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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Trombofilia: entenda a condição e como se cuidar


 Especialista vascular dá detalhes da doença que aumentou entre gestantes e orienta como tratá-la


A trombofilia, condição que atingiu algumas celebridades gestantes, como a cantora Thaeme e a influencer Shantal Verdelho, é uma tendência a desenvolver trombos, ou seja, a predisposição a formação de coágulos no sistema vascular. 

Esses coágulos podem entupir a circulação dos vasos sanguíneos e ocasionar diversos problemas, como abortos no caso delas, abortos de repetição, ou tromboses profundas ou superficiais. 

Existem dois tipos de trombofilia, a hereditária e a adquirida. A hereditária está diretamente relacionada a algum defeito genético que interfere na coagulação, e a adquirida são aquelas onde há um evento clínico específico que aumenta o risco de trombose, como a síndrome do anticorpo antifosfolípide, obesidade, uso de anticoncepcional, entre outros fatores. 

Nos últimos anos, os casos de trombofilia obtiveram um aumento que, de acordo com Dr. Gilberto Narchi, cirurgião vascular do Hospital HCor, esse crescimento se deu pelos avanços no diagnóstico laboratorial. “A utilização de exames de imagem, como ultrassom vascular e tomografia, identificam a trombose venosa em pequenos vasos que, a olho nu, não são evidentes”, acrescenta. “Também suspeitamos de trombofilia em casos de trombose em pacientes com menos de 45 anos, que são jovens”, completa. 

Segundo o especialista, no estado gestacional, as mulheres tendem a maior incidência de eventos trombóticos devido às variações hormonais, mesmo sem fator hereditário envolvido. Já em idade mais avançada, os homens têm incidência pouco maior.


Sintomas, complicações e como diagnosticar trombofilia

Os sintomas da trombofilia são os decorrentes do local e extensão da trombose, sendo os mais frequentes dor e edema em membros inferiores - local este de maior acometimento. Pode ocorrer em membros superiores, em vasos intra-abdominais e até cerebrais.

No entanto, é válido ficar atento a situações que apresentem dor nas pernas ao caminhar, de repouso ou parada, inchaço de apenas um membro e pele azulada no local, além de dor e endurecimento de alguma veia. Estes podem ser alguns sintomas, mas não significa que o diagnóstico seja obrigatoriamente de trombose, segundo o especialista. “É necessária avaliação médica e exames específicos”, explica Dr. Gilberto. 

De qualquer forma, as principais complicações da trombofilia podem ser: trombose cerebral, embolia pulmonar, AVC, além de diversas intercorrências na gravidez como restrição de crescimento fetal, abortamento de repetição, abortos no início da gestação, perda fetal tardia, pré-eclâmpsia, aumento da pressão arterial, descolamento de placenta, etc. 

A prevenção só é possível quando se conhece o histórico familiar, nos casos das hereditárias. Já para as adquiridas é recomendado conhecer os fatores de risco como imobilização prolongada e cirurgias, para utilizar recursos de prevenção. Estes recursos podem variar desde medidas simples como meias de compressão elásticas até uso de anticoagulação específica, que “afinam o sangue” para evitar trombos.

Para as trombofilias hereditárias não há cura, mas é eficaz o controle da mesma. Em situações específicas, como imobilização por fraturas com cirurgias em membros inferiores, por exemplo, o risco cessa após a recuperação total do quadro. 

“Os fatores que minimizam os casos de trombose é manter-se bem hidratado e evitar longos períodos de imobilidade, como acontece em viagens prolongadas de avião. Além disso, em alguns casos e dependendo da situação do paciente, recomenda-se o acompanhamento médico com vascular, hematologista ou obstetra de alto risco”, indica Dr. Gilberto.






Dr. Gilberto Narchi Rabahie - Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Gilberto Narchi possui Pós Graduação em Pesquisa pela Universidade da Califórnia, em San Francisco – UCSF, além de ser especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Endovascular. Também é membro da Sociedade Americana de Cirurgia Vascular e da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Endovascular. Atualmente, é cirurgião vascular do Hospital do Coração em São Paulo.

Colesterol bom ou ruim? Dia 8 de agosto marca início das campanhas de conscientização


Essencial ao corpo humano, mas não em excesso, o colesterol alto pode causar doenças cardiovasculares sérias. Hábitos saudáveis ajudam na prevenção.


O Colesterol é essencial ao organismo por desempenhar funções vitais, ser matéria-prima na produção de hormônios, do ácido biliar que regula a digestão e da vitamina D, além de fazer parte da construção de membranas celulares. Mas, em excesso, pode ser prejudicial e quase metade da população brasileira passa por esse problema, ou seja, quatro a cada dez adultos estão com o nível do colesterol alto.

E esse aumento do colesterol pode causar doenças cardíacas sérias. Por isso, em janeiro, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou uma nova versão das Diretrizes de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose que reúne as recomendações sobre colesterol e triglicérides. A mudança foi iniciada pelos Estados Unidos e Europa e prevê que pessoas com risco cardíaco muito alto devem manter o LDL abaixo de 50 miligramas por decilitro (mg/dl) de sangue. Antes a recomendação era de 70 miligramas por decilitro.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as Doenças Cardiovasculares (DCV) representaram mais de 30% dos óbitos e em países em desenvolvimento, como o Brasil, contabilizam mais de três quartos das causas de morte. O aumento no índice de colesterol é mais comum nas mulheres (25,9%) do nos homens (18,8%), de acordo com a Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

Mesmo com um cenário que requer atenção, ainda há quem não procure ajuda médica. Um estudo da SBC aponta que 11% das pessoas nunca fizeram exame de colesterol, enquanto 70% realizam apenas após os 45 anos. “Os exames laboratoriais são importantes para este acompanhamento bem como exames cardiológicos específicos para a condição/doença da pessoa. A Tomografia Computadorizada das artérias coronárias é capaz de identificar alguma obstrução arterial destes vasos que pode ser decorrente de um controle inadequado dos níveis de colesterol pelo paciente”, afirma o responsável técnico do Anchieta Diagnósticos, Dr. Anderson Benine Belezia.

Fazer visitas regulares a um especialista médico e utilizar a medicação recomendada e de forma correta ajudam não apenas a prevenir as DCVs, mas proporcionam melhor qualidade de vida. E isso é fundamental, sendo lembrado neste dia 8 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Colesterol, quando se iniciam as campanhas de conscientização, como explica o cardiologista da CardioAnchieta, Dr. Bruno Jardim.


Qual é a relação do Colesterol alto com doenças cardiológicas? 

O colesterol é uma substância lipídica normal que o nosso organismo produz e que é essencial para várias funções vitais do mesmo. Quando se encontra elevado torna-se potencialmente perigoso e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.


Como prevenir as doenças cardiológicas?

A prevenção de doenças cardiovasculares engloba bons hábitos alimentares associado a exercícios físicos regulares


Qual a diferença entre os tipos de colesterol?

Lipoproteína de baixa densidade (LDL) é conhecido como "mau" colesterol ou colesterol ldl (C-LDL). Já o Lipoproteína de alta densidade (HDL) é tido como colesterol "bom" ou colesterol hdl (C-HDL). O primeiro age retirando o colesterol ruim da circulação. Com o passar do tempo, este último se fixa nas paredes das artérias, o que pode resultar em uma obstrução pela formação de uma placa de ateroma.


A cada dez brasileiros, quatro estão com o nível de colesterol alto. A que se deve isso? Alimentação?

Os hábitos de vida, como alimentação não adequada, rica em gorduras e carboidratos, juntamente ao sedentarismo, na grande maioria das vezes, estão associados a esse aumento. Porém, uma pequena parcela também possui o fator genético como resultado. 


Colesterol alto pode ser genético?

Sim, existem alterações do colesterol que podem ser de característica familiar, é chamada de Dislipidemia familiar quando vários membros da mesma família podem ser acometidos.


Como reduzir o colesterol ruim? Algum alimento ajuda nesse processo?

Para alcançar níveis adequados de HDL, o colesterol bom, a recomendação é manter hábitos saudáveis, dieta rica em nutrientes, controlar o peso e praticar atividade física. Isso deve ser parte da rotina.  Como os triglicerídeos podem diminuir a produção do colesterol bom, é preciso controlar também esses índices e isso é possível evitando a ingestão excessiva de açúcares, carboidratos e bebidas alcoólicas. Já para diminuir os níveis do LDL, uma dieta saudável não é o bastante, nem o baixo consumo de gorduras saturadas e trans, responsáveis apenas por 15% na redução desse colesterol ruim. No caso de paciente com fatores de risco associados e colesterol elevado, as mudanças de hábitos não são suficientes, sendo necessária a prescrição de medicamentos específicos para controle do colesterol.


Qual a importância do Dia Nacional de Combate ao Colesterol?

É muito importante para a conscientização da população, acima de tudo para um alerta, sobre o fator de risco para doenças cardiovasculares. Além disso, um fator de risco, na maioria das vezes modificável, é a atuação precoce que previne várias doenças, bem como ajuda a obter uma melhor qualidade de vida. 




 Hospital Anchieta


Agosto Verde Claro: campanha alerta sobre o combate aos linfomas, cânceres que atingem o sistema linfático


Existem mais de 40 tipos de linfomas, divididos entre o de Hodgkin e os Não Hodgkin1


Agosto é o mês do combate ao linfoma, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com a campanha “Agosto Verde Claro” para alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da doença. São mais de 40 tipos de linfomas, divididos em dois principais grupos, os linfomas Não Hodgkin e o linfoma de Hodgkin1. Em 2018, ambos tiveram, respectivamente, uma estimativa de 10.1802 e 2.5303 novos casos no Brasil.

Os linfomas são cânceres que têm origem no sistema linfático, uma rede de vasos, órgãos e gânglios do nosso corpo encarregado de distribuir as células de defesa por todo o organismo. A doença surge quando uma dessas células, um linfócito, sofre mutação e passa a se multiplicar de forma descontrolada. O fenômeno faz com que os gânglios aumentem de tamanho, podendo prejudicar as funções do sistema linfático1.

Dr. Guilherme Perini, hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, explica as diferenças entre os tipos de linfomas: “A diferenciação está nas características das células cancerígenas, que são analisadas por um patologista por meio da biópsia. Quando o profissional identifica uma determinada célula especifica, este linfoma é classificado como linfoma de Hodgkin. Todos os outros casos são chamados então de linfoma não Hodgkin, com diversos tipos e nomes”, comenta o especialista.


Sintomas:

Em geral, os principais sintomas dos linfomas são gânglios palpáveis e endurecidos nas axilas, virilhas e pescoço, normalmente indolores. Existem, no entanto, outras doenças mais comuns que podem levar ao aumento dos gânglios, como quadros de infecção. Segundo o Dr. Perini, é importante procurar um especialista, caso os gânglios permaneçam por um longo período, como semanas, principalmente se forem acompanhados por outros sintomas como febre, cansaço persistente, suor intenso à noite e perda de peso1.


Incidência e diagnóstico:

“Como se trata de diversas doenças, existem diagnósticos de linfoma em qualquer idade. O linfoma de Hodgkin, por exemplo, é mais diagnosticado em pessoas entre os 15 e os 35 anos e em indivíduos com idade superior a 55 anos”, explica o médico. Para o diagnóstico alguns exames são necessários, como o físico, para procurar vestígios da doença nos linfonodos, além de exames de sangue e biópsia. A biópsia deve ser analisada por um patologista, que na sequência confirma o diagnóstico e encaminha o resultado para o hematologista, que dará sequência ao tratamento desse paciente em caso de linfoma, dependendo do tipo da doença e estágio1.


Tratamento:

Apesar do diagnóstico de câncer ser algo bastante impactante para o paciente, o especialista ressalta que o linfoma de Hodgkin, por exemplo, é um modelo de sucesso da oncologia moderna e há grandes esperanças de cura. “Atualmente, em estágios iniciais, cerca de 85 a 95% dos pacientes são curados na primeira linha de tratamento – quimioterapia associada ou não a radioterapia – o que ressalta a importância do diagnóstico precoce. Nos casos mais avançados, de 70 a 80% dos pacientes podem ser curados. E mesmo para os casos de recaída – quando a doença retorna depois de um período de remissão – ainda há outras opções medicamentosas”, explica.




Takeda Pharmaceutical Company Limited






Referências:

1.     Abrale [Internet] Linfomas: Tudo o que você precisa saber sobre esse tipo de câncer. Disponível em: http://abrale.org.br/docs/manual-linfomas.pdf. Acesso em 28 de junho de 2019
2.     Inca [Internet] Tipos de cancer: Linfoma Não Hodgkin. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/linfoma-nao-hodgkin. Acesso em 28 de junho de 2019.
3.     Inca [Internet] Tipos de cancer: Linfoma de Hodgkin. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin. Acesso em 28 de junho de 2019.
4.     Inca [Internet] Tipos de cancer: Linfoma de Hodgkin. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin. Acesso em 28 de junho de 2019.

Inverno pode aumentar risco de infarto e AVC


 Confira dicas para manter a saúde na época mais fria do ano.



No inverno, diversas pessoas se preocupam com a prevenção de gripes e resfriados. Afinal, essas são as doenças mais famosas desse período. Mas o que pouca gente sabe é que durante a estação mais fria do ano algumas doenças relacionadas ao coração também podem ocorrer com mais frequência. De acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), o risco de infarto pode aumentar em 30% nesta época do ano. Já os casos de AVC, podem aumentar 20%.

O cardiologista e pesquisador, Gilmar Reis, esclarece que isso acontece porque o frio contribui para a contração dos vasos sanguíneos. Portanto, pessoas com tendência a doenças cardíacas podem desenvolver esses e outros problemas. “Em pessoas com o organismo normal e saudável, essa contração não causa problemas. Porém, quando há predisposição, seja genética ou por hábitos ruins, os riscos podem ser maiores”, ressalta o médico.

Por isso, preservar a saúde durante todo o ano e intensificar os cuidados no inverno é tão necessário, segundo o especialista. “O ideal é manter uma vida saudável todos os dias. Mas, principalmente no inverno, manter a alimentação adequada e continuar se exercitando é importante”, completou.


Dicas

Assim como em outros períodos, o especialista indica que a melhor forma de evitar doenças relacionadas ao coração é através de disciplina e bons hábitos alimentares. “Nada de consumir alimentos pesados, gordurosos e com muito sal, principalmente durante a noite. Ingerir muito líquido e manter uma rotina de exercícios, mesmo que o frio incomode um pouco, é essencial”, acrescentou.
Por fim, Reis destaca que a vacina contra gripe também é um forte aliado na prevenção de doenças cardíacas. “Esta vacina auxilia na prevenção contra infecções pulmonares, problema que também está relacionado aos ataques cardíacos. Portanto, estar com todas as vacinas em dia reduz, além das gripes e resfriados, as chances de obter alguma complicação no coração durante esta época”, recomendou.





Fonte: Dr. Gilmar Reis, clínico geral e especialista em cardiologia. É pesquisador e coordenador do curso de medicina da PUC-Minas, em Contagem.

Apoio paterno é essencial para o tratamento do xixi na cama


 Confira dicas para manter a saúde na época mais fria do ano.



No inverno, diversas pessoas se preocupam com a prevenção de gripes e resfriados. Afinal, essas são as doenças mais famosas desse período. Mas o que pouca gente sabe é que durante a estação mais fria do ano algumas doenças relacionadas ao coração também podem ocorrer com mais frequência. De acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), o risco de infarto pode aumentar em 30% nesta época do ano. Já os casos de AVC, podem aumentar 20%.

O cardiologista e pesquisador, Gilmar Reis, esclarece que isso acontece porque o frio contribui para a contração dos vasos sanguíneos. Portanto, pessoas com tendência a doenças cardíacas podem desenvolver esses e outros problemas. “Em pessoas com o organismo normal e saudável, essa contração não causa problemas. Porém, quando há predisposição, seja genética ou por hábitos ruins, os riscos podem ser maiores”, ressalta o médico.

Por isso, preservar a saúde durante todo o ano e intensificar os cuidados no inverno é tão necessário, segundo o especialista. “O ideal é manter uma vida saudável todos os dias. Mas, principalmente no inverno, manter a alimentação adequada e continuar se exercitando é importante”, completou.


Dicas

Assim como em outros períodos, o especialista indica que a melhor forma de evitar doenças relacionadas ao coração é através de disciplina e bons hábitos alimentares. “Nada de consumir alimentos pesados, gordurosos e com muito sal, principalmente durante a noite. Ingerir muito líquido e manter uma rotina de exercícios, mesmo que o frio incomode um pouco, é essencial”, acrescentou.
Por fim, Reis destaca que a vacina contra gripe também é um forte aliado na prevenção de doenças cardíacas. “Esta vacina auxilia na prevenção contra infecções pulmonares, problema que também está relacionado aos ataques cardíacos. Portanto, estar com todas as vacinas em dia reduz, além das gripes e resfriados, as chances de obter alguma complicação no coração durante esta época”, recomendou.





Fonte: Dr. Gilmar Reis, clínico geral e especialista em cardiologia. É pesquisador e coordenador do curso de medicina da PUC-Minas, em Contagem.

Entenda o que é a condromalácia patelar, a doença sem cura do ginasta Arthur Nory


Mais comum em mulheres, patologia provoca dor no joelho e atrapalha a rotina de quem pratica atividade física


Recentemente, o ginasta Arthur Nory descobriu que sofre de uma doença sem cura: a condromalácia patelar, um desgaste na cartilagem do joelho. O atleta sentia fortes dores no joelho e levou meses para acertar o diagnóstico.

Silenciosa, a doença só provoca incômodo quando o quadro já está avançado. “A condromalácia existe quando há um amolecimento anormal da cartilagem articular da patela e é muito difícil os atletas e pacientes se queixarem de dor logo no início do quadro, já que a cartilagem não possui terminações nervosas”, explica Flávio Cruz, ortopedista especializado em cirurgia do joelho, traumatologia e lesões esportivas.

Segundo o médico, na maioria dos casos, a dor surge nos graus mais elevados de desgaste articular, quando já há perda da cartilagem e exposição do osso subcondral. “Muitas vezes os pacientes sentem um incômodo maior na parte anterior do joelho ao agachar, correr ou praticar exercício. A dor também pode aparecer em situações cotidianas, como ao se levantar da cadeira, assistir um filme no cinema e descer escadas. Pode haver inchaço no joelho, e sensação de crepitação local ao dobrar e esticar o joelho”.


Mulheres sofrem mais

As causas são múltiplas e podem estar associadas. No caso de atletas e praticantes de atividades físicas, alguns distúrbios mecânicos do joelho, como um aumento da pressão entre a patela e o fêmur durante o movimento de flexão e extensão, podem ocasionar o desgaste da cartilagem.

Fatores anatômicos, neuromusculares e hormonais também podem facilitar o aparecimento da doença. As mulheres, por exemplo, têm maior incidência a sofrer com a condromalácia por conta do formato do joelho. “O joelho feminino tem uma tendência a ser do tipo Geno Valgo, ou seja, tende a ter um desvio, pois a bacia da mulher é mais larga e arredondada para acomodar o feto durante a gestação, favorecendo uma maior rotação do quadril quando comparada ao homem”, explica o ortopedista. Sobrepeso e obesidade também são fatores que podem aumentar o risco da doença.


Não há cura, mas há tratamento

“É sempre melhor optar pelo tratamento não cirúrgico no início do quadro”, recomenda Cruz. De acordo com o médico, a combinação de analgésicos e anti-inflamatórios com compressas de gelo local e fisioterapia podem ajudar a amenizar a dor. Após o alívio, a recomendação é fortalecimento muscular nos membros inferiores, alongamento das estruturas posteriores do joelho, treinamento neuromuscular e correção biomecânica do joelho. “Em alguns casos, pode ser indicado a injeção de medicações anti-inflamatórias dentro do joelho, assim como aplicação de ácido hialurônico, com o objetivo de hidratar e lubrificar a articulação. Mas vale sempre lembrar que o objetivo do tratamento não é a cura da lesão, já que a cartilagem tem um potencial de reparo muito baixo, e sim o controle do quadro de desgaste e do processo inflamatório, aliviando a dor e o desgaste”. Para o especialista, só em casos mais graves a artroscopia do joelho é recomendada.


Prevenir é possível

A principal orientação aos atletas e praticantes de atividade física é a prevenção da lesão ou da piora acelerada do quadro de desgaste da cartilagem. “Antes de iniciar qualquer tipo de treinamento mais vigoroso, como treinos longos, é fundamental fazer fortalecimento muscular desde o tronco e incluindo quadril, joelhos e tornozelos”, aconselha Cruz. “Ao menor sinal de dor na região anterior do joelho durante corridas ou exercícios, diminua o treino e busque avaliação de um especialista”.

O médico informa que pode ser necessário a realização de exames de imagem (raio-X e ressonância) para identificar a lesão. Alguns testes como isocinético, baropodometria e avaliação biomecânica em 3D da corrida também podem ajudar a identificar possíveis alterações nos joelhos.

O controle de carga nos treinamentos é fundamental, com aumento gradual dos treinos tanto no volume quanto na intensidade, evitando exercícios de alto impacto no joelho. No dia a dia, as recomendações para quem já sente algum incômodo são evitar subir e descer escadas e não manter o joelho flexionado em 90° por muito tempo. “Atenção ao peso corporal nos casos de sobrepeso associado ao desgaste articular também é fundamental para não agravar o quadro”, completa. 







Flávio Cruz - ortopedista, especialista em Traumatologia, lesões esportivas e mestre em cirurgia do joelho. Há mais de 15 anos atuando em Medicina do Esporte, tem passagens pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nas Seleções Feminina e Masculina, Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA) e Clube de Regatas do Flamengo (CRF), entre outras instituições esportivas, Cruz é cirurgião no Aspetar Hospital, localizado no Qatar e referência mundial no tratamento de atletas. É membro da SBRATE, SBCJ, SBOT, SBMEE e certificado pela FIFA em Medicina do Futebol. Já atuou em mais de 30 países como médico de delegações esportivas em competições internacionais.

DIA DOS PAIS| Macho do século XXI: as seis lições que os pais devem ensinar aos meninos sobre igualdade de gênero



Sou pai de uma menina, filha única. E, à medida que ela cresce e vai ficando mais independente, aumenta minha preocupação ao ver o nível crescente de violência contra as mulheres – uma epidemia que parece ter tomado conta de todo o planeta, mesmo nos países ditos mais desenvolvidos.

Como uma pessoa atenta a tudo o que acontece à minha volta, acredito que ainda estamos reproduzindo os mesmos padrões com os quais fomos educados: uma cultura machista, que apresenta os homens como seres superiores às mulheres. Podemos entrar em qualquer lugar sem pedir licença; podemos ter o que quisermos. Reproduzir este modelo somente nos leva a perpetuar a desigualdade de gênero. E a violência contra a mulher é a maior e mais cruel expressão desse fenômeno.

Uma boa parcela das organizações e da sociedade está engajada no tema da equidade de gênero. Muitos governos em todo o planeta têm adotado políticas públicas que atenuam a desigualdade – e as empresas que abraçaram a diversidade e a inclusão têm feito a sua parte. Mas como indivíduos, o que podemos fazer?

Se queremos mudar esse jogo, precisamos disseminar a ideia da igualdade de direitos e oportunidades em todos os lugares, começando pela nossa casa e a educação dos nossos filhos. Para que um homem venha a respeitar uma mulher no futuro, faz-se necessário que ele exerça esse respeito desde criança. E nós, como pais e educadores, temos que assumir a responsabilidade de fazer este trabalho.


 #1 | Homem também chora

Esse é o tipo de atitude que leva os meninos a crer que somos mais fortes e corajosos do que as mulheres. Todos nós, homens e mulheres, temos sentimentos. Escondê-los não é a melhor saída para enfrentar a dor. Assim como os adultos, meninos ficam tristes, magoados, se machucam. Precisamos ensinar aos meninos que eles podem pedir ajuda quando sentirem-se acuados. E que compartilhar os sentimentos também é um ato de coragem.


#2 | Não existe brinquedo apenas de menino

Da mesma forma que as meninas hoje gostam de bola, carrinhos, videogames e jogos de montar, por que o seu filho não poderia se interessar por uma boneca, um jogo de panelas ou um bichinho de pelúcia? Homens não cozinham, não cuidam dos filhos? Além disso, brincar com qualquer tipo de brinquedo também ajuda na socialização, afinal ele pode divertir-se com 100% das crianças e não apenas com os outros meninos.


#3 | Azul e rosa são cores de todo mundo

O mesmo raciocínio anterior vale para as cores. Quem inventou esse negócio que azul é de menino e rosa de menina? Tem alguma lei dizendo isso? Cores são apenas cores. Eu uso roupa da cor que eu mais gosto. Por que isso não valeria também para o meu filho? Minha filha, por exemplo, não usa rosa, nem vestido. Ela escolhe o que gosta de vestir. E nós respeitamos isso.


#4 |Homem não precisa brigar, lutar ou falar mais alto

Um menino deve saber respeitar sua integridade física e a de quem está a sua volta. Estimular brigas, jogos de lutas, apenas torna “normal” um homem praticar um ato de violência. Quando morei nos Estados Unidos eu ouvi muito a frase boys will be boys(em uma tradução aberta, “meninos serão sempre meninos”). Acreditar nisso é reproduzir a ideia de que a violência é algo natural nos homens e que não pode ser controlada. É natural sentir raiva, mas existem outras maneiras de extravasá-la. Nada justifica a violência.


#5 |Nunca toque outra criança sem consentimento

É muito importante ensinar regras de convivência para os meninos. Eles devem entender que é preciso sempre pedir permissão para tocar outra criança. Posso pegar na sua mão? Posso te dar um abraço? E outro ponto a ser enfatizado: eles devem aprender a ouvir não. Vale para esta situação de tocar alguém, mas vale para toda a vida, em todas as situações. Nem sempre fazemos tudo o que queremos. As frustrações fazem parte da vida. Saber aceitar um não também faz parte do jogo.


#6 | Respeite as meninas do jeito que elas são

Algumas meninas podem ser mais frágeis, mas os meninos devem aprender que elas não precisam de proteção, mas de respeito. A aparência das meninas também não é algo que precisa ser julgado. Assim como os meninos, algumas são altas, outras baixas. Elas podem ser elegantes ou desajeitadas, gordas ou magras. Também vale a pena ensiná-los que meninas não são apenas objetos para contemplação masculina, que julgamos apenas pela beleza estética. Elas podem ser espertas, inteligentes, corajosas, companheiras, divertidas, como qualquer menino. E que a aparência delas realmente não é o que importa. 

Estas são algumas reflexões sobre conceitos que podemos transmitir aos nossos meninos, visando uma educação mais igualitária e livre de preconceitos. Isso pode ser feito de uma maneira natural, sem imposições, com muita conversa – o que, aliás, é a base de qualquer relação. A maneira como nos portamos, como adultos, já é um grande exemplo para nossos filhos. Pense bem nisso.


SOBRE O LIVRO “MULHERES MODERNAS, DILEMAS MODERNOS | A ascensão feminina no mercado de trabalho tem gerado não apenas uma grande mudança na economia, como também no comportamento da sociedade como um todo. O trabalho tornou-se o melhor amigo dessa mulher, só que ela quer lidar melhor com os vários impactos dessa escolha em sua vida. Em função disso, dois jornalistas que sentem na pele essa nova realidade resolveram compartilhar suas experiências pessoais e também seus estudos profissionais aprofundados nos últimos anos. Os autores de Mulheres Modernas, Dilemas Modernos– e como os homens podem participar (de verdade), são exemplos da inversão dos estereótipos ainda vigentes na cultura brasileira. Joyce Moysés é uma profissional de sucesso, que estuda o desenvolvimento feminino pessoal e profissional desde 1987. Claudio Henrique dos Santos largou a carreira para assumir o posto de dono de casa e apoiar esposa e filha.  Joyce e Claudio apresentam reflexões, quebram paradigmas e discutem caminhos para dilemas modernos, visando inspirar as mulheres de hoje, casadas ou solteiras, e também os homens que fazem parte da vida delas. O resultado desse trabalho é um diálogo maduro, aberto e emocionante, que lança um olhar contemporâneo sobre a questão da igualdade de gêneros. www.primaveraeditorial.com








CLAUDIO HENRIQUE DOS SANTOS - Jornalista, escritor e palestrante, Claudio Henrique dos Santos foi executivo da Renault por cerca de dez anos; desenvolveu grande parte da carreira nas áreas de Comunicação Corporativa e Relações Institucionais. Em 2011, encarou o desafio de mudar com a família para Singapura para apoiar a esposa que recebeu um convite profissional.Assumiu as tarefas da casa e os cuidados com a filha. Em 2012, a família passou a viver nos Estados Unidos; hoje, residem na França. A experiência de daddy in home(papai em casa)virou livro, palestra e inspirou um filme, com lançamento previsto para 2020. Desde 2015, Claudio Henrique passa algumas semanas por ano no Brasil, ministrando palestras sobre equidade de gênero e o novo papel do homem na sociedade, após viver uma experiência transformadora, que ele conta em seu primeiro livro: Macho do Século XXI - O executivo que virou dona de casa. E acabou gostando. Em 2016 lançou o segundo livro: Mulheres modernas, dilemas modernos, em parceria com a jornalista Joyce Moysés e publicado pela Primavera Editorial.

Travesseiros e colchões têm prazo de validade?


Além de ter vida útil, acessórios precisam de cuidados adequados para manter a qualidade


Boas noites de sono são essenciais para a manutenção da saúde do corpo e da mente, ter boa disposição no dia seguinte, manter-se saudável e até aumentar a longevidade. Mas, para dormir bem, alguns cuidados são indispensáveis e, muitas vezes, podem passar despercebidos.

Você sabia, por exemplo, que travesseiros e colchões possuem prazo de validade? E que acumulam ácaros? Com o tempo, esses produtos acumulam grande quantidade de umidade, gordura, pele descamada, suor e todas as outras secreções naturais que eliminamos durante o sono (saliva, cerume, lágrimas e coriza), além das artificiais como cosméticos, perfumes, tinturas e maquiagem. Todo esse material encontra-se em ambiente ideal para proliferação biológica (escuro, úmido e quente).

Segundo a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, os ácaros, juntamente com os fungos e bactérias, são os principais agentes causadores de alergia numa casa. “Os ácaros podem causar conjuntivite, eczema, sensação de peito fechado à noite, espirros, coceira nas mãos ou face e até mesmo asma, principalmente em pessoas alérgicas”, explica. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, aproximadamente, 30% da população mundial sofre de algum tipo de alergia. E de acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 10% a 25% de brasileiros sofrem com rinite alérgica.

Para ajudar na prevenção desses problemas, a especialista alerta para os cuidados com a sua manutenção durante o tempo de uso e também sua troca periódica. “Manter a casa limpa e arejada é indispensável para evitar o acúmulo de poeira, ácaros e fungos. Mas os cuidados com a conservação do travesseiro e do colchão e a troca na hora certa são essenciais no combate a esses parasitas, já que mesmo aparentando bom estado, eles podem estar cheios de ácaros”, esclarece.
Mas, quando devemos trocar o travesseiro e o colchão?

 
Travesseiros

Um travesseiro sem proteção antiácaros com 6 meses de uso acumula cerca de 300 mil ácaros e, após 2 anos, até 25% do seu peso pode ser formado por ácaros vivos, mortos e seus detritos. “Mesmo um travesseiro com essa proteção, depois de certo tempo de uso, apresentará grande quantidade de detritos sobre suas células internas, o que acabará reduzindo a sua eficácia antimicrobiana. Por esse motivo recomendamos a troca o travesseiro a cada dois anos”, explica Renata.

Para não deixar a hora da troca passar, a Duoflex disponibiliza o serviço “Quando Trocar”. Ao comprar um produto, o usuário faz um cadastro no site www.duoflex.com.br com informações pessoais e do item, e a data do início da utilização. Após dois anos, o site envia um aviso informando que está na hora de realizar a troca.

Durante o uso também é importante tomar alguns cuidados que ajudam a conservar a qualidade e a durabilidade do travesseiro. Deixar o travesseiro sob luz indireta, sempre protegido por uma fronha, e nunca expor o produto ao sol, pois a elevação da temperatura aumenta os microrganismos e acelera o processo de oxidação da superfície. Além disso, caso o modelo seja lavável, é importante garantir a secagem total, para que o interior não fique úmido e também resulte na produção acentuada de ácaros.


Colchões

No caso do colchão, a média para troca é de cinco anos. “Rasgos, manchas e deformidades visíveis são indícios que a vida útil do colchão já está no fim. Outros sinais como ruídos, cheiro desagradável, afundamento da região central, e até mesmo dores nas costas e a perda na qualidade do sono, são também indícios de que chegou a hora de trocar o colchão”, alerta Renata.

A manutenção dos colchões durante o uso é semelhante aos travesseiros. Como, por exemplo, a não exposição ao sol, por conta da proliferação dos ácaros e da oxidação. Caso tenha absorvido umidade é recomendável deixá-lo em local arejado, por aproximadamente 30 minutos. A espuma não deve ser lavada, portanto, opte por modelos com revestimentos removíveis, que permitem uma higienização correta. Além disso, é importante trocar os lençóis, pelo menos, uma vez por semana, e deixar o colchão arejar entre as trocas. Por último, descartar tudo o que   possa abafar o colchão, seja plástico, papelão ou papel, por exemplo, e utilizar estrado em madeira e vazado para facilitar a respiração.





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