Nem muito alto, nem
muito baixo, saiba qual o melhor tipo de sapato para usar na ocasião
Ele
está chegando. A maioria adora. Tem quem diga que o ano no Brasil só começa
depois que ele passa: o Carnaval. Só de ouvir falar, tem gente que já sai
sambando. As mulheres aproveitam a data para fazer aquela produção e subir no
salto, sem hora para acabar. Mas, é bom ficar de olho, pois subir no salto
pode, literalmente, fazer mal para a saúde da coluna. “É muito comum recebermos
mulheres com dores nas costas, após uma festa na qual usaram saltos altos”,
afirma o ortopedista Pil Sun Choi, coordenador do Grupo de Cirurgia de Coluna
Minimamente Invasiva do Hospital S. José da Beneficência Portuguesa de SP.
A
dor ocorre por que esse tipo de sapato desloca o centro de gravidade do corpo
para frente, causando um desequilíbrio. Essa desproporção sobrecarrega as
estruturas das vértebras causando uma curvatura excessiva da coluna para
dentro, o que os médicos chamam de lordose lombar. Por isso, vale prestar
atenção nas dicas abaixo. Para que o Carnaval deixe só lembranças boas e não
uma nova doença.
O TAMANHO DO SALTO
O ortopedista explica que o salto
ideal para o dia a dia, que prejudica menos à coluna, deve ter entre três e
cinco centímetros. “Saltos maiores devem ser reservados aos eventos e, mesmo
assim, a mulher deve estar preparada para ter dores nas costas e nos pés”, diz.
OS TIPOS DE SALTOS – VANTAGENS
E DESVANTAGENS
SALTO AGULHA
Esse tipo de calçado é menos
confortável, porém, podem ser usados por mulheres que já estão acostumadas e
não têm problemas em se equilibrar nesse tipo de salto.
SALTO BICO FINO
Esse salto favorece a formação de
joanete, espécie de calo que se forma no dedão do pé. No entanto, pode ser
usado, com moderação.
SALTO QUADRADO
Por ser mais confortável e dar
estabilidade, esse tipo de salto é menos prejudicial do que os citados acima.
ANABELA
Caso o calçado tenha 10
centímetros de salto, ele pode provocar dor na planta do pé. Isso acontecer por
que, nesse caso, 90% do peso do corpo são transferidos para a parte anterior do
pé, causando um desequilíbrio.
SAPATOS SEM SALTO
Não há problema em usar, de vez
em quando, mas esse tipo de calçado também pode fazer mal. A falta de apoio
pode gerar lesões por sobrecarregar outras partes do corpo.
PLATAFORMA
Esse é o salto alto mais
recomendado pelos médicos, justamente pela estabilidade que ele dá a coluna. No
entanto, vale ressaltar: a diferença ente a parte anterior e posterior do
calçado não deve ultrapassar quatro centímetros.
VAI FICAR MUITO TEMPO EM PÉ?
O médico recomenda, nessa
situação, alternar o apoio dos pés, isto é, manter um pé esticado e outro
ligeiramente dobrado, ora no pé direito e ora no esquerdo. Esse hábito irá
retificar a lordose lombar e diminuir a sobrecarga nas estruturas da coluna.
GRUPO DE CIRURGIA DE
COLUNA MINIMAMENTE INVASIVA DO HOSPITAL S. JOSÉ DA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
(GCCMI)
Liderado pelo médico ortopedista
Dr. Pil Sun Choi, o Grupo é referência nacional e internacional em cirurgia e
técnicas minimamente invasivas e promove pesquisa e educação médica continuada
de especialistas em coluna vertebral. O Grupo atua no Hospital São José da
Beneficência Portuguesa e é composto pelos médicos Pil Sun Choi, Wilson Dratcu,
Marcelo Perocco, David Del Curto e Pedro Pierro, Atuzi Mizi Junior e Luiz
Meirelles.