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segunda-feira, 2 de março de 2020

Dia Mundial do Rim enfatiza a importância de realizar exames de creatinina periodicamente


O Dia Mundial do Rim, que será comemorado no dia 12 de março deste ano, traz o tema "Ame seus rins. Dose sua creatinina!". O objetivo da campanha é promover a prevenção das doenças renais através de exames de rotina que identificam o diagnóstico precoce da doença, que vem sendo a causa de pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Através de testes simples de sangue é possível medir a taxa de creatinina para saber como anda o funcionamento dos rins e é importante que o paciente peça esses exames aos seus médicos. "Quando for fazer os exames de rotina, peça ao seu médico para incluir o exame de sangue para checar as dosagens de creatinina e uréia no sangue. É um exame simples e acessível para a população", acrescenta Dr. Marcos.

O valor normal de creatinina deve estar entre 0,7 e 1,3mg/dl (homens) e entre 0,6 e 1,2mg/dl (mulheres). E quando o exame revela que o paciente apresenta alto nível alto desta substância, a sua função renal pode já estar 50% comprometida.

Segundo o médico, infelizmente o exame não está incluso no hemograma completo, usado para o diagnóstico e controle de várias doenças. A orientação é que o paciente solicite ao seu médico a inclusão do exame de creatinina no checkup de rotina. O diagnóstico de doença renal de forma precoce auxilia no tratamento e evita que as pessoas necessitem do transplante ou da diálise.


O que é a Doença renal crônica

A doença renal crônica (DRC) se caracteriza por lesão nos rins que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências, pois os rins têm muitas funções, como regular a pressão, filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras.

Segundo Dr. Vieira, em geral, nos estágios iniciais, a DRC é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas ou são poucos e inespecíficos. Por causa disso, pode haver demora no diagnóstico e ele só acontecer quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido, necessitando para manutenção da vida do indivíduo, tratamento por meio da diálise ou transplante renal. 



Pró-Rim 

Nutrientes X Coronavírus


O nutrólogo Daniel Magnoni recebeu uma chuva de mensagens de pacientes na última semana. Todos querem uma receita para aumentar a imunidade diante da explosão do número de casos de coronavírus.

A resposta do médico, que é chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese , do HCor e coordenador científico da Iniciativa Nutrientes para a Vida, é a que não existe fórmula para evitar o contágio pelo vírus, que surgiu na China e até agora já infectou cerca de 100 mil pessoas.

“Mas, se o coronavírus pegar você bem nutrido, é melhor do que se ele pegar desnutrido”, diz.

Segundo ele, a dieta tem papel importantíssimo na imunidade. “É claro que outros fatores, como sono e estresse, também interferem. Mas, o que posso dizer é: coma bastante proteína e três frutas por dia.”

O nutrólogo explicou a relação entre dieta e imunidade e deu outras recomendações na entrevista abaixo.


Existe uma relação direta entre dieta e imunidade?

Sim, sem dúvida. A dieta é um dos pontos principais. Não tem como aumentar a imunidade sem mudar a alimentação. A produção de células de defesa depende disso. O desnutrido tem baixa imunidade; o idoso com sarcopenia, perda de massa muscular, tem baixa imunidade.


Uma mudança na dieta pode ter efeito rápido no aumento da imunidade?

Sim. Estudos mostram que cinco dias depois de uma mudança na dieta já há melhora na habilidade orgânica de produzir proteínas. O que prova isso é um exame chamado pré-albumina.


Quais alimentos ajudam a aumentar as defesas do organismo?

A proteína é o fator mais associado à melhora da imunidade. Para pessoas desnutridas ou pacientes convalescentes sempre indicamos uma maior ingestão de proteínas. Elas estão relacionadas com a produção das células de defesa: glóbulos brancos e anticorpos
.
Além disso, você também tem que aumentar a ingestão de oligoelementos, vitaminas e minerais relacionados com essa produção: zinco, selênio, magnésio, cálcio e vitaminas A, B e C. As frutas são as melhores fontes desses nutrientes.


Pode ser qualquer tipo de proteína ou tem que ser proteína animal? 

Qualquer tipo, proteína animal, whey protein, o que quiser. A proteína animal tem um coeficiente maior, um índice, chamado QR, que mede a capacidade do alimento ingerido, depois da digestão, de produzir proteína no nosso organismo.

A melhor proteína vegetal é a soja, que tem o perfil de aminoácidos mais parecido com o da proteína animal. Mas a proteína animal é ainda melhor.

Se você não come carne, pode comer ovo, se não come nem carne nem ovo, tome leite. Se não ingere nada disso, se é um vegetariano estrito, não quer dizer que vai ter imunidade zero, mas tem que se concentrar nos vegetais com bastante proteína: trigo, ervilha, soja e leguminosas de uma forma geral. Quanto mais in natura o vegetal, maior seu aporte de proteínas e minerais. Brócolis cozido tem menos propriedades do que brócolis fresco na salada.


Castanhas e outras oleaginosas podem ajudar?

Podem sim. São fontes de zinco, selênio e gordura monoinsaturada. Não tem dose para isso, mas tem que ficar de olho nas calorias. Falando em zinco e selênio, destaco a importância de uma terra bem adubada, com o manejo responsável e sustentável dos fertilizantes, pois eles repõem nutrientes essenciais.


Autoestima feminina: reconstrução mamária é aliada no tratamento de câncer



A mamografia pode diminuir a mortalidade por câncer de mama em até 30%

08/03 – Dia Internacional da Mulher


Receber a notícia de que se está com câncer pode ser  devastador, mas quando a doença é na mama e é preciso passar pela mastectomia (retirada da mama) parece ainda mais traumático, afetando, principalmente, a autoestima da mulher. 

Para minimizar os efeitos da doença, é possível reconstruir a mama, mas tanto a técnica como a possibilidade de realizar a cirurgia dependerá do tratamento oncológico proposto, inclusive se não houver contraindicações clínicas. A reconstrução da mama com prótese de silicone nem sempre pode ser realizada de imediato, principalmente nos em casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia”, conta Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

Se durante a mastectomia for retirada muita pele, Dr. Amato explica que pode ser necessário o uso do expansor mamário, espécie de uma bexiga de silicone que é colocada durante a cirurgia de mastectomia debaixo do músculo peitoral e que depois de cicatrizada a cirurgia, é realizado o enchimento com soro fisiológico, durante os retornos ambulatoriais, até se atingir o volume desejado. Esse processo permite o "esticamento" da pele, para depois ser possível realizar uma cirurgia para trocar o expansor por uma prótese de silicone que vai enchendo lentamente, dia após dia, até esticá-la para, só então, entrar com a prótese.


Expectativa – A colocação de prótese (silicone), após a mastectomia, tem um resultado diferente quando comparado a uma cirurgia por razões estéticas. Os mamilos, por exemplo, muitas vezes, precisam ser refeitos. A mama reconstruída não terá a mesma aparência da mama saudável, já que pode ficar com cicatrizes e mais endurecida.

O Dr. Fernando Amato conta que, geralmente, as pacientes ficam felizes com o resultado, afinal, estão enfrentando uma doença mutilante, mas alerta que é preciso trabalhar as expectativas. 

“Acredito que a paciente precisa ter uma abordagem psicológica para compreender o momento. Oriento que ela venha às minhas consultas sempre com um acompanhante para entender qual a técnica de reconstrução é mais indicada para o seu caso. A notícia e o tratamento da doença, muitas vezes, deixam a pessoa com certos bloqueios de compreensão das técnicas que podem ser utilizadas na cirurgia”, disse o membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

É um direito da mulher ter sua mama reconstruída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde no Brasil, assim como a cirurgia plástica da mama oposta para simetrização e harmonização, porém, o Dr. Amato enfatiza que a reconstrução, imediata ou tardia, deve ser individualizada, respeitando tanto o desejo da paciente, como as condições clínicas e tratamento que será submetida.

“Converse muito com o seu médico, ouça as alternativas possíveis e confie nele. Não deixe de realizar a mamografia, ela pode diminuir a mortalidade em até 30%, quando realizada periodicamente.


Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).


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