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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Preço da má gestão





O Brasil vive um dos momentos mais críticos de sua história nas esferas econômica, política e ética. Porém, esse cenário seria diferente se o governo não tivesse sido omisso no tocante à condução das reformas estruturais demandadas há mais de uma década no país.
O governo petista não aproveitou os anos de crescimento econômico e inflação baixa para fazer reformas fundamentais como a tributária e a política. Quando tudo caminhava bem na área econômica seria o momento para começar a tocar adiante novas rodadas de mudanças essenciais para o desenvolvimento do país, mas o encantamento pelos elevados índices de popularidade falou mais alto e nada foi feito. A impressão é que o governo acreditou que tudo caminharia de vento em popa a partir de então.
Entre 2003 e 2010 a economia brasileira cresceu em média 4% ao ano, a inflação manteve-se sob controle, o desemprego caiu pela metade e o consumo das famílias cresceu e sustentou a produção em patamar elevado. Na área externa, a forte demanda chinesa valorizou produtos importantes na pauta de exportações do país, como soja e minério de ferro, e ajudou a manter a economia em ritmo forte.
A partir de 2011 a atividade econômica começou a se deteriorar. O crescimento médio caiu e este ano haverá retração de mais de 1% no PIB, a inflação acelerou e deve superar os 8%, o desemprego está crescendo fortemente. Os índices de confiança do consumidor e das empresas caem de modo expressivo.
A forte queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff em tão pouco tempo caiu como uma bomba no PT. Boa parte dessa queda vem sendo exposta através das recentes manifestações de rua, que tiveram como principal elemento deflagrador o repúdio à corrupção. Mas, há uma dose crescente de insatisfação resultante do quadro ruim da economia. A avaliação negativa do governo atinge índices impressionantes.
Governar virou uma emergência depois que a credibilidade da presidente começou a se esfarelar. Por isso, há uma espécie de terceirização do governo através do poder dado ao ministro Joaquim Levy para tocar o necessário ajuste fiscal e também em função da entrega da articulação política ao vice-presidente da República Michel Temer.
Se tivesse feito uma reforma política, que se arrasta há quinze anos no Congresso, tendo como diretrizes dar fim aos políticos profissionais e desmantelar as organizações criminosas incrustadas no governo, a endemia da corrupção poderia começar a ser combatida no país.
Por sua vez, se tivesse feito uma reforma tributária que pudesse reduzir custos para a classe média e as empresas, nos moldes do imposto único, projeto que está parado há treze anos na Câmara dos Deputados, a economia estaria em melhores condições, com inflação reduzida e controle orçamentário. 
O momento atual serve de lição. Reformas fundamentais foram empurradas com a barriga durante a bonança econômica entre 2003 e 2010. O PT paga o preço pela omissão, pela incompetência e pela falta de zelo na condução do dinheiro público. Melhor dizendo, a sociedade brasileira está pagando um preço elevadíssimo por conta da gestão catastrófica de um governo sem rumo e desmoralizado.



_Marcos Cintra -doutor em Economia pela Universidade Harvard (EUA) e professor titular de Economia na FGV (Fundação Getulio Vargas). Foi deputado federal (1999-2003) e autor do projeto do Imposto Único. www.facebook.com/marcoscintraalbuquerque

DESCOBERTAS PARA O TRATAMENTO DA LEUCEMIA DIMINUEM EFEITOS COLATERAIS





Como tem feito anualmente nos últimos 10 anos, a American Society of Clinical Oncology (ASCO) publicou em uma edição Journal of Clinical Oncolgy; o balanço anual das grandes conquistas no tratamento do câncer.
Segundo os autores deste balanço, o maior avanço no tratamento do câncer, no último ano, foi a disponibilidade de novos medicamentos para controle da LLC (Leucemia Linfoide Crônica). Essa leucemia é a mais comum entre os adultos. Apenas em 2014, a estimativa é que 15.700 pessoas, a maioria com idade em torno de 70 anos, teria apresentado a doença nos Estados Unidos.
O tratamento padrão da LLC tem sido uma combinação de quimioterapia com imunoterapia à base de rituximab, um anticorpo dirigido contra as células neoplásicas. Esse procedimento ocasiona muitos efeitos colaterais, o que às vezes impossibilita sua continuidade.       
Contudo, no último ano algumas novidades surgiram para o combate da LLC.  Agora são quatro novos medicamentos efetivos para o tratamento da doença: o obinutuzumab e o ofatumumab (que devem ser combinados a um quimioterápico, o clorambucil) usados para o tratamento de pacientes recentemente diagnosticados; além do ibrutinib e o idelalisib para os pacientes refratários ou intolerantes a esquemas anteriormente utilizados. A disponibilidade dessas novas terapias cria a possibilidade de que, em um futuro, talvez não muito distante, seja possível tratar a LLC sem o uso de quimioterápicos.
Essas quatro novas medicações e o rituximab constituem um novo tipo de recurso para o tratamento do câncer. As ações dessas substâncias se deve a intervenção em enzimas ou estruturas características das células neoplásicas e pouco expressivas ou ausentes nas células normais, o que lhes confere um caráter de especificidade muito maior. Os quimioterápicos agem sobre todas as células que estão se multiplicando por isso ocorrem os efeitos colaterais sobre a pele, mucosas, cabelo, unhas e sangue. As novas drogas, conhecidas pela denominação de “alvo-específicas”, abrem uma nova etapa no combate ao câncer.

Dr. Carlos Alberto Reis Freire - Oncologista do Hospital San Paolo - Centro hospitalar localizado na zona norte de São Paulo

Tire as 9 principais dúvidas sobre a aposentadoria






A aposentadoria tranquila é o objetivo de grande parte dos brasileiros, todavia, o que se observa na realidade é uma situação em que a grande maioria dos brasileiros passam por grandes dificuldades depois que conquistam esse direito. Mas, quais os motivos para esse problema?

Para esclarecer esta questão o presidente da G. Carvalho Sociedade de Advogados, Guilherme de Carvalho, respondeu as principais dúvidas que recebe diariamente sobre o tema:
 
  1. Quais os tipos de aposentadorias existentes no Brasil?

Segundo o Regime Geral de Previdência Social, as aposentadorias disponíveis ao segurado do INSS são: Aposentadoria por Tempo de Contribuição; Aposentadoria por Idade, Aposentadoria Especial, Aposentadoria Especial do Deficiente Físico, Aposentadoria do Segurado Especial (Rural); Aposentadoria por Invalidez.
 
  1. Quem pode solicitar o direito de aposentadoria?
Aqueles que preencheram os requisitos específicos do benefício pretendido. Para a mais comum, que é Aposentadoria por Tempo de Contribuição e Aposentadoria por Idade, os principais requisitos são:
Aposentadoria por Tempo de Contribuição: 35 anos de contribuição, se homem e 30 anos de contribuição, se mulher.
Aposentadoria por Idade: 65 anos de idade, se homem e 60 anos de idade, se mulher, mais o cumprimento do período de carência de 180 contribuições mensais.

 Quais os maiores problemas relacionados à aposentadoria que são observados?
As maiores reclamações são com relação aos valores pelos quais se contribuiu e o resultado final da renda mensal do beneficio. Atualmente, a lei determina que seja feita uma média de todas as contribuições entre Julho de 94 até um mês antes do requerimento do benefício. No entanto, a maioria dos aposentados acreditava que seria mantido o valor aproximado do último salário que recebia antes de se aposentar. Isso sem contar a incidência do fator previdenciário, que reduz ainda mais a média final do benefício. Por fim, tem-se o fato de que este, uma vez concedido, sofre os reajustes anuais pelos índices oficiais do Governo que, nem sempre, acompanham a inflação média do período, o que gera inúmeras queixas sobre defasagem entre o poder de compra inicial do benefício e o atual.

  1. O que é Aposentadoria Especial e quem tem esse direito?
A Aposentadoria Especial é o benefício destinado aos segurados que trabalharam expostos a agentes insalubres, sendo-lhes permitido se aposentar com redução do tempo mínimo necessário. De acordo com o tipo de agente insalubre a que esteve exposto o segurado, este pode requerer o benefício com 15, 20 ou 25 anos de contribuição. A mais comum é a aposentadoria especial com exposição a agentes insalubres pelo tempo mínimo de 25 anos. Mencionada exposição deve ter sido habitual e permanente, não ocasional nem intermitente durante todo o período de atividade laborativa.

  1. Como é a gestão do Governo em relação à Previdência Social?
Precária. O que se vê diariamente é que os cofres da Previdência Social estão "quebrados" e o Governo tenta resolver a questão dificultando o acesso aos benefícios e aumentando os fatores redutores da renda mensal. Enquanto não for modificada a forma de custeio e de administração dos recursos, a solução não pode ser dada em forma de redução de benefícios e aumento dos requisitos de elegibilidade. O problema está na má administração desses recursos.

  1. É comum ver casos em que a pessoa recebe um valor muito menor em relação ao que ela contribuiu. Por que isso acontece?
Isso ocorre em razão do mecanismo de cálculo que utilizada a média dos 80% das maiores contribuições do segurado entre o período de Julho/94 até um mês antes do requerimento do benefício. Como mencionado, os segurados sempre esperam que o benefício tenha valor aproximado ao último salário percebido antes de se aposentar, sem ter a informação de que a Lei determina seja feita a média do Período Básico de Cálculo.
Ademais, um dos maiores vilões responsáveis pela redução das aposentadorias é o Fator Previdenciário que incide após a realização da média das contribuições, que já vem em valores reduzidos e ainda sofre considerável queda após a aplicação do fator redutor, que leva em conta o tempo de contribuição, a idade do segurado e sua expectativa de vida.

  1. Sabe-se que a longevidade dos brasileiros tem aumentado e grande parte da população não realiza um planejamento financeiro para a aposentadoria. Qual o impacto que estes fatores geram para a população?
A falta de planejamento previdenciário faz com que os segurados tenham que se aposentar cada vez com idade mais avançada. As pessoas não se preocupam com os recolhimentos previdenciários no momento em que estão na ativa, preferindo, em muitos casos a informalidade, para gerar ganhos mensais maiores, sem pensar que o período sem recolhimentos será imprescindível para a aposentadoria no momento mais avançado da vida. Isso faz com que as pessoas acabem tendo que trabalhar mais a fim de atingir o tempo necessário à concessão dos benefícios. Além disso, as contingências sociais (doença, acidentes de trabalho etc) estão presentes no dia-a-dia do trabalhador que não pode ficar desatento acerca do seu planejamento previdenciário, o que pode lhe causar desamparo no momento em que mais precisa da proteção social. Não se pode esquecer, ainda,

  1. Quais os malefícios para as pessoas que não fazem um planejamento financeiro para sua aposentadoria?
Em alguns casos, o desamparo previdenciário, visto que sem o planejamento necessário o trabalhador pode se ver sem o benefício no momento em que mais precisar. Para aqueles que conseguem o benefício, a falta de planejamento financeiro gera, ainda, a necessidade cada vez mais gritante de o aposentado ter que continuar trabalhando mesmo após a concessão do benefício, para que possa manter condições dignas de sobrevivência, dado o valor reduzido das aposentadorias.

Quais as dicas para as pessoas não se decepcionarem com suas aposentadorias?
Efetivamente planejarem sua vida previdenciária, enquanto ainda estão em condições de fazê-lo, ou seja, enquanto estão com saúde e em condições de trabalhar, mantendo a regularidade das contribuições e evitando períodos de trabalho informal sem recolhimentos previdenciários.

Novo estudo revela associação do hipotireoidismo com AVC




 ·         Risco de morte por AVC em pacientes com hipotireoidismo < 65 anos é quatro vezes maior

 
Estudo que traz dados importantes sobre a associação do hipotireoidismo subclínico com o acidente vascular cerebral (AVC) é publicado na versão online no periódico Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, a mais importante publicação internacional especializada em Endocrinologia. O estudo teve alto impacto de publicação (em torno de 6,5) e de referência A pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), agência de fomento à pesquisa brasileira.
As pesquisas indicam que o risco de eventos de AVC (conhecido popularmente como derrame cerebral) foi três vezes maior, e de morte por AVC foi quatro vezes maior em indivíduos com idade inferior a 65 anos, com hipotireoidismo subclínico, comparados aos indivíduos com função tireoidiana normal. Em indivíduos com hipotireoidismo subclínico com idade superior a 65 anos, o risco não foi aumentado.
Os dados foram extraídos de 17 populações em todo o mundo totalizando mais de 47.000 indivíduos, e reforçam a necessidade de tratamento do hipotireoidismo subclínico persistente em pessoas com menos de 65 anos. Por outro lado, os dados fortalecem estudos anteriores, que mostraram um menor impacto clínico do hipotireoidismo subclínico em pacientes idosos.
Os dados da população brasileira foram coordenados pelos especialistas Dr. José Augusto Sgarbi e Dr. Rui Maciel, membros da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP), com financiamento FAPESP.
Conduzido em 2013, "Subclinical Hypothyroidism and the Risk of Stroke Events and Fatal Stroke: An Individual Participant Data Analysis" é fruto do esforço colaborativo de investigadores internacionais, o Thyroid Studies Collaboration. A publicação impressa do estudo está prevista para junho.

Hipotireoidismo subclínico - O hipotireoidismo subclínico é uma forma leve, inicial e geralmente assintomática do hipotireoidismo. Em geral, os casos são diagnosticados por meio de exames de rotina ou de check-up. A frequência desta condição clínica na população geral é elevada, sendo de aproximadamente 9% em estudo populacional brasileiro conduzido na Faculdade de Medicina de Marília (Famema) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sob a coordenação dos professores José Sgarbi (Famema) e Rui Maciel (Unifesp).
Estudos anteriores já demostraram que o hipotireoidismo subclínico associa-se com maior risco de infarto agudo do miocárdio e morte por doença cardiovascular.
  

SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo). Twitter: @SBEMSP - Facebook: Sbem-São-Paulo - http://sbemsp.org.br/


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