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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Diástase reto abdominal atinge cerca de 30% das mulheres na gravidez



 Especialistas explicam a disfunção e ensinam como identificar, prevenir e diminuir a gravidade com exercícios da fisioterapia pélvica funcional


Na última metade da gravidez até o pós-parto, a manifestação da diástase reto abdominal é um sério problema enfrentado por cerca de 30% das mulheres, devido a ação de hormônios para a expansão do útero, que dilata e afasta os feixes da musculatura na linha média do abdômen, tornando-a mais fina e flexível. Segundo a fisioterapeuta Alessandra Sônego, especializada em Saúde da Mulher pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), quando essa separação atinge 3 centímetros ou mais, o músculo reto abdominal não fornece suporte adequado para o tronco e órgãos internos, e pode gerar sérios problemas pélvicos. “A diástase é considerada problemática quando o afastamento entre os retos abdominais atinge 3 centímetros ou mais, visíveis em alguns casos somente após o nascimento do bebê. Se essa musculatura permanece fraca e fina, favorece dores posturais, constipação intestinal, incontinência urinária, prolapsos, entre outros”, afirma.

Ainda há muitos equívocos em torno da diástase e da prática de exercícios físicos durante e após a gestação, onde opiniões divergem sobre os benefícios e malefícios para a mulher e o bebê. A fisioterapeuta Thalita Freitas, especializada em Saúde da Mulher e Obstetrícia (FMUSP), da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, diz que algumas dessas afirmações podem causar um alarde desnecessário ou até mesmo piorar a separação da musculatura abdominal. “Existem muitas afirmações falsas no que se refere ao recondicionamento abdominal na gravidez e no pós-parto. A verdade é que todas as mulheres grávidas podem e devem realizar exercícios básicos ao longo da gravidez, para ajudar a prevenir a diástase, bem como dores nas costas e disfunções pélvicas, mas tudo em acordo com um médico responsável”. 

Para saber se a paciente possui diástase, a especialista ensina como identificar. “Deite de barriga para cima, com os joelhos dobrados e os pés bem apoiados no chão. Coloque uma mão em seu abdômen e a ponta dos dedos em sua linha média, acima da cicatriz umbilical. Com o abdome relaxado, pressione suavemente a ponta dos dedos para baixo. Retire a cabeça do chão, levando em direção as pernas, como se fosse realizar um exercício abdominal. Mova a ponta dos dedos, sentindo os lados direito e esquerdo do músculo reto abdominal. Deslize os dedos ao longo de toda linha média”, explica Thalita. 

Caso identifique um “buraco” na região, evite todas as atividades que colocam estresse na linha média, que esticam ou expandem excessivamente a parede abdominal. Conheça alguns exercícios da fisioterapia pélvica funcional para prevenir ou diminuir a gravidade da diástase. 

Em todos os exercícios é imprescindível ativar de forma correta 3 regiões:

 - A musculatura profunda do abdome.

- O diafragma respiratório.

- O assoalho pélvico (períneo). 

Faça um teste para que identifique como ativar a musculatura abdominal através da respiração: 

Deitada de barriga para cima e pernas dobradas, você irá puxar o ar pelo nariz, e soltar até o final pela boca, sentindo as costelas abaixarem e a barriga ir ficando "durinha" até o fim da expiração. 



1. Associando a respiração à ativação do abdome e contração do períneo 

Na sequência, mantenha a mesma postura, puxe o ar pelo nariz, e enquanto solta o ar (abaixando as costelas e ativando o abdome) você irá contrair o períneo (como se quisesse segurar a urina). Sim, exige concentração e treino para conseguir coordenar o movimento, mas logo você pega o jeito! 

Realizar essa série 2x10 repetições.

 Pronto, agora você já aprendeu a base para todos os exercícios seguintes:


 2. Adutores de quadril

Ainda deitada de barriga para cima e com as pernas dobradas, coloque uma almofada entre as pernas, sem apertar demais. Em seguida inicie a respiração, puxe o ar pelo nariz, e enquanto solta o ar contraia o períneo e aperte a almofada com as pernas.

 Realizar essa série 2x10 repetições.


 3. Ponte Sustentada:

Você deve apoiar os pés no chão, mantendo os joelhos dobrados durante este exercício.

Puxe o ar pelo nariz, e enquanto solta o ar você irá levantar o quadril do chão até a altura dos joelhos, contraindo junto o períneo. Manter essa posição por 5 segundos e voltar lentamente até apoiar novamente o quadril no chão.
 Repetir esse exercício 10 vezes.



 4. Estabilizadores de tronco

Sentada em uma cadeira com os pés bem apoiados no chão, mantenha a postura alinhada e eleve os braços na altura dos ombros. Puxe o ar pelo nariz, e enquanto solta o ar você irá elevar uma das pernas e, simultaneamente, levantar os braços acima da cabeça. Não se esqueça de contrair o períneo enquanto realiza o movimento. 

Realizar 2x10 repetições.





Obesidade predispõe ao glaucoma



Biomarcadores nos exames de sangue e fundo de olho previnem riscos.


Mais da metade dos brasileiros, 53,8%, está acima do peso e 30 milhões são obesos de acordo com uma pesquisa divulgada este ano pelo Ministério da Saúde. Segundo o oftalmologista, Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier de Campinas o sobrepeso e a obesidade podem prejudicar a visão. Isso porque, predispõem ao glaucoma que é apontado como a maior causa de cegueira irreversível pela OMS (Organização Mundial da Saúde). 

A doença atinge mais de 2 milhões de pessoas no Brasil e cerca de 60 milhões no mundo. Queiroz Neto explica que em 90% dos casos é caracterizada pelo aumento da pressão intraocular. O tratamento é feito com uso contínuo de colírio para evitar a escavação do nervo óptico e perda definitiva do campo visual. Em outros 10% a pressão se mantém normal, até 21,5 mmHg, mas alterações metabólicas provocam os mesmos danos à visão que a pressão intraocular alta. “Por isso no glaucoma de pressão normal as terapias variam conforme as alterações sistêmicas que possam estar colocando a visão em risco, como por exemplo a hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, neurite óptica, esclerose múltipla ou qualquer outro problema sistêmico que possa provocar glaucoma”, pontua. A obesidade pode induzir a muitas dessas doenças sistêmicas e é por isso que predispõe ao glaucoma, explica.

O oftalmologista afirma que o maior desafio do glaucoma é o diagnóstico precoce. Prova disso é que mais da metade dos brasileiros só descobrem a doença em estágio avançado. Isso porque, rouba a visão sem apresentar sintomas. O problema é que um levantamento feito pelo médico com 814 pessoas mostra que 47% acreditam que qualquer alteração na visão pode ser percebida logo no início. “Na verdade, a maioria das doenças oculares não são percebidas logo que aparecem”, afirma o médico. 


Biomarcador plasmático

A boa notícia é que pesquisadores acabam de identificar biomarcadores que podem sinalizar a iminência do glaucoma antes da doença aparecer.

Um desses biomarcadores está no plasma. Queiroz Neto conta que uma metanálise de 13 estudos mostra que o exame de sangue dos portadores de glaucoma contém maior concentração no plasma de endotelina 1 que o do grupo sadio de controle. O médico explica que a endotelina 1 é um peptídeo que responde pelo  estreitamento dos vasos. Por isso, quando o exame de sangue revela maior concentração desta substância pode indicar risco de hipertensão arterial, diabetes e glaucoma antes dessas doenças aparecerem. Significa que o glaucoma pode ser prevenido por exames de sangue periódicos que meçam a endotelina 1 nos grupos de risco: maiores de 40 anos, obesos, negros e quem tem familiares com glaucoma.


Na retina

O médico ressalta que outro grupo de pesquisadores descobriu uma camada de células da retina que sofrem alterações antes dos primeiros sinais de glaucoma. Por isso, pondera, os grupos de risco devem .fazer anualmente uma  OCT (Tomografia de Coerência Óptica)  que examina todas as camadas de células da retina. Isso porque as células do fundo do olho são irrecuperáveis


Alternativas de tratamento

Para manter a pressão intraocular sob controle outras alternativas de tratamento elencadas pelo oftalmologista são a aplicação de laser que pode reduzir a  pressão intraocular, embora nem todos deixem de usar colírio. O mais novo tratamento para glaucoma é um dispositivo que pode ser implantado na malha trabecular durante a cirurgia de catarata.  O implante reduz a pressão intraocular, desviando o humor aquoso para um canal do globo ocular. Só pode ser colocado, conclui, em que tem glaucoma inicial ou moderado, mas a maioria das pessoas fica livre do uso de colírios.







MITOS E VERDADES SOBRE SUSPENDER A MENSTRUAÇÃO



Especialista responde as principais dúvidas sobre o tema


Cólicas, irritação, inchaço e TPM são alguns dos sintomas do período menstrual. Por esses motivos, interromper ou suspender a menstruação permanentemente tem sido uma ideia atrativa para muitas mulheres. “Foi-se o tempo em que o período menstrual era o melhor termômetro do bom funcionamento do organismo e um sinal de que não ocorreu gravidez. Agora, desde o momento que ocorreu uma mudança no papel da mulher na sociedade, aumenta-se o número de pacientes que desejam suspender a menstruação”, comenta Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis.

Apesar do assunto estar em alta, existem ainda muitas dúvidas e receios em relação a parar de menstruar. Abaixo, o especialista desvenda os principais mitos e verdades sobre o tema.  


Algumas mulheres não podem suspender a menstruação

VERDADE. Alguns cânceres de mama que são sensíveis ao estrogênio e a progesterona contraindicam o uso destes hormônios e, consequentemente, dos métodos contraceptivos hormonais. “Qualquer método que possua estrogênio não deve ser utilizado por mulheres com hipertensão não controlada, que tenham passado por cirurgia de grande porte com imobilização prolongada, que tenham antecedente de acidente vascular cerebral, doenças cardíacas isquêmicas, enxaquecas severas, tumores hepáticos ou hepatites agudas”, alerta Renato. Por isso, sempre consulte um ginecologista antes de iniciar um método contraceptivo, trocá-lo ou optar pelos regimes estendidos. 


Suspender a menstruação causa infertilidade

MITO. É muito importante frisar que os métodos hormonais não causam infertilidade permanente. “A interrupção do método e o retorno dos ciclos menstruais sugere o retorno à fertilidade. No entanto, há outros fatores que podem associar-se à dificuldade de engravidar, como a idade. Dessa forma, não é o fato de ter usado 10 a 15 anos de anticoncepcional, por exemplo, que dificulta a gravidez, mas sim o fato de ter esse tempo a mais para despertar o real desejo reprodutivo”, esclarece o especialista.


A suspensão é feita apenas por pílula anticoncepcional

MITO. O mais comum é o uso contínuo da pílula anticoncepcional. Neste caso, a paciente toma o medicamento, que pode ser uma combinação dos hormônios estrogênio e progesterona, ou somente a progesterona, sem interrupções. Dentre os outros métodos estão o DIU liberador de levonorgestrel, opção que pode evitar a menstruação e a gravidez e aconselhado mantê-lo por até cinco anos; o implante subcutâneo, um pequeno bastão flexível, mais fino que um palito de dente, é fabricado à base de progesterona e deve ser colocado sob a pele no antebraço, e por fim outra opção é a injeção trimestral de acetato de medroxiprogesterona. 


Quem tem mioma e endometriose pode se beneficiar com a suspensão?

VERDADE. Suspender a menstruação também pode ser tratamento para algumas doenças como mioma e endometriose. Para o mioma, por exemplo, o possível sangramento intenso pode ser controlado pela suspensão da menstruação. No caso da endometriose, a qual se caracteriza pela presença de tecido de dentro do útero, denominado endométrio, implantado fora da cavidade, pode cursar para algumas pacientes durante sua menstruação com intensas dores, diarreia e até mesmo sangue na urina. Nesta situação, a suspensão seria uma excelente alternativa para aquelas pacientes que não desejam gravidez. 


Antes de escolher o método é necessário uma consulta ginecológica

VERDADE. Sem dúvida, procure um especialista. “A prescrição de qualquer método deve considerar a segurança para cada paciente conforme os critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim, a consulta médica é fundamental para evitar os riscos da automedicação”, finaliza. 




Criogênesis




  

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