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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Férias: momento ideal para fortalecer a relação de pais e filhos



As férias chegaram e este é o período ideal para estreitar o convívio familiar, pois, durante o ano, o trabalho dos pais, a escola e a correria diária acabam deixando pouco tempo para brincadeiras e para o lazer familiar.

Segundo a neuropediatra Dra. Karina Weinmann, a convivência familiar é fundamental para o desenvolvimento infantil. “Falamos muito no conceito de tempo de qualidade, mas sabemos que na prática nem sempre os pais estarão com energia e disposição para brincar com as crianças depois de um dia exaustivo no trabalho. Por isso, é preciso aproveitar esse recesso no final do ano e as férias escolares para estar mais disponível para a criança”.

Além disso, a neuropediatra alerta: nas férias os pais devem incentivar brincadeiras ao ar livre e reduzir ao máximo o uso de aparelhos eletrônicos, como celulares e computadores.

“Sabemos que hoje os eletrônicos servem de “babá” para os pais. Mas, esse uso excessivo da tecnologia é muito prejudicial para crianças e adolescentes. Pode atrasar a fala, levar a criança a não aprender a interagir socialmente e se fechar. Sem contar nos prejuízos motores e na contribuição para o aumento de peso devido ao fato de ser uma atividade sedentária”, comenta a médica.


Lembranças afetivas
Os momentos em família e as férias criam memórias afetivas que a criança levará para o resto da vida. As férias ou viagens em família servem para a aproximar, fortalecer a dinâmica familiar, para viver aventuras, descansar e curtir cada instante intensamente. Esses momentos de lazer criam lembranças importantes para a criança e são fundamentais para seu desenvolvimento emocional e físico.


O que fazer com as crianças
Há muitas atividades que podem ser feitas tanto em casa, como nas viagens. Além das básicas, como jogar bola, empinar pipa, brincar de esconde-esconde, pega-pega, etc., elaboramos uma lista com algumas sugestões. Confira:
 
  1. Explore a sua cidade: Para quem não pode viajar, a dica é explorar a cidade. Visite parques que você nunca levou as crianças, praças e outros lugares ao ar livre. Aproveite para fazer um piquenique, jogar bola, empinar pipas, levar a bicicleta. Lembre-se de interagir com a criança e ajudá-la a fazer novas descobertas, como animais, árvores, subir em brinquedos, fazer trilhas, etc. 
  2. Um pouco de cultura: Muitas cidades possuem museus, planetários e outros espaços que podem ser desconhecidos para a criança. Escolha de acordo com a idade e aproveite.
  3. Sujar faz bem: O calor é ótimo para inventar brincadeiras sensoriais. Lama, tinta e tudo que possa incentivar o tato são ótimas atividades para trabalhar o processamento sensorial. Vale até gelatina na banheira. Sujar faz bem para a criança, ela precisa ter esse contato com terra, água, tintas e outras texturas. Comer fruta com a mão e se lambuzar também é uma ótima ideia. 
  4. Pequenos chefs: Organize uma receita fácil e peça ajuda da criança. Fazer um bolo, uma vitamina, etc. Lembre-se de não envolver a criança com facas ou fogo, mas o restante da receita como bater, quebrar os ovos, colocar a farinha, etc. são atividades importantes para desenvolver a autonomia.
  5. Quebra-cabeça: De acordo com a idade, escolha um quebra-cabeça. Ajude a criança a montar e vá contando histórias sobre a figura. A atividade é ótima para fazer em família.
  6. Massinha: Outra atividade que trabalha o processamento sensorial. Pode ser feita em casa com água e farinha de trigo. Use corantes para diversificar as cores. Incentive a criança a fazer diferentes formas.
  7. Acampadentro: Uma atividade ótima é o acampamento. Você pode bolar um no quintal de um parente caso more em um apartamento. Vale contar histórias, ler livros, ouvir música, etc. Chame os amigos ou primos para se tornar ainda mais divertido.
Há outras brincadeiras que podem ser feitas, como pular amarelinha, corre cotia, dança da cadeira, estátua, morto-vivo, etc.
 
“O importante é que os pais interajam com as crianças e incentivem brincadeiras diferentes e ao ar livre. Claro que isso deve se repetir ao longo do ano, mas dentro das possibilidades de cada um. Brincar é essencial para o desenvolvimento infantil, mas a presença e disponibilidade emocional dos pais também”, conclui Dra. Karina.




Como perder R$ 18 milhões



Pesquisas indicam que 70% dos apostadores que ganharam fortunas em prêmios de loterias perderam tudo em poucos anos. Na maioria dos casos, as pessoas caem na mesma cilada, acreditam que o dinheiro vai durar para sempre e que todos os seus desejos e de seus familiares poderão ser conquistados. Para o dinheiro durar para sempre, há apenas uma saída: gastar apenas o rendimento real, acima da inflação.

Nesta Mega-Sena da Virada tiveram 17 vencedores - e cada um deles ficou com R$ 18 milhões. Muito dinheiro, não é? Porém, há enormes chances de 9 deles não terem mais nada dentro de alguns anos. O vencedor poderia aplicar tudo em títulos Tesouro IPCA+ (NTN-B) e receber líquido trimestralmente em sua conta pouco mais de R$ 120 mil.  Isso é muito, se for para bancar apenas os gastos correntes, como supermercado, manutenção da casa, combustível, restaurantes, etc. Porém, se colocarmos na conta compra de bens, viagens extravagantes e mimos caros, o dinheiro começará a sumir.

Quanto custaria comprar um carro e um apartamento para cada integrante da família? Com esse montante de dinheiro será que se contentariam em possuir apartamentos de R$ 400 mil e carros de R$ 50 mil? Se o cidadão comprar um baita apartamento, uma casa na praia e dois carros de alto padrão, já poderá ir 8 dos R$ 10 milhões, que gerarão despesas próximas de R$ 15 mil mensais. E, nesse caso, sobrará apenas R$ 10 milhões para os investimentos, que darão apenas para gerar R$ 35 mil mensais de renda. Considerando que o ganhador poderá fazer maus investimentos por não entender do assunto e aceitar sugestões de outros mau entendedores, pronto! Estará condenado a ser mais um que irá para a estatística dos 70% que perdem tudo em poucos anos.

O que fazer então para que o dinheiro não suma? Simples: ter o recurso investido em coisas sólidas e gastar apenas o rendimento. Minha sugestão é que a família defina um orçamento para compra de bens e depois aplique parte do dinheiro em investimentos que paguem os rendimentos em conta corrente. Um desses últimos ganhadores, por exemplo, poderia destinar 20% para compra de bens e doações e aplicar o restante. Se comprar títulos públicos e fundos imobiliários com R$ 15 milhões, terá rendimentos depositados na conta, mensalmente, equivalente a R$ 60 mil, corrigidos periodicamente pela inflação. Além disso, os outros R$ 5 milhões continuaria crescendo indefinidamente.

Parece fácil, mas por que as pessoas não conseguem executar um plano assim? As duas principais razões são: 1) falta de conhecimento financeiro, não apenas da pessoa, mas também de pessoas que supostamente o assessoram; 2) a emoção incentiva a viver por impulso, investindo em furadas e comprando “brinquedos” que só geram despesas. O maior segredo é segurar os impulsos, tentando viver de forma não tão diferente do que se vivia antes do apostador ganhar o prêmio e buscar ajuda de um profissional fora da família - um consultor independente e ético que, de fato, entenda de investimentos.

Nos últimos anos, a profissão de Planejador Financeiro e Consultor de Investimento Independente ganhou bastante espaço e tornou-se viável a contratação de profissionais qualificados e independentes. Na CVM, é possível verificar os Consultores de Valores Mobiliários credenciados para atuar profissionalmente: http://sistemas.cvm.gov.br. No site da APIMEC é possível consultar os Analistas de Investimentos registrados (http://www.apimec.com.br) e no site da Planejar há uma lista dos Planejadores Financeiros certificados: https://www.planejar.org.br/certificacao/planejador-financeiro/busca/ .






Raphael Cordeiro - consultor de investimentos, sócio da Inva Capital, coordenador do curso de EAD em Finanças Pessoais da Universidade Positivo (UP) e autor do livro “O Sovina e o Perdulário”.




CONTA DE LUZ: 2018 começa com bandeira tarifária verde



2018 começou com uma boa notícia para os brasileiros: a conta de luz vai ficar mais barata em janeiro. Isto porque a Agência Nacional de Energia Elétrica determinou que a bandeira tarifária neste mês vai ser da cor verde, ou seja, não terá custo extra para o consumidor.

Em dezembro de 2017 a bandeira foi vermelha patamar 1, uma das tarifas mais caras, com custo de R$ 3,00 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Esta tarifa só fica atrás da vermelha patamar 2. Este aumento costuma ocorrer por conta da necessidade de operar usinas térmicas mais caras para compensar a geração hidráulica inibida pela falta de chuvas.

Bom, mas mesmo que a cor da bandeira tenha mudado para a verde e indique condições favoráveis de geração hidrelétrica no Sistema Interligado Nacional, é preciso que o consumidor use a energia de forma consciente e combata o desperdício. Quem dá algumas dicas de como economizar e gastar menos é o pesquisador do Grupo de Economia da Energia, Renato Queiroz. 

“O chuveiro elétrico gasta muito. Então eu tenho que fazer uma banho eficiente. Deixar menos tempo o chuveiro ligado, economizar o uso daquilo ali. Não vamos cantar no banheiro que vai gastar muita eletricidade. Quem é o outro vilão também é a geladeira. Então vamos abrir e fechar menos a geladeira. Eu vou dar um terceiro, que é o ferro elétrico, que gasta muita energia também. É melhor acumular a roupa e passar menos vezes. Se você todo dia passa roupa, passa roupa, você tem um período que vai esquentar o ferro e vai gastar muito. Então, também cuidado para você não ficar toda a hora usando aquele ferro elétrico de passar roupa”, afirmou.

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica também sugere que os consumidores limpem regularmente o filtro do ar condicionado e só o ligue com o ambiente fechado; troquem as lâmpadas incandescentes pelas de LED, que são mais econômicas; apague a luz sempre que sair; deixe a TV ligada só quando alguém estiver assistindo; espere para lavar roupa e louça, quando a máquina estiver cheia, e se puder, pinte o interior da casa com cores claras, para refletir melhor a luz.

Entenda como funciona as bandeiras tarifárias:



Lembrando que as concessionárias não interligadas ao Sistema Interligado Nacional, o SIN, não participam do sistema de Bandeiras Tarifárias, como ocorre com a distribuidora Boa Vista Energia e a permissionária CERR, localizadas no Estado de Roraima. 

Outra informação que merece destaque é que na segunda quinzena do ano passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que os valores com subsídios ao setor elétrico vão custar R$ 18,8 bilhões a mais nas contas de luz em 2018. Segundo a decisão, o valor vai ser destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e subsidiará as contas de luz de famílias de baixa renda; servirá para o pagamento de indenizações a empresas, e para compra de combustível usado pelas usinas termelétricas que geram energia na Região Norte e para o programa Luz para Todos.

Este impacto nas tarifas vai ser diferente para os consumidores de energia elétrica das regiões Norte e Nordeste, onde o aumento será de 0,77% na conta. Já para quem mora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto será de 2,72% nas tarifas de energia.


SAIBA MAIS:

O que são bandeiras tarifárias?

É o Sistema que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. O funcionamento é simples: as cores das Bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade. Com as Bandeiras, a conta de luz fica mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.


Qual a diferença entre as Bandeiras Tarifárias e as tarifas de energia elétrica?

É importante entender as diferenças entre as Bandeiras Tarifárias e as tarifas propriamente ditas. As tarifas representam a maior parte da conta de energia dos consumidores e dão cobertura para os custos envolvidos na geração, transmissão e distribuição da energia elétrica, além dos encargos setoriais.

As Bandeiras Tarifárias, por sua vez, refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Dependendo das usinas utilizadas para gerar a energia, esses custos podem ser maiores ou menores. Antes das Bandeiras, essas variações de custos só eram repassadas no reajuste seguinte, o que poderia ocorrer até um ano depois. Com as Bandeiras, a conta de energia passou a ser mais transparente e o consumidor tem a informação no momento em que esses custos acontecem. Em resumo: as Bandeiras refletem a variação do custo da geração de energia, quando ele acontece.

Quando a bandeira está verde, as condições hidrológicas para geração de energia são favoráveis e não há qualquer acréscimo nas contas. Se as condições são um pouco menos favoráveis, a bandeira passa a ser amarela e há uma cobrança adicional, proporcional ao consumo, na razão de R$ 1,00 por 100 kWh (ou suas frações). Já em condições ainda mais desfavoráveis, a bandeira fica vermelha e o adicional cobrado passa a ser proporcional ao consumo na razão de R$ 3,00 por 100 kWh (ou suas frações), para a bandeira vermelha - patamar 1; e na razão de R$ 5,00 por 100 kWh (ou suas frações), para a bandeira vermelha - patamar 2. A esses valores, são acrescentados os impostos vigentes.


As Bandeiras Tarifárias são uma conta a mais para o consumidor pagar?

Não. As bandeiras são uma forma diferente de apresentar um custo que hoje já está na conta de energia, mas que geralmente passa despercebido. As Bandeiras Tarifárias não interferem nos itens passíveis de repasse tarifário.

 Antes das bandeiras, as variações que ocorriam nos custos de geração de energia, para mais ou para menos, eram repassados até um ano depois, no reajuste tarifário seguinte. A ANEEL entendeu que o consumidor deve ter a informação mais precisa e transparente sobre o custo real da energia elétrica.

 Por isso, as Bandeiras sinalizam, mês a mês, o custo de geração da energia elétrica que será cobrada dos consumidores. Não existe, portanto, um novo custo, mas um sinal de preço que sinaliza para o consumidor o custo real da geração no momento em que ele está consumindo a energia, dando a oportunidade de adaptar seu consumo, se assim desejar. 






Cintia Moreira
Fonte: Agência do Rádio Mais 




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