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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Como evitar o fiado e reduzir a inadimplência na sua empresa

Tenho participado como especialista convidado num programa de TV e, no último episódio, abordamos como evitar o fiado e reduzir a inadimplência na sua empresa, assunto tão importante para o bom andamento de um negócio.

Segundo o IBGE, 60% das empresas fecham antes de completar 60 meses e o principal motivo é a má gestão financeira. Por isso, costumo dizer durante minhas palestras de vendas que não adianta só vender, é preciso receber. Enumero então a seguir 7 dicas que vão lhe ajudar nesse propósito:

1 - Ficha cadastral

A dica é criar uma rotina de atendimento ao cliente, desde a sua entrada até a hora dele ir embora. E se o cliente for comprar, é importante fazer um cadastro anotando nome, endereço, telefone e CPF.

É preciso fazer de imediato a consulta do CPF do cliente para saber se ele é um bom pagador ou se está devendo na praça. Munido dessa informação, é possível tomar a decisão de dar o crédito ou não.

A empresa não deve fazer o serviço sem antes estar bem definida a condição de pagamento com o cliente.

2- Aprender a dizer não

Sim, às vezes não é fácil, mas é necessário ter a coragem para negar algumas vendas. Principalmente para aqueles clientes que querem comprar e nem sempre querem pagar.

Fiado vem da palavra confiado e, muitas vezes, é sinônimo de imprecisão e insegurança. Isso pode comprometer o seu negócio.

Outro dia, o dono de um supermercado me falou que a meta dele era dobrar o faturamento em 1 ano. E ele conseguiu, mas pouco tempo depois fechou as portas. Vendeu para quem não devia e quebrou.

É fundamental fazer uma análise criteriosa de clientes, trata-se de uma das atribuições do empreendedor de sucesso.

3- Aviso de vencimento

Entre os principais motivos pelos quais as pessoas não pagam as contas estão: não têm o dinheiro ou esqueceu de pagar.

Quantas vezes o consumidor não paga a conta de água, luz, telefone, condomínio porque o boleto não chegou?

Então a sugestão é criar um lembrete de ouro, um aviso de vencimento que você envia para o e-mail ou celular do cliente, assim, no dia do vencimento, ele é avisado, você elimina a desculpa “esqueci” e reduz a inadimplência na sua empresa.

4- Parcelamento

É importante negociar. Se o cliente já foi avisado e não pagou, não fique esperando, ligue pra ele, descubra o que aconteceu e, se for o caso, tente receber de forma parcelada. E mesmo que no dia ele não tenha o montante total aceite receber aos poucos.

Parece curioso, mas uma outra forma de receber o fiado é continuar vendendo. Mas agora de uma forma diferente, ou seja, se a pessoa está lhe devendo R$ 300,00 no seu comércio, e aparecer lá para comprar mais R$ 100,00, não deixe de vender. Você concorda em atender o cliente desde que ele pague à vista 150,00, ou seja, R$ 100,00 da compra à vista e R$ 50,00 referente a conta anterior, mantendo, assim, o cliente ativo e amortizando a dívida antiga.

5- Valor diferenciado

Se você vende no crediário e quer diminuir esse tipo de venda a prazo com maior risco de não receber, vale a pena apostar num preço diferenciado. Imagine uma roupa que, no crediário, sai por R$ 80,00, mas, se o cliente optar por pagar em dinheiro ou no cartão de crédito ela sairá por R$ 70,00. É uma forma de direcionar as vendas para um meio de pagamento mais seguro.

6- Pequenas Causas

E para aqueles clientes que você já tentou cobrar e não obteve êxito vale a pena tentar a ajuda no JEC- Juizado Especial Cível - o famoso Pequenas Causas. Um conciliador irá chamar as partes envolvidas para tentar viabilizar um acordo e diversos casos são bem resolvidos em até 90 ou 120 dias.

7- Negativação

Se nada adiantou, cabe ainda analisar a possibilidade de negativar o cliente. Você paga em torno de 4 reais e negativa o nome do mau pagador, assim, quando ele precisar do nome limpo para conseguir algum crédito ele vai te procurar.

Isso aconteceu comigo quando eu trabalhava numa empresa de alimentos, um cliente não pagou e foi negativado. Dois anos depois ele apareceu dizendo que estava tentando um financiamento para comprar a casa própria e precisava do nome limpo. Demorou, mas ele quitou o valor com todos os juros.

Dicas fáceis, simples e de baixo custo que vão reduzir a inadimplência na sua empresa.

Agora é hora de agir. Aliás, se a palavra tem poder, imagine a ATITUDE. Mãos à obra!







Erik Penna - palestrante de vendas e motivação, especialista em vendas com qualificação internacional, consultor e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender”, “Motivação Nota 10”, “21 soluções para potencializar seu negócio”, “Atendimento Mágico - Como Encantar e Surpreender Clientes” e “O Dom de Motivar na Arte de Educar”. Saiba mais sobre motivação e vendas em: www.erikpenna.com.br



Automação cognitiva e robótica para transformar os negócios


Com o ritmo acelerado de inovações tecnológicas, várias empresas tentam se transformar para acompanhar as mudanças e se preparar para o futuro. Numa perspectiva mais holística, algumas consultorias apontam que a inteligência artificial e a automação cognitiva terão cada vez mais um papel importante na geração de insights práticos para implantar essas transformações inevitáveis para a economia 4.0.
     
Recentemente, a consultoria Deloitte divulgou, em parceria com a NICE, o white paper “O futuro das operações - indo além da automação de processos”, em que apresenta caminhos para lidar com a mais recente onda cognitiva, destinada a aprimorar a automação robótica de processos, tanto na questão prática quanto estratégica.
Primeiro, houve a automação e, em seguida, a automatização de processos (RPA), que nos guiará a um novo patamar de eficiência. Segundo o documento, a tendência é que as empresas passem a dominar as soluções de Robotic and Cognitive Automation (R&CA) para que se mantenham relevantes e competitivas.

Na era do pós-consumidor, as pessoas desejam que as companhias identifiquem suas necessidades antes mesmo que elas apareçam. São intolerantes à burocracia e buscam mais fluidez e transparência nas interações. Nesse sentido, as empresas que quiserem conquistar este novo público, que tem muito mais a ver com a mudança de mindset do que com faixa etária, poderão investir em automação robótica e cognitiva para transformar dados em inteligência, permitindo que as marcas lidem melhor com o cliente ao longo de sua jornada.

Com os avanços contínuos das soluções de automação robótica, as corporações terão detalhes que poderão definir a melhor abordagem e a adoção de técnicas mais assertivas para que estejam na vanguarda da experiência do cliente.

Com o RPA ganhando força, as soluções de R&CA representam um passo adiante com a tecnologia cognitiva, que terá a Inteligência Artificial (IA) como ferramenta-chave para integrar a automação robótica que temos hoje ao Robotic and Cognitive Automation (R&CA).

Além de IA, a automação cognitiva pode agregar novas funcionalidades, como a capacidade de “ler” e “escutar” por meio da detecção automatizada de dados e biometria de voz, garantindo mais agilidade e segurança durante a jornada. No caso do processamento de uma fatura, por exemplo, a robótica permite processar as informações, por meio do reconhecimento óptico de caracteres (OCR), e inserir os dados nos campos corretos de uma plataforma, liberando os profissionais das atividades repetitivas para atuar em funções mais estratégicas.

O white paper da Deloitte e da NICE aponta para um cenário amplo de oportunidades, com envolvimento crescente da área de negócios das empresas. Mais do que tecnologia, a automação cognitiva é uma decisão que passa também pela mudança de mindset do alto escalão da empresa, que precisa acreditar na tecnologia como parte do ecossistema de inovação, capaz de transformar os negócios. A automação robótica cognitiva é uma realidade, que certamente fará a diferença para as organizações que querem se preparar para o futuro.






Ingrid Imanishi - consultora de soluções avançadas da NICE


Atualização das regras da geração distribuída no Brasil valerá apenas para as novas conexões, segundo Aneel


Declaração foi feita por Carlos Alberto Calixto Mattar, superintendente de regulação dos serviços de distribuição da agência, durante evento da ABSOLAR em São Paulo


As alterações nas regras da geração distribuída no Brasil, prevista para entrar em vigor a partir do segundo semestre de 2019, valerão apenas para as novas conexões no Brasil e, portanto, ficarão preservados os direitos adquiridos dos consumidores que já possuem o sistema de autogeração de energia em suas residências, comércios e indústrias.

Esta declaração foi feita por Carlos Alberto Calixto Mattar, superintendente de regulação dos serviços de distribuição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), durante evento em São Paulo, realizado na semana passada (27/09) pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

O objetivo do encontro, que reuniu especialistas da Aneel e empresários do setor solar fotovoltaico, foi debater a atualização da Resolução Normativa nº 482, marco regulatório que autorizou os brasileiros gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e, com isso, economizar na conta de luz.

Um dos temas centrais na discussão foi o modelo de valoração da energia elétrica gerada pelo consumidor, o que pode influenciar no benefício econômico percebido pelo cidadão. “Neste aspecto, a ABSOLAR é contrária a qualquer alteração que prejudique os benefícios aos consumidores da geração distribuída solar fotovoltaica”, reforça Barbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR

Para a executiva, ainda é muito cedo para qualquer alteração no modelo de compensação de energia elétrica atual. “O setor solar fotovoltaico propõe a realização de estudos técnicos qualificados e imparciais que quantifiquem todos os benefícios e eventuais custos da geração distribuída, não apenas pela ótica do setor elétrico, mas, sobretudo, pela visão da sociedade brasileira como um todo. Enquanto não forem feitos estudos transversais que sejam discutidos de forma ampla, democrática e inclusiva com a sociedade, qualquer alteração ao modelo de compensação atual seria precipitada”, aponta.

O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, lembra ainda que muitas distribuidoras de energia no País têm criado diversos obstáculos para dificultar o acesso à geração distribuída, incluindo exigências que não coincidem com as normas vigentes. “Trata-se de uma reclamação recorrente no País, tanto de empresas de instalação quanto dos próprios consumidores”, ressalta. “É imprescindível que o cidadão esteja no centro da regulação do setor elétrico e de suas decisões. Mas esses entraves acabam fazendo com que ele seja o mais prejudicado. Por isso, a Aneel deve exercer rígida fiscalização nos problemas existentes e, para o futuro, garantir transparência e inclusão em todo o processo”, acrescenta Koloszuk.



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