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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

ETCO: 57% dos cigarros vendidos no Brasil são ilegais


PRNewswire/ -- Pesquisa realizada pelo Ibope aponta crescimento no mercado ilegal de cigarros pelo sexto ano consecutivo: 57% de todos os cigarros consumidos no país em 2019 foram ilegais, sendo que 49% foram contrabandeados (principalmente do Paraguai) e 8% foram produzidos por fabricantes nacionais que operam de forma irregular. Com isso, 63,3 bilhões de cigarros ilegais inundaram as cidades brasileiras. O número deste ano representa um crescimento de 3 pontos percentuais em relação à pesquisa de 2018.


Com isso, pela segunda vez desde o início da pesquisa, a arrecadação de impostos do setor será inferior à sonegação causada pela ilegalidade: R$ 12,2 bilhões contra R$ 12,6 bilhões. Esse valor, se revertido em benefícios para a população, poderia ser usado para a construção de 132 mil casas populares, 25 mil Unidades Básicas de Saúde ou 6,3 mil creches.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), Edson Vismona, o dado do Ibope é extremamente grave, e mostra que as políticas de combate ao tabagismo estão sob ataque direto do crime organizado. "Dos quase 111 bilhões de cigarros vendidos anualmente no Brasil, apenas 47 bilhões se submetem às normas fitossanitárias e a toda a regulamentação seguida pela indústria legal. Ou seja, a imensa maioria dos fumantes brasileiros não está mais sendo influenciada pelos esforços oficiais de redução do tabagismo", afirma.

Vismona ressalta também que a escalada da ilegalidade no setor tem alimentado os cofres de organizações criminosas em todo o país, financiando o aumento da violência nas cidades de todo o país. "Em anos recentes, as autoridades têm realizado um esforço importante tanto para tentar coibir a entrada desses cigarros no país, quando de reprimir sua comercialização. Esse trabalho tem de continuar, mas ele não é suficiente, pois esbarra em questões como a extensão das fronteiras que o Brasil tem com 10 países e as limitações nas estruturas de repressão e fiscalização".

Das 10 marcas de cigarro mais vendidas no país, quatro são contrabandeadas. Na liderança do ranking está a paraguaia Eight, que domina 16% de todas as vendas de cigarros. A soma do percentual de participação de mercado das 4 marcas paraguaias mais vendidas no Brasil é o mesmo das seis marcas brasileiras legais mais vendidas (34%).

Para ele, a revisão no sistema tributário do setor é fundamental para reduzir a principal vantagem dos contrabandistas nessa guerra: a enorme diferença de preços entre os cigarros legais e aqueles contrabandeados do Paraguai. No Brasil, os impostos sobre os cigarros variam de 70% a 90%, dependendo do estado. Já no país vizinho, o produto é taxado em apenas 18%. Com isso, enquanto a média de preço dos cigarros fabricados legalmente por aqui é de R$ 7,51, o cigarro ilegal é comercializado por apenas R$ 3,44, valor 55% inferior ao do produto legal.

"Outro problema do atual sistema tributário é que ele penaliza os consumidores das classes C, D e E pois hoje o imposto que incide sobre produtos premium é exatamente o mesmo dos produtos populares" afirma o presidente do ETCO.
A pesquisa do Ibope é realizada desde 2014, quando o mercado ilegal no país somava 40% de todos os cigarros comercializados. Tem abrangência nacional e, em 2019, foi a campo entre janeiro e abril. Foram realizadas entrevistas presenciais com 8.428 fumantes com idades de 18 a 64 anos, residentes em municípios com 20 mil habitantes ou mais. O segmento pesquisado representa 76% da população brasileira de 18 a 64 anos.

"A amostra utilizada pela pesquisa é bastante robusta, garantindo representatividade nacional em municípios de diferentes tamanhos de população e diferentes perfis sociodemográficos, permitindo análises segmentadas dos resultados", explica Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência. "São realizadas entrevistas presenciais com fumantes e recolhimento das embalagens. Apenas para efeito de comparação, a amostra utilizada para estimar o mercado ilícito de cigarros é 2,8 vezes maior do que as amostras das pesquisas eleitoras que realizamos", completa.

Telefone: +55 11 3165-9575









FONTE ETCO


quinta-feira, 1 de agosto de 2019

PERNAMBUCO: Amamentação é responsável pela redução de 13% da mortalidade infantil


Além da amamentação ser a forma de proteção mais econômica, de acordo com o Ministério da Saúde, é responsável também pela redução de 13% da mortalidade infantil.


A primeira semana de agosto é marcada mundialmente por campanhas e ações voltadas para a importância do aleitamento materno. Os nutrientes do leite, oferecido pela mãe, são essenciais para a saúde e desenvolvimento das crianças até dois anos ou mais de idade. Além da amamentação ser a forma de proteção mais econômica, de acordo com o Ministério da Saúde, é responsável também pela redução de 13% da mortalidade infantil por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos. Vilneide Braga, médica pediatra e Coordenadora do Banco de Leite Humano do Instituto de Medicina, em Pernambuco, reforça sobre a influência do aleitamento materno exclusivo até os seis primeiros meses de vida e continuado até os dois anos ou mais para evitar futuras doenças e infecções em crianças. 

“Existe uma diminuição nos riscos de DSD (Digital Smile Design), portadores de alterações da boca, por exemplo, mordida aberta, mordida cruzada, respiração oral. Existe também a diminuição das chances desse bebê ser internado nos primeiros meses de vida por bronquiolite. Quanto mais eles mamam, melhor essa proteção. Além disso, esses bebês estão mais protegidos de terem sobrepeso e obesidade infantil.”


Segundo a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente seis milhões de crianças são salvas a cada ano com taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Para as mulheres, a amamentação reduz as chances de desenvolver câncer de mama, ovário e útero, diabetes e pressão alta.  Suzana Lins, moradora do Recife, é enfermeira e amamenta o pequeno Théo Abraão há um ano e dois meses, e acredita que o apoio, cuidado e incentivo da família foram importantes para este momento único de aprendizado. 

“O apoio da minha família, do meu marido, dos meus pais, dos meus irmãos e de quem cuida do meu bebê foi super importante. Eu acho que sem eles, eu não teria conseguido o sucesso que eu tenho.”  

Um estudo publicado em 2016 pela revista The Lancet mostrou que 823 mil mortes de crianças e de 20 mil mães poderiam ser evitadas a cada ano com a ampliação da amamentação em 75 países de baixa e média renda. O Banco de Leite Humano de Pernambuco já começou com as atividades para a Semana Mundial da Amamentação. O intuito é que os conhecimentos e informações tornem as famílias mais empoderadas em relação à amamentação. Vilneide Braga dá mais detalhes sobre as atividades que serão oferecidas no estado.

“Durante todo o mês de agosto, no Estado de Pernambuco, vão haver atividades nos postos de saúde, brincadeiras, músicas com palhaço terapias relacionado ao tema deste ano que inclui os pais, avós, família e a rede de apoio dessa mulher que vai amamentar.”

A amamentação é uma das formas mais econômicas e eficazes de contribuir para a redução da taxa de mortalidade infantil. Por isso, incentive as mulheres que você conhece a amamentarem seus filhos. Para mais informações, acesse saude.gov.br






Dia Nacional da Saúde terá atividades gratuitas no Itapecerica Shopping


Vários exames serão realizados e haverá aplicação de vacinas no shopping.


O Itapecerica Shopping em parceria com a Autarquia de Saúde da Prefeitura de Itapecerica da Serra e apoio do Kirinu’s Grill, promove no próximo dia 5 de agosto uma ação social para celebrar o Dia Nacional da Saúde. O evento faz parte do planejamento do shopping de oferecer serviços sociais para toda a comunidade de Itapecerica da Serra e região.

Nesse dia 5 de agosto o objetivo é chamar a atenção dos visitantes em relação à importância de cuidar da saúde e incentivar a prevenção de doenças com a aplicação de vacinas. Além disso, serão oferecidas orientações e exames gratuitos para a população.

Quem visitar o shopping nesse dia terá a oportunidade de aferir a Pressão Arterial, fazer exame de sangue (dextro), que é realizado com um aparelho digital para medir a quantidade de glicose presente no sangue e receber vacinação contra a gripe. Além disso, receberá orientações sobre a prevenção da dengue. Também haverá distribuição de preservativos para a população.

Toda a ação será realizada no período das 10h30 às 16h30, no Ambulatório do Itapecerica Shopping, que fica no 1º Piso. Todos os atendimentos e orientações serão realizados pelos profissionais da Autarquia de Saúde.


Dia Nacional da Saúde

Para oferecer uma reflexão sobre a qualidade de vida dos brasileiros em todos os aspectos, o Ministério da Saúde decretou em 1967 que o dia 5 de agosto deveria celebrar o Dia Nacional da Saúde, para promover a conscientização sobre a importância dos cuidados de cada pessoa com o próprio corpo e ressaltar a importância de buscar nas atividades corriqueiras um equilíbrio físico e mental.

Para que isso seja possível, alguns fatores devem ser seguidos, como boa alimentação, um bom descanso, atividades físicas e cuidados com a higiene pessoal.  O dia 5 de agosto também serve para homenagear e recordar a vida e o trabalho do médico sanitarista Oswaldo Cruz, um dos principais responsáveis pelas erradicações de perigosas epidemias que acometiam o Brasil no final do século XIX e começo do século XX, como febre amarela e varíola.





Serviço

Dia Nacional da Saúde no Itapecerica Shopping
Data: 5 de agosto.
Horário: das 10h30 às 16h30.
Local: Ambulatório do Shopping, no 1º Piso.
Evento Gratuito.
Avenida XV de Novembro, 89, Centro, fone (11) 4668-8000.
Horário de funcionamento do shopping: lojas – de segunda-feira a sábado das 10h às 22h e, domingos e feriados das 14h às 20h. Alimentação e lazer, de segunda-feira a domingo das 11h às 22h.

Pesquisa sem comprovação, fake news e negligência causam ressurgimento de doenças graves



Uma pesquisa não comprovada, fake news espalhadas pelas redes sociais, desinformação e negligência com a prevenção de doenças estão causando riscos para a saúde pública que podem ter consequências desastrosas em todo o mundo. A incidência de casos recentes de sarampo está deixando em alerta a população, mas outras doenças tão ou mais perigosas podem voltar. O Professor de Microbiologia e Imunologia Dr. Thiago Miranda da Silva, biólogo da Faculdade de Ciências Biológicas da PUC-Campinas, explica como esse fenômeno está ocorrendo e o que deve ser feito para evitar uma crise de saúde pública.

“São duas as principais causas do reaparecimento de doenças evitáveis como caxumba, rubéola e agora do sarampo, cujos registros de aumentos de casos no Brasil estão preocupando autoridades sanitárias ao redor do mundo. A primeira é a negligência de pessoas que deixam de se vacinar ou de levar seus filhos aos postos de saúde. A segunda é o movimento “Anti-Vaxx, que ganhou força após a divulgação de uma pesquisa nunca comprovada entre a vacinação e o surgimento de doenças e reforçada por diferentes fake news compartilhadas pela internet”, diz o professor.

O temor é que a negligência e o movimento anti-vacina gerem até a volta de doenças erradicadas do país há muito tempo, como a poliomielite, o que traria consequências desastrosas.


Pesquisa falsa

“Esse movimento começou em 1998 quando o ex-médico e ex-pesquisador britânico Andrew Wakefield publicou na revista The Lancet uma pesquisa feita com apenas 12 crianças. Ele concluiu que quatro delas eram autistas e a causa eram vacinas”, diz o professor Thiago. Ele conta que outros pesquisadores quiseram ter acesso a detalhes dessa pesquisa, mas Wakefield nunca liberou os dados e isso gerou desconfianças. Além de ser um universo de pesquisa muito pequeno, ele nunca apresentou dados sobre o estudo e acabou perdendo sua permissão para trabalhar como médico e pesquisador, sendo banido do meio científico.

Apesar disso, a fraude científica acabou ganhando adeptos e foi disseminada pela internet. Outras informações falsas acabaram dando mais força ao boicote às vacinas. O professor responde cada uma das alegações apresentadas pelo movimento.


A vacina causa autismo – A pesquisa apresentada por Andre Wakefield foi comprovada como sendo fraude e ele nunca apresentou os dados que a comprovassem. Por isso, acabou afastado da medicina e do meio científico. Nenhum estudo posterior mais robusto encontrou correlação entre a vacinação e o autismo.


Vacinas podem causar doenças autoimunes – Os críticos às vacinas dizem que elas estimulam demais o sistema imunológico e podem causar doenças autoimunes. Não é verdade. O corpo humano é constantemente estimulado imunologicamente por outros fatores, como os contatos com diferentes vírus por vias diversas, constantemente, muito mais do que pelas vacinas.


Vacinas têm metais pesados – A quantidade existente é muito pequena e não causa qualquer problema. As pessoas tem muito mais contato com metais pesados pelos alimentos e pela água consumidos diariamente.


Vacinas são constantemente retiradas do mercado por riscos à saúde – São raros os casos em que os órgãos de saúde registraram riscos, geralmente por problemas pontuais durante a fabricação de lotes determinados. Caso isso ocorra, os lotes são imediatamente retirados do sistema de saúde e são rigorosamente analisados. Deve ficar claro também que as vacinas, entes de ser disponibilizadas, passam também por minuciosos testes que garantam a segurança à população,


Vários países estão diminuindo a vacinação – Muito pelo contrário, a maioria dos países está reforçando a vacinação para controlar doenças. O Brasil é referência mundial em vacinação e outros países adotaram ou aprimoraram suas campanhas nacionais de vacinação, inclusive baseando-se no calendário brasileiro.


Negligência

Mesmo as pessoas que não se deixam se enganar pelas fake news acabam deixando de se vacinar ou vacinar seus filhos, na maioria desses casos por negligência ou descaso.

“Muitos acham que as doenças foram extintas e não precisam mais se preocupar. No Brasil várias delas foram controladas por conta do exemplar programa de vacinação brasileiro. Mas é bom saber que pessoas de outros países que não fazem vacinação em massa acabam vindo para cá e podem estar doentes”, diz o professor.

Ele diz que, para evitar problemas, o ideal é que o índice de vacinação passe de 95%. “Isso cria uma barreira que praticamente impede a volta da doença, protegendo pessoas que não podem ser vacinadas ou que não adquirem imunidade após vacinação”, diz.

O problema é que a adesão às campanhas de vacinação está diminuindo e, em algumas cidades ou regiões, esse percentual despencou. “No Estado de São Paulo, a cobertura vacinal da população contra o sarampo, na faixa entre 20 e 29 anos, está em torno 50%”, afirma.

O resultado disso é o reaparecimento das doenças. O contato com imigrantes que estão entrando no Brasil vindos de países com baixa cobertura vacinal, como venezuelanos, mas também europeus, asiáticos e norte-americanos, não seria problema se a população local estivesse com índice de vacinação acima dos 95%. O problema maior é que os brasileiros estão evitando ou se esquecendo de tomar as vacinas e, quando um estrangeiro doente adentra no país, ele pode espalhar o agente infeccioso na população que está suscetível.


O que deve ser feito

O professor Thiago diz que duas atitudes por parte da população são importantes para preservar a saúde e evitar a volta das doenças. Uma delas é evitar espalhar notícias não comprovadas sobre a questão das vacinas pelas redes sociais.

A segunda atitude é procurar a carteira de vacinação e verificar se ela está em dia. No caso do sarampo, quem tem até 29 anos deve tomar duas doses da vacina tríplice viral e, acima de 30 anos (até 59 anos), apenas uma dose desta vacina. Em caso de dúvidas ou se não tiver carteira de vacinação, basta procurar a unidade de saúde mais próxima para receber as orientações sobre as vacinas necessárias.

Negligência da população pode ser uma das principais causas do surto de sarampo



            Boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo nesta terça-feira, dia 30 de julho, aponta que o número de casos de sarampo confirmados no Estado subiu para 633, um aumento de 30% em relação aos últimos dados divulgados, 11 dias antes. Só a capital é responsável por 76% dos casos oficiais. Até o dia 16 de agosto, para ajudar a controlar a doença, o Estado se esforçará para vacinar 4,4 milhões de jovens de 15 a 29 anos. “A vacinação é a única forma de se blindar contra a doença. Se ela não está em falta, não deveria ter motivo para o que está ocorrendo”, diz o Biólogo Horácio Teles, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).

            Para o especialista, uma das razões para o aumento dos casos de sarampo é a falta de preocupação da população em se prevenir contra a doença, por acreditarem que ela está sob controle. “Tende ao esquecimento, à negligência. Por isso a necessidade de programas educativos permanentes de vacinação”, defende o Biólogo, que considera importante a realização de campanhas de conscientização sempre que os níveis de cobertura vacinal ficarem abaixo do desejável. “Mas, para o acompanhamento da cobertura, é fundamental o bom funcionamento do sistema de vigilância epidemiológica em todo o país”, acrescenta.

            Teles explica que há duas versões disponíveis da vacina, tanto na rede pública como na privada. “Além da tríplice-viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, a tetra também age contra a catapora”, diz o Biólogo, que lembra que as únicas pessoas que não devem se imunizar são aquelas com suspeita de sarampo, gestantes, bebês menores de 6 meses e imunodeprimidos. “A vacinação é a única forma de se proteger e as pessoas devem se conscientizar de que não é uma doença inofensiva. Em casos mais severos, ela pode comprometer o Sistema Nervoso Central e até mesmo levar à morte”, alerta o Biólogo.

            Os primeiros sintomas são febre alta (acima de 38,5°C) acompanhada de tosse, irritação nos olhos, congestão nasal e mal-estar intenso. Depois, aparecem manchas vermelhas no rosto que, em até três dias, chegam aos pés. E as complicações mais comuns são infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e também neurológicas. Em relação ao tratamento, não há um específico. Para as crianças acometidas pela doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a administração de vitamina A, com a dosagem variando de acordo com o tempo de vida da criança.

Como proteger o idoso do sarampo?



A campanha de vacinação contra o sarampo foi prorrogada pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo até 16 de agosto. No Residencial Santa Cruz, moradia para pessoas com mais de 60 anos, foi realizada campanha de conscientização para que todos os funcionários e prestadores de serviços, mesmo aqueles que não atuam na área da saúde, tomassem a vacina contra a doença e a adesão foi integral.

De acordo com Diego dos Santos, enfermeiro gerontólogo responsável pela área de saúde e bem-estar do Residencial Santa Cruz, a vacinação é extremamente importante para empreendimentos cujos serviços são direcionados à população da terceira idade. “Pessoas com mais de 59 anos não podem tomar a vacina contra o sarampo e a única forma de coibir o contágio é a vacinação de pessoas próximas aos idosos”, observa o enfermeiro gerontólogo.

Foram 84 profissionais imunizados, sendo 70 acima de 30 anos e 23 com menos de 30 anos, um dos públicos considerados prioritários para a campanha da Secretária Municipal de Saúde.

Na instituição a vacinação sempre é adotada como estratégia primordial de qualquer programa de prevenção de saúde. Nesse caso específico do sarampo, ao tomarem as doses, colaboradores e residentes ficam protegidos contra diversos agentes infecciosos e ainda são reduzidos os riscos de complicações após a doença inicial.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa e a transmissão do vírus pode ocorrer de duas maneiras: direta, de pessoa a pessoa, entrando em contato com secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar; e indireta, por meio do ar.



Mitos e verdades da amamentação: Especialista esclarece principais pontos sobre o melhor alimento para o bebê


 Bigstock


Quando falamos de amamentação, muitos mitos ainda são difundidos sobre o assunto. Alguns são repetidos há tantos anos que já foram absorvidos pela sociedade, o que, na verdade, acaba prejudicando um ato tão natural quanto saudável para mãe e filho. Embora proteja a criança contra diarreias, infecções respiratórias e alergias, reduza em 13% a mortalidade em menores de cinco anos e reduza o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta, apenas 40% dos bebês têm amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os benefícios da amamentação são tantos, que em 2017 foi sancionada a Lei nº 13.435, instituindo o mês de agosto como o Mês do Aleitamento Materno, ou Agosto Dourado, para estimular a prática, que pode salvar mais de 800 mil vidas anualmente. Portanto, é preciso esclarecer os principais mitos e ressaltar as verdades que envolvem o assunto, afinal, a informação é o caminho para que a amamentação seja feita da melhor maneira possível.


1 – Algumas mães têm o leite fraco e não alimentam o bebê

Este é um dos mitos mais difundidos sobre a amamentação. Nenhuma mãe tem o leite fraco. A partir de estimulação constante do bebê, aos poucos o leite vai aumentando e é capaz de nutrir plenamente a criança. O que a mãe precisa é cuidar da própria alimentação, para que seja a mais saudável possível e ingerir bastante água, para que o leite ganhe volume e qualidade de nutrientes. O leite materno é o melhor alimento para o bebê.


2 – As gerações passadas não tiveram leite, então a mãe do recém-nascido também não terá

Cria-se uma expectativa a respeito do que a mãe ou a avó viveu quando tiveram seus bebês, talvez por serem as mulheres mais próximas da mãe do recém-nascido, porém, o fator genético não interfere neste caso. Uma vez que a mãe tome as medidas básicas para a amamentação, ela acontecerá de forma natural. Manter-se tranquila e paciente para as várias tentativas até que se pegue prática, hidratar-se e alimentar-se corretamente garantirão o sucesso da amamentação.


3 – Seios pequenos produzem pouco leite

O tamanho dos seios não influencia na amamentação, pois não é o tecido adiposo - que dá volume aos seios - que irá atuar na produção do leite, e sim, as glândulas mamárias. Portanto, seios grandes ou pequenos podem produzir a mesma quantidade de leite.


4 – Canjica, cerveja preta e outros alimentos aumentam a produção de leite

 Este é mais um mito que ronda o assunto, pois como foi dito, somente uma alimentação saudável e equilibrada aliada à ingestão de água podem garantir a produção do leite materno.


5 – O bebê já está grande, não precisa mais mamar

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a amamentação seja a alimentação exclusiva do bebê até os seis meses de vida. A partir desta idade é recomendada a introdução alimentar, aliada à amamentação até os dois anos. Esta é a data mínima estabelecida pela OMS, mas fica a critério da mãe e da aceitação da criança para que este prazo se estenda. Não existe bebê grande para a amamentação, até porque, quanto mais a criança mamar, mais forte será seu sistema imunológico. Além disso, o bebê recebe nutrientes, como o ômega 3, que atuam para o desenvolvimento cerebral, e principalmente, permite o vínculo com a mãe, fundamental para a formação cognitiva.


6 – Não se deve amamentar em público, melhor optar pela mamadeira

Mais um mito completamente sem sentido, pois não há nada mais natural que amamentar, seja em casa ou em público. Inclusive, foi sancionada uma lei que multa os estabelecimentos que impedirem ou constrangerem as mães no ato da amamentação. O leite materno é o alimento do bebê e ele tem todo o direito de se alimentar quando e quantas vezes for necessário.


7 – Na falta da mãe, outra mulher pode amamentar a criança 

Mesmo que o bebê tenha o hábito de mamar no seio, não é recomendado que se faça isso, pois há risco de transmissão de doenças, como o HIV. Neste caso, a mãe pode deixar uma quantidade de seu leite para que a outra pessoa administre, seja por mamadeira ou pequenos copos.

Antes de optar por não amamentar ou, por insegurança, complementar a amamentação com fórmulas logo de início, é preciso ter conhecimento sobre todas essas questões que envolvem o assunto e o quanto a amamentação é benéfica para o bebê e para a própria mulher. Ao amamentar, a mãe protege-se também contra diversas doenças, entre elas alguns tipos de câncer, como de mama e ovário e doenças cardiovasculares.





Dr. Carlos Eduardo Chaves - médico pediatra do Trasmontano Saúde.

Vamos comemorar o Dia da saúde falando sobre prevenção de doenças vasculares?


No dia 05 de agosto é comemorado o Dia da Saúde. Que tal abordarmos temas importantes para nossa segurança? afinal na média populacional, a maioria das pessoas não se cuidam preventivamente


Por conta desta triste realidade é essencial falarmos sobre a importância dos exames e tratamentos prévios, pois, na maioria das vezes, muitas doenças podem ser evitadas se forem tratadas com antecedência.

A trombose, por exemplo, é a formação de um trombo ou coágulo no interior de um vaso sanguíneo em partes inferiores do corpo, como nas pernas. A formação desta enfermidade bloqueia o fluxo de sangue, causando inchado, queimação e dores na parte afetada.

Por isso, o Dr. Robert Guimarães, especialista em cirurgia vascular, endovascular e angiorradiologia explica mais sobre aneurisma de aorta em qualquer parte do corpo; varizes e pélvicas; angioplastia; insuficiência venosa crônica; diabetes; doença arterial periférica obstrutiva; trombose; tratamentos a laser e varizes. Todas essas complicações podem ser precavidas com um simples check-up.

“Sabemos que a maior parte da população deixa de fazer exames gerais por acharem que a saúde está perfeita ou por colocarem a culpa na falta de tempo. Porém, ter este cuidado é primordial, pois doenças como essas podem ser curadas se forem tratadas previamente”, ressalta o especialista.

A trombose pode causar uma obstrução total das artérias do cérebro, chamado de acidente vascular cerebral, o conhecido AVC. “O maior problema é quando ocorre o processo de embolia fazendo um coágulo na corrente sanguínea. Uma embolia pode ficar presa nos pulmões, no cérebro, no coração ou em outra área, levando a graves lesões e até a morte”, explica o Dr. Robert.

Essa e outras doenças podem ser evitadas com a realização frequente de um check-up. O especialista identifica a situação e toma medidas iniciais para que o quadro não se agrave. Como, por exemplo, mudança nos hábitos alimentares, atividades físicas e, caso necessário, receitar uma medicação.

Segundo Robert, manter hábitos saudáveis também ajuda a nos previnir. “O jeito como levamos nosso estilo de vida também influencia muito nossa saúde. Manter uma alimentação balanceada, praticar exercícios quando possível e não fumar são dicas fundamentais para precaver essa e outras doenças”

Fica a dica! Manter hábitos saudáveis e o acompanhamento médico podem salvar vidas, pois o cuidado tardio muitas vezes é seguido de sofrimento.

Especialista em amamentação dá 14 dicas


Hoje começa a Semana Mundial do Aleitamento Materno, data que foi criada pela Organização Mundial da Saúde e pala Unicef para traçar objetivos para reduzir a mortalidade infantil devido à falta de amamentação. Embora seja amplamente divulgada a importância da amamentação, muitas mulheres acabam não amamentando devido a uma serie de situações que, sim, podem ser contornadas e resolvidas.

A seguir, a consultora materna Bia Rangel dá algumas dicas sobre como se preparar para esse momento.


Com a chegada do bebê, o corpo da mãe tem uma queda enorme de alguns hormônios e recebe uma inundação de outros. Isso acontece porque, a partir do nascimento do filho, o corpo dela não precisa mais gerar um bebê, mas, sim, cuidar e alimentá-lo. E por mais fisiológico que a amamentação seja, é um processo novo tanto para a mãe quanto para o bebê. Ou seja, aquele bebezinho precisa aprender a mamar e mãe a amamentar; 

Nos primeiros dias, a mãe produzirá o colostro, o "primeiro leite", conhecido como a primeira vacina do bebê devido ao seu grande poder imunológica. A quantidade produzida pelo corpo é pouca, mas é de acordo com a necessidade do bebê, que no primeiro dia possui um estômago que cabe apenas até 7 ml. Nesse primeiro momento, mãe e bebê precisam fazer o encaixe, como uma chave e fechadura, para se encontrarem e se conhecerem; 

Entre o 4° a 7° dias, o colostro dará lugar ao leite propriamente dito, e então a mãe passará pela apojadura, o que chamamos de "descida do leite". Novamente uma adequação. E o bebê precisará aprender a realizar uma sucção nutritiva para drenar esse leite que vem em abundância e muitas vezes causa desconfortos a mãe, fazendo a mama ficar endurecida e, consequentemente, dificultar ainda mais o processo. Mas esse momento é crucial e o ajuste da amamentação é necessário para que tudo se desencadeie bem a longo prazo; 

Dizer que toda mulher irá sempre produzir a quantidade de leite que o seu bebê precisa é errado, pois de fato existem problemas fisiológicos que podem causar baixa produção de leite mesmo que a mãe faça tudo corretamente, como hipoplasia mamária, cirurgias na mama, questões hormonais e até genéticas. Porém, estima-se que somente entre 10 a 15% das mulheres irão apresentar alguns desses problemas – enquanto a quantidade de mulheres que acreditam que não produzem leite suficiente chega a 90%. Para essas mães, falta o apoio e a informação correta. Na maioria dos casos, a baixa produção de leite acontece devido a amamentação ineficiente. O corpo da mulher é sábio, uma fábrica em que todos os "funcionários" precisam trabalhar corretamente para que a produção fique "em dia". O bebê precisar realizar mamadas eficientes para que o corpo entenda que o leite está saindo, que tem "demanda" para a produção e por isso precisa produzir mais. Quanto mais o bebê mama, mais o corpo irá produzir. E quanto menos o bebê mama, menos o corpo irá produzir. Então, nada de deixar as mamas cheias achando que está com "mais leite". Mama cheia informa ao cérebro que precisa diminuir a produção, pois entende que não há demanda para a sua produção; 

Já para aumentar a produção de uma mãe precisamos ajustar as mamadas para que o bebê realize a sucção nutritiva, diminuir os intervalos entre mamadas, oferecer as duas mamas em todas as mamadas e algumas vezes realizar outro tipo de estímulo que pode ser ordenha manual ou com auxílio de uma bomba elétrica - neste último caso, sugiro o acompanhamento de um profissional, pois não aconselho o uso nos primeiros dias de vida do bebê; 

É importante que a mãe se alimente bem, beba bastante água, descanse e receba apoio para conseguir realizar a amamentação. Um dos maiores problemas são os palpites que fazem a mãe desacreditar e desistir do processo quando, na verdade, com a ajuda correta, ela poderia conseguir melhorar a sua produção. Caso a mulher suspeite que está com uma produção baixa, o ideal é procurar um auxílio profissional, como um banco de leite ou consultoras que amamentação que irão analisar cada caso; 

A alta produção de leite geralmente é confundida com a apojadura, que é quando ocorre a descida do leite. Neste momento, o corpo tende a produzir muito leite, pois ainda não sabe qual será a demanda do bebê. A livre demanda é sempre indicada, mas nos primeiros dias de vida do bebê ele pode apresentar uma sonolência e para ajustarmos essa demanda o bebê precisa realizar mamadas efetivas em curtos intervalos de tempo. Então, nada de deixar ele "dormir demais"; 

É importante oferecer as duas mamas em todas as mamadas. Quando o bebê não quiser mais mamar, se a mama ainda estiver cheia, a mãe deve realizar a ordenha manual para retirar somente o excesso de leite para o alívio do desconforto. A mulher nunca deve ficar retirando leite até esvaziar a mama. Realizando esse processo, o corpo tende a ajustar a produção de acordo com a demanda do bebê em alguns dias; 

A doação de leite é muito importante, pois salva vidas de outros bebês. Caso a mãe tenha esse desejo, ela pode realizar a ordenha da mama ao final de algumas mamadas a fim de estocar este leite para doação; 

Na pega correta, o bebê abocanha boa parte da aréola. Então, o mais importante é estar com a aréola maleável para que o bebê possa abocanhá-la. O bico invertido pode aumentar um pouco a dificuldade de realizar a pega e gerar um pouco mais de sensibilidade nos primeiros dias, mas na maioria dos casos, realizando o ajuste correto, não interfere no processo de amamentação. Por isso, caso a mulher encontre dificuldades devido ao bico invertido, ela deve buscar uma ajuda profissional, pois um pequeno ajuste pode fazer diferença no sucesso da amamentação; 

É preciso desmitificar que a amamentação é um momento de plenitude e felicidade, pois não é. É muito difícil, principalmente no início. Até que todos os ajustes sejam feitos, é uma luta diária, uma superação de limites a cada mamada. Neste primeiro momento, muitas mães podem desistir devido as dificuldades e, nestes casos, ter o apoio e um auxílio profissional fará toda a diferença. Ao longo dos meses a amamentação tende a se ajustar, mas ainda assim, exige muito da mãe. Ela não tem que ser dolorosa fisicamente, muitas mães não suportam amamentar por que estão sentindo dores. E se isso estiver acontecendo, algum ajuste deverá ser feito; 

A exaustão da vida materna pode desencadear uma mãe que não gosta de amamentar por que ela acredita que tudo que está sentindo seja por causa da amamentação. Neste caso, ter uma rede de apoio fará toda a diferença, como alguém que possa fica com o bebê por um tempo para a mãe descansar ou até mesmo dar uma volta, alguém que possa atender ao bebê quando ele chorar por outro motivo que não seja fome etc. E quando essa mãe estiver mais descansada, a amamentação se tornará mais leve - e talvez ela perceba que a amamentação não é ruim, mas, sim, a sobrecarga materna; 

Um ambiente ideal para uma amamentação no primeiro mês é um local em que a mãe se sinta confortável, pois ela passará muito tempo lá. Deve ser calmo e passar tranquilidade para a mãe conseguir realizar o posicionamento correto, com a coluna apoiada e os pés no chão, se possível utilizar uma almofada de amamentação, e o principal: sem muita gente para ficar interferindo no processo. Nos primeiros momentos, mãe e bebê estão se conhecendo e essa conexão entre os dois é essencial. Com o passar do tempo, a mãe vai começar a sair, ter outras tarefas e aí não existe mais ambiente adequado, o bebê terá que ser alimentado quando sentir fome e não importa onde a mãe esteja, ela vai ter que parar para amamentar. Alguns locais oferecem um espaço para lactação que pode ser usado caso a mãe prefira para ficar mais confortável. Mas mesmo depois do bebê maior, sempre que a mãe estiver em casa, deve dar preferência a ir para o cantinho da amamentação, pois será um local que remeterá a esse momento dos dois e onde a mãe poderá ficar mais atenta aos ajustes corretos da amamentação; 

Outra dica fundamental é que a mãe se prepare. Busque informações na gestação com cursos, profissionais qualificados, livros etc. Tudo que passe informações de qualidade referentes a realidade do mundo materno e principalmente amamentação seja fundamental. Ter uma organização na casa, deixar a dispensa abastecida, saber quem irá providenciar a alimentação, quem vai cuidar da casa, quem vai dar suporte com o bebê. E se não tiver esse apoio, procure deixar tudo organizado, comidas congeladas em potinhos individuais, atribua as tarefas ao marido para quando ele estiver em casa. Tenha sua rede de profissionais para quando necessário. Se organize antes do bebê chegar. Não espere ele chegar para perceber que tudo se tornou um caos. Tenha em mente que a amamentação é difícil, não escute opiniões alheias, procure sempre informações de profissionais qualificados e saiba o que você pode fazer caso surjam intercorrências no processo. E, principalmente, o que você não deve fazer.



Câncer Ósseo O diagnóstico precoce é fundamental para combater o osteossarcoma


O osteossarcoma é um câncer ósseo que representa aproximadamente 55% de todos os tumores ósseos primários na população adolescente, abaixo dos 20 anos de idade.

O oncologista pediatra e presidente da TUCCA,
Dr. Sidnei Epelman, especialista no tratamento deste tipo de tumor,
foi o editor da primeira obra lançada no Brasil sobre câncer na adolescência.


O osteossarcoma (um câncer ósseo) que representa aproximadamente 55% de todos os tumores ósseos primários na população abaixo dos 20 anos de idade é mais comum em meninos e tem um pico de incidência entre 10 e 19 anos de vida.

Várias observações sugerem a associação entre a velocidade de crescimento do esqueleto e o osteossarcoma, primeiro porque os pacientes tendem a ser mais altos quando comparados àqueles sem a doença e, segundo, esse tumor se desenvolve mais precocemente nas meninas do que nos meninos, uma vez que a puberdade ocorre mais cedo no sexo feminino. O osteossarcoma se apresenta mais comumente ao redor do joelho e no úmero proximal.

Em 99% dos casos, o primeiro sintoma é dor persistente, que não melhora com tratamento convencional. Muitas vezes, o paciente acorda à noite com dor, que além de persistente, limita os movimentos e altera seu comportamento. 

O diagnóstico precoce é fundamental para a escolha do tratamento mais adequado, visando conservar o membro afetado, evitar a amputação e o desenvolvimento de metástases, assim como aumentar as chances de cura. Sabe-se que o Sistema de Saúde no país não está preparado para atender adolescentes, o que pode atrasar o diagnóstico da doença.

O Hospital Santa Marcelina, em parceria com a TUCCA, é um centro de referência para o tratamento deste tipo de tumor e conta com uma equipe multidisciplinar altamente treinada que assiste o paciente em todas as suas necessidades, do diagnóstico e tratamento até a reabilitação. 

Segundo Dr. Sidnei Epelman, especialista no tratamento deste tipo de tumor, a idade do paciente está relacionada com a sobrevida. O estádio do tumor, a presença de metástases ou recidiva local, o tratamento quimioterápico, o local primário, o tamanho do tumor e a porcentagem de células destruídas pela quimioterapia neoadjuvante foram considerados como importantes fatores para se obter melhores índices de cura.

Dr. Epelman foi o editor da primeira obra lançada no Brasil sobre câncer da adolescência. A obra "Oncologia no Adolescente" (lançada em 2015), traz uma atualização dos diversos tipos de câncer próprios da adolescência, sua incidência e os tratamentos mais indicados para cada tipo da doença.

De acordo com o especialista, o material é de suma importância, pois ressalta a diferença substancial entre o tratamento da criança e do adolescente com câncer. "O progresso no tratamento da criança com câncer foi um dos mais significativos da história da medicina. Por outro lado, o mesmo não ocorreu entre os adolescentes e adultos jovens. Entre os vários motivos para essa realidade, estão os investimentos no tratamento da doença em crianças, que ainda são superiores", revela.

Para se ter uma ideia, a incidência de casos de câncer em adolescentes entre 15 e 19 anos é 50% maior que em crianças menores de 15 anos. E, ainda assim, os investimentos para o tratamento da doença na maior faixa etária são inferiores.

“Oncologia no Adolescente" tem contribuição de alguns dos profissionais mais respeitados da área no Brasil e no mundo. O professor Emérito do Departamento Pediátrico do MD Anderson Cancer Center (localizado na Universidade do Texas, nos Estados Unidos), Norman Jaffe; e o diretor de pesquisa clínica do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Carlos Gil, são algumas das referências em oncologia que emprestaram seu conhecimento à obra. O livro faz parte da série Câncer e é distribuído pela editora Atheneu.





Dr. Sidnei Epelman - oncologista pediatra, diretor do Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina e coordena os grupos cooperativos para tratamento dos tumores cerebrais da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). É fundador e presidente da TUCCA - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer e também ocupa a presidência, na América Latina, da Rede Internacional para Tratamento e Pesquisa do Câncer (INCTR, na sigla em inglês) atuando na coordenação de programas em Oncologia Pediátrica e Cuidados Paliativos no mundo e na gestão de pesquisas clínicas em oncologia. Além de seus vários trabalhos premiados no Brasil e no exterior e sua participação em dezenas de congressos, encontros e simpósios, é editor do livro Oncologia no Adolescente, lançado em 2015.


TUCCA

O que é Prostatite e por que incomoda tanto os homens?


A prostatite é a inflamação da próstata que acomete, preferencialmente, homens entre 30 e 50 anos e manifesta-se tanto de forma aguda como crônica.


Lembramos que a próstata é uma glândula, de aproximadamente 25 gramas no homem jovem, e está situada abaixo da bexiga e acima do reto (porção terminal do intestino). Pela próstata passa a uretra, estrutura anatômica que conduz a urina da bexiga para o meio externo. A próstata tem como função principal a produção do líquido seminal e a nutrição dos espermatozoides (reprodução), além de outras funções como controle miccional; orgasmo e defesa nas infecções.
A prostatite aguda é a forma mais preocupante e os sintomas se manifestam de modo bastante rápido. Muitas vezes é desencadeada por uma bactéria e o tratamento deve ser imediato. Os sintomas são exuberantes e refletem uma doença grave. O paciente pode referir ardor na uretra, urgência miccional, sangue na urina, secreção uretral e febre, além de dor dentro ou em volta do pênis, testículos, ânus e abdome inferior. Essa infecção pode evoluir para retenção urinária aguda e necessitar de sondagem (drenagem da urina) e hospitalização.
A prostatite aguda mais comum é causada pela bactéria Escherichia Coli; porém outras bactérias, como Proteus, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas e Serratia, também podem desencadear os mesmos sintomas e gravidade.
Existem formas menos frequentes de Prostatite que estão relacionadas à tuberculose (Mycobacterium tuberculosis); prostatite micótica causada por fungos e também ao ato sexual (Neisseria gonorrhoeae).  
Os fatores de risco para prostatite aguda incluem: diabetes, problemas intestinais, uso de imunossupressores como corticoides e quimioterápicos, passado recente de infecção urinária, uso de sonda urinária de demora, biópsia de próstata (para o diagnóstico de câncer de próstata), infecção sexualmente transmissível (DST), ser soropositivo para o HIV ou ter realizado sexo anal sem preservativo. 
Na prostatite crônica, os sintomas surgem e desaparecem por um período de vários meses e geralmente não é causada por uma infecção bacteriana. Os pacientes relatam dor dentro e ao redor do seu pênis, testículos, ânus, parte inferior do abdome ou parte inferior das costas, sem febre.
Os fatores de risco para prostatite crônica incluem passado de prostatite aguda, condições abdominais dolorosas, como síndrome do cólon irritável, má formação anatômica no trato urinário ou porção terminal do intestino.
O tratamento da prostatite aguda (em que os sintomas são súbitos e graves) inclui analgésicos e um ciclo de antibióticos de duas a quatro semanas; e em algumas situações, o tratamento hospitalar também pode ser necessário. As principais complicações são raras quando o início do tratamento é precoce e o curso recomendado de antibiótico é utilizado adequadamente, mas podemos observar, em algumas situações: retenção urinária aguda; abscesso prostático e até sepse (infecção generalizada).
O tratamento da prostatite crônica (em que os sintomas surgem e desaparecem por vários meses) geralmente visa controlar os sintomas com analgésicos e anti-inflamatórios, além de remédios que melhoram a dinâmica miccional a partir do relaxamento da musculatura do colo da bexiga e próstata.
O diagnóstico faz-se identificando os sinais e sintomas, além de examinar o paciente e solicitar exames complementares de urina, sangue, esperma e imagem, como ultrassonografia e/ou tomografia.
A prostatite não é câncer de próstata e atualmente não há evidências claras de que ela aumenta suas chances de desenvolver o tumor. O importante é identificar o problema nas fases iniciais e iniciar o tratamento precocemente, a fim de evitarmos complicações severas e até a morte. Converse com o seu urologista sempre que tiver uma suspeita de prostatite.




Dr. Marco Aurélio Lipay - Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada a Urologia"

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