Pesquisar no Blog

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Problemas psicológicos também afetam saúde do coração




 A descarga de adrenalina causada por fortes emoções pode aumentar as chances de infarto e AVC

A hipertensão, diabete e o colesterol alto são problemas que, como já se sabe, comprometem o sistema cardiovascular. No entanto, existem algumas outras doenças de fundo psicológico que também podem afetar o bom funcionamento do coração.
Segundo o cirurgião cardíaco do hospital Beneficência Portuguesa, Marcelo Sobral, quando se torna frequente e exagerado, o estresse pode resultar em arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e até o infarto do miocárdio. Isso porque fortes emoções podem fazer com que o corpo sofra uma descarga de adrenalina que acelera os batimentos cardíacos e aumenta a pressão arterial.
Já a depressãodoença que causa insônia, tristeza profunda e irritabilidade também pode contribuir para o desenvolvimento de problemas cardíacos, pois o depressivo pode sofrer alterações endócrinas e imunológicas que, em alguns casos, aumenta os níveis de colesterol e triglicerídeos. Além disso, ela está associada a prática de hábitos ruins com a saúde, como a falta de ânimo para atividades físicas e para se alimentar corretamente, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e cigarro que aumentam as chances de ocorrências de AVC (acidente vascular cerebral) e infarto.
 “A saúde física e mental estão interligadas, por isso é muito importante controlar as emoções, se alimentar adequadamente, evitar o uso de drogas e praticar atividade física que auxilia na liberação da endorfina, conhecida popularmente como hormônio da alegria, pois promove a sensação de bem-estar e euforia e também da dopamina que proporciona efeito tranquilizante e analgésico. Em casos mais graves, o indicado é procurar um especialista que junto com o cardiologista conduzirá o paciente para o melhor tratamento”, finaliza Sobral.

Doutor Marcelo Luiz Peixoto Sobral - membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Título de Especialista em Cirurgia Cardiovascular pela AMB, Membro Habilitado e Especialista do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA). MBA Executivo em Saúde pela FGV. Cirurgião Cardiovascular da Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo com mais de 4.000 cirurgias realizadas.

Saúde lança protocolo para uso de medicamentos em situações de exposição de risco ao HIV



PREVENÇÃO

Documento simplifica prescrição para tratamento de PEP nos serviços de saúde e reduz tempo de acompanhamento de seis para três meses
A profilaxia pós-exposição (PEP) do HIV unificada no Sistema Único de Saúde (SUS) passa a valer na rede pública ainda este mês. O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV – publicado nesta quinta-feira (23) no Diário Oficial da União – integra os três tipos de PEP existentes: acidente ocupacional, violência sexual e relação sexual consentida. O documento recomenda também a redução do tempo de acompanhamento do tratamento de seis para três meses.

O protocolo recomenda que os medicamentos utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus. O ideal é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir + ritonavir). Em 2014, foram ofertados 22 mil tratamentos em todo o país. A rede de assistência conta atualmente com 517 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e 777 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM).

“A grande vantagem desse protocolo é a simplificação e unificação da PEP em um esquema único de medicamentos. Com isso, não será preciso um especialista em aids para dispensar a PEP. Isso não só irá ampliar o acesso à população de forma geral, mas também facilitar o procedimentos para os profissionais de saúde como um todo”, explicou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.

Para 2014, a PEP contou com investimento de R$ 3,6 milhões, ou seja, 0,4% do total de R$ 864 milhões investidos com antirretrovirais no ano passado. Disponível desde a década de 1990 no SUS, o procedimento foi implantado, inicialmente, para os profissionais de saúde, como prevenção, em casos de acidentes de trabalho, com materiais contaminados ou possivelmente contaminados. Ainda em 1998, a PEP foi estendida para vítimas de violência sexual. Em 2011, o tratamento passou a incluir qualquer exposição sexual de risco, como o não uso ou o rompimento do preservativo.

Sendo assim, desde 2010 foram dispensados 87.891 tratamentos e a oferta da terapia quase dobrou de 2010 para 2014 – passando de 12 mil tratamentos para 22 mil. Antes da aprovação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), o novo protocolo ficou à disposição de profissionais de saúde e público em geral para consulta pública durante um mês.

O total de brasileiros com acesso ao tratamento com antirretrovirais no país mais do que dobrou entre 2005 e 2014, passando de 165 mil pacientes (2005) para 400 mil (2014). Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse total, 12 são produzidos no Brasil.

CENÁRIO DA EPIDEMIA – Desde os anos 1980, foram notificados 757 mil casos de aids no Brasil. A epidemia no país está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil novos casos de aids ao ano. O coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes (2003) para 5,7 casos (2013).  De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2014,  o público jovem é o que apresentou maior taxa de detecção da doença – passando de 9,6 por 100 mil habitantes (2004) para 12,7 por 100 mil pessoas (2013).


Nivaldo Coelho
Agência Saúde 

Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais é lembrado em 28 de julho




    O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais é na próxima semana, 28 de julho.  A data traz um alerta sobre as hepatites B e C – doenças  infecciosas causadas por vírus que atingem o fígado, órgão que executa várias funções vitais para o nosso corpo. “Em geral, não apresentam sintomas e ao longo dos anos, a doença pode causar dano ao fígado evoluindo para cirrose e até mesmo câncer”, destaca a gastroenterologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Cláudia Ivantes.
         A hepatite C pode ser classificada em aguda e crônica e na grande maioria das vezes não apresenta sintomas. Apenas 6% dos portadores da doença apresentam indícios, sendo a fadiga o mais comum. “No entanto, a maioria dos pacientes só percebe que está doente, anos após a infecção, quando a doença já está em fase avançada”, esclarece a Dra. Cláudia.
         As hepatites virais podem ser transmitidas através de relação sexual sem o uso de preservativo, o uso compartilhado de agulhas, seringas, navalhas, materiais para manicure e pedicure, aparelho de barbear, por equipamentos não esterilizados em procedimentos médico-odontológicos, tatuagem, colocação de piercing e acupuntura. “A mãe infectada com o vírus da hepatite B também pode transmitir a doença para o bebê”, enfatiza.
Diagnóstico
            Para diagnosticar a Hepatite C, o teste é rápido. O exame utiliza uma pequena quantidade de sangue e o resultado fica pronto em dez minutos. “As pessoas que fazem ou já fizeram parte de algum grupo de risco ou mesmo aqueles que desejam saber mais sobre a sua saúde, devem fazer o teste”, explica a Dra. Cláudia.
A doença possui tratamento, que oferece uma taxa de cura de cerca de 48% dos casos. “Com a nova opção terapêutica, as taxas de cura são significativamente melhores”, acredita a médica.
         De acordo com a Dra. Cláudia a hepatite C possui tratamento, que oferece uma taxa de cura de aproximadamente 50%. Já a hepatite B pode ser prevenida com a  vacina. “Pessoas com 29 anos de idade que ainda não tomou as três doses da vacina, pode procurar uma Unidade de Saúde”, destaca a médica.
Grupo de risco
São considerados grupos de risco pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1993 (quando não existiam exames como os de hoje, que oferecem segurança aos doadores de sangue), usuários ou ex-dependentes de drogas e trabalhadores da área de saúde. “Pessoas dos grupos de risco devem realizar o teste de screeening, que diagnostica a doença”, orienta a Dra. Cláudia. A médica ressalta que atualmente, a transfusão de sangue não é mais um fator de risco para transmissão de hepatite C, pois, a pesquisa do vírus já é feita no sangue dos doadores.

Posts mais acessados