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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Câncer de Mama


 Autoexame e acompanhamento médico ainda são as melhores formas de prevenir o mal  

Imagem retirada da iternet


Apesar de ser uma doença com altas chances de cura, ainda é a que mais causa mortes entre as mulheres brasileiras


No Brasil, o câncer de mama é o tumor que mais causa mortes entre as mulheres. De acordo com o Grupo de Estudos do Câncer de Mama (GBCAM), em torno de 52 mil novos casos de tumor de mama são diagnosticados por ano. Só neste ano, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que 60 mil mulheres serão acometidas com a doença e, aproximadamente, 13 mil pacientes morrerão.  

Segundo o ginecologista e obstetra, Dr. Domingos Mantelli, não existe uma causa específica para a maioria dos casos de câncer de mama. Porém, alguns fatores como menarca precoce, menopausa tardia, consumo excessivo de álcool e sedentarismo, são considerados de alto risco.  

A característica mais comum da doença é o surgimento de um nódulo geralmente, indolor. Além disso, o paciente pode apresentar outros sinais menos frequentes como irritação ou irregularidades na pele. O tratamento mais utilizado é a quimioterapia, que é a forma mais rápida de barrar o crescimento do tumor. “A cirurgia de retirada da mama também é importante em alguns casos para garantir que o tumor não voltará ao local. Atualmente, é possível fazer a reconstrução da mama com próteses de silicone gratuitamente pelo SUS”, afirma o médico.

Apesar de ser uma doença com altas chances de cura, o mal ainda mata muitas mulheres no Brasil. “O autoexame da mama e o acompanhamento anual com um ginecologista, que pedirá exames mais detalhados, são fundamentais para garantir boas chances de cura”, aconselha Mantelli. Ele afirma que a mamografia deve ser feita anualmente, a partir dos 40 anos. “Apesar de ser uma doença grave, se descoberta no início, ela possui grandes chances de recuperação”, completa o médico.


Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra, com formação em neurolinguística e atuação na área de medicina psicossomática. É formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA), com residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.



Hereditariedade aumenta em 80% as chances de se desenvolver câncer de mama


 Mapeamento genético contribui para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença


Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 60 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2018, os números crescem a cada ano e a neoplasia continua sendo a segunda maior causa de morte entre as mulheres brasileiras. Com foco na conscientização sobre a doença e sua detecção precoce, que aumenta em 95% as chances de cura, o Outubro Rosa segue sendo um movimento com força mundial, e a investigação do material genético pode ser forte aliada para evitar o desenvolvimento do tumor.
Fatores genéticos correspondem à 12% dos casos de câncer de mama e aumentam em 80% as chances do desenvolvimento deste tipo de câncer. O mapeamento genético pode ser importante aliado da prevenção e do tratamento em casos do tipo.

O mapa pode ser feito por qualquer pessoa por meio de uma coleta de sangue, saliva ou qualquer outro fluido que contenha material genético, entretanto, a análise se dá por meio de sofisticadas técnicas de laboratório e é indicada para pessoas que tenham histórico de doenças genéticas em familiares. No caso do câncer de mama, esse rastreio pode fornecer um programa de prevenção mais efetivo e, se necessário, antecipar intervenções cirúrgicas, afirma o Dr. Ricardo Caponero, médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. "Como no caso da atriz americana Angelina Jolie, que em 2015 descobriu ser portadora de uma mutação genética rara, no gene BRCA-1, que aumenta em 87% as chances de uma mulher ter um tumor mamário e em 50% as chances de desenvolver câncer de ovário", explica o especialista.

Independente de quaisquer fatores, as recomendações usuais devem ser sempre relembradas. "Quando não há histórico familiar da doença, toda mulher deve realizar a mamografia anualmente a partir dos 40 anos. Manter um estilo de vida saudável, com boa alimentação, prática de exercícios, evitando o tabagismo e consumo elevado de álcool, também são bons aliados na prevenção da doença", finaliza Dr. Caponero.


Novas terapias para casos avançados

Em 2018 a Anvisa aprovou dois novos medicamentos via oral para o tratamento do câncer de mama em estágio avançado, um inibidor seletivo de CDK4/6, proteínas que podem causar crescimento e divisão rápida das células cancerígenas, capaz de reduzir o risco de progressão da doença em 43,2%, e um destinado a casos de tumores que crescem em resposta ao hormônio estrogênio e não estão relacionados à proteína HER2, que inibe o crescimento deste tipo de tumor.




Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br


Conheça os direitos das trabalhadoras diagnosticadas com câncer de mama


Saque do FGTS e do PIS/Pasep, auxílio-doença, acompanhante e isenção do Imposto de Renda estão entre as medidas de apoio às mulheres com a doença


O câncer de mama causou o afastamento de mais de 21 mil mulheres do trabalho no ano passado. A doença é o tipo de câncer de maior incidência na população feminina brasileira, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 29% dos novos casos a cada ano. Somente em 2018, a estimativa é de que 59,7 mil novos casos sejam detectados, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

Neste mês dedicado à prevenção e tratamento da doença, mais uma vez o Ministério do Trabalho adere à campanha Outubro Rosa e esclarece sobre os direitos das trabalhadoras diagnosticadas com neoplasia maligna de mama.

Na fase sintomática da doença, toda trabalhadora celetista poderá fazer o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), assim como do benefício PIS/Pasep, este no valor de um salário mínimo e que poderá ser retirado em agências da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil. A trabalhadora também tem direito ao auxílio-doença e, em casos mais avançados, pode requerer a aposentadoria por invalidez.


Acompanhante - Caso a trabalhadora necessite de cuidados permanentes de outra pessoa, além da aposentadoria por invalidez, também tem o direito a um acréscimo de 25% no valor do benefício, conhecido por Auxílio Acompanhante, conforme previsto na Lei nº 8.213/91. O valor adicional é pago pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de forma vitalícia. Além disso, pode-se requerer na Receita Federal a isenção total do Imposto de Renda de Pessoa Física.

Para ter acesso a esses tipos de benefícios é necessário estar na qualidade de segurada da Previdência Social e passar pela perícia médica do INSS para comprovação da incapacidade de trabalho.


Redução da Mortalidade - Iniciado na década de 1990, o movimento Outubro Rosa tem o objetivo de estimular a população feminina brasileira no controle do câncer de mama. Realizada todos os anos, a campanha é utilizada para compartilhar informações sobre o câncer, promover esclarecimentos, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, a fim de contribuir para a redução da mortalidade.

Uma das estratégias é incentivar a realização do autoexame, um importante aliado no tratamento do câncer de mama em mulheres de todas as idades. Quando a doença é detectada nas fases iniciais, são maiores as chances de tratamento e cura. 

O Inca recomenda que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.


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