podem migrar no sentido oposto e, se existir a predisposição para o desenvolvimento da doença, podem se multiplicar fora do útero, como no ovário, trompas, bexiga ou intestino causando a endometriose.


Atenção aos sintomas!  

  • Observe seu ciclo menstrual. Cólicas leves, moderadas, mas principalmente intensas, podem ser sintoma de endometriose. Se a dor lhe incomoda, procure um ginecologista e faça uma avaliação. 
  • Se você nunca teve cólica menstrual na vida e passa a ter, fique alerta. Pode ser sintoma de alguma alteração no aparelho reprodutor feminino. Na dúvida, consulte um ginecologista. 
  • Dor durante a relação sexual também pode ser sintoma de endometriose. Não dor na penetração, mas na parte mais profunda da vagina. 
  • Infertilidade, independentemente de sintomas dolorosos. 
  • Dor pélvica crônica ou distensão abdominal 
  • Dor para evacuar, diarreia ou constipação durante o período menstrual. 
  • Dor para urinar durante o período menstrual

 

A importância do diagnóstico correto

O primeiro passo para o diagnóstico é o exame ginecológico clínico. O exame físico (toque vaginal) consegue detectar cerca de 70% das lesões de endometriose localizadas na região retrocervical (atrás do colo do útero).

O diagnóstico de endometriose, no entanto, precisa ser confirmado por meio da realização dos exames corretos. “O que ocorre, muitas vezes, é que o médico pede para que a paciente faça um ultrassom transvaginal e nada é diagnosticado. E a mulher continua a sofrer com dores. O correto, para detectar a endometriose com exatidão, é fazer um ultrassom transvaginal com preparo intestinal.

Assim é possível estabelecer, com precisão, os focos de endometriose tanto no aparelho reprodutor feminino, no intestino e também em outros órgãos”, diz Fernando Guastella. “Há casos em que a mulher tem focos de endometriose em mais de uma região”, completa.

Outro método de detecção da doença é através da ressonância magnética. “A ressonância magnética e a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal apresentam capacidade diagnóstica semelhante, sendo muitas vezes, complementares. Um estudo recente determinou que quando os dois métodos são realizados na mesma paciente, a acurácia diagnóstica é próxima de 100%”, relata o ginecologista.

Segundo Fernando Guastella, também é muito importante que os exames sejam realizados por profissionais especializados no diagnóstico da endometriose. “É muito melhor fazer os exames com quem tem experiência no diagnóstico da doença. Caso contrário os resultados podem ser ruins”, afirma.


Causa

Existe uma predisposição genética na ocorrência da endometriose. Isso significa que, se um parente próximo tem ou teve a doença, a chance de aparecimento da enfermidade aumenta. “Não quer dizer que porque sua mãe teve, você terá também. Mas a probabilidade cresce”, explica o ginecologista.

E por que algumas mulheres, mesmo com predisposição genética, tem a doença e outras não? “Sabemos que as condições do ambiente em que a mulher vive modulam a ocorrência da endometriose. Stress, ansiedade e deficiências imunológicas podem desencadear a doença”, completa Fernando Guastella.


Tratamento

A endometriose é uma doença crônica, ou seja, que não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento é feito com mudanças no estilo de vida e hormônios que interrompem o ciclo menstrual. Quando os sintomas não forem controlados com o tratamento ou em casos mais graves, é necessária a realização de cirurgia para a retirada dos focos da doença. As intervenções cirúrgicas geralmente são feitas através de laparoscopia, ou cirurgia robótica, métodos minimamente invasivos.


Infertilidade 

A endometriose dificulta a vida de quem quer engravidar?  A resposta é sim. De um terço a metade das mulheres com endometriose têm dificuldade para engravidar. Fernando Guastella explica que isso ocorre devido ao processo inflamatório crônico desencadeado pela endometriose ou por alterações anatômicas do aparelho reprodutor, ou ambas as causas.


Pesquisa inédita mostra que 50% das mulheres reclamam do descaso dos médicos em relação à dor

Dia Internacional da Mulher: Pesquisa inédita no Brasil sobre as dores femininas
(Divulgação)
Desenvolvida pelo projeto filantrópico Dor Crônica - O Blog, em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), a pesquisa visa reafirmar o que dezenas de estudos internacionais já provaram: existe preconceito com relação à dor feminina


As mulheres informam experimentar uma dor crônica mais intensa e duradoura do que os homens. Mesmo assim, estudos internacionais comprovam que são tratadas menos assertivamente, não recebem da saúde pública e privada o mesmo tratamento dado aos homens e que algumas padecem e até falecem em função disso. Agora, pela primeira vez no Brasil, é realizada uma pesquisa referente ao tema, cujo resultado mostra que 50% das mulheres entrevistadas reclamam da valorização que o médico dá às suas queixas de dor. E 75,5% das insatisfeitas reconhecem que o médico se preocupa com a doença, mas dá pouca atenção à essas queixas de dor.

A pesquisa intitulada “Percepção do Atendimento Médico prestado às mulheres com dor crônica” foi realizada com um universo de 1.022 mulheres, de 18 a 78 anos (maior parte entre 40 e 60 anos), sendo que 86% sente dor há mais de seis meses; 62%, relata alta intensidade de dor, e quase um terço, 29,4%, sente dor intensa, sem ter essa condição “legitimada” pelo médico. O objetivo da pesquisa, além de conhecer a percepção que as pacientes com dor crônica têm do atendimento recebido por parte de médicos e de suas equipes, é o de chamar a atenção para um campo da medicina que só irá se expandir e aprofundar no futuro: o das desigualdades de gênero. “Mesmo a proporção feminina da população impactada pela dor crônica ser o dobro da masculina, as mulheres não são tão eficazmente bem atendidas quanto os homens”, afirma Julio Troncoso, criador do Dor Crônica – O Blog (https://dorcronica.blog.br), projeto filantrópico de educação em dor no Brasil -, responsável pela nova pesquisa, em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e autorizada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa.

“Esse estudo servirá de argumento para chamar a atenção dos profissionais da saúde, especialmente os médicos, quanto a situação anômala do Brasil em relação as dores femininas. Nos países mais desenvolvidos há críticas crescentes quanto as queixas da mulher com dor crônica não serem devidamente valorizadas pelos médicos e, em vez disso, atribuídas à somatização”, completa Julio, pesquisador profissional, formado em Economia e Administração de Empresas e PhD em Comportamento pela Cornell University (EUA), que já lançou 10 livros digitais sobre o tema da dor feminina.

Os dados da nova pesquisa demonstram também as críticas das mulheres com relação à equipe de saúde (enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, etc).  Duas em cada 10 entrevistadas afirmam que a equipe médica não se preocupa com a sua dor. Entre as 882 mulheres com dor crônica superior a seis meses, 32% relatou não conhecer o motivo da dor, e uma parcela de 35% afirma que não foi informada sobre por um profissional da saúde. A dupla carência atingiu um quarto desse grupo.

Essa avaliação não melhora ao se constatar que uma proporção também significativa de entrevistadas, 39,1%, é composta por dois grupos distintos: as que se consideram informadas sobre sua dor, mas não por um profissional da saúde, e as que não se consideram informadas. Ou seja, por ação ou omissão, os profissionais da saúde não satisfazem as necessidades de informação sobre a dor de suas pacientes em quase 40% dos casos.

As 84% das entrevistadas concordam com a afirmação: “Estaria melhor se eu recebesse apoio de uma equipe de saúde”. E mais de 60% avaliam que “a atenção da equipe médica ou de outras pessoas não afetam o resultado do meu tratamento”. Em suma, a equipe médica é vista como sendo ainda mais impermeável às queixas das pacientes que os médicos, mas isso não parece importar a maioria delas, seja porque não reconhecem nessa equipe uma entidade propriamente dita e/ou por supor que ela, mesmo existindo, carece de maior efeito terapêutico.

Outro dado interessante é que o nível de informação parece amenizar as críticas sobre a valorização das queixas de dor pelo médico. Pouco mais de 50% das mulheres, que se diz bem informadas, reclamam menos da valorização das suas queixas de dor pelo médico do que as que se dizem menos informadas. Outro resultado foi que quanto menos intensa a dor, proporcionalmente maior a reclamação de que queixas a ela relacionadas são pouco ou nada valorizadas pelo médico. A explicação seria de que se a dor for reportada como “leve”, é provável que seu apontamento seja mais difuso (ou confuso), tornando exame e diagnóstico menos rigorosos e urgentes.

Julio explica que esta percepção da mulher com dor crônica sobre o atendimento que recebe dos médicos e das equipes de saúde, reforça a noção, suportada pela literatura, de que os médicos tendem a se comunicar tecnicamente com seus pacientes, negligenciando os cuidados de forma e conteúdo que preservam relações interpessoais saudáveis. O achado sugere que uma proporção importante das mulheres com dor crônica, acima de seis meses, desacredita da biomedicina enquanto solução para obter alívio ou cura. “Já era previsível uma porcentagem com dor crônica estar insatisfeita com a valorização dada pelos médicos e suas equipes às queixas. Por outro lado, é surpreendente o número das que dizem estar desinformadas sobre suas doenças e dores; e, também, não estava previsto o fato de muitas deixarem a recuperação nas mãos do ‘Além’, em vez de nas mãos de médicos ou de autocuidados. Isso acontece muito provavelmente em função da dor crônica não ter cura e não receberem acompanhamento adequado dos profissionais da saúde”, completa o pesquisador.

“Ao propormos um estudo sobre esse assunto, estamos incentivando nosso aluno a se interessar por uma queixa prevalente com a qual ele terá que lidar após a sua graduação. Além disso, os projetos científicos de uma forma geral auxiliam a formação do aluno no que tange à elaboração de um projeto de pesquisa, vivenciando as fases do projeto, as dificuldades que possam ocorrer durante a sua execução, a experiência da confecção de um manuscrito e, sobretudo, ajudam a formação de um espírito crítico na análise dos trabalhos publicados”, afirma a vice-diretora da FMJ, dra. Ana Carolina Marchesini de Camargo, mestre e doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, professora adjunta da disciplina de Ginecologia.

Para a dra. Ana Carolina, no campo assistencial, as respostas que o projeto traz ajudam a nortear a formação dos futuros médicos, pois podem apontar falhas ou acertos na abordagem da dor crônica, guiando para soluções. “Sendo um projeto pautado no escopo pessoal de qualidade de vida e autopercepção, particularmente este estudo reforça a necessidade da formação de um profissional empático, atento às causas orgânicas e inorgânicas do sintoma, e principalmente preparado para interagir de maneira humanista e ética com seus pacientes”. A doutora informa que os dados coletados estão sendo trabalhados e cuidadosamente interpretados para que que sejam apresentados em eventos científicos e publicados em revistas renomadas.

Como foi feita a pesquisa - Os dados foram coletados entre outubro e novembro de 2020, por meio de um questionário veiculado online pelo Google Forms, sob a supervisão do autor e do blog Dor Crônica, pelo acessou a sua base mensal de 80 mil visitantes, bem como as maiores plataformas de mídia social (Google, Facebook, Instagram, LinkedIn e WhatsApp). Para promover a participação no estudo, as participantes ganharam um ebook inédito (“Dores Femininas”, 250 págs.). Ao todo 37 questões foram divididas em quatro domínios: informações demográficas, percepção de aspectos do atendimento fornecido pelo médico e pela equipe médica que sugerem valorização, informações sobre dor (intensidade, informação); e Escala Multidimensional de Lócus de Controle. Das 1.022 mulheres, dois terços delas têm curso superior e as demais 2º grau incompleto a superior incompleto.

Estudos internacionais - A grosso modo, esses resultados do novo estudo se assemelham aos de uma pesquisa de 17 artigos sobre queixas de 204.586 pacientes, feitas via online em 5 países – EUA, Reino Unido, Alemanha, Canadá e China –, (2000/ 2018 https://www.jmir.org/2019/8/e14634/), na qual a metade dos pacientes (49,71%) criticava atitudes ou comportamentos da equipe médica relativos ao paciente, tais como não levar em conta suas preferências, suporte emocional, informação e educação, entre os mais relevantes. E ainda: das mais de 2.400 mulheres americanas com dor crônica entrevistadas online pelo National Pain Report (2014), 65% acha que os médicos levavam a sua dor menos a sério por serem mulheres; e 84% foi tratada de forma diferente pelos médicos por causa de seu sexo. Aproximadamente a metade ouviu dos médicos as suas dores “estarem apenas nas suas cabeças”:http://nationalpainreport.com/women-in-pain-report-significant-gender-bias-8824696.html.

Segundo Julio, como se pode notar, o assunto já é motivo, há mais de uma década, de pesquisas e de um movimento muito forte em países desenvolvidos. Mas até o momento, não tem sido pesquisado no Brasil. “Nos últimos 50 anos, em diversos países desenvolvidos têm sido progressivamente apontada a disparidade de gênero que caracteriza os serviços de saúde, seja no atendimento clínico, na pesquisa, na farmacologia, e até no reconhecimento das profissionais de saúde mulheres. Disparidades que, ao afetar o acesso da mulher a recursos de promoção da saúde, prejudicam a sua saúde e bem-estar. Dessa evolução pouco se sabe no Brasil, onde o tema em pauta não tem sido pesquisado”, conta. Um pequeno estudo abrangendo mulheres fibromiálgicas, admitiu que “na maioria das vezes elas sofrem caladas, enfrentam discriminação, preconceitos e exclusão. Nesse caso, possuem vulnerabilidade física e social aumentada.”

Projeto sobre conscientização de Dor Crônica - Os projetos de Julio Troncoso convergem para um foco: ajudar a construir uma conscientização sobre Dor Crônica no Brasil, entre pacientes e profissionais de saúde. Esse foi um dos motivos de ter criado o Dor Crônica – O Blog (https://dorcronica.blog.br), projeto filantrópico de educação em dor no Brasil que reúne artigos, posts, e-books, vídeos, questionários médicos, aplicativos, cartuns, lâminas pedagógicas e outros conteúdos nas redes sociais. Pelo fato de o blog ter muitos acessos de pessoas de outros países, a maior parte de seu conteúdo já se encontra para o inglês e espanhol. Após sofrer por 25 anos de dor cervical, Julio passou a se dedicar à pesquisa sobre dor crônica, e desenvolveu uma estratégia de vida e um tratamento multifatorial capaz de controlá-la. Pesquisador profissional e estudioso da área de dor, Julio já lançou 10 e-books e dois aplicativos relacionados à esta temática e o fato de falar quatro idiomas facilitou interpretar, compilar e analisar as mais diversas pesquisas realizadas no mundo sobre a dor feminina e o viés de gênero na saúde, e trazer como resultado por exemplo o e-book ‘O Paradoxo de Eva’, juntamente com o aplicativo gratuito ‘Alívio Mulher’ e também o ‘Alívio Coronavírus’, terceiro aplicativo desenvolvido pelo pesquisador. O projeto tem consultoria de Rosana Pereira, administradora de empresas com pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas.

Mais informações no: https://dorcronica.blog.br, Facebook:  @dorcronicablog, Instagram: @blogdorcronica // Linkedin: blogdor e Canal no Youtube: Blog Dor Crônica.

                  Link da pesquisa no blog: https://dorcronica.blog.br/dor-na-mulher/pesquisa/


83% das brasileiras não sabem que lubrificantes comuns são espermicidas, aponta estudo

E esse fato está totalmente relacionado com a secura vaginal, que afeta 45% das mulheres.

 

A secura vaginal é a diminuição ou a ausência da umidificação natural da vagina, que serve para proteger e manter a sua elasticidade. Esse muco visa proteger as paredes vaginais e ajuda na excitação feminina, mantendo uma textura macia. Porém, na hora de aliviar a dor, muitas mulheres recorrem ao uso de lubrificantes íntimos comuns.

Porém, essa prática não é bem vista pelos ginecologistas, tendo em vista que os lubrificantes íntimos comuns são espermicidas, ou seja, podem matar ou imobilizar os espermatozoides. E conforme constatado pela Famivita em seu mais recente estudo, 83% das brasileiras não sabem o mal que os lubrificantes íntimos comuns podem fazer nas suas tentativas de gravidez.

Entre os estados brasileiros, Mato Grosso do Sul está no topo da lista das mulheres que sabem sobre o fato de lubrificantes comuns serem espermicidas. Já no Rio de Janeiro e em São Paulo esse percentual cai para 18% e 16%, respectivamente. Alagoas e Maranhão estão entre os que menos sabem desse fato, com pelo menos 11% das participantes.

Porém, existe uma solução para as tentantes que sofrem com secura vaginal (46%), mas que não podem usar lubrificantes comuns. Que é o gel específico para engravidar, com pH neutro, esse gel oferece às mulheres a oportunidade de realizar seu sonho de ser mãe mais rapidamente. E já que o uso de lubrificantes comuns também não é uma prática bem vista pelos ginecologistas, pois a falta de lubrificação adequada, pode ser um dos fatores que levam as mulheres a não conseguirem engravidar; é sempre bom recorrer ao FamiGel que é natural, e possui um pH neutro.


Saúde da Mulher: ensinar prevenção desde criança é essencial

Na oncologia, casos mais comuns nas mulheres podem ser prevenidos e diagnosticados precocemente


Ensinar, desde criança, uma mentalidade de prevenção é um passo importante para que as mulheres possam ter qualidade de vida e saúde. Esse é o principal apontamento do médico radioterapeuta do CEONC Hospital do Câncer, doutor Marcelo Nonaka Frade, neste Dia Internacional da Mulher, em relação a importância dos cuidados preventivos na vida do público feminino. 

 

“A educação é fundamental e quanto antes começa, mais efetiva se torna. Falar sobre prevenção e hábitos saudáveis desde cedo, faz com que as crianças cresçam mais suscetíveis a uma forma de vida mais preventiva e com mais preocupação pela saúde e pelo bem-estar. Isso reflete de forma positiva, sendo um instrumento para deixar de lado estigmas e preconceitos que atrapalham muito os cuidados mínimos com a saúde”, comenta o radioterapeuta do CEONC.  

Na oncologia, os tumores que mais acometem as mulheres são os de mama, de trato intestinal, de colo de útero e os de pulmão. Estes são os quatro tipos predominantes, excluindo os casos de pele não melanoma, com pequenas variações dependendo da região do país. O aspecto positivo é que todos esses cânceres podem ser diagnosticados precocemente e possuem formas de prevenção eficazes e acessíveis.  

No caso do câncer de mama, o autoexame pode ser feito a partir dos 20 anos, sempre 07 dias após o início da menstruação. Já a mamografia de rastreamento – exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas – deve ser feita anualmente por mulheres acima dos 40 anos de idade. Em alguns casos, em função do histórico familiar, de fatores genéticos ou de outros fatores, indica-se a realização do rastreamento com ressonância magnética e mamografia a partir de recomendação médica. 

“Já a prevenção ao câncer de colo de útero começa com a vacinação das meninas contra o HPV. Além disso, aos 25 anos ou quando tiver atividade sexual, a mulher deve fazer exames preventivos de detecção, que são fornecidos de forma muito fácil nas unidades de saúde. Caso haja algum histórico familiar, o médico poderá dar um encaminhamento diferente, no sentido de ampliar o rastreamento e acompanhamento”, explica o médico Marcelo Nonaka Frade. 

O câncer colorretal ou de intestino demanda rastreamento regular a partir dos 45 anos de idade. Essa verificação pode ser feita por meio de uma colonoscopia ou com pesquisa de sangue oculto nas fezes. Pode ocorrer adiantamento da idade, quando há casos deste tipo de câncer na família. Sempre a recomendação será repassada pelo médico.  

Por fim, o câncer de pulmão pode ser prevenido com uma atitude específica: não fumar. Caso a mulher seja fumante, é possível realizar exame de imagem de rastreamento e acompanhamento preventivo. 

“É importante lembrar que a prevenção começa quando temos horas de sono regular, alimentação rica em vegetais, ingesta baixa de consumo de gordura, manutenção do peso, prática de esportes, hidratação, evitar o álcool e ficar longe do cigarro. Ou seja, hábitos saudáveis assimilados na nossa rotina. Esse é um passo essencial, além da preocupação em ir ao médico regularmente e estar com os exames em dia”, destaca o médico radioterapeuta do CEONC Hospital do Câncer, doutor Marcelo Nonaka Frade.  

Ainda segundo o doutor Marcelo Frade, as mulheres devem manter este perfil cultural de preocupação e de prevenção, e garantir que as novas gerações sigam com esse estilo de vida, influenciando ainda o público masculino. “As mulheres são mais preocupadas com a saúde e normalmente a grande maioria, aos pequenos sinais e mais precoces, procura serviço médico na intenção de descobrir se há algo errado. A mulher tem essa característica muito forte em nosso país e merece elogios por isso. É essencial que essa cultura siga e que elas possam influenciar também os homens, normalmente mais distantes destes cuidados preventivos”, finaliza o médico.


Estudo associa problema bucal a agravamento da Covid-19

Pesquisa desenvolvida por instituições no Catar, Espanha e Canadá revela que pessoas com periodontite podem ter risco três vezes maior de sofrer internação na UTI, entubação e morrer por contrair o Coronavirus.


Um estudo recente conduzido por pesquisadores do Catar, Espanha e Canadá avaliou que pessoas com a forma mais grave de periodontite tem um risco três vezes maior de serem internados na UTI, entubados e até falecer por contrair Sars-Cov-2.

Os pesquisadores avaliaram radiografias de 568 pacientes que tiveram Covid e observaram a relação direta entre a periodontite e o agravamento da doença. “A evolução no caso da Covid-19 para quem tem as bactérias na região do ligamento periodontal é sempre mais grave, em relação aos pacientes que tem a saúde periodontal em dia”, explica a dra. Olívia Kiehl, cirurgiã dentista da LK Odontologia, consultório localizado no bairro do Cambuí em Campinas.

A dentista observa que a visita regular e preventiva ao dentista, a manutenção de uma escovação apropriada e assídua e o uso correto do fio dental são fatores essenciais para se evitar a doença periodontal.

Com relação ao receio de que muitos estão em visitar um consultório odontológico, a profissional tem uma resposta tranquilizadora. “Estamos seguindo, assim como os profissionais sérios da área, todas as normas de biossegurança estabelecidas pelos conselhos de saúde. Espaçamento entre os pacientes, limpeza completa de todo o ambiente, incluindo uso de spray virucida no ar condicionado, roupas e EPIs especiais descartáveis. Com tudo isso o ambiente se torna estéril”, garante.

Ela orienta que se observe se existe sangramento gengival, sinal de que a periodontite pode estar instalada. “Como a doença destrói o tecido do ligamento entre gengiva e dentes, ela pode ocasionar a sua perda. Por isso é muito importante que seja tratada de forma precoce”, recomenda.

 



Olívia Kiehl e Loriene Galacini - Com formação recente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Dra. Olívia desde já quer desmistificar que a odontologia não se restringe somente à saúde bucal, mas da saúde do corpo, em sua integralidade. Ela também é crítica dos procedimentos estéticos que causam desgaste e outros danos desnecessários aos dentes. Queremos trazer essa mudança para nosso cotidiano e para o dia a dia das pessoas, pois temos convicção que a odontologia não traz dor, mas conforto à vida das pessoas”, diz. A dra. Loriene Galacini tem mais de 30 anos de carreira, e se apaixonou pelo atendimento a pacientes especiais: atuou em diversas ações solidárias com crianças portadoras de necessidades e realizou especializações nessa área. Com doutorado em cirurgia e trauma bucomaxilofacial, a profissional é altamente capacitada para atendimentos em todo tipo de patologias bucais e também nas mais modernas tendências da odontologia estética.


Dia Mundial do Rim: Seconci-SP alerta sobre os riscos das doenças renais

Estima-se que, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas tenham doença renal crônica 

 

Por ocasião do Dia Mundial do Rim (11 de março), o nefrologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dr. Paulo Sérgio Rovai, alerta sobre os cuidados a serem tomados para prevenir e tratar as doenças renais, que já são reconhecidas como um problema global de saúde pública.  

A data, idealizada pela Sociedade Internacional de Nefrologia, tem como tema este ano “Vivendo bem com a doença renal”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 10% da população mundial apresenta algum tipo de disfunção renal. No Brasil, a Fundação Pró-Renal calcula que mais de 10 milhões de pessoas tenham o estágio crônico da doença. Dr. Rovai explica que os principais grupos de risco para o desenvolvimento dessa patologia são: hipertensos, diabéticos, obesos e aqueles que têm histórico familiar de doença renal ou cardiovascular. 

O especialista afirma que os rins desempenham um papel vital para o bom funcionamento do organismo. “Eles são responsáveis por limpar todas as impurezas e as toxinas do corpo, regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais, como sódio, potássio e fósforo; liberar hormônios para manter a pressão arterial e regular a produção de células vermelhas no sangue, além de ativar a vitamina D, que mantém a estrutura dos ossos”. 

No entanto, nem sempre as pessoas tomam os cuidados necessários para manter os rins saudáveis. As doenças renais podem se manifestar como pressão alta, inchaço ao redor dos olhos e nas pernas, fraqueza, náuseas e vômitos, dificuldade para urinar, urinar várias vezes, principalmente à noite, urina com muita espuma, perda de apetite, alteração da cor da urina e histórico de pedra nos rins. 

“O desenvolvimento de patologias renais costuma ser lento e, na maioria dos casos, silencioso. Outro problema é que, como os sintomas são muito comuns, as pessoas muitas vezes os associam com outras doenças, como hipertensão e diabetes. O mais indicado é fazer uma avaliação médica, sempre que os sintomas persistirem”, orienta dr. Rovai.

O Seconci-SP dispõe de toda a estrutura médica e laboratorial para o diagnóstico, que requer exames de urina e de sangue, para medir a creatinina. O nefrologista destaca que a doença renal é progressiva, podendo se agravar ao longo dos anos, se não forem tomados os cuidados necessários. “Os tipos mais comuns são: perda progressiva das funções dos rins, cistos renais, cálculos renais, infecções urinárias, tumor ou câncer de rim”.

As melhores formas de prevenção e cuidados envolvem a adoção de hábitos saudáveis, como o controle do nível de açúcar no sangue, consumo regular de água, monitoramento da pressão arterial, prática de exercícios físicos, dieta equilibrada, controle de peso e do colesterol, evitar o tabagismo e a automedicação, especialmente de anti-inflamatórios não hormonais, e reduzir o sal na alimentação, limitando-o a cinco gramas diárias.

“Uma vez fechado o diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente e mantido a longo prazo para evitar a evolução do quadro. Quando alcança estágios mais avançados, outras opções de tratamento são indicadas como a diálise, procedimento responsável por filtrar o sangue e devolvê-lo com menos toxinas ao organismo, através de um equipamento e uma solução especial ou o transplante renal”, finaliza dr. Rovai.


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