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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Porque a enxaqueca piora no verão?





O verão é geralmente a pior época do ano para os portadores de enxaqueca. E os fatores de causa são bem variados e vão desde efeito direto do calor até a mudança do estilo de vida rotineiro por conta das férias e viagens. O neurologista Dr. Leandro Teles da capital paulista, explica que o excesso de Sol, por exemplo, pode levar a alteração o calibre dos vasos e predispor a uma crise - tanto pelo calor como por desidratação. "Além disso, a alteração de sono (para mais ou para menos), os alimentos gordurosos e o excesso de álcool (especialmente o consumo de vinho tinto) são outros culpados potenciais pela piora sazonal", diz o médico.
A predisposição à enxaqueca é determinada geneticamente, por diversos genes que geram graus variados de tendência. Essa tendência genética irá se apresentar mais ou menos a depender de outros fatores ambientais como: oscilação hormonal, alimentação, privação de sono, estresse, estações do ano, entre outros. Quando acontece, a dor é provocada por uma mistura de inflamação e dilatação das artérias, que é sentida de forma intensa por um sistema de controle de dor ineficiente.
"Estima-se que acima de 90% da população mundial tenha dores eventuais, sendo que 50% apresenta impactos na sua rotina diária dado a frequência ou intensidade dessas dores", explica Dr. Leandro acrescentando que "sem medicamento, uma crise pode durar até 3 dias seguidos e ser muito incapacitante".
Para não deixar a enxaqueca estragar o verão, o neurologista deixa algumas dicas:
  • 1-    Hidratação: abuse da água, sucos, isotônicos, água de coco, etc;
  • 2-    Evite álcool em excesso (principalmente vinho tinto);
  • 3-    Alimente-se de 3 em 3 horas. Prefira comidas naturais, de fácil digestão, com pouca gordura, condimentos e cafeína. Evite também os embutidos e queijos amarelos;
  • 4-    Proteja-se do sol e do calor com óculos escuros, chapéu, boné, guarda-sol, ventiladores e ar condicionado;
  • 5-    Procure manter certa regularidade de sono (não se privando demais e também não exagerando na dose);
  • 6-    No caso de crise de enxaqueca iniciando: afaste-se do sol e de locais muito iluminados e barulhentos, interrompa qualquer atividade física e procure descansar ou dormir. Logo no começo faça uso de medicamentos apropriados prescrito por seu médico de confiança. Compressas frias na cabeça também podem ajudar;
  • 7-    Em crises acima de 1 vez ao mês (no verão ou fora dele), é importante buscar ajuda especializada para delinear o melhor tratamento.

Contato pele a pele com o bebê na unidade neonatal diminui os níveis de estresse materno





O Método Canguru (MC) foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de 1979, com o objetivo, naquele país, de solucionar uma situação de superpopulação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), visando a reduzir os custos da assistência perinatal e promover, por meio do contato precoce pele a pele entre a mãe e o seu bebê, maior vínculo afetivo, maior estabilidade térmica e melhor desenvolvimento


As pesquisas recentes mostram que ​​laços estáveis entre pais e filhos são fundamentais para o desenvolvimento saudável da criança. Para os pais de bebês nascidos prematuramente ou com necessidades médicas especiais, este vínculo precoce pode ser interrompido ou abalado pela assistência médica complexa necessária em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN).
Em um estudo, que foi apresentado durante as sessões de aleitamento materno do encontro anual da Academia Americana de Pediatria (AAP), conduzido em uma grande UTIN metropolitana, nos EUA, os pesquisadores concluíram que um pouco de contato pele a pele entre mães e bebês (Método Canguru) pode reduzir os níveis de estresse materno.
Segundo os autores da pesquisa, todas as mães relataram uma diminuição objetiva do nível de estresse após o contato pele a pele com seus bebês, o que se revelou especialmente verdadeiro em relação ao estresse relatado de serem separadas de seus filhos, sentindo-se impotentes e incapazes de proteger o bebê contra a dor e contra os procedimentos dolorosos, além da experiência geral na UTIN.
O peso das crianças pesquisadas ao nascer variava de menos de 450 gramas a 3,7 kg e suas idades variavam de 3 a 109 dias. As crianças estavam sendo tratadas por uma diversidade de questões de saúde, com mais de metade exigindo suporte de oxigênio.
“Já conhecíamos os benefícios fisiológicos em recém-nascidos do contato pele a pele, como a estabilização dos batimentos cardíacos, dos padrões e níveis de oxigênio no sangue, dos ganhos de peso, diminuição do choro, sono mais tranquilo, maior sucesso do aleitamento materno e um tempo menor de internação hospitalar. Agora, temos mais evidências que o contato pele a pele também pode diminuir o estresse parental, o que pode interferir na relação de saúde e bem-estar emocional e nas relações interpessoais dos pais, bem como nas taxas de amamentação. Esta é uma técnica simples que pode beneficiar mães, pais e a criança internada numa unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN)”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).



Moises Chencinski - http://www.drmoises.com.br - fale_comigo@doutormoises.com.br - https://www.facebook.com/doutormoises.chencinski




Fatores ambientais comprometem não só a fertilidade dos homens, mas a dos fetos também




Muitos problemas de infertilidade masculina poderiam ser detectados ainda no útero – desde que estivessem relacionados apenas a alterações genéticas. Mas evidências sugerem que fatores ambientais acabam comprometendo não só a fertilidade dos homens como a dos fetos também. Um time de especialistas em Medicina Reprodutiva da Dinamarca, Finlândia e Estados Unidos fez uma revisão detalhada de estudos nesse sentido e chegou à conclusão de que disruptores endócrinos presentes em diversas substâncias químicas a que os jovens estão expostos pode comprometer não só sua capacidade de procriar, bem como a de seus futuros filhos.

Os pesquisadores investigaram a incidência de câncer nos testículos e desordens no desenvolvimento de órgãos masculinos, além do nível de testosterona, qualidade dos espermatozoides, proporção no nascimento de meninos e meninas, e demanda por técnicas de fertilização assistida. Além de mutações genéticas, também estudaram o impacto de fatores ambientais e de estilo de vida moderno na capacidade reprodutiva masculina – o que incluiu exposição a produtos químicos, ocorrência de eventos traumáticos, nutrição e prática de esportes.

As análises mostraram que a queda na qualidade do sêmen contribuiu muito para o aumento da infertilidade e para um aumento de demanda por tratamentos de fertilização assistida. Também ficou evidente o aumento de casos de câncer testicular, principalmente na população formada por brancos caucasianos (descendentes de europeus). Por fim, também notaram aumento de anormalidades congênitas dos órgãos reprodutivos masculinos em recém-nascidos. “Fiquei surpreso com tantos casos de queda na qualidade do sêmen de homens jovens, entre 20 e 25 anos. Aparentemente, trata-se de um problema sério relacionado a países industrializados”, disse Niels Skakkebaek, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca.

Segundo Edson Borges Junior, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor científico do Fertility Medical Group, um disruptor endócrino pode ter muitos alvos no sistema reprodutivo masculino. “Os disruptores endócrinos costumam estar presentes em fórmulas de detergentes, produtos de higiene pessoal, resinas plásticas, tintas, agrotóxicos, fertilizantes etc. Eles conseguem mimetizar os hormônios naturais, inibindo a ação deles e desregulando todo sistema endócrino – o que, em muitos casos, acaba resultando em infertilidade”.

Borges alerta para o fato de que esses componentes estão muito presentes no dia a dia das pessoas, tanto que elas nem se dão conta de sua agressividade ao respirar, ingerir ou entrar em contato com eles. O grande problema é que, ao entrar na corrente sanguínea, passam a interagir com o organismo de forma agressiva. “O homem ainda não se deu conta do quanto a natureza está dando o troco às agressões sofridas. Um dos maiores desafios que encontramos é o impacto direto de determinadas substâncias sobre a espermatogênese e a produção de andrógenos. Por conta dessa contaminação, muitos homens – até mesmo aqueles bastante jovens – não produzem quantidade suficiente de espermatozoides para engravidar a parceira. Quando têm quantidade, a qualidade dos espermatozoides é baixa demais ou eles apresentam defeitos. Os efeitos disso no longo prazo serão devastadores para a raça humana”.

Agressões ao solo, água e ar têm sido tema de algumas discussões globais acerca do impacto sobre a vida na Terra. Estudos indicam que os disruptores endócrinos alteram o sistema endocrinológico de homens e mulheres, comprometendo a regulação dos hormônios e influenciando diretamente testículos, ovários, tireoide, metabolismo, desenvolvimento fetal etc. Sendo assim, o sistema reprodutor está sob ameaça constante.


Fontes:

Dr. Edson Borges Junior - medico urologista, especialista em Medicina Reprodutiva, sócio-fundador e diretor científico do Fertility Medical Group. www.fertility.com.br

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