Pesquisar no Blog

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O Estado brasileiro em estado terminal


Ainda me lembro da década dos anos 70, sob o regime militar, quando num supermercado li, um tanto assustado, no Jornal da Tarde, na época editado pelo Jornal O Estado de S. Paulo, uma manchete em letras garrafais em que se dirigia uma crítica ao Estado brasileiro como o mais estatizante do planeta, chegando a compará-lo aos países socialistas. 

É claro que, na época, qualquer crítica, mesmo construtiva, e que se relacionasse a regimes socialistas, chamava muito a atenção, e o jornal vendeu rápido.

Ao ler a matéria pude, nos meus 18 anos, inferir que realmente a economia no regime militar era baseada no papel predominante do Estado, porém tinha uma diferença, sentíamos que o Estado era sério, havia desenvolvimento, vivíamos o famoso “vamos crescer o bolo para dividi-lo”. Depois, com a abertura democrática, surgiu o neoliberalismo, com as privatizações que trouxeram desenvolvimento, sem dúvida nenhuma. 

Mas o que eu gostaria de analisar neste simples texto é a cultura do Estado que nos foi legada durante anos e a apropriação oportunista político-cultural do papel do Estado brasileiro junto ao povo. Parece-me que as benesses que o Estado brasileiro deformado culturalmente oferece estão enraizadas no idealismo profissional em fazer-se funcionário do Estado, em lutar para entrar num concurso público, em obter através do Estado remunerações muito acima da iniciativa privada, haja vista o Judiciário e outros setores.

Imaginem que, sem a aprovação da famosa reforma da Previdência, a dívida pública brasileira pode chegar a 100% do PIB em 2021, em face da sucessão de déficits e também da piora nas expectativas para a economia; no cenário atual, em termos de reforma tributária, não basta que a queda dos juros a 7% ao ano seja motivo de otimismo, a grande verdade é que o Estado brasileiro ainda é atrasado e ineficiente, um Estado que cobra muito em termos tributários e devolve à sociedade apenas corrupção, má gestão, barganhas políticas e péssimos serviços. Estamos vivenciando o estado terminal do Estado brasileiro, politicamente desmoralizado, e me surge agora, salvo engano, uma percepção de que o povo brasileiro enfim está se dando conta e se desfazendo dessa cultura Estatal, vez que aquele Estado honesto, e até provedor, que havia no regime militar entrou em colapso. Imaginem se as privatizações não tivessem ocorrido! Hoje o lema é privatizar, enxugar o Estado, maximizar um Estado mínimo, para que a classe política e o corporativismo não nos levem para a Unidade de Terapia Intensiva da corrupção e do desalento de um Estado terminal.





Fernando Rizzolo - Advogado, Jornalista, Mestre em Direitos Fundamentais, Professor de Direito





SÃO PAULO: Paulistanos devem ficar atentos aos criadouros do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya



Reservatórios domiciliares de água são um dos pontos com maior foco do mosquito.


Uma boa notícia para os paulistandos: o número de casos das doenças transmitidas pelo mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya vem diminuindo em São Paulo. De acordo com a Secretaria de Saúde do estado, em 2016 foram registrados mais de 162 mil casos de dengue. Destes, 95 vieram a óbito. De Chikungunya foram 1092 casos e de Zika cerca de 4400. Já em 2017, o número de casos de Dengue caiu para um pouco mais de cinco mil. Uma redução de quase 97%. No mesmo ano foram registrados aproximadamente 500 casos de Chikungunya; e 800 de Zika. Marcos Boulos, coordenador do centro de controle de doenças, esclarece que, além da conscientização da população, alguns fatores climáticos favoreceram para que esses números diminuíssem.

“Teve uma chuva muito importante esse ano. As chuvas contribuem pra lavar os focos. Tivemos também, além disso, um inverno mais rigoroso. Isso permite que o Aedes não prolifere de maneira importante. Tem uma série de fatores que estão relacionados. E, obviamente, principalmente por causa do surto da Zika e toda aquela coisa, a população ficou mais alerta e isso fez com que nós tenhamos uma busca mais clara e importante dos casos. As pessoas estão mais alerta com a possibilidade de surgir essas doenças”, afirma.


Fique atento aos sintomas:
 


Ainda assim, a população não deve ficar despreocupada. A luta contra o mosquito continua. O publicitário Fernando Aleixo, de 25 anos, mora na capital e já foi infectado pela Dengue. Ele conta que ainda falta colaboração dos moradores para impedir a procriação do mosquito.

“Aqui, no meu bairro, tem alguns pontos. Eu, principalmente, como moro em prédio vejo de cima, vejo que algumas pessoas não cuidam bem da piscina. Você vê que a água tá suja e fica parada. Aí a gente tenta alertar a secretaria pra fazer alguma coisa. A gente alerta só que nem sempre pode fazer muita coisa, né? Porque a secretaria não pode entrar. Só quando realmente está muito grave", lamenta.

Faça sua parte, vamos vencer esse mosquito.

Separe um tempinho para limpar seu quintal. Lembre-se também de checar se as calhas e as vasilhas dos pets não estão virando um ponto de acúmulo de água. É importante lembrar: um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por você.

Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes.
#combateaedes







Fonte: Agência do Rádio Mais 





Posts mais acessados