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segunda-feira, 4 de junho de 2018

5 dicas para que o treinamento corporativo se alinhe à estratégia de sua empresa

Em tempos em que a quantidade de informações e de possibilidades de negócios é cada vez maior, as empresas apostam no treinamento continuado de seus colaboradores. Segundo uma pesquisa realizada pela Integração Escola de Negócios, em parceria com a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e a Carvalho & Mello Consultoria Organizacional, o investimento anual das empresas brasileiras com treinamento e desenvolvimento (T&D) cresceu 21% em 2017, atingindo uma média de R$ 788 por trabalhador.


A capacitação é a melhor maneira de engajá-los, de completar a sua formação e de transmitir a eles a filosofia e os valores da empresa. Quando os funcionários são estimulados e compreendem o local em que trabalham, os resultados são maior produtividade, colaboradores mais satisfeitos e propensos a construir uma carreira na empresa. Contendo o turn over, a empresa tem menos gastos com demissões e contratações.

Mas treinamento corporativo não pode ser sinônimo de obrigação, desinteressante e sem propósito. Muitas empresas erram a mão ao adotar programas que pouco têm a ver com estímulo e satisfação.

O sucesso depende de alguns passos a serem seguidos:

  1. O primeiro deles é entender o cenário. Saber as principais necessidades e movimentos do mercado que influenciam os processos da empresa pode ser decisivo para direcionar um treinamento e selecionar elementos mais interessantes para os funcionários. Por isso, informar-se é sempre importante.
  2. Outro ponto é explicar com antecedência ao colaborador porque aquele treinamento é importante e quais as datas e horários. Não há nada pior que ser convocado para um treinamento de última hora sem entender porque se está ali.
  3. Também é preciso entender que nem todo treinamento precisa ser aplicado a todos. Em muitos casos, os conteúdos devem adaptados às áreas e até mesmo ao público-alvo. Com isso, é possível eleger a linguagem e os materiais utilizados. Há ferramentas especializadas, especialmente com soluções EaD, que oferecem modalidades de treinamentos diversas como gamification, simulações 3D, whiteboard, e-book, vídeo-learning, entre outras. Além disso, também é possível produzir materiais que podem ser consultados mesmo após o final da capacitação.
  1. O Ensino à Distância é outra possibilidade. Os treinamentos remotos permitem economizar tempo, espaço e deslocamento. A equipe escolhe o melhor horário para fazê-los sem que o trabalho seja sacrificado. Para a empresa, um dos grandes benefícios é que os custos com o desenvolvimento de uma plataforma ou aplicativo acabam sendo muito menores em relação à mobilização para um treinamento tradicional.
  1. Por fim, esses treinamentos também podem promover desafios e avaliações entre os funcionários, o que pode ser usado como motivação para melhorar e aprender.
Aprimorar e aumentar os investimentos em treinamentos corporativos já não é um diferencial no mundo corporativo. Deve ser uma prática das empresas, independentemente do seu porte ou setor, se quiserem ganhar competitividade no mercado e perenizar o negócio.


 

 Lipsio Carvalho - CEO da Paso Educação, empresa especializada na elaboração de plataformas para treinamentos em EaD.


Como evitar a rotatividade no segmento de franquias de serviço?


Chamado como turnover na área de recursos humanos, o termo destaca a baixa ou alta rotatividade de funcionários na dinâmica de uma empresa. De forma direta, a boa gestão do turnover caracteriza a não estagnação da empresa, assim como o desenvolvimento de fluxo de trabalho qualificado e positivo. Dependendo da organização, um percentual alto de rotatividade significa que há algo errado na administração da empresa. Mas afinal, como se evita a rotatividade de funcionários?

Em franquias, em que o time de colaboradores tende a ser menor, essa preocupação é ainda mais evidente. O ramo de franquias tem tido um saldo positivo na geração de novos empregos. Segundo a ABF – (Associação Brasileira de Franchising), nesse 1° trimestre de 2018, houve o acréscimo de 0,9% de novos empregos, com projeção de 3% de crescimento até o fim do ano.

Alguns segmentos que não carecem de uma força de trabalho com experiência têm se apresentado como porta de entrada para pessoas sem ampla qualificação. É o caso das franquias de lavanderias, que formam os profissionais com treinamentos internos. Inclusive, é na qualificação interna que está o segredo para evitar a alta rotatividade e manter o fluxo. Em lavanderias, é importante que todos os envolvidos conheçam todo o processo, a partir de treinamentos regulares. Dessa forma, se for necessária, a substituição de profissionais ocorrerá de maneira natural, sem impactos na operação.

O clima organizacional é um dos principais fatores a causar o turnover, segundo especialistas de recursos humanos. Trata-se de um indicador que interfere diretamente no desenvolvimento e nos resultados das atividades, já que implica na motivação do colaborador. E, para ter produtividade e se sentir valorizado, o funcionário precisa ser reconhecido.

E como demonstrar reconhecimento? Listo abaixo cinco passos:


1- Treinamentos. Nunca pare de treinar a equipe e, se possível, faça coaching individual e coletivo. Isso demonstra valorização profissional e a importância da qualificação de cada um.

2- Metas. Dê exemplos, estabeleça metas individuais e reconheça o cumprimento de metas, seja com bonificações ou elogios públicos. Desafie-os, envolva-os no seu negócio e deixe muito claro o quanto o ownership (ou dor de dono) é importante dentro do seu sistema organizacional.

3- Liderança. A presença da figura do líder também é importante, não o líder “carrasco”, mas o líder que os colaboradores se espelhem. Como um entusiasta do franchising, percebi que um dos maiores erros e motivos de resultados negativos de lojas é o franqueado achar que, por está comprando um negócio em que já exista um know how pré-estabelecido, ele pode acompanhar o negócio de longe ou delegá-lo a pessoas despreparadas.

4- Informação. O grande segredo é passar a informação adiante. Muitos empresários retêm ao máximo a informação com medo de que, no futuro, um ex-funcionário leve-a para a concorrência. E com isso passa uma vida desmotivando o time e estimulando resultados negativos para a empresa. Forme talentos e eles estarão sempre com você. Acredite nisso!  

5- Empatia. Elogie e reprima na dose certa. Nunca deixe de fazer nem um, nem outro e não procrastine. Aprendi uma coisa legal, que mantenho comigo como regra: sempre que for reprimir, orientar ou mostrar algo “negativo” para algum colaborador, o faça em particular e usando uma regra chamada “PNP” (positivo, negativo, positivo). Inicie o diálogo enaltecendo algo de positivo daquele colaborador, encaixe o enfoque desejado de orientação de melhoria (ponto negativo que precisa ser modificado) e finalize enaltecendo novamente outro ponto positivo. Desta maneira, provavelmente, o colaborador irá assimilar melhor onde ele deve melhorar, sem desanimar. Coloque-se no lugar dele e pense como você se sentiria ao ouvir o que você deseja dizer e da maneira que pretende fazê-lo.

Lidar com o turnover será sempre um desafio a ser atingido pouco a pouco nas pequenas ou grandes organizações. O ponto inicial está em não deixar a estagnação atingir o empreendimento, pois o fluxo de entrada de funcionários pode significar, principalmente, o crescimento da empresa. A questão é quando o fluxo de saída envolve a baixa aceitação do lugar. Esse é o ponto preocupante e que deve ser evitado a qualquer custo. E, caso ocorra, é necessário tomar medidas de mudança de clima, criando elementos de motivação imediatamente.  Só assim o negócio poderá prosperar.






Fernando Azevedo Filho - franqueado da Quality Lavanderia há cinco anos, com experiência em gestão de grandes empresas.

Transição de carreira: o que considerar na hora de mudar de área?


Escolher uma profissão não é fácil. Infelizmente, essa é uma decisão que tomamos muito cedo, quando ainda somos jovens demais. Por isso, alguns acabam abandonando a faculdade antes mesmo do fim do curso. Outros seguem e, mais tarde, se arrependem da escolha e decidem mudar de área. Há também os que trilham uma carreira feliz e de sucesso por anos, mas depois resolvem recomeçar.

 Seja qual for a situação, mudar de carreira é algo que sempre demanda muita atenção e planejamento.

Muitas vezes, o que motiva a transição são fatores internos. O profissional já não se sente mais realizado com o que faz. Está desmotivado. Nesses casos, vale a pena considerar se a insatisfação é com a profissão ou com a empresa. Se for com a companhia, cabe uma conversa sincera com o gestor. Talvez alguma mudança já seja suficiente. Ou então, se a empresa for o problema, é preciso considerar buscar novas oportunidades no mercado dentro da mesma área. 

A transição também pode ser motivada por questões bastante pessoais, como a chegada de um filho, uma doença ou a perda de uma pessoa querida. Em situações como essas, é comum uma pessoa repensar toda a sua trajetória e buscar algo que faça mais sentido para o seu momento atual. Se permitir essa auto análise de modo profundo é crucial. Não podemos agir por impulso num momento de pura vulnerabilidade. Uma decisão como essa implica em muitas consequências, por isso, deve ser muito bem pensada.

A mudança pode ser motivada ainda por fatores externos. O mundo vem mudando muito e de forma cada vez mais rápida. Os avanços tecnológicos já fizeram e ainda vão fazer muitas profissões simplesmente deixarem de existir. Em especial as funções repetitivas e de fácil automatização, tendem a ser substituídas por robôs e inteligências artificiais. Logo, quem ocupa cargos como esses deve começar a buscar outras alternativas, sempre olhando para dentro de si e levando em consideração os seus desejos, habilidades e anseios profissionais. 

Se, por qualquer que seja o motivo, você pretende fazer uma transição de carreira, minha sugestão primordial é elaborar uma lista de prós e contras. O que você tem a ganhar com essa mudança e o que pode perder? Nessas horas, é muito importante contar com apoio profissional, seja um Psicólogo, Consultor de Carreira ou um Coach. Esses especialistas estão acostumados a lidar com essas questões e podem te ajudar não só a tomar a melhor decisão, como principalmente para se preparar melhor para ela.

Caso você opte mesmo por mudar, é preciso considerar que essa decisão não impacta só a você, mas também a sua família. É prudente se preparar emocionalmente para os desafios que surgirão. Além disso, é necessário ter reservar financeiras. Afinal, a mudança implicará na redução das receitas e no aumento das suas despesas, já que será imprescindível investir mais recursos em sua formação profissional. Os esforços vão depender muito do tamanho dessa mudança. Aquelas que exigirem um novo curso superior, por exemplo, certamente serão as mais desafiadoras.

Nesse sentido, o planejamento é fundamental. O profissional precisa estabelecer metas de curto, médio e longo prazo. É preciso ter foco e objetividade. Cabe estudar muito bem o mercado em que se pretende atuar. Conversar com quem já atua na área pode ser relevante. Desenvolver novas habilidades fará parte do dia a dia. Será necessário passar pela curva de aprendizagem e enfrentar a insegurança.

 É importante ainda desenvolver a humildade, visto que será preciso conviver com pessoas mais jovens e de perfis diferentes. 

Agora, se a transição de carreira for para empreender, é importante saber se você tem o perfil adequado. O empreendedorismo requer muitas habilidades, como liderança, organização e tino comercial. Há vários testes, para você descobrir se tem ou não os requisitos adequados para abrir o próprio negócio. Nesse caso, além de ajuda profissional, o empreendedor deve buscar apoio em instituições como o Sebrae, que ajudam na orientação de abertura de novas empresas.

Por fim, cabe destacar que toda ação tem seus prós e contras. Avaliar cada detalhe antes de tomar uma decisão é fundamental para evitar arrependimentos.

Continuar numa carreira que não lhe dá mais prazer pode ser um preço muito alto. Entrar em um novo desafio profissional sem muitas certezas do que se deseja, também. É preciso muita calma e cautela antes de qualquer atitude. No fundo, o que todos desejam é uma carreira com mais sentido, que proporcione uma real satisfação, seja necessária uma transição ou não. 





Fernanda Andrade - Gerente de Hunting e Outplacement da NVH – Human Intelligence.

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