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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Orientações sobre interrupção do uso de álcool e cigarro na gestação devem ser feitas já na primeira consulta do pré-natal


Esse é o apontamento principal de pesquisa de mestrado que está sendo finalizada na UFSCar
 

Uma pesquisa de mestrado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aponta para a importância de oferecer orientações quanto à prevenção do uso de álcool e outras drogas durante a gestação já nas primeiras consultas de pré-natal. O estudo fez análises com mais de cem gestantes e verificou a eficácia de intervenções breves com e sem monitoramento.

A pesquisa "Avaliação do efeito do monitoramento de intervenções breves para uso de álcool e tabaco em gestantes" é desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da UFSCar, pela mestranda Adaene Moura, sob orientação de Angélica Gonçalves, docente do Departamento de Enfermagem (DEnf) da Instituição. O estudo avaliou 112 gestantes de São Carlos e Ibaté, no interior paulista, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Todas as participantes passaram por um pré-teste e checagem de uso de álcool e cigarro. Além disso, receberam informações quanto aos malefícios do uso dessas substâncias para o desenvolvimento dos bebês. 

Do total de participantes, 35 alegaram usar álcool e/ou tabaco durante a gestação (desse número, 31 delas usavam apenas o álcool). Para a pesquisa, as voluntárias foram divididas da seguinte forma: Grupo Controle (GC) - com 17 gestantes -, e Grupo Experimental (GE), com 18 gestantes. Com o  GC, a pesquisadora realizou em domicílio intervenções breves sobre o uso das substâncias tóxicas e elaborou um plano de metas individual visando diminuir o consumo do álcool ou cigarro no período da gestação.

Já com o Grupo Experimental, além das mesmas ações realizadas no GC, a pesquisadora também fez um monitoramento durante duas semanas, por telefone, avaliando o grau de motivação, o cumprimento do plano de metas e possíveis dificuldades enfrentadas pelas gestantes. As análises preliminares apontam que houve redução do consumo de tabaco pós-intervenção e, entre as participantes que usavam álcool, somente uma não parou com a ingestão, demonstrando efetividade das intervenções. 

De acordo com Adaene Moura, a maioria das 31 gestantes que usavam álcool parou de consumi-lo após o contato inicial com a pesquisadora e com as informações que ela apresentou. Isso reforça a importância das orientações sobre o consumo dessas substâncias no pré-natal. A mestranda acredita que as gestantes mudaram seu comportamento porque se sensibilizaram com os esclarecimentos sobre os malefícios do consumo de drogas (mesmo as lícitas) na gravidez.

No geral, Moura avalia que as orientações básicas quanto ao uso do cigarro e álcool na primeira consulta de pré-natal são fundamentais, principalmente em casos de mulheres que tenham maior vulnerabilidade para esse consumo. "Os profissionais que têm contato com essas gestantes devem, já no começo da gravidez, oferecer orientações claras, principalmente porque os primeiros três meses da gravidez são mais delicados e o consumo de drogas pode prejudicar o desenvolvimento cerebral dos bebês, causando danos irreversíveis", avalia a pesquisadora do PPGEnf da UFSCar, destacando que esse acompanhamento deve ser multiprofissional.

Além disso, ela aponta que os profissionais de Saúde que atendem essas pacientes devem passar por treinamentos para implementar essas intervenções com as gestantes, elaborando planos de metas que vão ajudá-las a reduzir e interromper o consumo do álcool e do cigarro, reforçando, inclusive, a responsabilidade da paciente sobre as suas metas. "No caso de mulheres grávidas que demonstram maior vulnerabilidade, é indicado que os profissionais de Saúde realizem um acompanhamento mais próximo, até por telefone, já que nem todos conseguem a disponibilidade para as visitas domiciliares frequentes", defende.


Malefícios do álcool e do tabaco na gestação

O uso de tabaco, álcool e outras drogas (líticas e ilícitas) deve ser desestimulado nas gestantes, pois podem ocasionar diversos problemas à gestante e ao bebê. Entre eles, estão o crescimento fetal restrito, aborto, parto prematuro, deficiências cognitivas no feto, além da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), considerada a mais grave repercussão negativa para o feto. A SAF se caracteriza por danos ao sistema nervoso central que causam anomalias neurológicas, craniofaciais e deficiência no crescimento pré e pós-natal, além de disfunções comportamentais e malformações associadas. Para a gestante, o consumo de álcool pode levar a doenças cardiovasculares, câncer, depressão e distúrbios neurológicos, além de ganho de peso gestacional insuficiente, menor número de consultas de pré-natal e aumento do risco de consumo de outras drogas.  

Moura reforça que nenhuma quantidade de álcool e tabaco é segura durante a gravidez e faz um alerta sobre as bebidas comercializadas com rótulos que indicam "sem álcool": "É preciso que as gestantes fiquem atentas às cervejas sem álcool, pois algumas delas têm pequenas porcentagens de álcool na composição - cerca de 0,5% - e isso já pode ser prejudicial. As gestantes devem avaliar o rótulo para se certificarem que não há nenhuma quantidade de álcool nas bebidas", orienta. 

A pesquisadora da UFSCar finalizará o mestrado em breve e pretende continuar o estudo da mesma temática no doutorado, ampliando o monitoramento das participantes até o final da gestação, para acompanhar os partos e recém-nascidos. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 76495317.8.0000.5504).



Como evitar a rinite da primavera (Sazonal)


Você sabe o que é rinite alérgica sazonal?

A rinite alérgica consiste na presença de prurido sazonal ou perene, espirros, rinorreia, congestão nasal e, às vezes, conjuntivite, causados pela exposição a pólen ou outros alérgenos. A rinite alérgica pode surgir em determinadas épocas do ano. Por exemplo, a primavera, que apesar de ser linda com suas flores, é uma porta aberta para ela.

Um dos tipos da rinite alérgica é a rinite sazonal. Ela, como o próprio nome já diz, é sazonal, isto é, pode acontecer em determinadas épocas do ano, muitas vezes na primavera.
Pode ser causada por alérgenos vegetais que variam de acordo com a estação e surgir devido reação a pólen de plantas.
“Não são só os pólen, das plantas, responsáveis pelas rinites sazonais de setembro a dezembro. As mudanças climáticas que ocorrem durante a primavera fazem com que o número de ácaros e fungos suspensos no ar seja maior ainda”, alerta Dra. Janaina Candida Rodrigues, Otorrinolaringologista e Membro do Corpo Clínico da Clínica Fares.

Abaixo, você pode conferir algumas das formas de evitar a rinite sazonal que tem como sintomas mais evidentes espirros, nariz entupido e corrimento nasal.

De onde a rinite surgiu
Uma forma que ajuda na prevenção da rinite sazonal é saber o que a causou. Na maioria das vezes é alguma alergia, mas também pode evoluir a partir de uma gripe.

Ar-condicionado
O ar-condicionado limpo e com temperatura entre 24º e 25º, serve como umidificador do ar.
Também ajuda a isolar a poluição que vem da rua e a quantidade em excesso de pólen do ar da primavera. Contudo, o ar-condicionado deve ter manutenção recorrente.

Eliminando os ácaros
Os ácaros são agentes que contribuem com o aparecimento da rinite alérgica. Eles moram em lugares úmidos e quentes, portanto é importante manter a casa limpa e arejada para evitar sua proliferação.
Também é importante trocar com freqüência a roupa de cama, janelas abertas e passar pano no chão são boas ajudas. Na dúvida consulte seu médico otorrinolaringologia, especialista que cuida de doenças no nariz, garganta e ouvido, ele é quem melhor poderá lhe orientar!




Fonte:  Clínica Fares


Artrose de quadril, um risco à qualidade de vida da população que pode resultar em cirurgia


A artrose é o desgaste das cartilagens que revestem a articulação. No caso do quadril, a superfície do fêmur e da bacia sofrem uma degeneração que pode causar dores frequentes e limitação dos movimentos. Essas são as queixas mais comuns de quem sofre de artrose do quadril. O problema é mais comum em idosos, mas pode acometer pessoas de qualquer idade.

Quando a doença é precoce, na fase inicial, geralmente os pacientes melhoram com medidas de fortalecimento muscular e medicação analgésica. Porém nos casos mais avançados (a artrose é uma doença progressiva), pode ser necessária uma prótese do quadril.  

Quando comparada a outros procedimentos médico-cirúrgicos, a cirurgia de prótese do quadril é uma das modalidades que trazem maior benefício aos pacientes. Isso acontece porque a prótese substitui a articulação doente, eliminando todos os focos que podem originar dores. Além da vantagem de resolver a dor do paciente, a prótese permite que os movimentos que o paciente perdeu com o passar do tempo sejam progressivamente retomados.

Atualmente, depois de vários anos de estudo com foco no desenvolvimento dos materiais que compõem as próteses, os implantes mais utilizados são compostos de metal, cerâmica ou polietileno. Cada tipo de prótese tem uma indicação específica, baseada principalmente na idade e nível de atividade física de cada pessoa. Em outras palavras, não existe um tipo de prótese “ideal”, que atenda às necessidades de todas as pessoas. A escolha deve ser individualizada para cada paciente.

Após a cirurgia da prótese, permite-se que o paciente caminhe com auxílio de algum apoio, que na maioria das vezes é um andador. A fisioterapia deve ser iniciada de forma precoce, para que o paciente ganhe força muscular, equilíbrio e mobilidade desde os primeiros dias pós-operatório. Em média três meses após a colocação da prótese, a maioria dos pacientes caminha sem mancar e sem auxílio de apoio.

Como toda cirurgia, é necessário ressaltar que o procedimento envolve alguns riscos, como infecção, luxação, fratura, trombose e outros. Por isso, recomenda-se que a cirurgia seja realizada por especialista em cirurgia do quadril e hospitais que tenham estrutura para realização de procedimentos de grande porte.






  
Dr. Christiano Saliba Uliana - médico ortopedista do Hospital VITA, especialista em quadril e trauma ortopédico.



Hospital VITA 



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