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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Por que fumar em filmes influencia as crianças?



 Não há desculpa para continuar a exibir cenas de tabagismo em filmes que são feitos para crianças


Queremos acreditar que estamos criando nossos filhos para pensar por si mesmos, e não para escolher coisas não saudáveis, só porque “as crianças legais” estão fazendo isso ou aquilo. Mas pesquisas mostram que, quando se trata do tabagismo, as crianças são fortemente influenciadas por algumas pessoas que consideram “mais legais” que outras pessoas: os atores dos filmes.

“Há um relacionamento de dose-dependência: quanto mais as crianças veem fumantes nas telas, é mais provável que fumem”, disse Stanton Glantz, professor e diretor da Universidade da Califórnia, São Francisco, do Centro de Pesquisa e Educação em Controle do Tabaco. Ele é um dos autores de um novo estudo que descobriu que os filmes populares estão mostrando mais o uso do tabaco nas telas.

“As evidências mostram que esse é o maior estímulo único para fumar, superando o exemplo dos pais, a influência dos amigos ou até mesmo a publicidade de cigarros”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Os estudos epidemiológicos demonstram que, se você controla todos os outros fatores de risco para o tabagismo (se os pais fumam, atitudes em relação à tomada de risco, status socioeconômico e assim por diante), os adolescentes mais jovens que estão mais expostos ao tabagismo nos filmes apresentam de duas a três vezes mais probabilidade de começar a fumar em comparação com as crianças expostas levemente aos mesmos estímulos.

Aqueles cujos pais fumam são mais propensos a fumar, defendem as pesquisas, mas a exposição ao tabagismo nos filmes pode superar o benefício de ter pais que não fumam. Em um estudo, filhos de pais que não fumavam, com uma forte exposição ao tabagismo nos filmes, eram tão propensos a fumar quanto os filhos de pais que fumavam com forte exposição ao tabagismo nos filmes. Para Glantz e  os outros pesquisadores do tema, isso faz do tabagismo nos filmes uma "toxina ambiental", um fator que ameaça as crianças.

“Não há desculpa para continuar a exibir cenas de tabagismo em filmes que são feitos para crianças e, portanto, o objetivo de saúde que temos é que esse seja um tema controlado", defende o pediatra Moises Chencinski.

O pesquisador Glantz mantém um site chamado Smoke Free Movies. “A pressão social é para que os estúdios se policiem. O sistema de classificação dos filmes precisa começar a considerar o tabagismo como uma obscenidade proscrita”, defende o pesquisador.

A ficha informativa dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças sobre o tabagismo nos filmes estima que esse controle pouparia 18% dos 5,6 milhões de jovens que morreriam de doenças relacionadas ao tabaco - um milhão de vidas. “Não há nada que você possa fazer que seja tão barato e economize tantas vidas”, defende Glantz.


Fenômeno global

O fato foi estudado em 17 países diferentes e, embora as políticas variem amplamente e as culturas sejam muito diferentes, os resultados são notavelmente similares. “Constata-se, consistentemente, um risco de duas a três vezes maior em crianças que são expostas ao tabagismo na tela, em todo o mundo”, diz  Chencinski.

Até há cinco anos atrás, as pessoas que se preocupam com o impacto do tabagismo nas telas sobre os jovens pensaram que as coisas estavam bem. Nos filmes classificados para o público jovem houve uma queda constante no número de incidências de tabaco na tela. Em 2012, convencido por uma grande variedade de evidências científicas, o Surgeon General emitiu um relatório dizendo explicitamente que ver pessoas fumando em filmes faz com que as crianças comecem a fumar: “estudos longitudinais descobriram que os adolescentes cujas estrelas de cinema favoritas fumam na tela ou que estão expostos a uma grande quantidade de filmes que retratam fumantes apresentam alto risco de fumar”.

Mas depois de 2010, apesar das evidências acumuladas, a taxa de tabagismo cinematográfico começou a aumentar nos filmes indicados para a juventude, de acordo com o novo estudo, publicado no Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade dos CDC, que analisou o tabaco em filmes de alta demanda de 2010 a 2016.

Quando comparamos 2010 a 2016, houve uma ligeira diminuição no número de filmes, mas um aumento no número de incidentes com tabagismo. O número de vezes que um ator usou um produto de tabaco, em um filme para a juventude, aumentou 72% entre todos os filmes. Em outras palavras, até 2016, havia mais incidentes de tabaco concentrados em menos filmes.

“Os filmes indicados para a juventude hoje continuam a considerar aceitável o uso do tabaco, mas já sabemos que isso é prejudicial e faz com que a juventude seja sujeita a essa influência nociva. A frequência do uso do tabaco nos filmes deve ser uma preocupação de saúde pública”, diz o pediatra Moises Chencinski.

As políticas que os estúdios implementaram em relação à questão claramente não são suficientes. Então, o que pode ser feito? “Uma mudança possível seria avaliar filmes com uso de tabaco com mais restrições de público. Outra medida que pode ajudar são os estúdios não aceitarem merchandising de produtos e marcas de tabaco reais na tela. Todas essas estratégias são apoiadas pela American Academy of Pediatrics, que emitiu uma declaração classificando o novo estudo como alarmante”, conta Chencinski.





Moises Chencinski





Médico explica diferenças entre métodos de emagrecimento



Balão intragástrico, cirurgia bariátrica, gastroplastia endoscópica e remédios para emagrecer: qual é a escolha ideal? 


De acordo com o Ministério da Saúde, um em cada cinco brasileiros é obeso e mais da metade da população tem excesso de peso. A obesidade tornou-se a doença adquirida que mais preocupa os pesquisadores no mundo, se tornando uma questão de saúde pública. Ainda segundo o órgão, nos últimos 10 anos, a obesidade no Brasil aumentou em 60%, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. 

Risco para uma série de doenças como doenças cardiovasculares e ortopédicas, diabetes, aumento da incidência de tumores, entre outras, a obesidade reduz drasticamente a expectativa de vida. Devido a isto, é fundamental buscar uma vida mais saudável. Há pessoas já tentaram as mais diversas dietas para emagrecer, com resultados frustrados. Entretanto, quando a perda de peso é urgente, há métodos que podem auxiliar o processo, que deve, também, passar por uma reeducação de hábitos. O médico especialista em gastroenterologia, cirurgia e endoscopia, Mauro Jácome, explica a diferença entre eficazes tratamentos para emagrecer:

. Cirurgia bariátrica: Invasiva, requer anestesia geral e cortes. Ela é recomendada para obesos mórbidos, com IMC igual ou superior a 40 ou pessoas com IMC superior a 35 que possui doenças associadas geradas pela obesidade. A cirurgia demora cerca de 2 horas e o paciente fica internado por cerca de 4 dias. O repouso varia de duas semanas a um mês. Proporcionalmente, é como transformar um recipiente de um litro em uma xícara de café. Deve ser a última opção para quem precisa emagrecer. Perspectiva de perda de peso: cerca de 25% a 35%. 

. Balão intragástrico: O balão é indicado para quem tem IMC entre 27 e 32,7, quem não obteve resultado com outros procedimentos, quem tem problemas associados ao excesso de peso como colesterol alto, doenças ortopédicas, diabetes, entre outros. Ele também pode ser colocado em pessoas com IMC entre 32 e 50 que não desejam realizar cirurgia bariátrica e com IMC acima de 50 apenas quando elas estão em fase pré-operatória de redução e precisam perder um pouco de peso antes do procedimento. O procedimento dura cerca de 30 minutos, sem repouso e os efeitos colaterais leves em relação à bariátrica. Perspectiva de perda de peso: cerca de 20% a 30%. 

. Gastroplastia endoscópica: procedimento intermediário entre a bariátrica e o balão, a gastroplastia também se trata de um procedimento cirúrgico, entretanto, por ser realizado por endoscopia oral, é menos invasivo. Vulgarmente falando, é como se desse uma ‘bainha’ em uma extremidade do estômago através de endoscopia. Apesar de mais simples, o método exige anestesia e deve ser realizado somente em ambiente hospitalar. Como resultado, o paciente passa a ter um reservatório gástrico entre 50% e 60% menor e, desta maneira, reduz sua alimentação diária, promovendo o emagrecimento. O paciente recebe alta no mesmo dia e retoma as atividades em uma semana. Obesos leves e moderados (graus I e II), com índice de massa corporal (IM C) de 30, podem realizar o procedimento. Perspectiva de perda de peso: cerca de 25 a 35%. 

. Remédios para emagrecer: Quando prescritos por profissionais habilitados, tornam-se uma ferramenta no combate à obesidade se associados à mudança de hábitos alimentares e à introdução ou o aumento de atividades físicas. Na opinião do médico funciona apenas como um gatilho para auxiliar o paciente a começar a perda de peso, não sendo recomendado o uso constante e sem prescrição. Perspectiva de perda de peso: cerca de 15 a 20%.  






Clínica Cronos Diagnósticos
Rua Joaquim de Figueiredo, 157 – Barreiro



 

Entenda a importância do atendimento rápido em casos de infarto



Cirurgião cardíaco explica como fazer a massagem cardíaca, método que pode salvar a vida das vítimas de infarto


O infarto é a interrupção do fluxo sanguíneo para o músculo do coração, causado devido ao bloqueio ou entupimento de uma artéria. Essa obstrução pode resultar em sequelas que podem ser revertidas ou não, dependendo da velocidade do atendimento.

Segundo o cirurgião cardíaco de São Paulo, Dr. Marcelo Sobral, os músculos do coração não param de trabalhar nem por um segundo para suprir as necessidades do corpo e, mesmo em repouso, o órgão precisa bombear em média de 5 a 6 litros de sangue por minuto. Ao infartar, uma parte dessa musculatura é perdida, porém, o coração continuará a tentar suprir essa necessidade do organismo, e é nessa situação que o atendimento rápido faz toda a diferença.

“Para evitar danos maiores, o ideal é que o paciente seja atendido o quanto antes. Se o atendimento for em até 60 ou 90 minutos, boa parte da musculatura afetada durante o infarto pode ser recuperada! No entanto, caso o atendimento demore mais de 6 horas, as células perdidas já não podem mais se regenerar”, afirma o médico.

Ainda segundo o especialista, é necessário que a população saiba como identificar os sinais do infarto e sejam capazes de prestar os primeiros socorros às vítimas enquanto esperam pela emergência. "Os sintomas típicos do infarto no homem incluem dor no peito, como uma sensação de aperto, de forte intensidade com irradiação para o braço esquerdo e pescoço, que geralmente dura mais de 30 minutos e pode vir acompanhado de mal estar geral, náuseas e vômitos. Já as mulheres podem apresentar sinto mas atípicos como falta de ar, cansaço desproporcional ao esforço e queimação no estômago”, alerta o cirurgião cardíaco.

Além dos sintomas citados acima, confira a lista de sinais para suspeitar de infarto:

- Dor estranha, impossível de localizar com a ponta do dedo;

- Fraqueza intensa e súbita;

- Dor mantida desde a mandíbula até o umbigo;

- Falta de ar de início súbito.

Além disso, o especialista faz um alerta sobre a importância da massagem cardíaca para salvar a vida das vítimas de infarto. “Os procedimentos de reanimação cardíaca, enquanto a emergência não chega, são cruciais e podem ser bastante eficazes para não agravar o quadro da vítima enquanto a ajuda médica não chega", finaliza Sobral. 





Dr Marcelo Luiz Peixoto Sobral - membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Título de Especialista em Cirurgia Cardiovascular pela AMB, Membro Habilitado e Especialista do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA). MBA Executivo em Saúde pela FGV. Cirurgião Cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo com mais de 4.000 cirurgias realizadas. facebook/dr.marcelosobral







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