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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Doença Celíaca


Principal tratamento dos pacientes celíacos é a alimentação com total ausência de glúten.

Nos restaurantes e festas de amigos é necessário pedir informações sobre o que é isento de glúten. No supermercado, é preciso ficar atento aos rótulos da embalagens dos alimentos. Essas são algumas preocupações de quem possui a doença celíaca, causada pela intolerância ao glúten. 

A doença é uma reação autoimune do organismo provocada pela ingestão da proteína, que é encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio, malte e em seus derivados. 

Quando o celíaco ingere esses alimentos, as células de defesa do organismo atacam o glúten e as paredes do intestino, provocando uma atrofia na mucosa intestinal, que impede a absorção dos nutrientes. Entre as principais queixas dos pacientes nos consultórios médicos são: diarreia, constipação intestinal, dor abdominal, anemia e emagrecimento. “Mas os sintomas são muito variáveis e podem, inclusive, serem ausentes”, afirma a gastroenterologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), de Curitiba, Dra. Marcela Rocha Loures. 


Como a doença celíaca surge

A doença celíaca pode se manifestar de maneira clássica, não clássica, e assintomática. A clássica ocorre na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida. “Já nas primeiras alimentações, a criança apresenta diarreia, anemia e desnutrição, e se não diagnosticada a doença pode causar déficit de crescimento e até mesmo levar ao óbito”, afirma a proctologista do HNSG, Dra Sonia Cristina Cordero Time. 

A forma não clássica, surge com manifestações isoladas. “ Os sintomas referentes ao intestino são menos evidentes e o paciente pode ter apenas anemia sem causa identificável, infertilidade, déficit vitamínico, osteoporose, entre outros sintomas”, diz a médica. Já os casos assintomáticos são diagnosticados em busca ativa, quando os pacientes possuem parentes celíacos.
Exames laboratoriais, como anticorpos antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase positivos sugerem a doença celíaca, mas embora precisos e confiáveis, não são suficientes para confirmar a doença. “O diagnóstico é confirmado por biópsia do intestino delgado”, afirma a gastroenterologista, Dra. Marcela.

 
Tratamento

O principal tratamento dos pacientes celíacos é a alimentação com total ausência de glúten. “A dieta deve ser seguida para o resto da vida”, afirma a proctologista do HNSG, Dra. Sonia. A melhora clínica, para alguns pacientes é imediata, mas a maioria é notada ao longo de semanas após a retirada do glúten. “O paciente que continua ingerindo alimentos com glúten, apresenta o risco de desenvolver outras doenças, como tireoide, doenças do fígado, rins, pele e até mesmo câncer”, comenta a proctologista referindo-se sobre a importância de seguir corretamente a restrição alimentar.

Existe uma condição chamada de sensibilidade ao glúten. São pacientes que nitidamente percebem sintomas gastrointestinais quando ingerem glúten, percebem melhora quando fazem restrição da proteína, mas quando são investigados não preenchem os critérios necessários para o diagnóstico da doença celíaca. “Para esses pacientes a orientação é reduzir a ingestão, mas sem necessidade de restrição total, porque se sabe que essas pessoas não apresentam risco de desenvolver as complicações da doença celíaca não tratada”, explica Dra Marcela.


A moda da dieta sem glúten

Muitas dietas, como a sem glúten, prometem resultados milagrosos para quem deseja perder peso. Mas, segundo a gastroenterologista do HNSG, Dra Marcela Rocha Loures, não é a retirada do glúten da alimentação que causa o emagrecimento. “O que acontece é que o glúten está presente em vários alimentos calóricos, como massas, por exemplo. A retirada desses alimentos, leva à perda de peso pela redução de calorias e não pela retirada do glúten”, explica a médica. 

A especialista comenta que devem seguir essa dieta apenas pessoas que possuem restrição alimentar ao glúten, ou seja, que possuem a doença celíaca. “O glúten também está presente em vários alimentos saudáveis, não havendo necessidade de restrição porque fazê-la?”, comenta Dra. Marcela.

 

Noctúria, transtorno que atrapalha a qualidade do sono, é tema de evento médico em São Paulo


Profissionais irão se reunir no Hospital das Clínicas para discutir distúrbio caracterizado pela necessidade de acordar para urinar durante a noite


A noctúria, definida como a necessidade de se levantar durante a noite para esvaziar a bexiga, é um transtorno que atrapalha a qualidade do sono em até 80% das pessoas que enfrentam dificuldades para dormir1. O sono ininterrupto por várias horas é necessário para manter o sistema imunológico funcionando perfeitamente, regulando o bem-estar e a saúde mental e emocional, por isso, cuidar dos sintomas da noctúria torna-se essencial para manter uma boa qualidade de vida.

Para discutir novidades e práticas profissionais no tratamento do transtorno, profissionais de todo o Brasil irão se reunir no evento “Noctúria: abordagem multidisciplinar”, no próximo dia 06 de abril, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O encontro é realizado pela Divisão de Urologia da universidade e conta com o apoio do Laboratórios Ferring.  


Prevalência

O transtorno atinge homens e mulheres de todas as faixas etárias1,2, mas a incidência da noctúria aumenta com a idade: um em cada 3 adultos acima de 30 anos e 3 em cada 4 adultos com mais de 65 anos acordam mais de uma vez por noite para urinar.4,5 Por ser um problema comum, muitas pessoas afetadas não procuram ajuda médica, considerando este transtorno uma condição normal do envelhecimento. A maioria dos problemas do sono possuem tratamento, inclusive a noctúria, porém menos de um terço das pessoas que sofrem com algum transtorno procuram um especialista.3

“As pessoas geralmente ignoram os distúrbios do sono causados pela noctúria, mas isso pode causar perturbação no desempenho e bem-estar da pessoa durante o dia”, ressalta Cristiano Mendes Gomes, Professor Livre Docente de Urologia da Faculdade de Medicina da USP e Urologista do Hospital Sírio-Libanês. “É importante o problema seja discutido com um profissional de saúde, já que além dos prejuízos que pode trazer, a noctúria pode ser um indicador de condições de saúde mais graves, como diabetes, problemas renais ou cardíacos e outros problemas do sono, como a apnéia”. 


Causas da noctúria

Segundo o especialista, vários fatores podem contribuir para a ocorrência da noctúria, como o aumento da produção de urina pelo consumo exagerado de líquidos no período noturno, diabetes, alterações hormonais, apneia do sono e doenças renais ou cardiovasculares. “Além disso, o uso de medicamentos como diuréticos também pode agravar a condição”, acrescenta.


Impactos da noctúria na saúde e bem-estar

A noctúria pode determinar a perda do sono profundo e a consequente redução da produtividade e alerta. 6,7,8 Além disso, também está associada a maior risco de quedas e fraturas, especialmente nos idosos.9,10 A falta de sono profundo pode ainda aumentar o risco de obesidade, diabetes e doenças cardíacas, assim como impactar a produtividade, relacionamentos e a carreira profissional. “É essencial que médicos e outros profissionais de saúde entendam a frequência e impacto da noctúria e conheçam os mais efetivos métodos para o tratamento da noctúria”, completa o urologista. 





Ferring Pharmaceuticals



Referências:
1 Benefield LE. Facilitating Aging in Place: Safe, Sound, and Secure, An Issue of Nursing Clinics. 2014.
2 Kerrebroeck et al. Terminology, Epidemiology, Etiology, and Pathophysiology of Nocturia. Send to
Neurourol Urodyn. 2014 Apr;33 Suppl 1:S2-5. doi: 10.1002/nau.22595.3 Dia Mundial do Sono website. Disponível em: www.worldsleepday.org
4 National Association for Continence. Nocturia web page https://www.nafc.org/nocturia
5 Laureanno, P., Ellsworth, P., Demystifying Nocturia: Identifying the Cause and Tailoring the Treatment. Urol Nurs. 2010;30(5):276-
287
6 Bliwise DL et al. J Clin Sleep Med 2015;11:53–5.
7 Bliwise DL et al. Eur Urol Suppl 2014;13:e591–e591a
8 Kobelt G, et al BJU Int 2003;91:190–5
9 Nakagawa H et al. J Urol 2010;184:1413–8.
10 Rafiq M et al. J Clin Epidemiol 2014;67:877–86.
11 Orzel-Gryglewska, J. Consequences of Sleep Deprivation. International Journal of Occupational Medicine and Environmental Health
2010; 23(1): 95-114. doi:10.2478/v10001-010-0004-9.
12 Chen FY et al. Perception of nocturia and medical consulting behavior among community-dwelling women. Int Urogynecol J Pelvic
Floor Dysfunct. 2007 Apr;18(4):431-6. Epub 2006 Jul 28.
13 Wade AG, Zisapel N, Lemoine P. Prolonged-release melatonin for the treatment of insomnia: targeting quality of sleep and
morning alertness. Ageing Health 2008; 4 (1): 11-12

BRONQUIOLITE ATINGE MAIS CRIANÇAS COM ATÉ DOIS ANOS DE IDADE


Avaliação física feita por um médico identifica a doença que tem duração média de 7 dias


Poluição, mudanças climáticas somadas  com baixa umidade do ar e temperaturas baixas contribuem para o aumento de problemas respiratórios entre a população de forma sazonal, sendo idosos e crianças mais sensíveis a esta situação. No caso de bebês com menos de 1 mês até crianças com 2 anos de idade essa situação torna bastante comum a evolução para quadros mais graves, como a bronquiolite.

A causa da doença é o vírus sincicial respiratório (VSR) que provoca uma infecção nos bronquíolos, ramificações dos brônquios que levam oxigênio aos pulmões.  “É comum haver uma confusão, uma vez que o quadro é muito parecido com uma gripe. Por isso os pais e responsáveis precisam estar atentos aos sintomas como tosse seca, coriza, falta de ar, febre e cansaço”, explica o Dr Evandro Salgado, coordenador da UTI Pediátrica do Hospital Leforte, unidade Morumbi.

O médico explica que não existe vacina contra o VSR. Para evitar a doença, principalmente nas seis primeiras semanas de vida, é recomendável não expor o bebê a grandes aglomerações ou contato com adultos com sintomas de gripe. 

O tratamento pode ser feito em casa, com inalações de soro e medicamentos, antissépticos nasais e fluidificantes, somados à hidratação e à amamentação. Se houver necessidade, o pediatra pode ingressar com antibióticos.

Para os pacientes prematuros (menos de 34 semanas de vida), com defeitos cardíacos congênitos ou aqueles com doenças pulmonares crônicas e dependentes de oxigênio, é indicado o Palivizumabe. “É um anticorpo monoclonal que tem como função neutralizar o VSR, prevenindo a infecção. A medicação está disponível na rede pública e também é coberta pelos convênios médicos, mediante relatório médico”, diz Salgado.

“É importante que não haja uma ação ou medicação sem a recomendação médica. Os pais precisam confiar no especialista para que não ocorram procedimentos desnecessários ou a doença evolua para uma pneumonia”, ressalta a Dra. Sandra Helena Albuquerque Giannini, coordenadora do serviço de Pediatria do Hospital e Maternidade Dr Christovão da Gama (HMCG), que integra o Grupo Leforte.

A médica reforça que a infecção é autolimitada, ou seja, tem duração por um período específico e desaparece entre 7 e 10 dias. Algumas crianças apresentam sintomas gripais leves. Em outras, a doença pode ser grave. No caso das crianças mais velhas, os riscos são menores e, se forem acometidas por bronquiolite, não sofrem tanto quanto as mais jovens. O diagnóstico é clínico e pode ser corroborado por raio X de tórax, hemograma e pesquisa do VSR.
No entanto, a especialista do Christóvão da Gama enfatiza a campanha feita pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que busca o uso racional de exames de diagnóstico por imagem, como raios-X e tomografias computadorizadas (TCs). Alguns desses procedimentos emitem radiação nociva à saúde e não têm apresentando o resultado efetivo. “Muitas vezes, a própria família pede o exame, mesmo já tendo o diagnóstico definido. Além de desnecessário, expõe o paciente ao risco de efeitos nocivos à saúde”, finaliza.





Grupo Leforte 


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