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sexta-feira, 6 de março de 2015

SP fecha cerco contra venda de álcool para menores perto de universidades




               4,5 mil agentes das vigilâncias municipais, estadual e do Procon-SP percorrerão bares, mercados e lojas de conveniência a partir desta sexta-feira
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo vai fechar o cerco contra a venda e o consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade em estabelecimentos comerciais localizados nas imediações de faculdades e universidades em todo o Estado.
Cerca de 4.500 agentes das vigilâncias sanitárias estadual e municipais e do Procon-SP irão percorrer, a partir desta sexta-feira, 6 de março, bares, baladas, supermercados e lojas de conveniência para verificar o cumprimento da “Lei Antiálcool para menores”, válida desde 2011. As inspeções ocorrerão a qualquer momento do dia ou da noite, na maioria dos casos com os agentes à paisana (sem colete de fiscalização)
Além da capital paulista, haverá ações em cidades com vida universitária, como Guarulhos, Mogi das Cruzes, Santos, Marília, Bauru, Ribeirão Preto, Botucatu e Presidente Prudente, entre outras.
Vigente desde 19 de novembro de 2011, a lei antiálcool já fiscalizou, até janeiro deste ano, 742.885 estabelecimentos no Estado, com aplicação de 2.051 multas.
A lei proíbe que bares, restaurantes, lojas de conveniência, baladas, entre outros locais, não possam vender, oferecer e nem permitir a presença de menores de idade consumindo bebidas alcoólicas no interior dos estabelecimentos, mesmo que acompanhados de seus pais ou responsáveis maiores de idade.
Os estabelecimentos infratores estão sujeitos a multas de mais de R$ 100 mil e, no caso de reincidências, podem ser interditados por 15 a 30 dias e até mesmo perderem a inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS.
“É preocupante que estudantes universitários que sequer completaram 18 anos tenham acesso facilitado a bebidas alcoólicas. Os estabelecimentos comerciais não podem ser coniventes com isso. Por isso vamos realizar esta megaoperação, que tem caráter de promoção da saúde. Estudos apontam que, quanto mais cedo os jovens começam a beber, maiores são as chances de desenvolverem dependência química no futuro” diz a diretora do Centro de Vigilância Sanitária Estadual, Maria Cristina Megid.
Denúncias sobre o descumprimento da lei podem ser feitas pelo site www.alcoolparamenoreseproibido.sp.gov.br ou pelo telefone 0800-771-3541

Clínicas médicas móveis são alternativa para aumentar o número de exames de mamografias no Brasil




Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), apenas 25% das mulheres com mais de 50 anos fazem exames de mamografia. Nesse cenário de alerta, em que o País contabiliza quase 60 mil novos casos de câncer de mama a cada ano, a Truckvan, empresa especializada em soluções sobre rodas, desenvolveu unidades móveis de Saúde da Mulher para iniciativas privada e governamental com o objetivo de aumentar o número de mamografias nessa faixa etária e conscientizar a população sobre a rotina de prevenção à doença.
“As carretas funcionam como clínicas médicas móveis e levam informação e atendimento para comunidades que não têm acesso a médicos e hospitais, evitando o deslocamento e o gasto no orçamento das famílias”, destaca Alcides Braga, sócio-diretor da Truckvan.
Cada unidade móvel possui equipe especializada composta por médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem e é preparada para realizar 50 mamografias, 50 ultrassonografias e 50 coletas de exames preventivos de câncer de colo do útero por dia, garantindo agilidade na realização e entrega do resultado do exame para detectar a doença, podendo aumentar em 90% as chances de cura da paciente.
Desde 2012, 22 unidades itinerantes da Truckvan realizaram mais de 350 mil exames de mamografias no Distrito Federal (DF), Minas Gerais (MG), Tocantins (TO) e nas cidades de Manaus (AM) e Maceió (AL).
Números:
No Distrito Federal, quatro ’Carretas da Mulher’ já realizaram, desde março de 2012, 80.274 mamografias.
Em Minas Gerais, 10 unidades móveis entregues para o Programa Estadual do Controle do Câncer, da Secretaria de Estado de Saúde, já realizaram, desde outubro de 2012, 196.553 exames de mamografias.
Na cidade de Manaus (AM), a Secretaria Municipal de Saúde conta com quatro unidades móveis de Saúde da Mulher. Segundo o gerente do Programa Saúde Manaus Itinerante, William Terra, as carretas já realizaram, no período de 2012 a 2014, 43.029 exames de mamografias.
Em Tocantins, três carretas do programa Saúde Cidadã, Saúde da Mulher, do governo do estado, chegaram à marca de 32.686 exames de mamografias no período de maio de 2013 a novembro de 2014.
Já em Maceió, uma Carreta da Mulher foi entregue para a Secretaria Municipal de Saúde em janeiro de 2014 e realizou 3.720 exames de mamografias.

MULHER, CORAÇÃO DA FAMÍLIA



                                                                                                                                                                                 
Domingo próximo, dia 8, será o dia internacional da mulher, razão de falarmos da dignidade especial daquela que é o coração da família. Sua dignidade há que ser ressaltada, pois a crise atual da família atinge especialmente a mulher. “Na nossa época, o matrimônio e a família estão em crise. Vivemos numa cultura do provisório, na qual cada vez mais pessoas renunciam ao matrimônio como compromisso público. Esta revolução nos costumes e na moral agitou com frequência a ‘bandeira da liberdade’, mas na realidade trouxe devastação espiritual e material a numerosos seres humanos, de maneira especial aos mais vulneráveis. É cada vez mais evidente que o declínio da cultura do matrimônio está associado a um aumento de pobreza e a uma série de numerosos outros problemas sociais que atingem em medida desproporcional as mulheres, as crianças e os idosos. E são sempre eles quem mais sofre nesta crise” (Papa Francisco, Discurso aos participantes no encontro internacional sobre a complementaridade entre homem e a mulher, 17/11/2014).
Foi o cristianismo que salvou a dignidade da mulher! A história, nos testemunhos de Juvenal e Ovídio, nos conta que a moral sexual e a fidelidade conjugal, antes do cristianismo, estavam em extrema degradação. Constatamos isso, vendo atualmente a situação da mulher nos povos que não têm o cristianismo. No começo do século II, Tácito afirmava que uma mulher casta era um fenômeno raro. Galeno, o médico grego do século II, ficava impressionado com a retidão do comportamento sexual dos cristãos. Os próprios historiadores são obrigados a confessar que foram os cristãos que restauraram a dignidade do matrimônio.
O cristianismo estendeu o conceito de adultério também à infidelidade do marido, pois no mundo antigo ele só se limitava à infidelidade da esposa. O cristianismo santificou o matrimônio, elevando-o à ordem de sacramento, proibindo o divórcio, que prejudica, sobretudo, a mulher.. O cristianismo, ao contrário da mentalidade machista, iguala o pecado do homem e da mulher: o sexto e o nono mandamentos valem igualmente para os dois.
As mulheres encontraram na Igreja, conforme a sua própria condição, seu lugar digno: foi-lhes permitido formar comunidades religiosas dotadas de governo próprio, dirigir suas próprias escolas, conventos, colégios, hospitais e orfanatos, coisa impensável no mundo antigo (cf. Thomas E. Woods Jr, “Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental”). O homem e a mulher são seres humanos, em grau igual, ambos criados à imagem de Deus. Mas, “a igualdade de dignidade não significa ser idêntico aos homens. Isso só empobrece as mulheres e toda a sociedade, deformando ou perdendo a riqueza única e valores próprios da feminilidade. Na visão da Igreja, o homem e a mulher foram chamados pelo Criador para viver em profunda comunhão entre si, conhecendo-se mutuamente, para dar a si mesmos e agir em conjunto, tendendo para o bem comum com as características complementares do que é feminino e masculino” (S. João Paulo II, Mensagem sobre a mulher, 26/5/1995).

Dom Fernando Arêas Rifan - Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
http://domfernandorifan.blogspot.com.br/

Reverência e solidariedade às mulheres




Em oito de março comemoramos o dia Internacional da Mulher. E no último dia três a Câmara Federal aprovou projeto de lei que inclui no Código Penal o “feminicídio” ou homicídio de mulher por razões de gênero quando envolver, por exemplo, violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação contra a condição feminina. O crime pode levar a penas de 12 a 30 anos de prisão e foi também classificado como hediondo.  Essas penas podem ainda ser aumentadas se o assassinato ocorrer contra mulheres grávidas, nos três meses posteriores ao parto; contra menores de 14 anos, maiores de 60 anos ou pessoas com deficiência; e na presença de filhos ou pais das vítimas. A lei seguiu para a sanção presidencial.
Saúdo as novas penas, mas lembro que ainda estamos por ver avanços reais nas práticas da Lei Maria da Penha, das delegacias das mulheres e no dia a dia da sociedade brasileira. O balanço para as eleições de 2014 é ilustrativo e aponta um resultado frustrante para a representação feminina no Congresso, nos legislativos e nos executivos estaduais. Indica a insuficiência dos sistemas eleitoral e político brasileiros quanto à democratização . As mulheres são 51% da população brasileira e 52% do eleitorado. E se o eleitorado brasileiro, como se diz, não tem preconceito em votar nas mulheres, por que a participação feminina na política cresce apenas 1%, em média, a cada eleição? Precisamos procurar as respostas.. E elas não estão em pesquisas, mas na própria estrutura política brasileira.
Ela precisa de mudanças substanciais para incluir de forma efetiva as mulheres na política. Caso contrário será impossível inverter o quadro da sub-representação. A lei que determina cotas de candidaturas (no mínimo 30% e no máximo 70% para cada sexo) não foi suficiente levar as brasileiras ao poder formal. É notável, ao mesmo tempo, que nas eleições presidenciais do ano passado, apesar do total de 11 candidatos à presidência da república apenas três serem mulheres, elas ficarem entre os quatro primeiros colocados no primeiro turno. Dilma Rousseff, Marina Silva e Luciana Genro alcançaram juntas 67 milhões de eleitores ou 64,5% dos votos válidos.
A mulher – mesmo em comunidades mais fechadas e conservadoras – começou a se destacar já no século passado como ponto de referência das conquistas sociais e do desenvolvimento humano, mas é evidente o quanto lhe tem custado essa proeminência, qualquer que seja o ponto de vista da análise. Um exemplo dramático refere-se à competição com os homens por postos de trabalho semelhantes que seguem remunerando melhor a “força” masculina.
Especialmente nas classes menos favorecidas, a mulher continua penalizada no direito à saúde, à educação, ao lazer e às responsabilidades familiares, que a obrigam a cumprir duas ou mais jornadas de trabalho se a essas precisa somar as obrigações de funcionária, especialmente nas grandes cidades brasileiras onde o transporte público é desqualificado e os pobres são cada vez mais afastados para as periferias onde não existem empregos ou presença do Estado.
Ao mesmo tempo, aliadas ao consumo e à consumação da própria mulher, as tendências cada vez mais fortes e explícitas de glamourização, mercantilização, “beleza”, exposição e vulgarização do feminino minam os esforços de autoafirmação do gênero perante a sociedade, os homens e até diante de outras mulheres.
Essas lutas de hoje, que já promoveram muitos e reconhecidos avanços, como a licença maternidade e a proteção contra a violência – especialmente masculina, são novas apenas na memória curta brasileira. As ideias de reconstruir o papel da mulher nasceram do movimento socialista mundial, no final do século XIX e começo do século XX. Lá nos escritos de Marx e Engels é possível identificar as raízes. A visão da família, da mulher proletária e da burguesa que permeiam A Origem da Família, da Propriedade e do Estado, de Engels, é a base da visão dos socialistas sobre a necessidade da libertação da mulher proletária. Na observação de Marx, a opressão do homem pelo homem iniciou-se com a opressão da mulher pelo homem.
A tradição anarquista de uma parte do movimento operário também exigia a igualdade de homens e mulheres. Em meio às lutas operárias e às discussões teóricas, no campo socialista, nasceu a luta pela participação política e, pouco a pouco, pela libertação da mulher. E no começo do século XX cruzaram-se as batalhas das socialistas com a do movimento das mulheres independentes, de classes média e alta, em campanha pelo direito de voto, nos Estados Unidos e na Inglaterra. As relações eram conflituosas, por causa das visões e posições diferentes de classe. Mas as mulheres e a sociedade avançaram.
A data tem seu valor no resgate da memória sobre a importância e o papel da mulher na sociedade não só como mãe e companheira. Mas deve ir muito além dos gestos frios e automáticos de oferecer agrados, distribuir galanteios e reverências que duram tão pouco quanto as flores presenteadas logo pela manhã ou ao fim do dia.
Temos muito que fazer. E tudo começa por uma atitude individual, de reflexão – de homens e mulheres – sobre as mulheres que estão ao nosso lado, que trabalham conosco, com as quais nos encontramos diariamente na condução, nas ruas, nas igrejas, nos hospitais, ao lado dos nossos filhos ou apartadas deles... É esse esforço de olhar diário que precisa emergir do prosaico dia oito de março para que além de uma homenagem sejamos capazes de prestar cotidiano respeito pelo gênero, permanente solidariedade às mulheres.

Arnaldo Jardim - deputado federal licenciado (PPS-SP) e secretario de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. e-mail: arnaldojardim@arnaldojardim.com.br - www.arnaldojardim.com.br - Twitter: @ArnaldoJardim - Facebook: Deputado Arnaldo Jardim

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