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terça-feira, 8 de março de 2016

Mulheres possuem menor comprometimento de renda e são menos inadimplentes do que os homens, revela estudo inédito da Serasa





Apesar de ganharem menos e utilizarem mais o cartão e o consignado elas são menos inadimplentes que os homens. A pesquisa considerou amostragem de mais de 2 milhões de pessoas que aderiram ao Cadastro Positivo


No Dia Internacional da Mulher, o SerasaConsumidor, braço da Serasa voltado ao cidadão, e área de Big Data elaboraram um estudo inédito sobre o comportamento financeiro da mulher. O levantamento só foi possível devido a uma amostra de 2 milhões de pessoas que abriram o Cadastro Positivo da Serasa. De acordo com a pesquisa, a renda média das mulheres é menor que a dos homens em todas as faixas salariais. Em contrapartida, elas, menos inadimplentes, comprometem menos a renda com dívidas.

Ainda assim, quase 70% das mulheres analisadas recebem uma renda média de até R$ 1.760.  As assalariadas que ganham, em média, entre R$ 880 e R$ 1.760 são 41,6% do total e 25,7% da amostragem feminina vive com até um salário mínimo. No grupo masculino o percentual de homens com salários abaixo de R$ 1.760 é menor: 52,4%, sendo 37% recebendo entre R$ 880 e R$ 1760 e 15,4% com dividendos até R$ 880.

Na outra ponta da tabela, apenas 7,3% das mulheres têm renda média acima de R$ 8.800, enquanto 11,9% dos homens estão nesta faixa salarial. A disparidade segue entre quem recebe de R$ 4.400 a R$ 8.800: 7,6% das trabalhadoras se enquadram aqui e 12,4% dos homens. Salários entre R$ 1.760 e R$ 4.400 ficam com 17,8% das mulheres e com 23,3% dos assalariados do sexo masculino.



Renda média
Homem
Mulher
Acima R$ 8.800
(acima de dez salários mínimos)
11,9%
7,3%
Entre R$ 4.400 e R$ 8.800
(entre cinco e dez salários mínimos)
12,4%
7,6%
Entre R$ 1.760 e R$ 4.400
(entre dois e cinco salários mínimos)
23,3%
17,8%
Entre R$ 880 e R$ 1.760
(entre um e dois salários mínimos)
37,0%
41,6%
Menos de R$ 880
(salário mínimo)
15,4%
25,7%


Apesar de ganharem menos, as mulheres aparecem no estudo com índices de inadimplência atuais mais baixos em relação aos homens: 43,2% estão negativadas, contra 45,8% dos homens. Também é ligeiramente mais alta a porcentagem de mulheres que não ficaram com o nome sujo nos últimos dois anos: 21,4% contra 20,7%.



Histórico de Negativação
Homens
Mulheres

Sem negativação
45,8%
43,2%

Foi negativado nos últimos 6 meses
15,4%
16,7%

Foi negativado nos últimos 2 anos
18,1%
18,7%

Não foi negativado nos últimos 2 anos
20,7%
21,4%

“O Cadastro Positivo representa uma mudança de cultura em todo o mercado de crédito, tanto para as concedentes como para os consumidores. Com o cadastro, os credores passaram a considerar as contas pagas em dia e não apenas a ocorrência de pendências financeiras, permitindo uma avaliação mais completa da capacidade creditícia dos cadastrados”, diz a diretora do SerasaConsumidor, Fernanda Monnerat.

Ainda de acordo com o estudo, o público feminino tem a renda menos comprometida com as instituições financeiras: 26,8% das entrevistadas não tem comprometimento, enquanto 24,6% do grupo masculino estão nessa condição.



Comprometimento de renda com instituições financeiras
Homens
Mulheres

Sem comprometimento
24,6%
26,8%

1% a 25%
22,1%
23,3%

25% a 50%
14,9%
14,8%

50% a 75%
10,6%
10,1%

Acima de 75%
27,8%
25,0%





Perfil das operações de crédito femininas

Os hábitos de financiamento também divergem entre homens e mulheres, segundo o estudo da Serasa. O cartão é a principal ferramenta de crédito para 46,5% das entrevistadas e 42,5% dos homens se valem do recurso para as compras. O crédito consignado também é opção para 13% das mulheres (9,7% do grupo masculino). Nas demais operações de crédito os homens são maioria.


Operações de crédito ativas
Homens
Mulheres
CARTÃO DE CRÉDITO
42,5%
46,5%
CHEQUE ESPECIAL
7,7%
6,3%
CONSIGNADO
9,7%
13,0%
CONSÓRCIO
1,7%
0,8%
CRÉDITO PESSOAL
11,3%
9,7%
IMOBILIÁRIO
3,7%
2,7%
OUTROS EMPRÉSTIMOS
10,4%
9,2%
OUTROS FINANCIAMENTOS
5,1%
6,2%
VEÍCULOS
7,9%
5,6%



Primeiro as Damas!






Segundo a Organização Internacional do Trabalho, apenas 5% dos CEOs das organizações são mulheres e menos de 10% estiveram na famosa lista de bilionários da Forbes em 2015, sendo apenas 9 delas chefes de estado em exercício
Esse número não se reflete apenas nas que estão atualmente em tais posições. Em um levantamento que realizei na ING Marketing & Training, dos 16 Workshops Públicos que realizamos sobre o tema Liderança Situacional® todos os meses na cidade de São Paulo, totalizando 258 futuros líderes, apenas 20% eram mulheres.
Mas ainda não para por aí. Comparei esse número com os anos anteriores e percebi que mesmo com textos e frases de impacto o apoio as mulheres nas organizações não tem mudado tanto assim. Nos últimos 4 anos, esse número permaneceu próximo dos atuais 20%. Em 2012 por exemplo, foram 19% versus 81% de líderes do sexo masculino treinados.
Eu sei que para os homens é difícil entender como a mulher pensa. Já foram lançados vários livros e filmes sobre o tema, mas tenho a certeza de que esses homens, de alguma maneira,foram influenciados por mulheres pelo menos uma vez em sua vida.
Essas mulheres que hoje fazem parte desta pequena porcentagem que citamos possuem um olhar diferente sobre o mundo e enxergam tudo através das lentes da oportunidade, que muitos buscam mas poucos conseguem enxergá-las.
Perguntei às mulheres ao meu lado o que fazem delas mais focadas do que os homens no trabalho.
Eis o que grande parte me respondeu:
- Para ter o mesmo reconhecimento e recompensas que os homens possuem, precisamos fazer duas vezes mais que eles, nunca errar e demonstrar nossas competências diariamente.
Tenham a certeza, as damas que estão em primeiro lugar, de lá não sairão!
Nesse ano, quero escutar muito mais que vocês estão em primeiro, e é dessa forma que eu vejo como isso pode acontecer:
Não deixe de investir em si;
Não tenha medo de fazer perguntas;
Procure por situações autênticas, porém práticas;
Não invista em favores, mas procure ganhar respeito;
Confie no Team Building. Família é sinal de confiança.
Acredite! Se as  damas estão em primeiro, é porque são capazes de influenciar gêneros e gerações num piscar de olhos.
Uma coisa que eu tenho certeza é que em 2016 veremos mais mulheres líderes que entendem de renovação, reinvenção e sobrevivência. Se confrontadas com um desafio, buscarão oportunidades, jogarão o jogo quando for necessário e anteciparão o inesperado.
Primeiro as damas, com seu lado emotivo e aflorado capazes de se apaixonar pelo que fazem em busca da excelência, colocando o chapéu de empreendedora, além dos tantos outros que já vestiu.
Observo, como todo bom cavalheiro, orgulhoso de ver essas damas à frente e, claro, agradecendo as oportunidades e conselhos que me oferecerem todos os dias.

 


Paulo Crepaldi - especialista em Liderança Situacional e Neuromarketing. Atualmente é sócio e Diretor Executivo da ING Marketing & Training - empresa pioneira na implementação do conceito Behavior Designer no Brasil.

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