Especialistas
explicam a disfunção e ensinam como identificar, prevenir e diminuir a
gravidade com exercícios da fisioterapia pélvica funcional
Na última metade da gravidez até o pós-parto, a
manifestação da diástase reto abdominal é um sério problema enfrentado por
cerca de 30% das mulheres, devido a ação de hormônios para a expansão do útero,
que dilata e afasta os feixes da musculatura na linha média do abdômen,
tornando-a mais fina e flexível. Segundo a fisioterapeuta Alessandra Sônego,
especializada em Saúde da Mulher pela Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (FMUSP), quando essa separação atinge 3 centímetros ou mais, o
músculo reto abdominal não fornece suporte adequado para o tronco e órgãos
internos, e pode gerar sérios problemas pélvicos. “A diástase é considerada
problemática quando o afastamento entre os retos abdominais atinge 3
centímetros ou mais, visíveis em alguns casos somente após o nascimento do
bebê. Se essa musculatura permanece fraca e fina, favorece dores posturais,
constipação intestinal, incontinência urinária, prolapsos, entre outros”,
afirma.
Ainda há muitos equívocos em torno da diástase e da prática de exercícios físicos durante e após a gestação, onde opiniões divergem sobre os benefícios e malefícios para a mulher e o bebê. A fisioterapeuta Thalita Freitas, especializada em Saúde da Mulher e Obstetrícia (FMUSP), da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, diz que algumas dessas afirmações podem causar um alarde desnecessário ou até mesmo piorar a separação da musculatura abdominal. “Existem muitas afirmações falsas no que se refere ao recondicionamento abdominal na gravidez e no pós-parto. A verdade é que todas as mulheres grávidas podem e devem realizar exercícios básicos ao longo da gravidez, para ajudar a prevenir a diástase, bem como dores nas costas e disfunções pélvicas, mas tudo em acordo com um médico responsável”.
Ainda há muitos equívocos em torno da diástase e da prática de exercícios físicos durante e após a gestação, onde opiniões divergem sobre os benefícios e malefícios para a mulher e o bebê. A fisioterapeuta Thalita Freitas, especializada em Saúde da Mulher e Obstetrícia (FMUSP), da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional, diz que algumas dessas afirmações podem causar um alarde desnecessário ou até mesmo piorar a separação da musculatura abdominal. “Existem muitas afirmações falsas no que se refere ao recondicionamento abdominal na gravidez e no pós-parto. A verdade é que todas as mulheres grávidas podem e devem realizar exercícios básicos ao longo da gravidez, para ajudar a prevenir a diástase, bem como dores nas costas e disfunções pélvicas, mas tudo em acordo com um médico responsável”.
Para saber se a paciente possui diástase, a
especialista ensina como identificar. “Deite de barriga para cima, com os
joelhos dobrados e os pés bem apoiados no chão. Coloque uma mão em seu abdômen
e a ponta dos dedos em sua linha média, acima da cicatriz umbilical. Com o
abdome relaxado, pressione suavemente a ponta dos dedos para baixo. Retire a
cabeça do chão, levando em direção as pernas, como se fosse realizar um
exercício abdominal. Mova a ponta dos dedos, sentindo os lados direito e
esquerdo do músculo reto abdominal. Deslize os dedos ao longo de toda linha
média”, explica Thalita.
Caso identifique um “buraco” na região, evite todas
as atividades que colocam estresse na linha média, que esticam ou expandem
excessivamente a parede abdominal. Conheça alguns exercícios da fisioterapia
pélvica funcional para prevenir ou diminuir a gravidade da diástase.
Em todos os exercícios é imprescindível ativar de
forma correta 3 regiões:
- A musculatura profunda do abdome.
- O diafragma respiratório.
- O assoalho pélvico (períneo).
Faça um teste para que identifique como ativar a
musculatura abdominal através da respiração:
Deitada de barriga para cima e pernas dobradas,
você irá puxar o ar pelo nariz, e soltar até o final pela boca, sentindo as
costelas abaixarem e a barriga ir ficando "durinha" até o fim da
expiração.
1. Associando a respiração à ativação do abdome e
contração do períneo
Na sequência, mantenha a mesma postura, puxe o ar
pelo nariz, e enquanto solta o ar (abaixando as costelas e ativando o abdome)
você irá contrair o períneo (como se quisesse segurar a urina). Sim, exige
concentração e treino para conseguir coordenar o movimento, mas logo você pega
o jeito!
Realizar essa série 2x10 repetições.
Pronto, agora você já aprendeu a base para
todos os exercícios seguintes:
2. Adutores de quadril
Ainda deitada de barriga para cima e com as pernas
dobradas, coloque uma almofada entre as pernas, sem apertar demais. Em seguida
inicie a respiração, puxe o ar pelo nariz, e enquanto solta o ar contraia o
períneo e aperte a almofada com as pernas.
Realizar essa série 2x10 repetições.
3. Ponte Sustentada:
Você deve apoiar os pés no chão, mantendo os
joelhos dobrados durante este exercício.
Puxe o ar pelo nariz, e enquanto solta o ar você
irá levantar o quadril do chão até a altura dos joelhos, contraindo junto o
períneo. Manter essa posição por 5 segundos e voltar lentamente até apoiar
novamente o quadril no chão.
Repetir esse exercício 10 vezes.
4. Estabilizadores de tronco
Sentada em uma cadeira com os pés bem apoiados no
chão, mantenha a postura alinhada e eleve os braços na altura dos ombros. Puxe
o ar pelo nariz, e enquanto solta o ar você irá elevar uma das pernas e,
simultaneamente, levantar os braços acima da cabeça. Não se esqueça de contrair
o períneo enquanto realiza o movimento.
Realizar 2x10 repetições.