Avaliação
física feita por um médico identifica a doença que tem duração média de 7
dias
Poluição,
mudanças climáticas somadas com baixa umidade do ar e temperaturas baixas
contribuem para o aumento de problemas respiratórios entre a população de forma
sazonal, sendo idosos e crianças mais sensíveis a esta situação. No caso de
bebês com menos de 1 mês até crianças com 2 anos de idade essa situação torna
bastante comum a evolução para quadros mais graves, como a bronquiolite.
A
causa da doença é o vírus sincicial respiratório (VSR) que provoca uma infecção
nos bronquíolos, ramificações dos brônquios que levam oxigênio aos
pulmões. “É comum haver uma confusão, uma vez que o quadro é muito
parecido com uma gripe. Por isso os pais e responsáveis precisam estar atentos aos
sintomas como tosse seca, coriza, falta de ar, febre e cansaço”, explica o Dr
Evandro Salgado, coordenador da UTI Pediátrica do Hospital Leforte, unidade
Morumbi.
O
médico explica que não existe vacina contra o VSR. Para evitar a doença,
principalmente nas seis primeiras semanas de vida, é recomendável não expor o
bebê a grandes aglomerações ou contato com adultos com sintomas de gripe.
O
tratamento pode ser feito em casa, com inalações de soro e medicamentos,
antissépticos nasais e fluidificantes, somados à hidratação e à amamentação. Se
houver necessidade, o pediatra pode ingressar com antibióticos.
Para
os pacientes prematuros (menos de 34 semanas de vida), com defeitos cardíacos
congênitos ou aqueles com doenças pulmonares crônicas e dependentes de
oxigênio, é indicado o Palivizumabe. “É um anticorpo monoclonal que tem como
função neutralizar o VSR, prevenindo a infecção. A medicação está disponível na
rede pública e também é coberta pelos convênios médicos, mediante relatório
médico”, diz Salgado.
“É
importante que não haja uma ação ou medicação sem a recomendação médica. Os
pais precisam confiar no especialista para que não ocorram procedimentos
desnecessários ou a doença evolua para uma pneumonia”, ressalta a Dra. Sandra
Helena Albuquerque Giannini, coordenadora do serviço de Pediatria do Hospital e
Maternidade Dr Christovão da Gama (HMCG), que integra o Grupo Leforte.
A
médica reforça que a infecção é autolimitada, ou seja, tem duração por um
período específico e desaparece entre 7 e 10 dias. Algumas crianças apresentam
sintomas gripais leves. Em outras, a doença pode ser grave. No caso das
crianças mais velhas, os riscos são menores e, se forem acometidas por
bronquiolite, não sofrem tanto quanto as mais jovens. O diagnóstico é clínico e
pode ser corroborado por raio X de tórax, hemograma e pesquisa do VSR.
No
entanto, a especialista do Christóvão da Gama enfatiza a campanha feita pela
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que busca o uso racional de exames de
diagnóstico por imagem, como raios-X e tomografias computadorizadas (TCs).
Alguns desses procedimentos emitem radiação nociva à saúde e não têm
apresentando o resultado efetivo. “Muitas vezes, a própria família pede o
exame, mesmo já tendo o diagnóstico definido. Além de desnecessário, expõe o
paciente ao risco de efeitos nocivos à saúde”, finaliza.
Grupo Leforte
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