A descarga de adrenalina
causada por fortes emoções pode aumentar as chances de infarto e AVC
A hipertensão, diabete
e o colesterol alto são problemas que, como já se sabe, comprometem o sistema
cardiovascular. No entanto, existem algumas outras doenças de fundo psicológico
que também podem afetar o bom funcionamento do coração.
Segundo o cirurgião
cardíaco do hospital Beneficência Portuguesa, Marcelo Sobral, quando
se torna frequente e exagerado, o estresse pode resultar em arritmias
cardíacas, insuficiência cardíaca e até o infarto do miocárdio. Isso porque
fortes emoções podem fazer com que o corpo sofra uma descarga de adrenalina que
acelera os batimentos cardíacos e aumenta a pressão arterial.
Já a depressão, doença
que causa insônia, tristeza profunda e irritabilidade também pode contribuir
para o desenvolvimento de problemas cardíacos, pois o depressivo pode sofrer
alterações endócrinas e imunológicas que, em alguns casos, aumenta os níveis de
colesterol e triglicerídeos. Além disso, ela está associada a prática de
hábitos ruins com a saúde, como a falta de ânimo para atividades físicas e para
se alimentar corretamente, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e cigarro
que aumentam as chances de ocorrências de AVC (acidente vascular cerebral) e
infarto.
“A saúde física e mental estão interligadas,
por isso é muito importante controlar as emoções, se alimentar adequadamente,
evitar o uso de drogas e praticar atividade física que auxilia na liberação da
endorfina, conhecida popularmente como hormônio da alegria, pois promove a
sensação de bem-estar e euforia e também da dopamina que proporciona efeito
tranquilizante e analgésico. Em casos mais graves, o indicado é procurar um
especialista que junto com o cardiologista conduzirá o paciente para o melhor
tratamento”, finaliza Sobral.
Doutor Marcelo Luiz
Peixoto Sobral - membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Cardiovascular, Título de Especialista em Cirurgia Cardiovascular pela AMB, Membro
Habilitado e Especialista do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial
(DECA). MBA Executivo em Saúde pela FGV. Cirurgião Cardiovascular da Real e
Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo com mais de 4.000
cirurgias realizadas.