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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Dia Mundial do Coração terá mutirão para alertar sobre doenças cardíacas



  • Ação será promovida pela Sociedade Brasileira de Cardiologia como parte da campanha Setembro do Coração e oferecerá exames de colesterol e glicemia com apoio da Roche

 
No dia 29 de setembro, data marcada pelo Dia Mundial do Coração, quem passar pela Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) na Alameda Santos, poderá conferir como anda a sua saúde realizando exames de colesterol, glicemia e aferição de pressão arterial. A ação faz parte da campanha Setembro do Coração, promovida pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), e terá apoio da Roche para alertar a população sobre as doenças cardiovasculares e incentivar hábitos saudáveis.

As doenças do coração causam o dobro de mortes de todos os tipos de câncer juntos, mais do que duas vezes todos os acidentes e a violência e 6,5 vezes mais do que todas as infecções, incluindo a AIDS. "É uma epidemia e precisamos vencer essa guerra com mais cuidados ao coração", alerta o presidente da SBC, Marcus Bolívar Malachias. Para o cardiologista precisamos reverter esse quadro para o Brasil não se tornar, nas próximas décadas, o líder mundial em mortes por doenças cardiovasculares.

Durante o evento, as pessoas realizarão os exames gratuitamente com a ajuda de equipamentos “
point of care” da Roche Diagnóstica e receberão informações precisas sobre o nível do colesterol e de glicose em apenas 3 minutos. Com a ajuda de profissionais de saúde, poderão avaliar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e receber instruções para uma mudança de hábitos mais saudáveis. No final do dia, serão soltos 1.000 balões de gás, lembrando as 1.000 mortes diárias causadas pelas doenças do coração.

Coração em dia
Somente em 2015, as doenças do coração vitimaram 346.896 pessoas no Brasil. Segundo estimativas do Cardiômetro, idealizado pela SBC, as mortes deverão aumentar em cerca de 4% neste ano.

"A maioria dessas mortes podem ser evitadas e ajudaria muito se as pessoas praticassem atividades física, tivessem uma alimentação mais adequada, não fumassem e tomassem os medicamentos prescritos pelo médico", resume o presidente da SBC.

Outra ferramenta importante são os exames periódicos para monitorar os principais fatores de risco para o coração como a hipertensão arterial, colesterol elevado e diabetes. Hoje, com o avanço da tecnologia, é possível realizar monitorar a saúde de forma rápida e precisa durante as consultas médicas ou até mesmo em casa e ter os resultados em poucos minutos. Com a ajuda de equipamentos “
point of care” da Roche Diagnóstica, como o Accutrend Plus, os pacientes podem verificar seus níveis de colesterol, glicose, triglicérides e lactato de perto e procurar auxílio médico nos primeiros sinais de alteração.

 


Serviço:
Dia 29 de setembro, das 9h às 14h
Local: Saguão da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) 

Al. Santos, 1313, Jardim Paulista, São Paulo



Uma luz à saúde cardíaca feminina




Durante muito tempo as doenças cardiovasculares no sexo feminino receberam pouca atenção. Existia o mito de que elas não eram um grupo de risco importante.

Esse conceito mudou radicalmente nos últimos tempos. Com a crescente ocupação do mercado de trabalho, além da adoção de estilo de vida estressante e associado, muitas vezes, ao tabagismo e ao uso de pílula anticoncepcional, ampla parcela das mulheres encontra-se suscetível a eventos cardíacos.

Falta ainda a cultura de realizar acompanhamento preventivo. Daí a Sociedade Brasileira de Clínica Médica lançar, dias atrás, a Campanha Mulher Coração. Trata-se de uma iniciativa permanente para alertá-las que também estão passíveis se sofrer problemas do coração.

Aliás, a mortalidade é grande. Dados da Organização Mundial da Saúde confirmam a necessidade de trazermos esta questão à tona e, sobretudo, para dentro do consultório. Mais de 23 mil mulheres morrem por dia no mundo vítimas de doenças cardiovasculares, cerca de 8,5 milhões ao ano.

Desta forma, eventos cardíacos na mulher já ultrapassam as estatísticas dos tumores de mama e de útero. Esta foi outra das motivações para a Sociedade Brasileira de Clínica Médica criar a Campanha.

Uma das ações que nos comprometemos a adotar para diminuir os números alarmantes é difundir o conhecimento para toda a população, em especial à feminina, a fim de que, diante de suspeitas, procure um médico e não subestime os sinais. O quadro clínico é variável e a dor no peito pode passar despercebida.

Não adianta ser corajoso com doenças cardíacas, é melhor pecar pelo excesso, principalmente quando há predisposição genética, colesterol alterado, altos níveis de estresse e uso inadequado de anticoncepcional. Nestes casos, o atendimento precisa ser imediato, haja vista a paciente poder estar sofrendo um infarto do miocárdio, doença cardíaca mais grave.

A prevenção precisa ser mais bem trabalhada e, para tanto, o papel do ginecologista é essencial. O especialista, verdadeiro clínico da mulher, deve assumir a função de verificar os fatores de risco e adotar tratamento preventivo. Assim, caso ela venha a sofrer um infarto na vigência da prevenção, será menos grave e com menor sequela.

Cuidados precoces são a segunda perna do tripé que estamos divulgando por meio da Campanha Mulher Coração. Mediante suspeitas, o atendimento deve ser realizado o quanto antes e o tratamento logo aplicado, reduzindo o número de sequelas e, sobretudo, mortalidade.

Por fim, um dos maiores esforços da Campanha refere-se à orientação, ainda pouco incorporada pela população de maneira geral e particularmente entre as pessoas mais vulneráveis economicamente. É necessário manter hábitos de vida saudável e não praticar esporte por conta própria, sem passar por um médico. A indicação quanto à atividade física é importante tanto no ponto de vista cardíaco, quanto músculo-esquelético.

Uma avaliação previa pode detectar uma doença que ainda está silenciosa e com intervenção precoce é possível evitar morte súbita, por exemplo.

Não é à toa que os famosos check-ups são tão importantes. Em decorrência de acompanhamento pediátrico incompleto, encontramos frequentemente adultos com doenças cardíacas congênitas, como a comunicação entre os ventrículos e entre os átrios. O exame cardíaco adequado deve ser feito desde criança para já tratar condições como estas e evitar complicações. É fundamental que façam parte do escopo do clínico; todo médico tem a obrigação de saber identificar uma doença cardiovascular.

Compreendemos que no Brasil não há médicos para todos e nosso sistema público de saúde deixa muito a desejar. Atendimento básico precário, que aumenta as chances de agravamento dos quadros, visa solucionar apenas com os sintomas dos pacientes, sem preocupar-se em promover análise completa, com prevenção e foco no individuo e sua vida social.

A prevenção é um dos fatores essenciais e engloba todo o universo no qual a mulher está inserida: alimentação, exercício físico orientado e correção de distúrbios metabólicos, só para citar alguns. São essas informações que a SBCM está multiplicando com a Campanha Mulher Coração. O cuidado com as doenças cardíacas na população feminina não pode jamais ser relegado a um segundo plano.




Professor Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica


Mesmo após infarto, pacientes não mudam estilo de vida ruim



Médico do Hospital São Luiz destaca a importância de controlar os fatores de risco

Na próxima quinta-feira, 29, é comemorado o Dia Mundial do Coração, data que tem como objetivo chamar atenção aos cuidados do órgão considerado mais importante para a vida: o coração. Segundo dados do Ministério da Saúde, o infarto é a principal causa de morte no Brasil, correspondendo a 33% da totalidade. 

Ele ocorre quando as artérias responsáveis por levar sangue, oxigênio e nutrientes ao coração ficam obstruídas. A partir do impedimento, inicia-se o processo de necrose do músculo do coração (miocárdio), o qual passa a não ter um funcionamento adequado, comprometendo o desempenho cardíaco, tornando maior o risco de morte, arritmias cardíacas e outras complicações.

Para evitar um novo infarto, as pessoas devem levar em consideração os chamados fatores de risco, que são classificados como modificáveis e não modificáveis, e podem elevar as chances de um novo acontecimento. Os modificáveis são a hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo, tabagismo e colesterol elevado, e podem ser alterados com atividade física, mudanças de hábitos ou medicamentos. Já os não modificáveis são o avanço da idade e os fatores genéticos, que não podem sofrer interferência. 

Quem já sofreu infarto costuma ficar assustado e com medo de acontecer novamente. Muitos ficam preocupados, pois acreditam que não poderão voltar às atividades normais, como praticar esportes ou ter vida sexual ativa. O ideal é que todos os pacientes que sofreram infarto voltem à vida normal, sempre com atenção as indicações médicas, mas não é o que acontece normalmente. “Uma minoria de pacientes mudam o estilo de vida a ponto de diminuir o peso dos fatores modificáveis. Eles normalmente não tomam corretamente os remédios, não conseguem parar de fumar, não perdem peso ou não conseguem fazer atividades físicas”, explica o cardiologista Dr. André Feldman, da Cardio D’Or São Luiz Anália Franco. 

Segundo o cardiologista, 95% dos infartos estão ligados a algum dos fatores de risco e quanto mais condições associadas maiores são as chances de um novo infarto. “Todos os riscos devem ser controlados. Contudo, o que acontece normalmente é que os pacientes tem dificuldades em manter os indicadores ou não consegue fazer isso a longo prazo e acabam limitando os cuidados apenas aos próximos seis meses a um ano após o ocorrido”, observa.

Os cuidados pós envolvem atividade física, que ajuda no controle de peso, colesterol e até no aspecto psicológico. Em alguns casos, é recomendado ingestão de alimentos saudáveis, que evitam o surgimento das placas de gordura responsáveis pelo infarto. 





Cardio D’Or Anália Franco


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