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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Incidência de hemorroidas atinge cerca de 4,5% da população mundial

Especialista desmistifica dúvidas de pacientes

O desconforto e a vergonha ao falar de ‘hemorroidas’ faz com que a doença tenha um diagnóstico demorado, tornando o tratamento mais difícil. Pesquisas realizadas nos USA apontam que 10,5 milhões de pessoas sejam portadores de hemorroidas e que apareçam 1 milhão de casos novos ao ano. Os números assustam a população e cerca de 10 a 20% dos pacientes recebem a indicação de tratamento cirúrgico. Para quebrar esse tabu, o Dr. André Augusto, cirurgião geral do Instituto Endovitta, alerta que a hemorroida atinge cerca de 4,5% da população mundial e está explicita em situações como sangue no papel higiênico após a limpeza, dor ao evacuar e inchaço ao redor do ânus.
De acordo com especialistas, cerca de 80% da população sofrerá de problemas com as varizes do canal do ânus em alguma fase da vida. O que muitas vezes as pessoas não sabem é que as hemorroidas fazem parte da anatomia da região anal e são as veias dessa região, que quando estão dilatadas tornam-se doença hemirrodaria. Resumindo, essa patologia se caracteriza pela inflamação no tecido que reveste o canal anal, impedindo o sangue de passar nessa região fazendo com que a veia fique dilatada, inchada, dolorida e sangrando. Além dos sintomas citados é possível que o paciente sofra com coceira, dificuldade para defecar e dor anal que pode surgir ao andar ou sentar.
Há quatro causas consideradas responsáveis pelo aparecimento da doença, são elas: genética ou hereditariedade, esforço para evacuar, esforço físico excessivo, infecções anais, permanecer por longo período sentado, além das dietas pobres em fibras.
Existem alguns fatores facilitadores para o diagnóstico da hemorroida, entre eles estão idade, gravidez, obesidade, prática do sexo anal e histórico familiar.
Podemos dividir a hemorroida em dois tipos: interna (quando as veias ficam dentro do ânus ou na parte inicial do reto) ou externa (quando o inchaço se projeta para fora, podendo ser identificada facilmente) e é necessário definir seu grau de complexidade.
Geralmente, o diagnóstico é feito a partir da análise da região anal do paciente, onde são observadas as anormalidades no canal anal e no reto. “Em muitos casos solicitamos um exame de sangue oculto nas fezes. Outros exames como anuscopia, retossigmoidoscopia e colonoscopia também podem ser solicitados” explica o Dr. André. Cada paciente tem um caso e deverá ser tratado de forma específica.
Os tratamentos contra hemorroida ajudam a aliviar os sintomas, prevenindo a trombose. Muitas vezes, são eficazes e bem-sucedidos. Nessa fase são usados analgésicos, anti-inflamatórios e pomadas de ação local para combater a dor. Caso os sintomas da doença persistam, é necessária a intervenção cirúrgica minimamente invasiva. Os pacientes que apresentarem quadros com grau II precisam de uma intervenção cirúrgica ou tratamentos alternativos como:
- Coagulação infravermelha: tratamento não-cirurgico que não causa complicações ao paciente. Uma pequena sonda é introduzida acima da hemorroida e a luz infravermelha é aplicada, iniciando o processo de coagulação dos vasos que levam sangue a região, fazendo com que elas encolham. O processo de diminuição dos tecidos pode levar algumas semanas.
- Ligadura elástica: procedimento ambulatorial realizado para diminuir o calibre das veias com melhora dos sintomas.
- Cirurgias: indicada em situações extremas ou que não tiveram sucesso com outros tratamentos, a cirurgia indicada está relacionada à hemorroidectomia, geralmente utilizada em pacientes com dor ou hemorragia grave. Durante esse processo, o cirurgião retira veias inflamadas que causam sangramento e dor. Nela são utilizadas duas técnicas como Milligan Morgan ou Ferguson, uma cirurgia feita sob anestesia peridural, onde é removido todo o tecido ao redor da região afetada, além da técnica de Longo, mais moderna e que utiliza um dispositivo para realizar o grampeamento das hemorroidas.
dia a dia de um paciente com hemorroida envolve cuidados, onde podem ser adotados métodos caseiros para ajudar na recuperação. Entre os métodos estão a utilização de pomadas com corticoides para redução de dor e inchaço, banhos de assento com água morna de 10 a 15 minutos, uso de roupas íntimas de algodão, evitar segurar a vontade de evacuar, não fumar, evitar coçar a área e ingerir muitas fibras e água!
Ao tratar desse tema, milhares de perguntas surgem e muitas não são explanadas corretamente. Com o intuito de ajudar os pacientes, o proctologista do Instituto Endovitta desmistifica alguns mitos e verdades:

·         Sexo anal causa hemorroidas. MITO
Entretanto, alguns cuidados são importantes como usar sempre a camisinha, uma vez que o ânus é menos preparado para ser distendido e apresenta microfissuras, podendo causar infecções e ser a porta de entrada para as doenças sexualmente transmissíveis.

·         Evitar a ingestão de alimentos apimentados e picantes ajuda a amenizar a hemorroida. VERDADE
A pimenta não a causa do problema, mas pode agravar a dor. Entretanto, quem sofre dessa patologia deve evitar também produtos industrializados e a ingestão de alimentos crus, pois levam a um desequilíbrio da flora intestinal.

·         Exercícios físicos em excesso podem estar relacionados à hemorroida. VERDADE

De acordo com o especialista, alterofilismo, andar de bicicleta, a cavalo e a prática de exercícios intensos podem agravar o quadro. Os movimentos exercem uma compressão sobre a região promovendo um aumento da pressão na veia anal.

·         Ficar muito tempo sentado no vaso sanitário pode piorar. VERDADE
O ideal é que os pacientes fiquem o tempo necessário. A dica vale também para quem trabalha sentado o dia todo, a dica é fazer curtas caminhadas.

·         ­Usar papel higiênico perfumado não interfere no tratamento da hemorroida. MITO

O paciente deverá evitar o uso de papel higiênico perfumado ou colorido.
·         A hemorroida não dói e sagra. MITO

O sangramento da hemorroida aparece no final da evacuação. Quem sofre co a doença sente um desconforto grande ao sentar, além de coceira na região.
Vale lembrar que as grávidas também tem hemorroida frequentemente devido ao aumento de peso da gestante e a pressão exercida na região pélvica. Neste caso, o tratamento deve ser usado com muito cuidado e deverá ter acompanhamento médico.




Instituto Endovitta

Quero ser pai, mas fiz vasectomia, e agora?


 Especialista em reprodução humana esclarece uma dúvida comum entre homens que fizeram o procedimento e decidiram voltar atrás



Os hospitais brasileiros registram uma vasectomia a cada 15 minutos. A cirurgia é realizada em pacientes do sexo masculino para evitar que eles possam ter filhos. É um procedimento previsto na lei do planejamento familiar para ajudar no controle da natalidade. O problema é que a dinâmica das relações conjugais no Brasil faz com que haja muitos casos de homens que desejam reverter o procedimento, principalmente entre aqueles que iniciaram uma nova relação e desejam ter filhos com a nova parceira.

Assim como a laqueadura, que impede que mulheres engravidem, a vasectomia previne que o homem tenha novos filhos, em função de uma intervenção em que o ducto deferente é ligado e seccionado. Trata-se do local no corpo masculino por onde os espermatozoides vão do testículo para a vagina, durante a ejaculação. Praticamente não se altera a quantidade de espermatozoides produzidos. Porém, estes não são mais liberados após o procedimento.

Após a realização do procedimento é necessário saber que uma gravidez só será possível caso haja reversão da vasectomia ou se o casal recorrer a métodos alternativos para ter o tão esperado filho. O Dr. Alfonso Massaguer, especialista em reprodução humana e diretor responsável pela clínica Mãe, explica como é possível que uma pessoa vasectomizada volte a ter filhos. "Em caso de vasectomia há duas opções. Ou se tenta reverter o canal que foi cortado e amarrado, corrigindo essa vasectomia através de uma cirurgia e aí buscando uma gravidez natural. Ou se faz uma fertilização in vitro. Por meio de uma agulha, uma mínima cirurgia, o médico tenta tirar o sêmen direto da bolsa escrotal”, informa o ginecologista. Segundo ele, em laboratório esse sêmen é injetado num óvulo para tentar desenvolver a gestação, e a decisão entre um e outro procedimento depende do tempo em que o homem foi vasectomizado e se a mulher tem uma trompa e óvulo saudáveis.

Ainda existem homens que não fizeram vasectomia e mesmo assim tem problemas com infertilidade. De acordo com o Dr. Alfonso, a infertilidade masculina é um problema que afeta milhões de homens ao redor do mundo e esse tipo de distúrbio representa quase 50% dos casos de casais que tem dificuldades em ter filhos.  “Graças aos avanços da medicina, hoje existem vários tratamentos para homens que sofrem de infertilidade masculina”, acrescenta o médico. O ginecologista informa os fatores que podem gerar a infertilidade:

De pré-disposição genética, até hábitos nocivos, várias coisas podem gerar esse problema. Entre os mais comuns estão:  
  • Dificuldade nas relações sexuais;  
  • Tabagismo e alcoolismo;  
  • DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis);  
  • Trauma testicular;  
  • Uso de drogas;  
  • Baixa produção de espermatozoides;  
  • Alteração na produção de sêmen entre outros.  
Ainda existem outros fatores que podem influenciar na infertilidade masculina. Segundo o obstetra, a melhor maneira de evitar esse problema é prevenindo e consultando o médico regularmente.  “Muitos homens acabam sofrendo por anos com a infertilidade masculina pois tem receio de consultar um especialista. Entretanto, quanto antes o diagnóstico ser feito, mais chances de tratamento o paciente tem”, alerta o Dr. Alfonso.
  





Dr. Alfonso Araújo Massaguer - CRM 97.335 -  Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e Especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Universitário Dexeus – Barcelona. Dr. Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. É professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU e membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida e autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina.  


Mais de um milhão de pessoas têm indicação para cirurgia bariátrica no Estado de São Paulo


 Maioria dos pacientes ainda não tem acesso ao procedimento

Mais de um milhão de pessoas (1.078.000) têm indicação para fazer cirurgia bariátrica no Estado de São Paulo. Em todo o País, este número chega a 4,9 milhões. Os dados fazem parte de uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Em 2017, o Brasil realizou 105.642 cirurgias no setor privado, um número 46,7% maior que em 2012 e 5,6% maior que em 2016, quando foram realizadas 100 mil cirurgias.
Para ter indicação para a cirurgia bariátrica, os pacientes precisam preencher uma série de critérios. O procedimento é permitido em pessoas com diabetes mellitus Tipo 2 (DM2), que possuam IMC (Índice de Massa Corporal) entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2, e ausência de resposta ao tratamento clínico; em pacientes com IMC maior que 35, desde que tenham doenças associadas a obesidade; ou com IMC acima de 40, considerada obesidade mórbida, sem a necessidade de comprovar doenças causadas pela obesidade.
O cirurgião bariátrico Admar Concon Filho, que é membro da SBCBM, explica que, apesar do aumento do número de cirurgias realizadas, muitas pessoas ainda não conseguem fazê-las. “Por falta de acesso a um serviço de saúde, por medo ou até por falta de informação, muita gente não chega a realizar o procedimento. Se levarmos em conta que um milhão de pessoas têm indicação do Estado de São Paulo, se todas as cirurgias do País fossem realizadas apenas aqui (cerca de 100 mil por ano), levaríamos 10 anos apenas para atender esses pacientes. E, paralelamente a isso, temos o crescimento da obesidade que, em dez anos, será muito maior. É uma conta que não fecha”, comenta.

De acordo com ele, a obesidade é um dos grandes problemas de saúde pública. A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, divulgada recentemente, aponta que 18,9% da população brasileira é obesa. O sobrepeso é uma realidade para 54% dos brasileiros.

“A cirurgia bariátrica deve ser o último recurso para uma pessoa emagrecer. Até para ter indicação, ela precisa comprovar que tentou – sem sucesso – outros métodos convencionais. No entanto, ela é uma opção que precisa ser considerada para reverter quadros de obesidade. O excesso de peso está totalmente ligado a muitos problemas de saúde e, na prática, vemos que o paciente submetido a uma bariátrica consegue melhorar ou curar diversas doenças associadas, como hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e problemas nas articulações, entre muitas outras. Isso não só melhora sua qualidade de vida, como também aumenta sua expectativa de vida”, explica.

Segundo Concon, a cirurgia bariátrica evoluiu muito nos últimos anos, o que proporciona mais segurança aos pacientes. “Hoje, temos a opção por videolaparoscopia, que é minimamente invasiva. Os riscos de uma cirurgia bariátrica são comparados aos riscos de uma cesárea ou de uma retirada de vesícula. Mas é importante destacar que o paciente precisa mudar seus hábitos e ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, tanto antes quanto após a cirurgia. Isso é muito importante para que os resultados sejam positivos”, reforça.






Admar Concon Fiho - cirurgião bariátrico e do aparelho digestivos, membro titular e especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, além de membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e membro da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders.


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