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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Anabolizante podem causar efeitos adversos irreversíveis ao corpo em longo prazo





Pacientes não costumam avisar médicos sobre uso de anabolizantes, por ser proibido, e isso dificulta o diagnóstico de enfermidades no fígado; complicações vão além do fígado e podem comprometer testículos, coração, vasos sanguíneos e rins

Geralmente, eles são receitados como um complemento aos treinos, como se fossem benéficos ou para trazer resultados mais rápidos e de melhor qualidade. Alguns profissionais os receitam para modelar os músculos, entretanto omitem dos seus pacientes os reais riscos destas medicações. Por trás da recomendação do uso destes medicamentos, principalmente hormônios esteroides - também conhecidos como anabolizantes ou “bombas” – causam graves danos à saúde. Doenças hepáticas de diagnósticos difíceis e tardios podem se revelar apenas anos depois da utilização.
“Quando o paciente está com uma doença grave, provocada pelo uso de anabolizantes, ele sequer lembra que os utilizou no passado”, alerta o Dr. Raymundo Paraná, médico chefe do serviço de Hepatologia do Hospital Universitário da UFBA (Universidade Federal da Bahia). “Há um visível crescimento na utilização dessas drogas para terapias ilegais de modelação do corpo”.
O uso de anabolizantes sem finalidade e orientação médica é ilegal, com exceções em situações pontuais (conforme Lei 9.965/2000). Por isso, é comum que os pacientes não relatem o uso aos seus médicos, o que dificulta o diagnóstico de doenças como a hepatite tóxica. A isso, soma-se o desconhecimento dos profissionais que os prescrevem, e ao acesso simples à informações sem base científica na internet. “Profissionais pouco confiáveis incentivam muitos jovens à utilização de anabolizantes, principalmente em academias e, infelizmente, alguns médicos e outros profissionais de saúde também fazem o mesmo, até mesmo em luxuosos consultórios”, observa o médico.
Ao tomar esteroides, muitas pessoas não têm a consciência que poderão lidar com sequelas pelo resto da vida. Isso varia conforme as drogas utilizadas, quais combinações feitas e por quanto tempo o corpo foi exposto ao tratamento. “A hepatite tóxica, por exemplo, tem poucos pacientes diagnosticados, pois  apresenta, na maioria das vezes, apenas os sintomas leves da doença.  Somente um diagnóstico precoce consegue reverter a evolução - as vezes lenta - do quadro para as formas mais graves”, afirma o Dr. Raymundo Paraná.
“Essas drogas se assemelham ao hormônio masculino testosterona, e sua utilização sem propósito terapêutico expõe a pessoa a muitos riscos”, explica o hepatologista. O fígado é apenas um dos órgãos afetados, mas os efeitos adversos podem aparecer nos testículos, próstata, vasos sanguíneos, coração, músculos e rins. Nem mesmo os músculos se beneficiam com a ação das “bombas”. O Dr. Paraná listou alguns dos mais graves e mais comuns problemas que o uso dos medicamentos hormonais esteroides podem causar em diversas partes do corpo, são:
Músculos
  • Lesões tendíneas: a hipertrofia é produzida de forma muito rápida, sem que os tendões tenham tempo de adaptar a estrutura do corpo. Isso pode causar rupturas.
Coração e sistema cardiovascular:
  • Problemas cardiovasculares: a dosagem extra de hormônio na corrente sanguínea pode causar aumento de tamanho do coração, hipertensão arterial, infarto e arritmias graves;
  • Aumento do colesterol: e um aumento nas chances de derrame e AVC (Derrame Cerebral);
Fígado
  • Tumores hepáticos: o fígado metaboliza todos os medicamentos e pode ser sobrecarregado com o uso de hormônios, desenvolvendo nódulos que, em casos graves, torna-se câncer;
  • Peliose Hepática: Múltiplos cistos difusos
  • Dilatação de sinusoides: Canais que conduzem o sangue no fígado.
  • Outras doenças: doenças como esteatose e esteato-hepatite (acúmulo de gordura no órgão) e hepatite tóxica.
Comportamento e aparência
  • Alterações físicas: excesso de testosterona causa desequilíbrio hormonal. Em mulheres, surgem pelos, a voz engrossa e clitóris hipertrofia, e, em homens, pode haver ginecomastia;
  • Problemas de pele: há a hipertrofia nas glândulas sebáceas, responsáveis pela oleosidade natural da pele, que coopera para o surgimento de acne;
  • Crescimento afetado: em menores de 21 anos, o excesso de testosterona atrapalha o desenvolvimento natural e acelera a puberdade, causando mudanças no corpo;
  • Alterações comportamentais: a testosterona é conhecida como fator de contribuição à agressividade masculina, portanto, podem-se notar alterações acima do normal;
  • Abstinência: a parada repentina do uso de anabolizantes pode ser comparada à de outras drogas. Em muitos casos, diagnostica-se depressão, insônia e dores de cabeça.
Testículos
  • Infertilidade: por afetar os testículos, há alto risco de atrofia, hipogonadismo (falta do hormônio masculino) e azoospermia (falta de espermatozoides), algumas das causas de infertilidade.
Quais são as substâncias das “bombas”?
O especialista explica que a combinação de medicamentos à base de testosterona e do estanazolol com outros remédios, como a Oxandrolona, podem causar alteração na coagulação do sangue e predispor o paciente a sangramentos em qualquer parte do corpo, principalmente no fígado e no cérebro. A estes medicamentos somam-se outros hormônios como o GH, ainda não validado cientificamente para uso nesta finalidade. “Não é raro verificar que se usem injeções que só são indicadas para tratar diabetes. É o caso da Liraglutina. É uma irresponsabilidade prescrever estes medicamentos só para promover a perda da gordura visceral”, alerta o Dr. Raymundo Paraná.
Outros produtos com uso disseminado em academias são os suplementos alimentares sem efeito terapêutico, que tem risco de toxicidade comprovado - principalmente aqueles que acompanham os chamados termogênicos. Estes compostos possuem fórmulas diferentes, variando conforme marca ou formula, mas não há comprovações de eficácia e efeitos adversos. Além disso, muitos trazem substâncias reconhecidamente perigosas para o fígado e rins, como o chá verde (Camelia Sinensis), a Yombina, o tribulus terrestres, a Rhoddia, o óleo de cartamo (Ac. Linoleico) e a erva Cavalinha (Germander). Estas substâncias possuem clara e extensa documentação de toxicidade ao fígado na literatura médica científica.

Dr. Raymundo Paraná – CRM 8870-BA
Zambon do Brasil

Altas temperaturas oferecem riscos a animais de estimação





Especialista indica quais são os melhores horários e locais de passeios, além de oferecer dicas para cuidados especiais com o pet durante o período

A chegada do verão não exige cuidados especiais apenas para crianças e adultos. Os animais de estimação também precisam de atenção redobrada, pois não controlam a temperatura corporal como os humanos. O calor intenso e o grau de umidade do ar interferem diretamente no mecanismo de defesa dos pets, o que pode gerar a hipertermia, ou seja, aumento extremo de temperatura corporal. “Caninos e felinos não possuem glândulas sudoríparas, transpiram apenas pelos coxins (almofadinhas das patas) e narinas e realizam a troca de calor pela língua. Por isso, ficam mais ofegantes em dias quentes,” explica o professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera de Dourados, Walderson Zuza Barbosa.
Entre as raças que mais sofrem com os efeitos estão: Bernese, Husky Siberiano, Malamute do Alasca e Chow Chow, devido à abundante pelagem. Cães com o focinho curto - como Boxer, Buldogue Inglês, Buldogue Francês e Pug - e gatos persas também são menos tolerantes ao calor. Alguns animais sem pigmentação ou de pelagem mais clara são sensíveis aos raios solares. Neste caso, a sugestão do especialista é utilizar protetores solares específicos para pets.
Para evitar a hipertermia, o médico veterinário indica deixar água fresca e limpa em vários locais. “Vale ainda acrescentar poucos cubinhos de gelo”. Gatos também merecem fontes de água, o que influencia na hidratação e na frequência de banhos.
Para refrescar os caninos, principalmente os de raça com muito pelo, a sugestão é aumentar a quantidade dos banhos: dois por semana caso seu animal já esteja habituado a um banho a cada sete dias, ou um por semana para outras situações.
Se passear com seu cãozinho também faz parte da rotina diária, a chegada do verão exige atenção redobrada aos horários e locais. O professor aconselha evitar ao máximo trafegar em asfalto muito quente. “Para saber a temperatura, faça um teste: fique descalço. Se você não suportar o calor, com seu animal não será diferente”, complementa. Os períodos mais indicados para a caminhada são: antes das 10h e após às 18h, com preferência para locais com grama. “Caso contrário, os coxins podem ser lesionados, gerando dor e, secundariamente, uma infecção bacteriana nas patinhas”, explica.
Outro alerta importante do veterinário é não deixar o animal dentro do carro, já que a temperatura no interior do veículo se eleva rapidamente.  “Como não transpiram e não fazem as trocas de temperatura adequadamente, ficam ofegantes e com dificuldade respiratória, um quadro que pode evoluir para parada cardiorrespiratória”, revela o profissional.
A tosa também colabora indiretamente. É interessante manter a pelagem um pouco mais curta que a habitual. “Isso não vai regular a temperatura, mas diminui a retenção de calor na superfície corporal tanto de caninos, como de felinos”, esclarece Walderson. Essa atitude também colabora para a redução de parasitas como pulgas, carrapatos, piolhos, fungos e bactérias no verão.
Tão úteis para o lazer em dias de calor, as piscinas oferecem riscos, principalmente para os cachorros. Sozinho, o animal pode se cansar e não conseguir sair da água. Cuide também para que ele jamais beba desta água, pois a alta concentração de cloro pode ocasionar lesões na mucosa gástrica, desencadeando uma gastrite, quando o animal apresentara vômitos e até mesmo diarreia.
Sentiu que algo está errado? Utilize um termômetro para avaliar a temperatura retal dos animais.  Nos caninos a variação deve ser de 38ºC a 39,2ºC e em felinos 37,8ºC a 39,2ºC. “Se as temperaturas estiverem acima do indicado e caso a coloração da língua fique cianótica (roxa) deve-se procurar um médico veterinário mais próximo”, alerta o professor.

Dicas para o consumo equilibrado do doce na infância





O açúcar pode fazer parte do cardápio, desde que de forma balanceada;
Os pais devem estar atentos no momento certo de dizer sim ou não

As crianças gostam muito de comer alimentos açucarados, pois o paladar doce é inato, isto é, o bebê já nasce apreciando esse sabor. Para os pais, muitas vezes, fica difícil administrar o consumo das guloseimas. A alimentação infantil deve ser composta de todos os nutrientes e o segredo está no consumo equilibrado e variado, inclusive, das opções com açúcar.
Segundo a pediatra Dra. Fernanda Ceragioli, os primeiros anos de vida determinam muitas características, hábitos futuros e também o sentido de uma alimentação saudável. “A forma como os pais lidam com os filhos faz com que estimulem o habito e o prazer por comer. Pensando que o ser humano precisa de todos os nutrientes para funcionamento adequado do organismo, os adultos devem assumir a postura de incentivar uma alimentação variada, mas sendo firmes quando necessário”, explica a pediatra.
O açúcar é uma rápida fonte de energia e está associado ao prazer e ao bem-estar, pois libera serotonina no cérebro – neurotransmissor responsável por estas sensações.  Além disso, os doces são parte das melhores memórias da infância.
Veja as dicas da especialista para o consumo equilibrado de açúcares durante a infância:
  • Adote horários específicos - Ajuste os horários das refeições. Isso auxilia os pais a incentivarem a alimentação saudável, além de facilitar o controle do tipo de alimento que deve ser ingerido. Fica mais fácil dizer que não é hora de comer doce, pois não é momento de ingerir qualquer outro alimento;
  •  Utilize os horários das refeições - Nenhum alimento deve ser proscrito da alimentação de uma criança ou considerado “vilão”. A alimentação deve ser um momento de tranquilidade e prazer. O doce pode fazer parte de um momento social, nas sobremesas ou como parte do lanche. Um pedaço de bolo caseiro de frutas, por exemplo, é saudável e pode ser utilizado no período entre refeições;
  • Combine o Dia do Doce – Faça acordos e preste muita atenção nas refeições em família. Todo mundo precisa ter um prato balanceado e comer de acordo com o que é orientado pelo especialista. Escolha junto com o seu filho um dia específico para comer a sobremesa preferida;
  • Respeite os intervalos das refeições - Os pais devem evitar dar doces aos filhos fora dos horários combinados para as refeições. Deste modo, toda criança deve fazer um desjejum, lanche matinal, almoço, lanche da tarde, jantar e uma ceia e todo tipo de alimento deve ser ingerido nos horários estabelecidos;
  • Para crianças de dois a cinco anos – Pode consumir açúcares até 10% do valor energético total. Isso significa 35 gramas por dia, considerando uma dieta de 1500 Kcal. Na prática, pode ser uma colher de sopa cheia (30 g) diária, somando todos os açúcares do dia ingeridos.
  • Para crianças entre seis e dez anos – Tem necessidade energética de 1800 Kcal. Nesse caso, a quantidade recomendada de açúcares diária aumenta para, em média, 45 gramas, o que corresponde a uma e meia colher de sopa cheia.
  • Oriente a criança nas festas de aniversário – Celebrações são sazonais e não é correto proibir alimentos, mas ensinar a criança a limitar o consumo, estabelecendo regras antes de chegar à festa. Um consumo equilibrado pensando em aniversários pode ser um pedaço razoável de bolo, um copo de suco ou refrigerante, cinco tipos de salgadinhos  pequenos e cinco brigadeiros pequenos. 
Campanha Doce Equilíbrio - http://www.campanhadoceequilibrio.com.br/ - www.facebook.com/campanhadoceequilibrio) - http://instagram.com/campanhadoceequilibrio), o público pode acompanhar e participar interativamente dos conteúdos relacionados ao universo do açúcar. O projeto conta ainda com o apoio da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (SIFAEG), e do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (SINDALCOOL).

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