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terça-feira, 21 de abril de 2015

O papel dos hormônios masculinos no corpo da mulher




Especialista revela prós e contras do uso da testosterona em mulheres
A promessa é tentadora: menos gordura corporal, músculos mais volumosos e definidos, celulite praticamente inexistente, estrias atenuadas e libido nas alturas. Para isso, segundo os simpatizantes do hormônio masculino testosterona, basta fazer uso dele para sua vida mudar para melhor. Esse hormônio é produzido nos testículos e nas glândulas suprarrenais. Ele é responsável por todas as características sexuais dos homens – aparecimento de pelos, aumento dos músculos, engrossamento da voz e utilização da gordura do corpo. Ainda está ligado à libido, à agressividade e à disposição. A substância também é produzida nas mulheres, nas glândulas suprarrenais e no ovário, mas em uma quantidade 30 vezes menor.
Apesar dos supostos “benefícios”, os médicos discordam dessa prática. “O uso indiscriminado desse hormônio gera perigosos efeitos colaterais, e estes são, sem dúvida, mais importantes do que os possíveis resultados benéficos”, acrescenta a endocrinologista Yolanda Schrank, do Bronstein Medicina Diagnóstica. A lista de reações adversas provocadas no corpo feminino pelo uso sem indicação da testosterona é assustadora. “Entre elas destacam-se  o aparecimento de acne; o aumento dos pelos; o crescimento do clitóris; queda de cabelo, podendo resultar em calvície de padrão masculino; retenção hídrica, que provoca inchaço; e alterações no comportamento, o que costuma deixar a pessoa mais agressiva”, explica Yolanda. Segundo ela, o pomo de adão, conhecido como gogó, também cresce e resulta no engrossamento da voz.
Se a dose for muito elevada ou o tempo de uso se prolongar, o quadro fica ainda mais complicado. “Pode ocorrer aumento dos glóbulos vermelhos e de fatores de coagulação do sangue, o que eleva o risco de trombose venosa. Além disso, pacientes em uso de testosterona, principalmente no caso de formulações de uso oral, apresentam perfil lipídico mais aterogênico, com diminuição do bom colesterol (HDL) e aumento do mau colesterol (LDL), e maior risco de desenvolver hepatite e tumores benignos e  malignos do fígado”, enumera a especialista, que lembra também que há efeitos relacionados à parte ortopédica. “A substância deixa os músculos maiores e mais fortes, mas não tem a mesma ação sobre os tendões, que podem não aguentar o peso”, diz.
Por isso, os médicos alertam as usuárias de que, quanto antes o organismo parar de receber a testosterona, melhor. Se o tempo de ingestão for curto, há mais chance de os efeitos colaterais regredirem, porém, quem demora a se dar conta do estrago fica suscetível a outros tipos de problema. “Ele não provoca dependência química, mas psicológica, o que pode estar ligado à vigorexia, síndrome em que a pessoa tem uma preocupação exagerada com o corpo ideal, com a distorção de sua imagem, de modo que se enxerga sempre muito magra e fraca mesmo quando está musculosa”, esclarece a médica.
Não restam dúvidas de que lançar mão do hormônio sem orientação médica é uma furada, mas será que existe uma maneira correta de usá-lo? Para Yolanda, se for com objetivos estéticos, não. No entanto, um profissional pode, sim, receitar o hormônio, como no caso de mulheres que apresentam a chamada síndrome da insuficiência androgênica, muito comum após a menopausa, que se manifesta clinicamente com a diminuição da função sexual e do bem-estar, fadiga, emagrecimento, instabilidade vasomotora, alterações na composição corporal e perda de massa óssea, sintomas que podem ser atribuíveis a diferentes etiologias, muitas vezes dificultando o reconhecimento do diagnóstico.
Uma prova terapêutica com reposição de testosterona pode ser útil, devendo o hormônio, entretanto, ser suspenso caso não haja melhora dos sintomas após seis meses de uso. Vale ressaltar que não existem ainda estudos de longo prazo que mostrem a segurança da reposição por mais de 24 meses. A avaliação da função hepática e dos lipídios é recomendada em todas as mulheres candidatas à reposição de testosterona, bem como a dosagem da testosterona no sangue durante o período do uso, no intuito de evitar excessos na dose. Lembramos ainda que a via de reposição transdérmica (cremes, adesivos, gel) deve ser preferida à via oral, já que apresenta menos efeitos adversos. Por fim, toda mulher em uso de reposição hormonal, seja feminina ou masculina, deve ser submetida a uma avaliação individualizada, e seu uso não é recomendado em pacientes com câncer de mama ou endométrio, doença cardiovascular e doença hepática.

Oftalmologista alerta para riscos da dengue à visão




Perigo está relacionado a hemorragias e formação de depósitos de anticorpos nas artérias. Diabéticos e portadores de doenças vasculares correm mais perigo.
O aumento dos casos de dengue que se alastra no país também pode afetar a visão. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto.  a demora na busca por tratamento pode causar graves distúrbios oculares que nem sempre são percebidos; O médico destaca que existem quatro tipos diferentes de sorotipos do vírus do dengue. O risco é maior quando a pessoa é exposta a dois tipos diferentes do vírus. Isso porque, pode causar hemorragia na retina, camada de células nervosas que fica no fundo do olho e transmite as imagens para o cérebro.   Mesmo a dengue clássica, considerada menos perigosa, pode afetar o revestimento interno dos olhos, coroide e a retina. Por isso a recomendação é consultar um oftalmologista antes de completar 7 dias do diagnóstico.  Isso porque, explica, para combater o vírus nosso sistema imune forma anticorpos que alteram a corrente sanguínea. As principais mudanças no sangue são:
·        Diminuição do número glóbulos brancos e linfócitos responsáveis pela defesa do organismo.
·        Queda das plaquetas que respondem pela coagulação.
O especialista diz que a queda de plaquetas aumenta o risco de hemorragia subconjuntival ou intraocular, inclusive em quem nunca foi contaminado pela dengue.  Já a oclusão vascular, precipitada pelo depósito de anticorpos nas paredes internas das artérias e vasos. aumentam o risco de derrame intraocular.
Sintomas e Tratamentos
De todos os distúrbios oculares decorrentes da dengue, só a hemorragia subconjuntival altera o aspecto do olho, deixando a esclera (parte branca) congestionada de sangue. Pode estar relacionada a um trauma e por isso é mais comum entre crianças, comenta. Apesar de a aparência impressionar, não se trata de um problema grave e desaparece em semanas sem uso de medicação. Em caso de dor nos olhos ou visão turva, a recomendação é consultar um oftalmologista imediatamente.
O médico destaca que a oclusão vascular (trombose) decorrente do depósito de anticorpos nas paredes das artérias pode deixar a visão embaçada. O diagnóstico é feito através de exame de fundo de olho. Quando são detectadas alterações vasculares o tratamento é feito com aplicações de laser para impedir o sangramento.  Em caso de hemorragia, o oftalmologista afirma que  é indicada a vitrectomia. Trata-se de um procedimento cirúrgico feito com micro incisões para eliminar o sangramento que provoca cegueira irreparável quando atinge a mácula (parte central da retina).
Grupos de Maior Risco
Queiroz Neto adverte que entre fumantes a dengue dobra a chance de hemorragia intraocular por conta do aumento da obstrução vascular provocada pelas substâncias do cigarro.  Portadores de diabetes e colesterol alto que provoca aterosclerose também correm maior risco. O especialista alerta os pais para o alto índice de crianças que têm estas doenças não diagnosticadas. Isso porque a expectativa é de que 1 em cada 4 casos de dengue ocorram na população infantil. Manchas vermelhas na pele, febre, dor nas articulações, olhos e músculos são os primeiros sinais de alerta da doença. Mesmo quem nunca foi infectado deve passar por consulta com um oftalmologista.

Combate à Hipertensão




Dia nacional de combate e prevenção da doença é lembrado em 26 de abril
A hipertensão arterial ou pressão alta é considerada entre as doenças mais prevalentes na população. Os sintomas mais comuns de quem sofre com o problema são: dor de cabeça e na parte da nuca, tontura, taquicardia, insônia, agitação psicomotora e sudorese.
De acordo com o cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Valdir Lippi Jr. é necessário identificar as causas que levaram a pressão arterial se elevar. Excesso de peso, alimentação não saudável, ingestão excessiva de sal, sedentarismo, consumo elevado de bebida alcoólica, diabetes e histórico familiar, são alguns fatores que podem potencializar a doença.
É possível prevenir a hipertensão por meio de um estilo de vida saudável, como com a prática de esportes aeróbicos e uma dieta com pouco sal e gorduras saturadas. “Essa conduta não apenas previne como posterga o aparecimento da hipertensão", enfatiza o médico.
Complicações
Atualmente a hipertensão arterial faz parte dos maiores fatores de risco para doenças como AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto do miocárdio, que em conjunto tornam-se a principal causa de mortalidade no mundo. “Além disso é o principal fator responsável pelo desenvolvimento da insuficiência cardíaca, uma doença progressiva com lesão do músculo cardíaco e capaz de levar o indivíduo a uma limitação física progressiva e redução da expectativa de vida”, ressalta.
Segundo o cardiologista, a hipertensão arterial é comum entre os pacientes acima de 65 anos e que poderia ser evitada ou no mínimo amenizada. “Portanto, o diagnóstico precoce, tratamento adequado e o controle rigoroso do paciente diminui a exposição a este fator e beneficia a longo prazo. Benefícios estes traduzidos em excelente qualidade de vida e envelhecimento saudável”, destaca o médico.

sábado, 18 de abril de 2015

Quando o trabalho vira vício




Personagem da novela Sete Vidas, da Rede Globo, suscita discussões sobre o aumento do número de mulheres viciadas em trabalho e o impacto desta realidade na vida pessoal e na saúde dessas workaholics

Irene é uma publicitária integralmente focada em seu trabalho, o que a faz ter um relacionamento frio e distante com seu namorado e familiares. Após receber uma promoção no emprego, se vê ainda mais estressada, fato que acaba por desencadear o fim de seu namoro. Esta é a história de uma personagem da nova novela da Globo, Sete Vidas. Poderia, no entanto, ser a situação de qualquer uma das tantas mulheres que chegam ao consultório da psicóloga Sônia Eustáquia. “A competitividade no mercado de trabalho é grande. Se há muita exigência para os executivos, irá existir também para as executivas. E algumas mulheres acabam escondendo seus conflitos internos atrás do volume de trabalho. Afinal, trabalhar é uma excelente desculpa social e financeira. Quem não admira uma pessoa de sucesso e trabalhadora?”, pondera a psicóloga. 
No caso da personagem da novela, por exemplo, o trabalho é a “desculpa” para não ter filhos, o que gera o conflito com o parceiro. De acordo com Sônia não é incomum que o casamento seja o primeiro pilar a balançar na vida de uma workaholic, ou viciada em trabalho. “Os maridos querem uma esposa que idealizaram há tempos, aquela carinhosa, solícita  e doce, que lhe pergunta como foi dia e escuta com atenção. Mas hoje as mulheres são diferentes. Trabalham muito e se priorizam em detrimento das atividades do lar e do marido”, avalia a psicóloga lembrando que os desejos das mulheres atuais em conflito com ideias tão arraigadas na nossa cultura acaba fazendo com que elas se sintam mais estressadas e pressionadas.
Não por um acaso, ser uma pessoa workaholic é uma situação totalmente diferente para homens e para mulheres. “Os homens já foram  aculturados e preparados socialmente para serem provedores financeiros do lar e a consequência disso é uma aceitação tácita dele fora de casa, trabalhando. Quando trabalha mais do que o comum, costuma até ser  mais respeitado em casa e livre de alguns afazeres domésticos. Ele tem mais liberdade para fazer essa opção. Já a expectativa da sociedade quanto às mulheres, passa muito mais no que elas vão corresponder pelos afazeres enquanto provedora do lar do que pela carreira que estão construindo”. Com isso, as mulheres acabaram optando pela multifunção: trabalham fora, cuidam da casa, dos filhos, da vaidade e ainda precisam manter uma vida sexual ativa e saudável.
Com tamanha sobrecarga, nem sempre é possível dar a mesma atenção a todas a áreas e uma hora o corpo reage. “A maioria das mulheres chega ao consultório por encaminhamento médico, após apresentar algum sintoma físico. Uma boa terapia de apoio seguida de um período de análise é o melhor investimento que uma pessoa pode fazer para si mesmo. O objetivo é conseguir sentir-se melhor, livrar-se das culpas, obter autoconhecimento, e resignificar possíveis traumas ou recalques. Enfim: libertar-se”, propõe Sônia.
A psicóloga faz ainda um alerta: “Uma workaholic sublima toda a sua energia para um único objeto. No caso, o trabalho. Uma pessoa com um relacionamento saudável com o trabalho saberá distribuir bem essa energia entre todos os outros objetos de sua vida, ou seja, trabalho, casa, marido, filhos e etc. É importante não confundir uma pessoa viciada em trabalho com aquela que simplesmente ama o que faz”, encerra Sônia.

Nutricionista explica a relação entre alimentação e comportamento




O comportamento das pessoas influencia muito a forma de se alimentar e cultivar bons hábitos éum caminho para ter uma vida mais saudável
O ato de alimentar-se é instintivo, mas o comportamento alimentar é aprendido em um determinado contexto social e cultural. De acordo com Irene Coutinho, coordenadora do Bacharelado em Nutrição do Centro Universitário Senac – Santo Amaro, a formação dos hábitos alimentares se dá desde a infância e é fortemente influenciado pelo comportamento alimentar da família.
“A maioria dos hábitos alimentares da vida adulta foram estabelecidos na infância. Équando o ser humano aprende a interpretar o que é gostoso e o que não é por meio das experiências e associações com eventos positivos ou negativos. Assim tenderá a repetir o que lhe dá prazer. Ou seja, se aprendeu a interpretar que um alimento doce é gostoso, deverá desejar repetir essa sensação de prazer”, explica Irene.
Alguns comportamentos alimentares são tidos como inadequados para uma alimentação saudável. Por exemplo, uma refeição pode ser composta de nutrientes adequados, porém, se o indivíduo comer em frente à televisão, ou rápido, ou não souber compartilhar o alimento, essas atitudes não contribuem para uma boa alimentação. “Hábitos alimentares errados devem ser corrigidos em qualquer uma das etapas da vida, porém, quanto mais velho for um indivíduo, mais dificuldades terá em corrigi-los, isso exigirá um esforço e dedicação muito maior. O caminho para mudança de hábito é ‘treinar’ o organismo a reinterpretar o ‘gosto’ e o ‘não gosto’, explorando novas experiências com os alimentos e as diferentes formas de preparo”, completa a professora.
Irene lembra que é muito comum as pessoas quererem fazer uma alimentação equilibrada quando tudo o mais na vida dela está em desequilíbrio, mas a harmonia deve permear todas as atitudes para se levar uma vida saudável.
Conheça cinco dicas para cultivar bons hábitos alimentares:
1.    Cultivar o prazer de comer – aguçar os sentidos e compreender o prazer que o alimentoproporciona.
2.    Compartilhar o alimento – é uma cultura ancestral em que não se partilha somente oalimento, mas também a energia dos que estão à mesa. É um momento de conexão.
3.    Fazer a própria comida – escolher os ingredientes, dedicar tempo, cozinhar com amor, tornam as refeições ainda mais especiais.
4.    Alimentar-se em ambientes tranquilos – é importante curtir o momento, prestar atenção no que está comendo e evitar distrações, isso favorece inclusive a mastigação e a absorção de nutrientes. Deixar a TV, o celular, o computador para outros momentos.
5.    Estar disposto a experimentar novos sabores – diversificar o paladar, conhecer novas formas de preparar os alimentos, arriscar uma nova receita, são atitudes que enriquecem a experiência alimentar.

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