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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Um a cada 3 jovens da rede pública de ensino abandonou a escola para trabalhar





Pesquisa/ inédita do MEC, OEI e Flacso revela que a maioria dos jovens que abandona a escola deixa de estudar para trabalhar. Mas os entrevistados revelam a importância do professor na decisão de continuar na escola e afirmam que violência, pobreza e corrupção são apontados como problemas mais graves do que a qualidade do ensino

(Rio de Janeiro) - Os jovens brasileiros que se mantém nas salas de aula da rede pública são trabalhadores – 40% dos que frequentam as classes de educação de jovens e adultos (EJA) cumprem jornadas de trabalho de 8 horas por dia. Esse percentual é de quase 20% entre os estudantes do ensino médio regular. Cerca de um em cada quatro alunos, tem que conciliar estudo e trabalho ou pelo menos “fazer um bico”. No caso dos alunos do Projovem Urbano e do EJA a razão é de três estudantes para cada quatro.
Para os entrevistados, os problemas mais graves do país são violência (20%), pobreza (16%) e corrupção (15,7%). Em quarto lugar, vem a qualidade da saúde (12,3%). Qualidade do ensino foi mencionada por apenas 5,6% dos estudantes.
Esses são alguns resultados de uma pesquisa inédita feita pelo Ministério da Educação (MEC), Organização dos Estados Interamericanos (OEI) e Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). Juventudes na escola – por que frequentam? revela o perfil do jovem brasileiro de 15 a 29 anos que está nas salas de aula da rede pública no ensino médio, nas classes de educação de jovens e adultos (EJA) ou no Projovem Urbano, o programa que traz de volta para à escola jovens moradores de cidade de menos de 200 mil habitantes em qualquer nível de ensino. A pesquisa foi coordenada por Miriam Abramovay, e teve como co-coordenadores Mary Garcia Castro e Julio Jacobo Waiselfizs.
Nas classes de EJA, 74% dos estudantes já abandonaram a escola pelo menos uma vez. Desses, 49% saíram e voltaram a estudar mais de uma vez – o abandono escolar ocorre principalmente pela necessidade de se sustentar. Até mesmo no ensino médio regular, quase 30% dos alunos já pararam de estudar alguma vez para garantir o próprio sustento. Os percentuais entre estudantes do sexo feminino são mais baixos, mas ainda assim bastante significativos: uma em cada quatro alunas considerando-se as três categorias de ensino da pesquisa já deixaram de estudar para trabalhar. Sendo que no caso das jovens, gravidez e ter que trabalhar são mais mencionados como motivos para terem alguma vez deixado a escola.
Entre os entrevistados, 63,5% declaram-se pardos e pretos, e em 39% dos casos os pais são sem instrução ou tem apenas o fundamental incompleto – esse dado revela que a escola pública estaria possibilitando alguma mobilidade educacional entre gerações.
Uma boa notícia se refere ao papel do professor. Para a maioria dos alunos ouvidos na etapa qualitativa da pesquisa um bom professor é estímulo suficiente para que eles permaneçam estudando. Os profissionais que fazem a diferença são descritos pelos alunos como “ativos” - brincam, conversam, interagem, incentivam a aprender; dão boas aulas, passam trabalhos interessantes, respondem as dúvidas e sabem prender a atenção.
Apesar de os alunos afirmarem que chegam à escola tão cansados que acabam deixando às salas de aula, chama a atenção o fato de 40% dos entrevistados afirmarem ter repetido de ano porque não se esforçam o suficiente. Ou seja: assumem individualmente a causa do fracasso escolar, eximindo o sistema de ensino de qualquer responsabilidade. Não por acaso, qualidade da educação foi mencionada como sendo um problema do país por um pequeno percentual de estudantes.
A pesquisa revela ainda que os estudantes – ainda que 30% tenham alguma vez abandonado a escola em busca do sustento - reconhecem a importância da educação como vetor de mobilidade social. Afirmam querer terminar o ensino médio para “ter um emprego melhor” ou ir para a faculdade para ser “alguém na vida”. Para 64,5% dos entrevistados, o fato mais importante relativo ao futuro de todos eles é entrar na universidade.
A escola ideal dos alunos – e que na maioria dos casos não corresponde à realidade - dispõe de laboratórios e aulas de informática, bibliotecas abertas para cursos noturnos, agua potável nos bebedouros, quadra de esportes e ventilação. Para se ter ideia da qualidade dos equipamentos, os estudantes reivindicam limpeza nas salas de aula e até mesmo papel higiênico.
Mas, para os alunos, o que, de fato, faz uma escola são os professores – eles valorizam bastante a relação entre estudantes e mestres. Entre os entrevistados, 46% afirmam que os professores indicam que, no futuro, eles serão bons profissionais. No entanto, chama a atenção o fato de que 10% dos jovens considerem que seus professores pensem que eles não têm futuro. O mesmo percentual afirma que os professores não se interessam por seu futuro.



Outros dados
• 85% dos entrevistados são contra o aborto.
• 85,3% são contra a legalização das drogas.
• 52,5% são contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
• 71,6% são favoráveis às cotas para negros e índios indígenas nas universidades públicas.
• 88,3% são favoráveis às cotas para egressos das escolas públicas nas universidades públicas.
• 70,6 são favoráveis à redução da maioridade penal para 16 anos.
• 67,6% são favoráveis à pena de morte em caso de crimes graves.
• 18,1% das alunas dos ensino médio, do EJA ou do Projovem Urbano já pararam de estudar por motivo de gravidez.


Metodologia

Os pesquisadores entrevistaram 8.283 alunos em dez cidades brasileiras. Foram feitos grupos focais para aprofundar alguns temas como a importância das relações interpessoais na escola, racismo e a conjuntura do país.
Esses dados foram cruzados com a PNAD 2011, Censo Escolar 2011,Censo Demográfico de 2010 / IBGE, Atlas de Desenvolvimento Humano 2013 e Prova Brasil.
A pesquisa foi realizada no Pará (Belém e Ananindeua), Bahia (Salvador e Feira de Santana), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro e Volta Redonda), Paraná (Curitiba e Ponta Grossa) e Mato Grosso (Cuiabá e Rondonópolis). As entrevistas foram feitas entre 2012 e 2013.
Foram ouvidos 5.745 estudantes do ensino médio, 1.986 estudantes do EJA e 552 do Projovem Urbano

Cuidados com a asma no verão




Confira algumas dicas para sua saúde respiratória e aproveite a melhor estação
do ano com os sintomas controlados

A estação mais desejada do ano está chegando e é exatamente nesta época, ao contrário do que muitos pensam, que o cuidado com a asma não pode ficar de lado. Até as férias que são tão esperadas podem virar um pesadelo.
Na pesquisa nacional Panorama da Saúde Respiratória do Brasileiro¸ encomendada ao Ibope pela Boehringer Ingelheim do Brasil, 45% dos entrevistados que disseram conhecer asma indicam que ‘mudança de temperatura’ é um dos fatores que causam o agravamento da doença. Existem muitas dúvidas que envolvem a estação do ano e a doença, por isso o Dr. Mauro Gomes, diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, desmitifica e dá boas dicas. Confira abaixo:

No verão não é preciso seguir o tratamento tão rigorosamente quanto no inverno
ERRADO. Mudanças de temperatura, seja do calor da rua para ambientes com ar condicionado por exemplo, de fato podem ser consideradas gatilhos para as crises de falta de ar em pacientes asmáticos. Em tempos mais quentes como no verão, quando a estiagem é grande e há baixa umidade do ar, a poluição também pode contribuir para a piora da doença.
Para que a pessoa com asma, principalmente os casos de asma grave, viva da forma menos limitada possível, é fundamental que a medicação seja usada corretamente ao longo de todo o ano.

Ingerir alimentos e bebidas gelados provocam crise ou a piora da asma?
DEPENDE. Apesar de 37% dos entrevistados da pesquisa encomendada ao Ibope terem indicado que ingerir alimentos e bebidas gelados são atividades prejudicadas pela asma, isso é relativo. Asmáticos que possuem uma sensibilidade maior à mudança de temperatura, em sua maioria, não se tratam corretamente. Então, para os que realmente estão com a doença controlada, este fato é um mito.

O ar-condicionado e o ventilador podem prejudicar a asma?
SIM. O ar condicionado pode provocar uma redução da umidade do ar e o ar ressecado pode ser irritante das vias aéreas. A maioria das pessoas não se sentirá incomodada com isso, mas essa situação vai causar maior impacto naquelas portadoras de doenças respiratórias crônicas, tais como rinite, asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). A mucosa respiratória dessas pessoas é mais sensível e reage de maneira exagerada a pequenos estímulos, como o ar mais frio e seco, poeira doméstica, fumaça do cigarro, poluição ambiental e até mesmo situações de estresse.
O ventilador não provoca esse ressecamento do ar e não traz esse tipo de incômodo e complicações. Apenas deve-se tomar o cuidado de se manter os ambientes livres da poeira para o ventilador não provocar a sua dispersão pelo ambiente e isso provocar crises nas pessoas alérgicas.

Asmáticos não podem viajar longas distâncias de avião?
Caso o paciente não esteja em crise isso é um MITO, porém alguns cuidados devem ser tomados. É preciso levar medicação de resgate caso alguma coisa aconteça e para isso é preciso obedecer as regras de embarque, levando o medicamento dentro de um envelope acompanhado pela receita médica. Além disso, é muito importante que a pessoa leve soro para umidificar as vias áreas e que se hidrate bastante.

Asmáticos não podem entrar na piscina?
DEPENDE. Podem entrar na piscina, desde que tomem cuidado com o cloro. Piscinas abertas não são o problema, mas nas fechadas o cloro fica espalhado no ar e este por ser muito irritante para as vias aéreas, pode desencadear crise em quem não está se tratando corretamente.

Quem tem asma pode mergulhar?
DEPENDE. Indivíduos sintomáticos ou com a asma não controlada possuem contraindicação absoluta ao mergulho. Também não devem mergulhar asmáticos que possuem crises desencadeadas pelo exercício, pelo frio ou emoção, assim como asmáticos graves. Nestes casos, para mergulhar é preciso que os exames que medem a função pulmonar, como a espirometria (medição da capacidade inspiratória e expiratória do indivíduo) esteja normal. Portanto, apenas asmáticos totalmente controlados podem considerar mergulho como uma programação para as férias, por exemplo.

É proibido andar descalço e tomar chuva.
MITO. Essas atividades não possuem relação nenhuma com a doença. O que, mais uma vez, pode acontecer é uma reação à sensibilidade na variação de temperatura e o asmático não-controlado sofrer uma piora do quadro.

Dicas gerais do Dr. Mauro Gomes:
Usar umidificadores de ar corretamente, realizar a manutenção do ar-condicionado, limpar a casa com pano úmido sem levantar poeira, evitar odores fortes, limpar com antecedência lugares fechados para eliminar o mofo e evitar o contato com animais, plantas e fumaça de cigarro são essenciais para a saúde do asmático!

Asma grave e os sintomas não-controlados
De acordo com a Global Initiative for Asthma (GINA)[1], principal órgão internacional que reúne e valida estudos sobre a doença, os pacientes são sintomáticos se pelo menos uma vez nas últimas quatro semanas apresentaram: sintomas diurnos mais de duas vezes por semana, qualquer despertar noturno, uso de medicamentos de resgate mais de duas vezes por semana ou se a asma estiver limitando as suas atividades cotidianas. Os sintomas prolongados são indicadores de que a asma não está controlada e podem, assim, comprometer significativamente a vida diária dos pacientes, conforme mostrou a pesquisa.

Em relação a impactos socioeconômicos da asma grave no Brasil:
o    A asma é a quarta causa de internações segundo a SBPT[2]
o    Os gastos com asma grave consomem quase 25% da renda familiar dos pacientes da classe menos favorecida (recomendação da OMS < 5% da renda). 2
o    Custo com internações no SUS: R$ 96 milhões.[3]
o    O custo direto e indireto total dos pacientes com asma grave: R$181.652,94/ano,
R$ 2.838,33/ano/paciente.3

Com tradição na área respiratória no Brasil desde a década de 1970, a Boehringer Ingelheim possui medicamentos que são referências para médicos e pacientes com asma, como Berotec®, Duovent® N, e Atrovent®. A partir de agora, além dessas alternativas terapêuticas, os pacientes adultos com asma grave que permanecem sem o controle da doença terão SPIRIVA® Respimat® como opção de tratamento complementar para melhora dos sintomas como crises de falta de ar, tosse crônica e chiado no peito ao inspirar (sibilos).
Um grande estudo feito em 148 instituições nos cinco continentes confirma que os benefícios do SPIRIVA® Respimat® em relação a melhora da função pulmonar, diminuição do risco de crise grave de falta de ar e de piora da asma. Com o dispositivo inovador Respimat®, a entrega do medicamento no pulmão acontece de forma mais eficaz – estima-se que o índice de chegada ao órgão seja de 52%.[4]

Sobre a pesquisa PANORAMA DA SAÚDE DO BRASILEIRO
Para entender melhor o panorama da saúde respiratória do brasileiro, a Boehringer Ingelheim do Brasil, encomendou ao Ibope a coleta de dados de uma pesquisa nacional com pessoas de diferentes classes, gêneros e localidades. O principal objetivo era realizar um levantamento sobre o quanto a população conhece as doenças respiratórias, suas percepções sobre sintomas, tratamentos e impacto nas atividades de rotina, além de saber mais sobre o comportamento de quem respondeu apresentar alguma(s) dessas doenças. A pesquisa, feita com 2.010 pessoas entre maio e junho de 2015, demonstrou que 44% dos brasileiros apresentam sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, chiado no peito, coriza) que, geralmente, são percebidos como manifestações de doenças como asma, bronquite, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).



[1] Global Initiative for Asthma. Global Strategy for Asthma Management and prevention. 2015 abril. Disponível em: http://www.ginasthma.org/local/uploads/files/GINA_Report_2015_May19.pdf.

[2] SBPT. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma - 2012. J Bras Pneumol. 2012;: p. 38(Supl 1):S1-46.
Damasceno E, et al. Custos diretos e indiretos da asma: revisão de literatura. Rev. bras. alerg. imunopatol. 2012;: p. 35(6):234-40.(...)

[3] Damasceno E, et al. Custos diretos e indiretos da asma: revisão de literatura. Rev. bras. alerg. imunopatol. 2012;: p. 35(6):234-40.(...)

[4] Pitcairn G, Reader S, Pavia D, Newman S. Deposition of corticosteroid aerosol in the human lung by Respimat Soft Mist inhaler compared to deposition by metered dose inhaler or by Turbuhaler dry powder inhaler.J Aerosol Med 18 (3), 264 - 272 (2005)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Planos de saúde: ANS amplia cobertura para 2016





A principal novidade é a ampliação do número de consultas em psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e pacientes com transtornos globais do desenvolvimento

Começou a vigorar em 02/01/2016 o novo rol de coberturas mínimas obrigatórias para os planos de saúde.
Os beneficiários dos planos individuais e coletivos passam a ter direito a mais 21 novos procedimentos.
As principais inclusões no rol são:
- implante de polímero intravítreo de liberação controlada – para tratamento de uveite e edema macular por oclusões venosas e diabetes;
- implante de prótese auditiva ancorada no osso para o tratamento das deficiências auditivas;
- fornecimento de medicação para o controle da dor como efeito adverso na terapia antineoplásica Laserterapia – para tratamento da inflamação mucosa devido a quimioterapia ou radioterapia;
- implante de monitor de eventos (looper) utilizado para diagnosticar perda da consciência por causas indeterminadas;
- antígeno NS1 do vírus da dengue, anticorpos IGG e IGM (teste rápido) – exames laboratoriais de sangue utilizados para auxílio do diagnóstico da dengue;
- exames laboratoriais para diagnóstico de artrite reumatoide, para diagnóstico de espondilites (Anti-CCP e HLA B27);
- nutrição para mulheres gestantes ou em amamentação – 12 sessões ao ano, entre outros.

Houve também ampliações no uso de outros procedimentos:
- fonoaudiologia – de 24 sessões para 48 sessões ao ano;
- pacientes com transtornos globais do desenvolvimento (autismo, síndrome de Aspenger, disfasia e afasia) – de 48 para 96 sessões ao ano;
- fisioterapia – de1 para 2 consultas para cada nova doença;
- psicoterapia – de 12 para 18 sessões.
Joanna Porto, Gabriela Guerra e Danielle Bitetti - advogadas no escritório Porto, Guerra & Bitetti Associados
Porto, Guerra & Bitetti Advogados
Av. Giovanni Gronchi, 1294 – Morumbi - Cep. 05651-001 São Paulo/SP
Tel: (11) 9 55808791 - www.pgb.adv.br

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