90% acredita que nova forma de trabalhar melhora
qualidade de vida, apesar de 38% não conseguir desconectar-se do trabalho nas
horas vagas
O Brasil
ainda não se adaptou às novas formas de trabalho. É o que aponta pesquisa da
Randstad, líder global em soluções de recursos humanos, em que 75% dos
brasileiros afirmaram ainda trabalhar no formato tradicional: no escritório e
no horário comercial.
De acordo
com o estudo realizado em 33 países, os mais desenvolvidos parecem mais
avançados no que diz respeito à adoção de formatos flexíveis: na Suécia, apenas
51% dos entrevistados afirmaram trabalhar segundo o modo convencional, o menor
percentual dentro deste cenário, enquanto a Índia registra o maior índice, com
85% dos profissionais atuando dentro da sede da empresa e em período comercial.
Por outro
lado, para quem torce pela mudança nos padrões de trabalho, a notícia é boa:
69% dos indianos acreditam que a maneira de trabalhar está mudando no país; no
Brasil, esse percentual é de 45%.
“O país
está passando por um processo de reformulação das relações de trabalho. As
empresas estão adotando gradativamente políticas de home office, horário
flexível, trabalho remoto e outras opções que desconstroem o modelo tradicional
da década de 80”, explica Jorge Vazquez, presidente da Randstad no Brasil.
Motivação
Para 90%
dos brasileiros, o trabalho flexível permite melhor equilíbrio entre vida
profissional e pessoal e para 86% deles, isso aumenta a produtividade,
criatividade e satisfação. Mas nem tudo é positivo: 38% dos entrevistados
sentem que essa flexibilidade também causa grande pressão na vida pessoal, já
que nunca conseguem se desconectar completamente do trabalho.
Ainda assim, 76% dos brasileiros preferem trabalhar
de casa ou de outros lugares que não o escritório, mas apenas 58% afirmam que
as empresas fornecem recursos e equipamentos suficientes para que isso seja
viável. Esse pode ser um dos motivos pelos quais 57% dos profissionais
afirmaram preferir trabalhar no escritório.