Pesquisar no Blog

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Cannabis medicinal melhora a qualidade de vida de pacientes oncológicos

Substâncias da planta reduzem efeitos negativos da quimioterapia

 

A cannabis tem sido utilizada para fins medicinais há milênios. Segundo pesquisas em todo o mundo, a planta é remédio para diversas patologias, como fibromialgia, epilepsia, esclerose múltipla e até tumores. O periódico de oncologia “Cancers” publicou em janeiro de 2019 um artigo da Faculdade de Medicina de Varsóvia, sobre as perspectivas para o uso de canabinóides em oncologia e prática de cuidados paliativos.

De acordo com o documento, evidências indicam a eficiência da cannabis no tratamento da dor, espasticidade, convulsões, distúrbios do sono, náuseas e vômitos,  e Síndrome de Tourette. “A ciência tem comprovado cada vez mais a importância da cannabis na qualidade de vida do paciente oncológico. O complexo mecanismo de ação da cannabis faz com que seja útil em diferentes sintomas do paciente oncológico e sob cuidados paliativos como a dor, a naúsea e vômitos secundários à quimioterapia, a perda de apetite, as alterações de humor e distúrbios do sono. Como coadjuvante no tratamento oncológico ela pode diminuir o número de medicamentos necessários inclusive o uso ou doses de opioides com diminuição dos efeitos adversos destes.”, destaca Maria Teresa Jacob, médica que trabalha com a medicina canabinóide.

O estudo enfatiza que os canabinóides apresentam segurança superior a outras substâncias usadas em oncologia e cuidados paliativos. “Existem algumas controvérsias quanto ao uso de canabinódes, especialmente o THC, em pacientes submetidos à imunoquimioterapia. Como eles atuam no sistema imunológico poderiam prejudicar a resposta à imunoterapia. Não existe até o momento um consenso sobre o assunto, mas seria prudente evitar seu uso nestes casos”, explica a doutora.

“Os canabinóides demonstraram efeitos anticancerígenos em diferentes modelos in vitro e in vivo de câncer”, cita o artigo.

As incertezas e controvérsias sobre o papel e uso adequado de medicamentos à base de cannabis ainda não permitem recomendar seu uso como tratamento de primeira linha da dor crônica e outras condições, principalmente na atenção primária. “Seja qual for o tipo de câncer vamos observar melhora do sono, da depressão, das náuseas e vômitos, e outros sintomas resultantes de uma quimioterapia inclusive os decorrentes da neuropatia induzida pela quimioterapia”, finaliza Maria Teresa.

 



Dra. Maria Teresa Jacob - Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor. Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em 1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis Medicinal, em curso coordenado pela Dra. Raquel Peyraube, médica uruguaia referência mundial na área. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor (EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association for Canabinoid Medicines (IACM). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias em sua clínica privada localizada em Campinas.


Dia Mundial de Combate ao Câncer: o papel da medicina preventiva na cura e prevenção à doença

Especialidade médica que se dedica à prevenção também é fundamental para o diagnóstico precoce e tratamento mais efetivo da doença


Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), publicados na "Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil", a incidência e a mortalidade por câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, sendo a doença um dos quatro principais motivos de morte antes dos 70 anos de idade na maioria dos países.

Criado por uma iniciativa global da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) - e com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS)-, o Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado em 4 de fevereiro, surgiu como uma forma de conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce desta doença, assim como incentivar um modo de vida saudável e preventivo.

Em 2018, a mais recente estimativa mundial - também apontada no relatório do INCA -, mostrou que ocorreram 18 milhões de novos casos de câncer no mundo, sendo que 9,6 milhões foram a óbito. Um dos motivos para esse índice de chance de cura ser menor que 50%, segundo a oncologista Camila Guerra, do Grupo NotreDame Intermédica (GNDI), é a falta de tratamento médico preventivo, que além de evitar o surgimento da doença, proporciona o diagnóstico precoce que facilita a cura.

"Um dos papéis da medicina preventiva é ajudar a evitar que procedimentos mais invasivos ocorram no tratamento das doenças e isso também se enquadra na prevenção e detecção do câncer. Além da prevenção primária, o paciente oncológico precisa buscar formas de impedir o avanço do seu quadro clínico, e esse também é um dos papéis que desempenhamos no tratamento destes pacientes nos Centros de Medicina Preventiva do GNDI", explica a médica, que atua nos programas específicos de oncologia nas Unidades de Medicina Preventiva do Grupo, pioneiro há mais de 25 anos neste tipo de tratamento.

Hoje, os dados do INCA também apontam que o tipo de câncer mais incidente no mundo é o de pulmão, juntamente com o de mama, seguido pelo câncer de cólon, reto e próstata. O câncer também tem incidência maior em homens, representando 53% dos novos casos no mundo em 2018, e 47% em mulheres. Para a Dra. Camila, a busca por tratamentos preventivos é mais comum por pessoas do sexo feminino que, normalmente, recebem o diagnóstico precoce e ganham mais longevidade e chances de cura.

O movimento da medicina preventiva surgiu entre o período de 1920 e 1950 na Inglaterra, EUA e Canadá, e foi incorporado no GNDI em 1982, sendo o grupo a primeira empresa e a principal referência do assunto no País. Nos tratamentos preventivos de oncologia, a rede conta com equipes multidisciplinares especializadas nas Unidades de Medicina Preventiva, que apresentam infraestrutura adequada para a realização de atendimento médico multiprofissional, grupos de apoio e centro de infusão quimioterápico. Com a incorporação destes programas, os diagnósticos precoces aumentaram, interferindo em queda nas internações. No ano passado, ano do início da pandemia, o Grupo conseguiu dar suporte aos pacientes através da telemedicina e central telefônica de monitoramento, ajustando medicações e intensificando cuidados.

"A prevenção do câncer no paciente oncológico proporcionará maior chance de cura, porém, se a doença já estiver diagnosticada, precisamos oferecer a medicação certa no tempo adequado. Hoje, contamos com centros de Oncologia com equipes especializadas, tratamentos personalizados com medicamentos inteligentes que atuam diretamente no tumor, além de ambulatórios com equipe multidisciplinar que auxiliam o paciente oncológico nos cuidados além da quimioterapia, como nutricional, psicólogo, dor, entre outros", explica a Dra. Camila Guerra.

 



Grupo NotreDame Intermédica (GNDI)

www.gndi.com.br


Para tratar a doença, é preciso primeiro tratar a causa

Entenda como as enfermidades surgem e porquê


Por vezes, nos diagnósticos de doenças em geral, a causa do problema é ignorada ou somente explicada pelo estresse de maneira geral ou mesmo pela genética. Todavia, as doenças que são manifestadas no nosso corpo não surgem magicamente, sem explicação. Na Alemanha, o Dr. Ryke Geerd Hamer estudou a fundo as origens das doenças.

A partir de seus estudos, que foram impulsionados pela dor da perda de um filho e um câncer testicular metastático avançado, Dr. Hamer desenvolveu as 5 Leis Biológicas explicando que todos os órgãos do corpo são afetados por conflitos específicos que acontecem no dia a dia. Sendo muitas das vezes não percebidos e também ignorados. Não descobrir a verdadeira origem da doença, pode impedir que o tratamento seja feito da forma mais eficaz. Segundo a terapeuta Bianca Drabovski, “No decorrer da nossa vida somos colocados em diversas situações que podem determinar o surgimento de problemas físicos no nosso corpo. Os sinais que o nosso corpo manifesta são gerados por problemas que ficam registrados em nosso cérebro, devido à uma emoção vivida. Essa exposição mostra que existe uma relação íntima entre a psique, o cérebro e os órgãos”.

Em um de seus atendimentos, Bianca afirma ter tido contato com uma paciente que foi atropelada e, a partir disso, desenvolveu hipotireoidismo. “A caminho de uma aula, a Luiza, minha paciente, estava correndo, já que estava atrasada. Ao atravessar a faixa do ônibus, mesmo estando atenta, foi atropelada. Contudo, ao me procurar, ela não tinha consciência de que o sintoma havia surgido após o acidente. Iniciamos então o tratamento com técnicas de tomada de consciência, bem como liberação dos registros emocionais que estavam no corpo desde o ocorrido”, afirma a facilitadora de consciência.

Entretanto, não só a tireóide, o nosso corpo expressa em todos os órgãos desequilíbrios que estão relacionados aos nossos sentimentos e emoções. Para curar estas disfunções é importante compreender o que originou o sintoma, não tratando somente a doença, mas sim a causa por inteira, desde a raiz, então a doença pode ser eliminada e não tida mais como recorrente. 

Nos tratamentos, é realizada uma investigação juntamente com o paciente, a partir das informações biológicas e histórico de vivências, e a terapia indicada é iniciada. Além da possibilidade de eliminar os sintomas físicos, o paciente também se libera do peso do trauma sofrido. Uma das terapias que pode ser utilizada é a Reprogramação Biomuscular. Cuidando da mente e dos sinais que o nosso corpo nos dá, é possível realizar um tratamento eficaz, além de prevenir futuros sintomas ou doenças mais graves.

 



Bianca Drabovski Chemin - Facilitadora de Consciência, Terapeuta, Saúde integrativa

https://www.facebook.com/bianca.bioterapeuta

https://www.instagram.com/bianca.bioterapeuta/

https://www.youtube.com/channel/UCQOsEgQOpzdoCLuqPhXzCog

bianca.bioterapeuta@gmail.com


É possível prevenir o câncer com aconselhamento genético

 Especialista explica como isso é feito e quais fatores devem ser observados para a procura desse tipo de cuidado


Nos próximos dez anos, o Brasil pode ter um aumento de 42% nos casos de câncer. O número é bem maior do que o registrado na última década, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgados pela Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC). Em 2010, foram somados 489.270 casos de câncer no país. Já para 2021, são esperados 625 mil registros em todo o ano, um salto de quase 28%. Segundo o Inca, o câncer é a segunda maior causa de mortes por doença de brasileiros, depois das cardiovasculares e é o principal problema de saúde pública no mundo, já está entre as quatro principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos) na maioria dos países. 

A hematologista e hemoterapeuta pelo Inca, Maria Cunha Ribeiro Amorelli (CRM 13.399), que atende na clínica AngioGyn, no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica que o câncer é uma doença multifatorial e fatores ambientais como tabagismo, obesidade e sedentarismo são os maiores riscos. “No entanto, já se sabe que quase 20% dos cânceres diagnosticados atualmente tem uma origem familiar. Destes, 10% apresentam uma síndrome de hereditariedade do câncer com presença de mutações genéticas que são passadas através das gerações”, destaca a médica. 

Por isso, a genética pode ser uma importante aliada na detecção do câncer. “Por muitos anos a medicina ficou às cegas, com medidas de prevenção genéricas, mas hoje temos o aconselhamento genético, que é de extrema importância para uma prevenção guiada e para descobrir precocemente a doença, antes de virar um tumor”, detalha Maria Amorelli, que também é especialista em hereditariedade do câncer pelo Hospital Albert Einstein. “Com o advento da genética já somos capazes de fazer este diagnóstico através de uma consulta de aconselhamento oncogenético”, revela.

 

Influência familiar


A ocorrência de vários casos de câncer em uma única família pode estar relacionada a mutações que aumentam o risco de desenvolvimento da doença. A oncogenética tem um papel fundamental, não apenas na prevenção como na investigação precoce e no seu tratamento. “O diagnóstico de uma variante genética na família nos dá a oportunidade de saber a quais tumores aquela família está exposta e proteger não só ao paciente, mas também seus filhos, netos, primos. O objetivo é realizar exames de prevenção específicos com regularidade e impedir que um câncer se instale”, explica a especialista. 

Ela revela que quando alguma mutação genética é detectada em uma pessoa, exames são recomendados para toda a família, além de consultas anuais de prevenção. A hematologista conta que com o aconselhamento genético é possível descobrir mutações que podem causar outras doenças. Em relação aos vários casos do novo coronavírus que acontecem em um mesmo núcleo familiar, por exemplo, Maria Cunha Ribeiro Amorelli conta que ainda é cedo para fazer qualquer afirmação. “Sobre a Covid-19 existe uma tendência maior em algumas famílias de se contaminarem e desenvolverem casos graves da doença. No entanto, estudos ainda estão sendo feitos e, por ser algo novo, não é possível apontarmos causas ou fazer qualquer afirmação”, ressalta. 

A médica destaca que a medicina cada vez mais será guiada pela genética. “Nossos genes escondem segredos não só das doenças que estão em risco, mas também dos medicamentos com melhor resposta, guiando o tratamento. Isto porque cada pessoa é única, assim como todo tumor é único. Este tratamento de precisão, é diferente do tratamento convencional que atinge não só as células tumorais, mas todo o organismo”, afirma. Maria Amorelli lista pontos que devem ser analisados para saber se é preciso buscar um aconselhamento oncogenético.

  1. Presença de três ou mais parentes com diagnóstico de câncer, ou dois parentes de primeiro grau.
    Se você possui mais de três familiares com diagnóstico de câncer, sejam eles pais, avós, mas também tios, primos é possível que você necessite de uma avaliação.
  2. Tumores em idade jovem.
    Se você ou algum parente próximo apresentou um tumor em idade jovem, abaixo da faixa etária habitual, por exemplo um câncer de mama antes dos 35 anos, deve ser avaliado.
  3. Tumores incomuns.
    O diagnóstico de um tumor incomum ou raro como Carcinoma Medular de Tireóide ou Feocromocitoma por exemplo, deve ser investigado.
  4. Tumores bilaterais.
    Câncer de mama ou ovário bilaterais junto ao diagnóstico precisam de uma avaliação mais detalhada.
  5. Sexo não usual.
    Tumores de mama em homens são bastante incomuns, mas podem ocorrer e, quando presentes, necessitam de investigação.
  6. Associação com malformações ou síndromes genéticas
    A presença de malformações como alterações vasculares, malformações de membros, face ou órgãos podem ter associações com mutações genéticas que podem predispor ao câncer. 
  7. Lesões Cutâneas
    Algumas lesões na pele, algumas vezes já presentes ao nascimento, como por exemplo as manchas café-com-leite, que são bastante comuns, quando estão em grande número ou tamanho aumentado podem ter associações com alterações genéticas.

 

Exames contribuem para tratamento da infecção urinária

Pixabay
Homens e mulheres, independente de idade, podem sofrer com a infecção urinária. Na maioria dos casos, o uso de antibióticos é recomendado. No entanto, em outros a medicação não funciona imediatamente.  

Para diagnosticar a infecção e acompanhar sua evolução, o paciente precisa fazer um exame simples: a urocultura. É um exame de urina específico, que pode ser combinado com o antibiograma. Por meio destas análises clínicas, o clínico recebe informações que vão definir as providências a serem adotadas na sequência do tratamento.  


O que é urocultura?  

A urocultura é um exame mais específico do que o feito na rotina dos check-ups, o de urina tipo 1. Este também consegue indicar alguns indícios de infecção urinária ou alterações na cor, cheiro e consistência. Costuma ficar pronto mais rapidamente.  

No entanto, há casos em que são necessárias as informações da urocultura. É uma análise clínica, que aponta indicadores e valores de substâncias presentes no organismo. Indica como está a saúde da pessoa e, se for a situação, qual o possível tratamento.  

Na urocultura, a amostra de urina é cultivada em um equipamento laboratorial para favorecer o desenvolvimento e a multiplicação das bactérias. É sobre essas bactérias que a análise se debruça, a fim de identificar seus níveis com exatidão. Cerca de dois dias depois, os grupos já estão constituídos.  

Para a urocultura, é recomendado que seja coletada a primeira urina da manhã, dispensando-se o primeiro jato. O resultado pode ser considerado normal, quando não há crescimento de colônias de bactérias em valores preocupantes, ou positivo, quando são identificadas mais de 100 mil colônias e qual a bactéria presente.  

O exame verifica se o antibiótico administrado ao paciente com infecção urinária é o mais adequado, se os sintomas são mesmo da doença e se há recorrência na infecção. Mulheres grávidas com sintomas de infecção urinária também fazem o exame.  


Como o antibiograma contribui para o diagnóstico  

O antibiograma é um teste que aponta a resistência de uma bactéria a algum tipo de medicamento. Pode ser feito principalmente com amostras de sangue e de urina ou com saliva, fezes ou células contaminadas.  

O antibiograma pode usar os grupos de bactérias cultivados na urocultura e expô-los aos antibióticos, para testar a sensibilidade ou a resistência das bactérias aos diferentes medicamentos. O exame orienta as opções de tratamento com a substância que melhor ataca e acaba com os micro-organismos, restabelecendo a saúde do paciente.  


Infecção urinária  

A doença infecciosa atinge partes do sistema urinário, como rins, ureteres e, especialmente, bexiga e uretra. Em mulheres, é causada por bactérias que vivem entre a vagina e o ânus; que migram para a bexiga, podendo chegar aos rins.  

Os sintomas normalmente incluem ardência e incontinência urinária. Há relatos de urina escura ou acompanhada de sangue e com cheiro muito forte, além de reclamações de dores pélvicas e no reto.  

A infecção urinária tem cura. O tratamento é com uso de antibióticos por via oral. Nos casos mais simples, o medicamento é administrado por três a sete dias. Se for mais grave, pode haver necessidade de antibióticos endovenosos por até 21 dias. Também pode ser indicado analgésico para dor e ardência.

 

Além da lavar as mãos, saiba quais são os sete cuidados que você precisa ter ao usar o banheiro público

Desde pequenas, as mulheres costumam aprender sobre os perigos do banheiro público. E que bom! De fato, trata-se de um local comprovadamente muito contaminado, com alguns objetos particularmente preocupantes: maçanetas, torneiras, botão para acionar descarga e o próprio assento do vaso sanitário, por exemplo.

Embora o risco de infecção seja relativamente pequeno, nem por isso deve-se deixar de tomar cuidado. Tanto que o ideal, sempre que possível, é evitar usar banheiros públicos. Assim, procure sempre urinar antes de sair de casa (sim, igual fazemos com crianças!) e evite tomar muitos líquidos.

O risco de contaminação em banheiros públicos é maior para doenças do trato gastrointestinal, como infecções intestinais e doenças de alta transmissibilidade, como hepatite A. Problemas de pele podem surgir após o contato com o assento do vaso, principalmente se na pele houver algum machucado, por onde podem entrar os patógenos. Infecções de urina também são possíveis de ocorrer. Alguns vírus, como HPV e herpes, podem ter a transmissão por contato com objetos contaminados, apesar de não ser o mais comum.

Vou deixar algumas dicas caso você necessite usar o banheiro público. Anote:


1 – Procure um banheiro mais limpo

Parece óbvio, mas vale gastar um tempinho para achar um banheiro público que pareça mais higienizado. Banheiros dentro de estabelecimentos comerciais, por exemplo, costumam ser limpos com mais frequência.


2 – Lave as mãos antes de entrar no banheiro

Sim! Ninguém se atenta a isso, mas quando estamos na rua e entramos em um banheiro público, nossas mãos estão sujas – iremos mexer com as mãos nas roupas íntimas e na região genital para higiene, portanto, as mãos devem estar limpas. Estudos mostram que os celulares podem estar mais contaminados que um assento de um vaso sanitário e, como estamos com o telefone o tempo todo nas mãos, logo elas também estão sujas mesmo antes de entrar no banheiro.


3 – Para secar as mãos, prefira papel

Para secar as mãos, o papel é melhor do que os secadores a jato de ar automáticos. O jato de ar ajuda a espalhar microrganismos pelo ambiente e o papel, além de não ter esse problema, ainda vai te ajudar a abrir a porta sem que sua mão – agora limpa – tenha contato com a maçaneta e fechadura sujas.


4 – Limpe o assento com álcool 

Dentro da cabine, vem a maior dúvida: como usar o vaso sanitário? É comum encontrar o assento sujo, mas vê-lo sem sujeira não significa que ele está limpo. Lembre-se que os micro-organismos são invisíveis.

O ideal é sempre carregar lenços com álcool ou passar o agora tão famoso álcool em gel no assento antes de usá-lo. Muitas mulheres, na falta desse material de apoio para higiene, tentam fazer as necessidades fisiológicas sem encostar no vaso (haja equilíbrio e mira!). Uma opção fácil e prática é ter dentro da bolsa os funis que mimetizam um pênis, permitindo urinar em pé. Eles podem ser de silicone, plástico ou até mesmo de papel (descartável!) e são acoplados à vulva, criando um caminho para a urina.

Quando não há o que fazer, sente assim mesmo, evitando ao máximo encostar as mucosas (pequenos lábios, vagina e ânus) diretamente no vaso. 


5 – Carregue na bolsa seu próprio papel higiênico ou lenço umedecido

Para higiene íntima, sugiro carregar na bolsa sempre o próprio papel higiênico ou lenço umedecido, já que o papel do banheiro público pode estar contaminado.


6 – Feche a tampa do vaso antes de dar descarga

Antes de dar descarga, sempre abaixe a tampa. Acioná-la enquanto aberta faz com que os microrganismos e sujeiras sejam lançados ao ar. Se a descarga for automática, tente se afastar dela rapidamente para estar um pouco distante quando ela entrar em atividade.


7 – Antes de sair do banheiro, lave as mãos novamente

Lave as mãos com água e sabão, não se contente com álcool em gel. Ele mata as bactérias, mas não tira a sujeira! Outro ponto importante: prefira sabonete líquido ao sabonete em barra. Sabonetes sólidos e toalhas de pano também são objetos altamente contaminados.


Cuidados especiais em época de COVID

Por último, alguns cuidados especiais precisamos ter nessa fase de COVID: prefira cabines mais largas e mais ventiladas. Dentro do banheiro, mantenha distância ideal das pessoas. Quando uma pessoa deixar a cabine, espere um tempo antes de entrar. E, claro, use máscaras! No banheiro, além de doenças, ela evita o constrangimento do cheiro ruim!

 



Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...). 

https://drrodrigoferrarese.com.br/


Dia Nacional da Mamografia: pandemia levou à queda de 84% na busca por exame essencial para detecção do câncer de mama

Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde em 2020 acende sinal de alerta para descoberta de tumores em estágio avançado como "herança" da COVID-19; Atenção à rotina de exames não pode ser negligenciada


A pandemia da Covid-19, que determinou um regime de quarentena sem precedentes pelo mundo, tem apresentado impactos diretos na oncologia e mastologia. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), 70 mil diagnósticos de câncer deixaram de ser realizados no período mais crítico da pandemia em 2020, entre os meses de março e junho. O Sistema Único de Saúde (SUS) indica ainda que entre janeiro e junho de 2019 foram realizados 180.093 exames na rede pública, enquanto no mesmo período de 2020 a quantidade de exames caiu para 131.617. E os reflexos dessa realidade podem a curto e médio prazos desencadear um aumento nos índices de tumores descobertos em fase mais avançada.

No caso específico dos tumores de mama - os mais comuns em mulheres depois do câncer de pele -, números divulgados pelo Ministério da Saúde em outubro mostraram que houve queda de 84% no número de mamografias feitas no país durante a pandemia do novo coronavírus, em comparação ao mesmo período do ano passado. A estimativa foi feita pela Fundação do Câncer, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Complementarmente, um outro dado, da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) - que representa empresas do segmento de saúde suplementar - aponta uma queda na quantidade de mamografias realizadas na rede privada do país de 46,4% quando comparado o período de março a agosto de 2020 com os mesmos meses de 2019.

Os índices relacionados à diminuição no rastreamento são preocupantes e acendem um sinal de alerta sobre os prejuízos causados por essa realidade na luta contra o câncer de mama. A ocorrência da doença por aqui vem apresentando crescimento constante: são 66.280 novos casos esperados, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres por ano para o triênio 2020-2022 - números que ainda estão abaixo da incidência observada em países desenvolvidos, mas cuja tendência de aumento segue em ritmo acelerado, proporcional às taxas de envelhecimento da população.

Para o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, este cenário exige esforços contínuos no sentido de aumentar a taxa de cobertura da mamografia de rastreamento populacional, assim como o nível de alerta das mulheres para alterações na mama, requerendo atenção dos especialistas para que o câncer de mama seja diagnosticado da forma mais precoce possível.

"As campanhas de conscientização sobre a doença e alerta para que a população esteja munida de informações sobre os impactos positivos da descoberta de tumores logo no início de seu desenvolvimento são primordiais para a redução das taxas de letalidade do câncer de mama. A nossa batalha pelo diagnóstico precoce deve continuar, por ele significar maior número de pacientes curados. No entanto, nos últimos seis meses observamos uma queda na realização da mamografia", diz o médico.

Ele alerta que se deixarmos de lado a vigilância ativa, no pós pandemia há grandes chances de observarmos um aumento considerável de diagnósticos tardios da doença. O exame de imagem na qual a mama é comprimida permite que sejam identificados tumores menores que 1 cm e lesões em início, sendo determinante para a descoberta do câncer de mama logo no início.

"O câncer de mama é o segundo mais comum entre mulheres no país e eram esperados quase 67 mil novos diagnósticos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o fim deste ano. De forma geral, a mamografia deve ser realizada anualmente por todas as mulheres acima dos 40 anos e a decisão por adiar ou não esse exame só deve ser tomada mediante o aconselhamento médico", ressalta Max Mano, oncologista clínico e especialista no tratamento do câncer de mama do Grupo Oncoclínicas

As chances de cura chegam a 95% ou mais quando o tumor é descoberto no início, sendo o tratamento menos invasivo, o que melhora, em muito, a qualidade de vida durante e após o tratamento da doença. "Mulheres que tratam ou já tiveram câncer de mama, bem como aquelas com histórico de câncer de mama entre parentes próximas (irmãs, mães) e/ou que têm mutações genéticas hereditárias já identificadas, não devem jamais deixar de fazer os controles sem orientação do especialista", completa Max Mano.


Redução no número de cirurgias também preocupa

Outro ponto de atenção desencadeado pela pandemia está relacionado ao adiamento ou cancelamento de cirurgias oncológicas. Especificamente nos casos de câncer de mama, um recorte da situação feito pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) nos meses de abril e maio de 2020 mostrou que nos grandes centros hospitalares de oncologia - públicos e privados - houve uma queda de 75% no movimento cirúrgico em comparação aos registros de 2019.

"Isso vai impactar na sobrevida dos nossos pacientes e isso é pior que a própria pandemia. Precisamos manter a população munida de informações relativas aos fluxos seguros que vêm sendo adotados para que eles possam estar confiantes para seguir com as orientações de tratamento devido, de acordo com cada caso", alerta Bruno Ferrari.

O médico reforça que o câncer faz parte do rol de doenças estabelecido pelo Ministério da Saúde, cujo tratamento não pode ser considerado eletivo. Atualmente, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 milhão de brasileiros têm tumores malignos e estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que são esperados ao menos outros 625 mil novos diagnósticos da doença até o final de 2021.


O Câncer não Espera

Apesar da pandemia e do medo da contaminação pelo coronavírus, é preciso que as mulheres mantenham seus controles em dia para que o combate ao câncer de mama não seja deixado em segundo plano. Esse é o alerta do movimento "O Câncer Não Espera. Cuide-se Já" à sociedade em geral e que ressalta ainda uma importante informação: busque sempre saber sobre os fluxos seguros implementados pelos centros de referência em atendimento e realização de exames diagnósticos.

Voltado ao alerta aos pacientes oncológicos e a população em geral sobre como atrasos nos cuidados médicos adequados pode comprometer, até irreversivelmente, o sucesso na luta contra o câncer, a iniciativa, liderada pelo Instituto Oncoclínicas, é apoiada por entidades como a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), Instituto Oncoguia , Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) e Rede Inspire Ser.

A mobilização também conquistou o reforço voluntário de personalidades como as atrizes Suzana Vieira, Mariana Rios e Priscila Fantin, os cantores Ivete Sangalo, Elba Ramalho, Bell Marques, Leo Jaime e Tomate, a jornalista Mona Lisa Duperon e o medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei Maurício Lima.

Empresas, entidades ligadas à área médica ou qualquer cidadão engajado na luta em favor da vida e da saúde dos brasileiros podem aderir à campanha. Os interessados encontram mais informações no site https://www.ocancernaoespera.com.br


Pesquisa aponta que as mortes cardiovasculares subiram 132% durante a pandemia

Especialista avalia e enfatiza que a falta de rotina e acompanhamento de doenças podem ter sido o gatilho

 

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), são mais de 1100 mortes por dia, ou seja, um óbito a cada 90 segundos. Uma pesquisa recente divulgada pela UFMG, UFRJ, em conjunto com o Hospital Alberto Urquiza e a SBC, realizada em seis capitais do Brasil, aponta um alto aumento durante a pandemia. No comparativo do mesmo período de 2019 e 2020, as mortes por doenças cardiovasculares não especificadas, infartos e AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais) chegaram a aumentar em 132%. Sendo que São Paulo teve o menor número constatado (31%) e Manaus o maior com 126%. 

“Mesmo avaliando o levantamento onde os maiores índices ocorreram nas cidades em que o sistema de saúde entrou em colapso ou chegou perto disso, é possível perceber que a falta de acesso de grande parte das pessoas ao sistema de saúde foi a maior causa e, não necessariamente, por efeitos da Covid-19”, alerta a cardiologista Rica Buchler, da Clínica Buchler. 

Por medo do contágio, muitos pacientes não mantiveram sua rotina de visitas aos especialistas, postergaram seus tratamentos ou não fizeram o acompanhamento adequado de doenças durante a pandemia. Os cardiopatas fazem parte do grupo de risco do coronavírus, que pode comprometer ainda mais o sistema cardiovascular. Esses pacientes possuem um quadro sensível e estão suscetíveis a formas graves da doença, assim como hipertensos e diabéticos. 

De acordo com a revista científica The Lancet, a hipertensão foi maior causa da morte no mundo em 2019, afetando cerca de 10,8 milhões de pessoas. “Portanto, fica o alerta para que os cuidados sejam mantidos mesmo com a chegada da vacina contra o coronavírus e enquanto o vírus estiver ativo”, explica dra. Rica. “Já para minimizar os riscos de problemas cardíacos, é necessário o acompanhamento médico. Assim como manter hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas regularmente, alimentação balanceada e não fumar”, finaliza.


Os direitos do casamento e da união estável homoafetiva

O tratamento igualitário já está previsto em nosso ordenamento desde 1988, com a promulgação da nossa Constituição Federal. Está previsto na Carta Magna em seu artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Esse parte do texto constitucional nos deixa claro: não é permitida a distinção de qualquer natureza, sejam elas de sexo, religião, descendência, orientação sexual, crença, etc. 

Acontece que, mesmo com a previsão constitucional, casais homoafetivos brasileiros demoraram muito para ter as mesmas oportunidades concedidas aos casais heterossexuais. Em um passado muito recente, não havia qualquer oportunidade de casamento civil entre homossexuais, mudando a situação de forma definitiva somente no ano de 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça disponibilizou a necessária Resolução nº 175. 

Tal resolução regulamenta a habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo. Determinando logo em seu artigo 1º que “é vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo”.

 Referida legislação garantiu aos casais homoafetivos a possibilidade de contraírem casamentos civis sem empecilhos jurídicos, além de conceder aos cônjuges as mesmas garantias legais asseguradas aos casais heterossexuais, estabelecendo aos casais homoafetivos direitos como a comunhão de bens (desde que essa seja uma opção desejada pelos mesmos), seguro de vida, pensão alimentícia, pensão por morte, direito à sucessão, aos planos de saúde familiares, declaração de dependência de companheiros junto à Receita Federal, direito de adoção de filhos, etc. 

Por esta razão, a formalização de união estável ou casamento é de extrema importância, pois o casal em consenso consegue decidir questões relacionadas a convivência e instrumentalizar por intermédio de contrato particular ou escritura pública, os direitos patrimoniais do casal. 

Mesmo com todo pânico moral em torno da questão, observamos que os LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) estão a cada dia conquistando mais espaço no âmbito jurídico e consequentemente a legislação vai evoluindo neste sentido. 

Há alguns anos o próprio STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu a união homoafetiva como uma entidade familiar, aproximando a mesma, através de analogia, da união estável, prevista pelo art. 1.723 do Código Civil de 2002, no julgamento da ADPF nº 132 e da ADI nº 4277), mesmo antes de sua regulamentação.

Importante destacar que caso haja qualquer tipo de negação aos direitos garantidos juridicamente aos casais homoafetivos, a justiça deve ser acionada para que sejam tomadas as medidas cabíveis, garantindo que estes direitos sejam efetivamente cumpridos.

 Tendo em vista, portanto, os direitos assegurados em uma união homoafetiva, é necessário para a segurança desses direitos, que o casal tenha pleno conhecimento dos direitos e garantias que protegem a formalização da união.

 



Mayara Rodrigues Mariano - advogada e sócia do escritório Mariano Santana Advogados

 

Compra de imóvel online requer cuidados redobrados

A pandemia tem sido um prato cheio para pessoas mal intencionadas aplicarem todos os tipos de golpe na população. Clonagem de chip de celular e de cartão de crédito, empréstimos falsos, dentre outros, são destaques. O que também tem ocorrido são golpes relacionados à aquisição de imóveis e terrenos. Por isso, é importante ficar muito atento ao negócio e não fechá-lo antes de uma boa pesquisa.

Com a crescente onda de negócios pela internet em razão do fechamento do comércio, empresas e até criminosos têm investido em sites para realização de venda de imóveis e até de financiamentos e consórcios. “Obviamente, que não havendo uma sede física, fica mais difícil de o consumidor ter a certeza de que aquela empresa é legítima. E o trabalho bem feito do site acaba levando muitas vezes o consumidor a cair em um golpe”, como observa o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa. 

De acordo com o advogado, o primeiro passo a dar antes de começar a pesquisar um imóvel, financiamento ou consórcio em um site é tentar verificar se a empresa está devidamente cadastrada junto à Receita Federal e se possui algum tipo de reclamação em sites como Reclame Aqui e consumidor.gov.br. “Em caso de financeiras, é importante também buscar orientações no site do Banco Central do Brasil e da Associação de Consórcios para saber se são empresas regulares no mercado. No caso de imobiliárias, vale também pedir os registros no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) dos responsáveis pela venda.”

Estando tudo certo com as empresas, em caso de aquisição de imóveis, o segundo passo é verificar se o bem ofertado está regular. Segundo Vinícius Costa, para isso, é preciso pedir o registro atualizado e as certidões negativas processuais e fiscais dos vendedores. “Também é altamente recomendado uma visita ao imóvel para saber seu estado de conservação, se realmente é o bem que foi ofertado via internet e se está ocupado ou não.” 

No caso de financiamento ou consórcio, o presidente da ABMH diz que, antes de assinar qualquer documento, é necessário pedir uma via do contrato para análise. “Em especial nos casos de consórcio, que também deverá ser acompanhada do estatuto do consórcio que se pretende adquirir”, completa.

Ele destaca, ainda, que é muito importante que o consumidor saiba fazer uma análise pré-contratual de toda a situação e se cercar o máximo possível de documentos que possam atestar a veracidade da oferta e tomar bastante cuidado com as publicidades enganosas e abusivas para não cair em golpes. “Antes de assinar qualquer contrato e de pagar qualquer valor, pesquise e converse com um advogado”, finaliza.

 



ABMH Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação 

 

Com o uso de dados e novas tecnologias, planos de saúde apostam em postura didática e educativa para preservar a saúde de beneficiários

Vivenciar uma pandemia global fez com que muitas pessoas buscassem manter uma rotina diária mais saudável, com foco na qualidade de vida e no próprio bem-estar. Essa nova demanda provocou uma adaptação necessária nas operadoras de saúde, que agora apostam no uso de dados e novas tecnologias para conscientizar e educar seus beneficiários sobre a importância da preservação da saúde.

Dentro dessa nova proposta, a prevenção – não só baseada em exames e check-ups anuais – é pautada pela adaptação do indivíduo a um melhor estilo de vida. “Manter uma pessoa saudável requer olhá-la como um todo, ouvir suas queixas e necessidades, e oferecer um tratamento humanizado. E isso inclui estimular a adoção de bons hábitos”, explica Rodrigo Felipe, o empresário por trás da You Saúde, a nova operadora mineira de planos de saúde totalmente digital.

Segundo o empresário, as atenções das chamadas health techs – como a You Saúde – estão voltadas para a promoção de um cotidiano mais sadio e que abarque a alimentação balanceada, prática de atividade física, qualidade do sono, gerenciamento do estresse e entre outros diversos aspectos, que fazem toda a diferença para a vitalidade de uma pessoa.

Rodrigo adianta que é por meio de novas tecnologias e do uso de dados que resultados positivos têm sido alcançados – lançada em meio à pandemia, a You Saúde já garantiu o cadastro da melhor rede credenciada de Belo Horizonte, iniciou as vendas de produtos com uma antecipação de 2 meses e planeja lançamento em novas praças nos próximos meses.

“Por meio da análise de dados e indicadores, é possível, por exemplo, definir o melhor médico para cada caso. Isso facilita a jornada do paciente, que não só se torna mais efetiva, como também mais tranquila”, avalia.

Neste diferente cenário para a saúde suplementar também se destaca o uso da telemedicina. Esta que possibilita a realização de atendimentos básicos, evita a formação de filas, diminui idas desnecessárias a clínicas e hospitais e ainda permite que o paciente sane dúvidas quanto a sintomas ou sinais de alguma doença, sem precisar sair de casa.
“Este tipo de assistência acaba ajudando a prevenir a evolução de enfermidades e patologias. Ainda preserva o paciente de uma possível contaminação pelo novo coronavírus, quando não é necessário esse paciente se deslocar da sua casa para o hospital ou clínica médica.

Essa mudança de visão por parte das novas operadoras de saúde como um todo, contribui para que o beneficiário se conserve ativo e saudável por mais anos e consiga se organizar melhor financeiramente para arcar com os custos dos planos durante a terceira idade, sem lidar com os reajustes por faixa-etária”, ressalta.

 

Consultor ou revendedor digital: Como escolher?

Trabalho no comércio digital cresce, mas ainda existem dúvidas sobre a modalidade adequada para atuar


Trabalhar com vendas na internet já é a realidade de muitos brasileiros. O movimento foi impulsionado pela pandemia do coronavírus e mudança de comportamento dos consumidores que, hoje, adquirem mais produtos e serviços pela internet. A Lomadee, startup de consultores digitais do Movimento Compre&Confie, por exemplo, viu crescer em quase seis vezes o seu número de pessoas que procuram a independência financeira no varejo digital. Desde março deste ano, a empresa passou de 70 mil para 400 mil cadastros.

Contudo, muitas pessoas que acabaram de ingressar no ramo do marketing de afiliados, não sabem ao certo se é melhor atuar como consultor ou revendedor digital. Pois bem, antes de focar em uma das duas vertentes, é necessário entender como é a atuação direta entre cada uma delas com o consumidor digital.

O consultor on-line realiza venda direta para as pessoas. Sendo assim, normalmente, o consultor será requisitado pelo cliente e vai prestar todo o aporte necessário ao mesmo, esclarecer dúvidas sobre funcionalidades do produto e tentar encontrar a melhor oferta disponível.

O consultor pode atuar realizando divulgações de ofertas em seus canais de comunicação, mas, geralmente, ele atua com uma lista seleta onde mantém um relacionamento e divulga ofertas exclusivas. Ao anunciar esses produtos, o consumidor pode se interessar pelo item ou solicitar ao consultor para que encontre outra oferta dentro das caraterísticas em que busca como: preço, marca e garantia estendida.

“Possuo uma lista de clientes e faço um atendimento individualizado. A partir do contato do consumidor, procuro entender sobre suas necessidades para assim identificar o item que se encaixa dentro da expectativa. Faço o acompanhamento antes, durante e após a compra, inclusive, auxiliando com questões de assistência técnica”, afirma Everaldo Carniel, 45 anos, servidor público e consultor especializado on-line da Lomadee.

No caso do revendedor especializado on-line, ele também pode atuar com uma lista de contatos para a qual divulga ofertas exclusivas das principais redes varejistas, porém, os anúncios são feitos de forma mais massiva. Neste caso, ao invés de atender consumidores de forma individualizada e acompanhar todo o passo-a-passo, que vai desde a escolha do produto até o pós-venda, o revendedor vai atuar apenas divulgando as melhores promoções.

“Logo no início da manhã faço a seleção das ofertas que são interessantes para a lista de clientes que possuo em minha base de contatos. Assim, crio um e-mail marketing com essas promoções e disparo para esses consumidores. Ao longo do dia, faço o monitoramento dos produtos comprados por eles e tenho obtido bons resultados”, descreve Bruno da Cunha Augusto, 35 anos, empresário e revendedor especializado da Lomadee.

Assim como Bruno, Marcela Gonzaga, 35 anos, jornalista, também atua como uma revendedora da Lomadee. Porém, sua rede de clientes é concentrada em uma página criada em uma rede social. “Faço a divulgação de produtos menores, como fraldas para crianças, calçados e luminárias, por exemplo, no Instagram. Hoje, conto com quase 85 mil seguidores que consomem diariamente essas ofertas e, a partir disso, conquistei minha independência financeira”, descreve.

Vale destacar que tanto o consultor quanto o revendedor especializado on-line, ao promover produtos e divulgar ofertas desses anunciantes em seus canais de comunicação, recebem uma comissão por cada venda realizada. Existem afiliados que, apenas trabalhando com o comércio digital, conquistam até R$10 mil de renda todos os meses.

 


Lomadee

 

Conscientizar sobre os perigos do álcool ao volante é uma das metas da Segunda Década para Segurança no Trânsito

A partir de abril, condutores embriagados que causarem acidentes não poderão mais ter a pena substituída

 

A Segunda Década para a Segurança no Trânsito (2021 a 2030), cuja meta é a redução de pelo menos 50% de lesões e mortes no trânsito no mundo inteiro, tem entre suas iniciativas aumentar a conscientização sobre os perigos da influência do álcool na condução de veículos.

Durante a primeira Década, o Brasil criou diversas iniciativas de alterações legislativas buscando coibir o consumo de álcool a condutores. A primeira delas foi em 2012, quando a Lei nº 12.760 estabeleceu pena de detenção, multa e suspensão da habilitação aos motoristas que conduziam o veículo “sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”. Em 4 de maio de 2016, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) se torna ainda mais severo com a Lei nº 13.281, que gerou grandes mudanças em relação ao valor das multas bem como quanto ao tempo que o condutor poderia ter a carteira de habilitação suspensa.

No ano seguinte, com o advento da Lei nº 13.546/2017, foi incorporada ao CTB a previsão de pena de reclusão de cinco a oito anos para o condutor que praticar crime culposo na direção de um veículo automotor sob a influência de álcool ou de substância psicoativa. Já a Lei nº 11.705, conhecida como Lei Seca, completou 12 anos em 2020 como uma das legislações mais rigorosas no mundo, e desde o ano que entrou em vigor, 2008, passando por alterações em 2012 e 2016, poupou mais de 40 mil vidas conforme indica um estudo da Escola Nacional de Seguros.


Motoristas embriagados não poderão ter penas substituídas

A partir de abril de 2021 as novas alterações no CTB agravarão ainda mais as penalidades daqueles que insistirem em associar álcool e direção. Com a entrada em vigor da Lei n. 14.071/2020, motoristas embriagados que se envolvem em acidentes que ocasionem homicídio culposo ou lesão corporal culposa, não poderão mais ter a pena de prisão substituída por outras penas mais leves.

O diretor e especialista em trânsito da Perkons, Luiz Gustavo Campos, lembra que uma das principais orientações para um bom condutor é dirigir em plenas condições físicas e psíquicas. “Todos sabem que álcool, drogas e direção não combinam, pois alteram os reflexos e debilitam a concentração. Alguns medicamentos lícitos utilizados para tratamento de doenças também não são indicados ao conduzir”, alerta Campos. “Com as novas alterações no Código a pena para os condutores que dirigirem sobre efeito de álcool ficarão ainda mais graves, mas, ao final, o propósito é único: salvar vidas no trânsito”, conclui.


Posts mais acessados