Pesquisar no Blog

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Quanto custa o exame genético para detectar risco de câncer de mama?




Quanto custa o exame genético para detectar risco de câncer de mama?
Shutterstock


Você sabia que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo inteiro? Para que se tenha ideia, só em 2016, são esperados 57.960 novos casos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No Brasil, foram 14.622 mortes em 2014. Por isso, sim, precisamos falar sobre o câncer de mama. O Outubro Rosa foi criado justamente com esse intuito, reforçando que todas nós podemos contribuir com o controle da doença.

Além do autoexame e da mamografia – recomendada a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos –, muitas mulheres vêm considerando o teste genético que detecta o risco hereditário do câncer de mama. Ele ficou muito famoso em 2013, quando a atriz Angelina Jolie retirou completamente ambos os seios após descobrir que seu risco de desenvolver a doença era de 87%.

Como o teste genético funciona

O objetivo deste exame é detectar mutações em alguns genes que aumentam o risco de desenvolver a doença, especialmente o BRCA1 e BRCA2, envolvidos em até 80% dos casos de câncer de mama e ovário hereditários. Ele é relativamente simples: o laboratório extrai o DNA a partir de uma amostra de sangue e esses genes são comparados a uma referência saudável. “Se for encontrada uma mutação, o laudo é simples e explicativo para o bom entendimento do médico solicitante do exame”, garante Wagner Baratela, assessor médico de genética molecular do Fleury Medicina e Saúde. Com o resultado em mãos, médico e paciente podem discutir as melhores soluções para o caso. O médico também pode solicitar um exame mais amplo, que mapeia outras mutações genéticas envolvidas em casos de câncer hereditário.

Vale a pena para todas as mulheres?

Apesar de parecer item obrigatório para a mulher que deseja uma vida saudável, o teste genético é recomendado para uma pequena parcela da população. Um dos motivos é porque apenas 15% a 20% dos casos de câncer de mama têm causa hereditária. Para se submeter ao exame, é preciso ter pedido médico em mãos – que, por sua vez, só pode ser concedido a quem preenche pelo menos um desses pré-requisitos:

– Integrantes de família com mutação nociva nos genes BRCA1 e BRCA2;

– pacientes que já tiveram câncer de mama antes dos 45 anos;

– pacientes que já tiveram câncer de mama em qualquer idade se houver, pelo menos, um parente de primeiro ou segundo grau com câncer de mama antes dos 50 anos ou de ovário em qualquer idade;

– pacientes que já tiveram câncer de mama em qualquer idade se houver, pelo menos, dois parentes de primeiro ou segundo grau com câncer agressivo de mama, pâncreas ou próstata em qualquer idade;

– pacientes que sofreram com câncer do subgrupo triplo-negativo, considerado um dos mais agressivos, antes dos 60 anos;

– mulheres de ascendência judaica ashkenazi, que têm dez vezes mais chances de ter uma mutação genética do tipo do que a população em geral;

– pacientes que tiveram dois cânceres de mama, sendo o primeiro antes dos 50 anos, na mesma mama ou na mama oposta;

– presença de câncer de ovário em qualquer idade;

– homens que já sofreram câncer de mama;

– pacientes que têm ou tiveram câncer de pâncreas ou de próstata do tipo agressivo em qualquer idade, desde que haja, pelo menos, dois parentes de primeiro ou segundo grau com câncer de mama, de ovário, de pâncreas ou de próstata agressivo em qualquer idade.

Além disso, é importante frisar que apenas maiores de idade podem se submeter ao exame. “Só então a paciente terá estrutura emocional para decidir fazer ou não o exame, assim como plena capacidade de optar pelo melhor método de prevenção perante um resultado positivo”, pontua Michele Migliavacca, geneticista do laboratório Delboni Medicina Diagnóstica.

Custos

O exame tem cobertura obrigatória pelos planos de saúde, de acordo com resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Quem não pode contar com essa ajuda deve se preparar para o gasto: o laboratório Fleury pede R$ 4 mil para a realização do teste nos genes BRCA 1 e 2. Já o laboratório Delboni oferece o teste genético BRCA 1 e 2 por R$ 6 mil, enquanto o painel genético completo que prevê mais mutações relacionadas ao câncer de mamas e ovários sai por R$ 16 mil. Consultamos os laboratórios Genétika, Genomika e DLE, que também disponibilizam o serviço, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta matéria.

Para saber mais sobre o câncer de mama, o Inca disponibilizou um hotsite (clique aqui e veja) para divulgar o Outubro Rosa e uma cartilha (clique aqui para ler) com muitas informações bacanas sobre prevenção, tratamento e como você pode contribuir com o controle da doença. Leia e se cuide!




Ginecologista lista principais exames necessários a cada faixa etária



Campanha mundial de prevenção da doença abre espaço para conscientização da saúde da mulher como um todo; veja lista de exames de acordo com a sua idade


Outubro é globalmente conhecido como o mês de alerta e prevenção do Câncer de Mama. A campanha, intitulada como Outubro Rosa, se popularizou na década de 1990, com o objetivo de apoiar e alertar as mulheres diagnosticadas com a condição, que, somente no Brasil, deverá acometer mais de 50 mil mulheres até o final de 2016, gerando possíveis 10 mil mortes (dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA).

Esses números reforçam a importância da informação e prevenção, não somente no que se trata de câncer de mama, mas sobre saúde da mulher, como um todo. A realização de exames periódicos de acordo com a faixa etária é um importante instrumento de prevenção para investigação e diagnóstico de possíveis problemas, conforme explica Cintia Pereira, ginecologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. “Esse cuidado e controle pode permitir a detecção de doenças sérias, que podem vir a se tornar a causa de morte ou morbidade do público feminino, quando não diagnosticadas.”

A periodicidade para se realizar os exames preventivos é, geralmente, de um ano, exceto os casos nos quais é necessário maior controle e o médico responsável recomende intervalos menores. Além do hemograma completo, as mulheres precisam realizar, essencialmente, os seguintes exames, conforme detalhou Cintia Pereira:


Entre 20 e 40 anos:

- Papanicolau: também conhecido como preventivo ginecológico ou citologia oncótica do colo uterino, verifica infecções e alterações nas células do colo do útero, além de possíveis infecções por fungos, herpes e verrugas no órgão genital feminino. O exame deve ser feito anualmente um ano depois do início da atividade sexual.

- Colposcopia, Vulvoscopia e pesquisa de HPV de colo: exames complementares ao Papanicolau necessário a esta faixa etária. São geralmente realizados como rotina, para prevenção e/ou planejamento do tratamento de infecções causadas pelo vírus HPV e outras DST.

- Ultrassom transvaginal: procedimento tem como objetivo detecção de doenças ginecológicas como cistos no ovário, miomas, pólipos endometriais, endometriose e tumores, além de prevenir ou detectar câncer de endométrio e ovário.

- Ultrassom das mamas: utilizado para a identificação de possíveis cistos, nódulos e tumores na região mamária. Deve ser realizado anualmente ou a cada seis meses, se essa for a recomendação médica.

- Ultrassom da tireoide: utilizado na detecção de nódulos e tumores na tireoide, uma vez que alterações na região são bastante comuns em mulheres jovens.


A partir dos 40 anos, se acrescentam:

- Mamografia anual: exame de avaliação das mamas por meio do raio-X. O primeiro deve ser feito entre 35 e 40 anos. O objetivo da análise é prevenir ou detectar o câncer de mama.

- Densitometria Óssea: procedimento que mede a densidade dos ossos e a possível perda de massa óssea, além de prevenir ou detectar a osteoporose (perda anormal da massa óssea). Nas mulheres, o exame deve ser feito anualmente após a menopausa.
“É importante ressaltar que, além da realização dos exames preventivos, a mulher deve adotar uma postura de vida saudável para evitar o surgimento de patologias malignas”, complementa a ginecologista. “O bem estar físico, psíquico e social depende também de atitude em relação à vida. Portanto, é sempre benéfico manter a alimentação saudável, praticar atividades físicas com regularidade, tomar banhos de sol sempre que possível, dormir suficientemente todos os dias e evitar hábitos prejudiciais, como o tabagismo, excesso de álcool e drogas.”

Na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a equipe do Centro de Saúde da Mulher garante a realização de todos os exames necessários às faixas etárias, bem como o rastreamento e detecção precoce do câncer de mama, câncer do colo uterino e outras enfermidades. “O acompanhamento é oferecido à paciente em todas as fases: prevenção, diagnóstico e tratamento. Sempre da melhor forma e o menos invasivo possível”, conclui Cintia.




Centro de Saúde da Mulher
Localizado na Unidade Santana da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o atendimento às pacientes é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h em pronto atendimento, com suporte 24 horas para emergências em ginecologia. O atendimento ambulatorial com horário marcado ocorre de segunda a sexta, das 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 13h.



Sete mitos e verdades sobre o câncer de mama



Este é o mês de conscientização sobre o câncer de mama. A campanha “Outubro Rosa” foi criada para estimular a participação da população com o objetivo de controle da doença e contribuir na redução da mortalidade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 57.960 novos casos em 2016 e é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres ao redor do mundo. 

É essencial realizar o exame de mamografia anualmente, ele detecta possíveis tumores precocemente. Porém, muitas dúvidas ainda surgem em relação ao câncer de mama. O Dr. Edison Pedrinha de Almeida, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, esclarece sete mitos e verdades sobre o assunto.


1. O uso frequente do sutiã aumenta o risco de câncer de mama?
Mito. Não há qualquer evidência científica de que o uso de sutiã ou top possa elevar o risco de câncer de mama.


2. Mulheres com seios grandes têm maior tendência a ter a doença?
Mito. “Não há estudos que confirmem isso até o presente momento. Mamas volumosas podem dificultar o exame clínico e exames de imagem, porém não há evidências do aumento do risco de doença maligna das mamas”, afirma o especialista.


3. Próteses de silicone dificultam o diagnóstico da doença?
Mito. Como a prótese fica atrás do tecido mamário, ou ainda atrás do músculo peitoral maior, não atrapalha o autoexame. “Quanto aos exames de imagem, existem técnicas adicionais que permitem uma investigação tão sensível quanto em mulheres não portadoras de próteses”, explica.


4. A obesidade é um fator de risco para o câncer de mama?
Verdade. De acordo com o médico, isso acontece principalmente devido a síntese de estrógenos pelas células de gordura.


5. O câncer de mama é uma doença hereditária?
Parcialmente verdade. Nem todas as portadoras têm histórico familiar, mas as que possuem algum caso na família têm o risco aumentado.


6. Se a mulher não encontrou nódulos no autoexame não é necessário realizar a mamografia?
Mito. Mesmo com autoexame,  a mamografia deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos. “Mulheres com histórico familiar de câncer de mama devem iniciar o rastreamento anual com 35 anos”, aconselha o ginecologista.


7. O câncer de mama é curável?
Verdade. Porém, depende de diversos fatores, principalmente da detecção precoce da doença através dos exames de rotina. Quanto mais tardio o diagnóstico, maiores as chances de complicações e metástases.



Posts mais acessados