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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Especialista aponta os erros mais comuns ao declarar o Imposto Renda


Realizar a declaração do imposto de renda nas primeiras semanas garante algumas vantagens como retificação da declaração do IR ainda dentro do prazo, sem multa e contribuinte que entregou primeiro vai ser priorizado no recebimento da restituição. Porém é importante ficar atento para evitar erros ao fazer a declaração na correria, alerta o especialista em contabilidade e coordenador do Mestrado Profissional em Controladoria e Finanças Empresariais do Mackenzie, Henrique Formigoni.
 
O especialista destaca os erros mais comuns cometidos pelos contribuintes:

  • A omissão de rendimentos é um dos principais erros. Por exemplo, a pessoa não declara um trabalho que tenha realizado como autônoma, ou um emprego no qual tenha ficado apenas pouco tempo.
  • Incluir na sua declaração um dependente com renda, mas não informa esse rendimento. Por exemplo, um filho que faz estágio e incluído na declaração do pai, ou um pai que recebe aposentadoria e foi incluído na declaração do filho.
  • Declarar despesas médicas que não têm comprovação ou que não podem ser deduzidas. Outro erro é relativo ao reembolso eventualmente recebido de alguma despesa médica, que deve ser informado no campo “Parcela não dedutível/valor reembolsado”.
  • Confundir o plano de previdência do tipo PGBL com o VGBL. Apenas as contribuições feitas a planos do tipo PGBL e Fapi podem ser deduzidas na declaração do IR. A previdência do tipo VGBL deve ser declarada como aplicação financeira.
  • Não declarar os rendimentos de aposentadoria. Outro erro é declarar valores diferentes daqueles que constam do comprovante de rendimentos fornecido pela fonte pagadora. Por exemplo: somar o imposto relativo ao 13º salário ao imposto retido na fonte, na ficha Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica.
  • Atualizar o valor de bens, como por exemplo: da casa, do carro ou de outros bens pelo preço de mercado não é permitido. Os bens devem ser declarados pelo custo de aquisição.
  • Não declarar renda de aluguel é outro problema comum. Aluguel recebido é rendimento tributável e precisa ser declarado.
  • Quem recebe pensão alimentícia precisa declarar o rendimento. Quem paga pensão alimentícia pode deduzir integralmente o valor pago em Pagamentos Efetuados, desde que obrigado por uma decisão judicial ou acordo homologado em cartório.

Formigoni ressalta que ao ser identificado algum do erro, o contribuinte acaba caindo na “Malha fina”, termo utilizado para destacar que a declaração do IR apresenta algum indício de irregularidade e está sendo analisada mais detalhadamente pela Receita Federal. Por esse motivo é aconselhável ter o máximo de cuidado no preenchimento e, em caso de dúvida, o contribuinte deve procurar auxílio de um profissional para esclarecê-los, tais como: várias fontes de renda, compra e venda de imóveis, rendimentos da atividade rural, aplicações financeiras e PGBL ou VGBL, falecimento de cônjuge e outras situações.
 

Excesso de peso/obesidade é responsável por 15 mil casos de câncer por ano no Brasil


Aproximadamente 15 mil casos de câncer são atribuíveis ao excesso de peso e obesidade no Brasil, aponta estudo realizado no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP em parceria com a Universidade de Harvard e a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde. Esse estudo inédito foi publicado na revista científica Cancer Epidemiology no dia 28 de março de 2018.

No Brasil, mais de 400 mil casos de câncer são diagnosticados anualmente. O excesso de peso e obesidade está particularmente associado com o aumento no risco dos canceres de mama (pós-menopausa), cólon e reto, corpo do útero, vesícula biliar, rim, fígado, mieloma múltiplo, esôfago, ovário, pâncreas, próstata, estômago e tireoide. A incidência desses 14 tipos de câncer corresponde à metade do total de casos de câncer diagnosticados por ano no Brasil. Nesse contexto, pesquisadores visaram estimar a proporção e o número de casos desses 14 tipos de câncer atribuíveis ao excesso de peso e obesidade no Brasil.

Para estimar o excesso de peso e obesidade na população brasileira, os pesquisadores estimaram a distribuição do índice de massa corporal (IMC) no Brasil em 2002 e 2013 utilizando dados de duas pesquisas conduzidas pelo IBGE, a Pesquisa de Orçamentos Familiares e a Pesquisa Nacional de Saúde. Em 2002, 40% da população brasileira tinha excesso de peso e obesidade. Em 2013, esse número subiu para aproximadamente 60%. Assumindo aproximadamente 10 anos para ocorrência dos cânceres, os autores estimaram que, em 2012, aproximadamente 10 mil casos de câncer em mulheres e 5 mil casos em homens são atribuíveis ao excesso de peso e obesidade em 2002. A maioria desses casos de câncer em mulheres foram de mama (5 mil), corpo do útero (2 mil) e cólon (700), enquanto em homens foram cólon (1 mil), próstata (900) e fígado (650). Os estados brasileiros mais acometidos foram São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Em 2025, devido ao aumento e envelhecimento populacional, bem como o aumento do excesso de peso e obesidade observado entre 2002 e 2013, espera-se que aproximadamente 19 mil casos de câncer em mulheres e 15 mil casos em homens serão atribuíveis excesso de peso e obesidade.



Leandro Fórnias Machado de Rezende
Departamento de Medicina Preventiva
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Av. Dr Arnaldo, 455 2ºandar - CEP:01246-903 -São Paulo-SP

Exame laboratorial é primeiro passo para detectar hipertensão


Para conscientizar sobre os cuidados básicos para prevenir a hipertensão arterial, 26 de abril é instituído como Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial, doença que atinge aproximadamente 25% da população brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde.

Sobrepeso e obesidade, má alimentação, sedentarismo, tabagismo e, em alguns casos, o fator hereditário são os principais fatores que podem levar ao desenvolvimento da hipertensão arterial. Considerada uma doença silenciosa por permanecer anos sem sintomas contundentes, a hipertensão arterial pode ter consequências fatais se não controlada a tempo: infarto do coração, AVC (Acidente Vascular Cerebral), insuficiência cardíaca e renal são alguns dos desdobramentos.

Órgão muito importante que permite que o sangue chegue até todo o corpo, levando nutrientes e oxigênio, o coração é o que sofre com os desgastes promovidos pela hipertensão arterial. Para avaliar a saúde do coração e descobrir se é portador da doença, os exames laboratoriais são fundamentais para a detecção precoce e para evitar o seu avanço.

“Os exames de metabolismo das gorduras são indicados na investigação da hipertensão arterial. Incluem HDL colesterol, LDL colesterol, VLDL colesterol, colesterol não HDL, Triglicerídeos e Colesterol Total. Além disso, é fundamental a avaliação da função renal que se obtém com a dosagem da creatinina e a estimativa da taxa de filtração glomerular”, indica o Dr. Octavio Fernandes, patologista clínico e vice-presidente de operações do Labi Exames.

O colesterol é uma gordura importante no funcionamento do corpo. O colesterol total é o reflexo do colesterol bom (HDL), do colesterol ruim (LDL) e do colesterol associado aos triglicerídeos (VLDL). Conhecido como o colesterol bom, o HDL é uma lipoproteína composta por muita proteína e pouca gordura e serve para transportar o colesterol no sangue. Já o LDL é conhecido como colesterol ruim e é uma lipoproteína composta por pouca proteína e muita gordura, que serve para transportar o colesterol no sangue. O colesterol não-HDL representa todos os tipos de colesterol que podem levar à formação de placas de gordura pelo corpo. É calculado subtraindo o colesterol bom (HDL) do colesterol total.

Os triglicerídeos são gorduras que servem de energia para o corpo e podem aumentar com consumo de álcool, doença dos rins, uso de pílulas anticoncepcionais e alguns remédios. Além disso, o triglicerídeo alto pode ter causas genéticas. Nesse caso, várias pessoas da família podem ser afetadas e ter valores de triglicerídeos muito altos. Valores altos de triglicerídeos indicam excesso de gordura no corpo e podem aumentar o risco de entupimento de vasos sanguíneos.

Outra avaliação que deve ser feito no check-up laboratorial da saúde do coração é a do rim. A creatinina é produzida pelos músculos em situações normais e é eliminada na urina. “Essa proteína é o principal marcador de função dos rins, sendo muito importante sua dosagem seriada para alguns pacientes, inclusive os portadores de hipertensão arterial, pois quando os rins não funcionam bem, a creatinina aumenta no sangue”, explica o médico.

A taxa de filtração glomerular (TFG) representa quanto do sangue é filtrado nos rins para formar a urina e é um reflexo de como está o funcionamento dos rins. Geralmente, quanto maior a filtração, melhor a saúde renal. “Diabetes e pressão alta são as principais causas de doença dos rins, podendo levar à diminuição da TFG. Quanto menor a taxa de filtração pior é o estágio da doença dos rins”, acrescenta o médico. A TFG diminui em idosos mesmo na ausência de doença e aumenta nas grávidas. O uso de medicamentos para controle da pressão alta e antiinflamatórios também podem interferir no resultado.

Por fim, a proteína C-reativa (PCR) avalia o risco de doenças cardiovasculares, pois reflete o estado inflamatório do corpo. A PCR aumentada repetidamente pode indicar um risco maior de doenças cardiovasculares. “Estudos recentes mostram que essas doenças estão associadas a uma inflamação moderada mantida, que acaba danificando os vasos sanguíneos do coração e do resto do corpo. Por isso, a PCR pode ajudar a determinar o risco de complicações como infarto, por exemplo”, finaliza o Dr. Fernandes.

Para comemorar o Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial (26 de abril) e incentivar o cuidado com a saúde, o Labi Exames oferece, no mês de abril, 1.000 exames gratuitos para a população. Os exames são Creatinina e TFG para avaliar o rim, órgão frequentemente afetado pela hipertensão.




Fonte:  Labi Exames

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