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terça-feira, 14 de agosto de 2018

Sociedade Brasileira de Dermatologia lança campanha com orientações sobre a dermatite atópica


Doença tende a aparecer ou a piorar quando paciente é exposto a determinadas substâncias ou situações de estresse


A dermatite atópica é uma doença da pele comum na população brasileira. Até 25% das crianças podem apresentar episódios da doença e até 7% dos adultos podem ser acometidos. Trata-se de uma doença crônica, hereditária e não contagiosa, que em decorrência das lesões na pele e coceiras, pode afetar a autoestima do paciente e sua interação social.

Em campanha veiculada nas redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube) a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) orienta a população sobre o que é a doença, causas, diagnóstico, fatores desencadeantes e cuidados. Nas peças divulgadas, a população também é lembrada da importância de procurar o médico dermatologista, profissional qualificado e capacitado para realizar o diagnóstico e o tratamento da doença.

Pacientes com dermatite atópica não possuem a barreira protetora da pele e convivem com alergia cutânea que pode desencadear pele seca, erupções que coçam e crostas, principalmente nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelo e atrás do joelho, áreas mais espessas e secas. Outras características da doença são esfoliações causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele, que também podem surgir após irritações prolongadas, gerando eczemas.

“Na maioria dos casos, os pacientes com dermatite atópica não possuem na pele a substância que auxilia no fator natural de hidratação que todas as pessoas possuem, sendo assim, é como se faltasse uma película gordurosa na pele do indivíduo e é essa película que protege das agressões externas. Uma das queixas mais comuns de quem tem a doença é o impacto na vida social, embora com alguns cuidados seja bastante possível aumentar o bem-estar do paciente”, explica a Dra. Ana Mósca, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A doença é controlada com a identificação e controle dos fatores desencadeantes, além de medicação adequada. Alguns dos fatores para o desenvolvimento da doença são: contato com materiais ásperos, poeira, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e tecido sintético, temperaturas extremas, infecções, alguns alimentos e o estresse emocional.

“Qualquer contato com superfícies ásperas, pelos, exposição solar ou produtos de higiene/limpeza tem efeito desencadeador. É importante que o paciente atópico viva em um ambiente limpo, sem odores e livre de objetos que possam acumular poeira. O apoio psicológico também pode ser útil ao paciente e à sua família”, afirma o Dr. Samuel Mandelbaum, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O tratamento da doença visa melhorar os sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida do paciente e no controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. “Para combater a pele seca, o tratamento é feito com hidratantes, que devem se reaplicados no mínimo duas vezes por dia, e de preferência após o banho para que o produto segure ao máximo a umidade da pele”, afirma Ana Mósca. O uso de imunomoduladores da calcineurina podem ser indicados.  Cremes e pomadas de cortisona também são eficazes no controle da doença, no entanto, devem ser indicados e usados corretamente para se evitar efeitos colaterais a longo prazo.

A fototerapia é outra opção de tratamento, mas seu uso requer cautela e deve ser discutido com o médico. “Tratamentos com raios ultravioletas costumam ficar restritos apenas aos casos especiais e de difícil controle em razão dos efeitos colaterais da terapia”, salienta Samuel Mandelbaum.

Sempre procure um médico para saber qual é o melhor tratamento para o seu caso. Uma relação de parceria com o médico contribui muito para o tratamento da dermatite atópica. Busque um médico dermatologista associado da SBD: http://www.sbd.org.br/associados/.


Perda auditiva em mulheres na menopausa pode estar associada à reposição hormonal


Fase das mais temidas pelas mulheres com mais de 45 anos, a menopausa é, sim, um período de grandes transformações na saúde feminina. E para amenizar os transtornos que a redução na produção de hormônios causa, muitas recorrem à terapia de reposição hormonal. Mas o tratamento, além de benefícios, pode acarretar um outro problema: a perda de audição.
Estudo realizado em um hospital de Massachusetts (EUA) mostrou que o risco de mulheres que fazem uso de hormônios sintéticos na pós-menopausa desenvolverem perda auditiva gradual é 21% maior do que aquelas que não utilizam nenhum tipo de medicamento. Tal pesquisa é considerada o primeiro grande estudo que associa a deficiência auditiva à terapia hormonal. Não se sabe precisar ao certo o por que isso acontece, mas tudo indica que o aumento das doses hormonais pode interromper a recepção do estrogênio nas células ciliadas do ouvido, que são as responsáveis por levar os estímulos auditivos para o cérebro. Uma vez que essas células morrem, não se repõem, causando assim a perda de audição.
O tratamento de reposição hormonal, no longo prazo, pode trazer consequências piores para a saúde auditiva. De acordo com a pesquisa norte-americana, os riscos da mulher sofrer com a surdez aumenta em 15% após cinco anos utilizando os hormônios em forma de comprimidos.
“O mais indicado é que essas mulheres realizem anualmente uma audiometria, exame que mede a capacidade auditiva. Assim, será possível acompanhar a saúde dos ouvidos e, caso haja alguma alteração, podemos indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Quanto mais cedo a perda auditiva auditiva for tratada, maiores as chances de miminizar as suas consequências”, explica Isabela Papera, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas.
Outros fatores associados à menopausa também podem causar ou agravar problemas auditivos. As doenças cardiovasculares, por exemplo, que também podem se desenvolver devido à diminuição da produção hormonal, alteram o fluxo sanguíneo e podem causar traumas nos vasos sanguíneos da orelha interna. Já pessoas com osteoporose, outra doença típica da pós-menopausa, têm o dobro a mais de chance de desenvolver surdez súbita do que indivíduos sem o problema ósseo.
“Cuidar da saúde é essencial e os ouvidos devem fazer parte dessa rotina. Problemas auditivos sem tratamento podem levar à perda auditiva grave e definitiva. Uma vez diagnosticada essa perda de audição, em qualquer nível, mesmo o mais leve, é preciso tratar e isso é feito de forma simples, com o indivíduo levando uma vida normal. A grande maioria dos casos de perda auditiva pode ser tratada com o uso de aparelhos auditivos”, diz a fonoaudióloga da Telex, que complementa: “Ter uma boa audição facilita a comunicação e a interação com o mundo ao nosso redor, trazendo mais alegria de viver”.


Veias saltadas durante a prática de atividade física pode ser preocupante, alerta vascular

Elas podem até parecer normais – e até certo ponto são mesmo - mas o cirurgião vascular Dr. Caio Focássio da capital paulista, alerta: se a veia permanecer saltada após o término da atividade física durante as atividades habituais, é sinal de perigo.

“Durante o esforço físico há um aumento natural da vascularização e do fluxo sanguíneo na região que está sendo exercitada para nutri-la. Com isso, ocorre o aumento do retorno venoso e da quantidade de sangue no sistema venoso, com consequente dilatação das veias, já que são elas as responsáveis por levar o sangue de volta ao coração”, explica o médico.
Todas as veias passam pelo processo de dilatação, por isso que nem todas que estão saltadas são sinais de problema ou de alguma patologia. “Mas é essencial prestar atenção aos sinais que o corpo emite”, alerta Dr Caio.
Por isso que atletas ou praticantes amadores de atividade física devem realizar acompanhamento médico regularmente. “Apesar de não existirem evidências científicas que comprovem o malefício para o sistema circulatório das práticas excessivas que utilizam os treinos de força, sabemos que exercitar-se de forma exagerada também pode causar outros sintomas. O ideal é que a atividade física seja introduzida de forma lenta e progressiva, devendo sempre ser acompanhada de perto por profissionais”, finaliza o médico.







FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten – Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.
Instagram: @drcaiofocassiovascular

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