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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Paciente com câncer deve buscar qualidade de vida durante tratamento ao invés de culpar-se pela doença




Segundo psicóloga, doença não tem relação com azar ou destino. Entendimento dos conflitos psíquicos trazidos pelo câncer podem aliviar o sofrimento
O sentimento de culpa comum quando o paciente recebe o diagnóstico de câncer não deve se sobrepor à tentativa de se buscar qualidade de vida durante o tratamento. Para a psicóloga da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Sandra Vieira Cardoso, sentir-se culpado por não ter cultivado hábitos saudáveis e agora estar com câncer deve ser uma situação tratada de forma secundária.
No começo deste mês a divulgação de uma pesquisa feita pelo oncologista Bert Vogelstein e o biomatemático Cristian Tomasetti, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, apontou que 65% dos tumores estudados surgem em razão de mutações aleatórias na divisão celular natural do organismo, o que foi classificado de “má sorte” do paciente. Esse processo estaria na origem de 22 dos 31 tumores analisados na pesquisa.
 “O adoecimento para o ser humano, seja por câncer ou por qualquer outro diagnóstico, não está relacionado a uma questão de azar ou destino. Há uma condição que as pessoas invariavelmente esquecem: somos mortais. Mas vivemos como se não fôssemos. Portanto, quando estamos diante de um diagnóstico sombrio, partimos de um estado de onipotência a um estado de desamparo, pois a sensação de eternidade é dissolvida”, explicou a psicóloga.
O suporte dado pela psicóloga se volta para o acolhimento do paciente e de seus familiares frente à angústia que o diagnóstico provoca, buscando o equilíbrio biológico, psicológico, social e espiritual. Sandra reforça ainda que o entendimento dos conflitos psíquicos provocados pela presença do câncer podem ser desencadeadores de outros, porém também podem ser norteadores na busca por uma melhor qualidade de vida durante o tratamento, amenizando o sofrimento e a dor.

Farmácia oncológica é importante aliada no tratamento de pacientes com câncer




A farmácia representa um serviço importante dentro do tratamento oncológico. O farmacêutico participa ativamente de todas as etapas do processo do tratamento do paciente, intervindo e prevenindo a ocorrência de possíveis falhas antes da administração do medicamento e possibilitando maior segurança à prescrição médica e ao paciente. 
"Todos os agentes quimioterápicos devem ser preparados por profissionais qualificados e treinados especificamente para tal procedimento. A área tem acesso restrito somente para pessoas treinadas e fica em local isolado", explica Danielle Barbosa, farmacêutica do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC). 
De acordo com Danielle, a base do tratamento citotóxico para o farmacêutico possui pontos relevantes como a logística adequada para o recebimento da prescrição médica, a avaliação da prescrição (conferência do protocolo prescrito, averiguação das doses dos medicamentos a partir da superfície corporal, avaliação dos intervalos de doses e do número de ciclos proposto no protocolo e inclusão de medicamentos de suporte ou adjuvantes), além de fornecer a quimioterapia pronta para o uso e devidamente identificada para a equipe de enfermagem.
A profissional conta que a identificação de possíveis erros de fármacos antineoplásicos é uma tarefa prioritária da farmácia oncológica: "doses incorretas, omissão involuntária de algum fármaco ou imprecisão quanto ao nome do mesmo, confusões quanto ao ciclo terapêutico que deverá ser seguido, via de administração e o tempo de infusão inadequado são potenciais erros durante o processo.. O farmacêutico deve garantir a segurança neste processo com bom preparo técnico e clínico, além da integração e boa comunicação junto à equipe assistencial de saúde que cuida do paciente."
A exposição dos profissionais envolvidos nas diversas fases da terapia antineoplásica pode ser controlada efetivamente com a correta utilização dos equipamentos, podendo ocorrer durante o preparo, durante a administração e durante o descarte. Segundo a farmacêutica, "para evitar que estes momentos se transformem em acidentes, o farmacêutico deverá elaborar procedimentos operacionais padrões que determinem o fluxo de trabalho e a execução das atividades, além de prever um plano de contingência no caso de acidentes durante o processo de manipulação."
Outro fator que merece importância dentro de uma farmácia oncológica é a certificação ISO 9001:2008. Hoje, a farmácia do Instituto Paulista de Cancerologia possui a certificação oferecendo ao paciente a certeza que existe um sistema confiável de controle das etapas de desenvolvimento, elaboração, execução e entrega do produto provido de um tratamento formal. "A conquista da ISO 9001:2008 trouxe muitos benefícios à instituição como um todo, aos pacientes e a nossa equipe, que está sempre motivada a alcançar resultados cada vez melhores. Nosso objetivo é a cada dia oferecer mais segurança e qualidade para o paciente", completa Danielle..

Danielle Barbosa - farmacêutica do Instituto Paulista de Cancerologia - IPC

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O Perigo do Biquíni Molhado




Permanecer com roupas de banho úmidas favorecem a proliferação do fungo nas mulheres
Durante a estação mais quente do ano é comum as pessoas viajarem ao litoral ou frequentarem piscina. São nesses locais também que surge uma das doenças que mais atingem as mulheres no verão: a candidíase. O uso prolongado de biquíni molhado é um dos principais fatores da proliferação do fungo Candida albicans, causado pela umidade.

Para evitar o aparecimento da doença é necessário redobrar os cuidados com a higiene, pois o fungo se manifesta quando há variação da acidez vaginal. “A vagina é habitada por vários microorganismos, entre eles: bactérias e fungos, que compõe sua flora normal. Se houver algum desequilíbrio tanto na flora quanto na estrutura de defesa da mulher há um desenvolvimento da candidíase”, esclarece o ginecologista e obstetra do Hospital Nossa Senhora das Graças, Edison Tissot.

A alteração na acidez vaginal acontece quando a temperatura da região vaginal se eleva devido ao uso de roupas úmidas ou apertadas, roupas íntimas de tecido sintético, absorventes íntimos diários e o calor excessivo. “O fungo também pode se propagar com o consumo de antibióticos ou corticóides sistêmicos, pois estes diminuem a flora vaginal normal”, esclarece Dr. Tissot.

Para evitar a contaminação, recomenda-se utilizar sabonete neutro, roupas leves como as feita de algodão e evitar amaciantes e sabão em pó ao lavar as peças íntimas. “Quando a doença é recorrente deve-se investigar a possibilidade de diabetes, pois esta doença influencia o meio vaginal tornando-o mais ácido e, com isto, mais propício à presença da Candida albicans”, alerta o especialista.

Sintomas

É necessário estar alerta aos sintomas da candidíase, sendo que as mais incômodas são a coceira e a ardência. “Também é possível observar a presença de um corrimento esbranquiçado, muitas vezes semelhante a ‘nata de leite’”, exemplifica o ginecologista. O diagnóstico é realizado durante o exame ginecológico, pois as características locais da mucosa vaginal e o corrimento que acompanha a candidíase são bastante peculiares.
Para o Dr. Tissot às mudanças das secreções vaginais também podem ser indícios da doença. “Quando houver corrimentos que causem desconforto e com características físicas diferentes em relação à cor e odor, é necessário procurar um médico. Deve-se evitar a automedicação, pois muitos dos sintomas são comuns a diferentes tipos de infecções vaginais e podem ser mascarados por tratamentos com medicamentos ou tempos inadequados”, orienta o médico.

Tratamento 

O tratamento da candidíase é feito, geralmente, com a aplicação de cremes vaginais por um período que pode variar de três a 14 dias. Já o tratamento via oral pode ser utilizado como coadjuvante e preventivo, no entanto, usado isoladamente, possui menor eficácia que o tratamento local. “O fungo tratado adequadamente desaparece ou permanece em pequenas quantidades sem causar sintomas”, explica.

Brasil Sem Alergia inaugura setor gratuito de acupuntura médica para tratar processos alérgicos no Rio




 Desde 2004, a Organização Mundial da Saúde indica a eficácia da técnica chinesa em alergias, podendo beneficiar em até 97% dos casos
Coordenado pelo médico alergista Marcello Bossois, o Brasil Sem Alergia é um centro de tratamentos gratuitos que conta com diferentes procedimentos de prevenção e combate dos quadros alérgicos e doenças imunológicas em seus três postos no Rio de Janeiro. A ação social, que já realizou mais de 120 mil atendimentos gratuitos, irá inaugurar, em 17 de janeiro (sábado), um setor exclusivo de acupuntura médica voltada para casos de alergias. As consultas serão gratuitas, com procedimentos a preço de custo. O serviço será oferecido na sede do projeto, na Rua Conde de Porto Alegre nº 167, em Duque de Caxias. Os atendimentos serão oferecidos aos sábados, e os interessados, que antes deverão passar por uma triagem clínica no Brasil Sem Alergia, poderão agendar seus horários através dos telefones 3939-0239 ou 2652-2175 e pelo site www.brasilsemalergia.com.br

Tratando as alergias com as agulhinhas
Como parte da medicina tradicional chinesa há mais de dois milênios, a acupuntura é uma das técnicas terapéuticas mais antigas do mundo. Consiste na estimulação de pontos específicos da pele, que são chamados de pontos de acupuntura, por meio de agulhas metálicas muito finas - manipuladas manualmente ou através de estímulos elétricos. Aqui, no ocidente, a eficácia da técnica começou a ser estudada no final da década de 1970 para 41 doenças, entre as quais a alergia. Após 25 anos de pesquisas em renomadas instituições, a Organização Mundial da Saúde publicou, em 2004, um documento atestando os efeitos benéficos em diversos tipos de alergias como a rinite alérgica, por exemplo, que pode obter resultados significativos em até 97% dos casos, podendo ser eficaz para até 93% dos asmáticos.  
Para a médica acupunturista Carla Simone Freitas, recém-incorporada à equipe do Brasil Sem Alergia, a acupuntura, assim como outros métodos da medicina tradicional chinesa, surge como um excelente recurso terapéutico para diminuir ou até evitar as crises alérgicas, inclusive como opção de associação ao tratamento convencional. “A acupuntura possui um papel terapêutico muito eficaz no tratamento de variados processos alérgicos, seja na fase aguda de uma alergia respiratória, seja num caso crônico de um processo alérgico alimentar. As alergias de pele e os casos de alergia hormonal também podem ser tratados pela técnica, sendo possível perceber resultados poucos minutos após os primeiros procedimentos”, completa a médica. O método é capaz de espaçar as crises alérgicas, aliviar seus efeitos e, em determinados casos, até eliminar os sintomas.
Baseado numa visão holística, o tratamento requer uma avaliação prévia e rigorosa do histórico do paciente, através de uma abordagem ampla de cada caso. “Em geral, meu primeiro atendimento leva cerca de duas horas, pois preciso considerar diversas características, hábitos e comportamentos daquele paciente”, comenta Dra. Carla. Avaliação dos pulsos energéticos, da fala, língua, do tom da pele, da respiração, do sono e da alimentação fazem parte da análise que antecede o início dos procedimentos. Com formação em variadas técnicas da medicina tradicional chinesa, a médica afirma que pessoas de qualquer idade podem se submeter ao tratamento, desde que com a indicação de um profissional habilitado. 

Risco de desidratação nos idosos é maior nesta época do ano




Calor excessivo exige cuidado redobrado com as pessoas da terceira idade
No período de altas temperaturas, a sudorese é mais intensa em todas as pessoas, mas, os idosos apresentam uma tendência maior à desidratação por terem, naturalmente, menor quantidade de líquidos no corpo e por sentirem menos fome e sede. Outros fatores somados a isso podem desencadear esse grave estado patológico, por isso os familiares e cuidadores devem ficar atentos aos sinais.
O diretor do Villa Bela Vista Residencial & Saúde, Dr. Isidoro Cobra dos Santos, alerta que uma série de elementos pode contribuir para evolução desse quadro. "As principais causas são: a ingestão insuficiente de líquidos; hiperglicemia (incluindo diabetes); o uso de medicamentos de ação diurética, sedativa ou laxativa; infecções; esforços físicos sem a adequada reposição hídrica; roupas inadequadas, altas temperaturas (em ambiente fechado ou exposição excessiva ao sol); baixa autoestima; entre outras", destaca.
Segundo o médico, nos casos mais graves a desidratação pode levar à morte ou deixar a pessoa em coma, se não for tratada logo e adequadamente. Cefaleias, prisão de ventre, perda parcial da memória, infecção urinária, pneumonia, taquicardia, pressão baixa, quedas, tonturas, câimbras, lesões e falências dos rins, são alguns sintomas dessa doença.
"A desidratação nesta faixa etária é perigosa e pode trazer complicações para os idosos. A baixa concentração de sódio e potássio no sangue produz contrações musculares involuntárias e desmaios. Além disso, poderá haver choque hipovolêmico, queda da pressão arterial e da oxigenação no cérebro", explica o especialista.
Dr. Isidoro ressalta que até para os casos leves deve-se marcar consulta médica. "Enquanto o idoso aguarda o atendimento, recomenda-se a administração do chamado soro caseiro (1 litro de água filtrada ou fervida, 1 colher de sopa de açúcar e 1 colher de café de sal) tomando em pequenos goles ao longo do dia. Entretanto, se houver desidratação grave ou insegurança dos cuidadores sobre o caso, o idoso deverá ser conduzido o mais rápido possível a um pronto-socorro", alerta.

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