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domingo, 18 de janeiro de 2015

Férias exigem atenção redobrada com as crianças para evitar acidentes




Quedas, intoxicação e afogamento estão entre os principais perigos
As férias chegaram! Quem tem filhos sabe, porém, que esse período não é sinônimo de descanso. É justamente nessa época do ano em que é preciso ter cuidado redobrado com as crianças para prevenir acidentes. Com a quebra da rotina, os pequenos têm mais tempo livre e podem se envolver em situações perigosas que colocam a vida deles em risco, seja durante as viagens e passeios em família, seja dentro da própria casa.
Segundo o pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Hamilton Robledo, os acidentes acontecem em um momento de descuido ou de excesso de confiança dos adultos. "Quando a família está em um ambiente novo, como um hotel, os pais ficam mais vigilantes, pois ainda não conhecem os perigos do local. Já em casa, tendem a relaxar por estarem habituados e dão mais liberdade às crianças. Por causa disso, a maioria dos acidentes ainda ocorre dentro de casa", revela.
Entre os principais problemas em que as crianças se envolvem, estão a queda, que pode ser causada, inclusive, pelos brinquedos ganhados no Natal, como patins, skate e bicicleta, intoxicação por ingestão de medicamentos ou produtos de limpeza e o afogamento no mar ou piscina.
Se a criança for vítima de uma dessas situações, é preciso fazer uma rápida avaliação da gravidade. "É preciso procurar ajuda médica no Pronto Socorro Infantil, caso o pequeno tenha caído e batido a cabeça e apresente vômitos, sonolência excessiva, palidez e limitação de movimentos, se tiver sintomas de trauma ortopédico, no caso de queimaduras graves ou extensas e se tiver ingerido medicamentos, produtos de limpeza ou objetos. Em situações de afogamento, a assistência deve ser imediata. Cada minuto é precioso em uma situação de emergência", alerta o médico.
Fique atento!
Em casa
  • Não deixe crianças menores de três anos sozinhas;
  • Armazene produtos de limpeza em embalagens adequadas e em prateleiras altas ou em armários trancados à chave;
  • Nunca deixe medicamentos sob o alcance das crianças;
  • Selecione os brinquedos de acordo com a idade das crianças;
  • Proteja as crianças com os equipamentos de segurança (joelheira, cotoveleira e capacete), quando forem andar de patins, skate ou bicicleta.
Em viagens
  • Fique sempre próximo da criança;
  • Brincadeiras na água só devem acontecer sob a supervisão de um adulto;
  • Passe protetor solar a cada 3h;
  • Evite exposição da criança ao sol entre 11h e 16h;
Estimule a ingestão de líquidos ao longo de todo o dia para promover a hidratação.

Recordes de calor e nosso corpo, como enfrente essa situação?




Especialista em medicina preventiva e longevidade, fala sobre os riscos, cuidados e nos da dicas para enfrentar de uma forma mais leve as altas temperaturas
Verão intenso, com recordes de temperatura, dificuldade para dormir, para trabalhar, para se alimentar, para quase tudo, mas quais serão as reais consequências disso no nosso organismo?
Temperaturas elevadas podem aumentar o risco de morte precoce por doenças cardiovasculares, além de poder causar infarto e derrame, a exposição ao calor extremo é capaz de alterar a pressão arterial, a espessura do sangue, as taxas de colesterol e a frequência cardíaca.
Segundo Dr. Fábio Cardoso especialista em medicina preventiva e longevidade, devemos nos manter atentos aos sinais que nosso corpo nos dá de que algo não vai bem, para poder tomar os cuidados necessários.
Ele nos alerta sobre os riscos deste calorão:
1- Insolação:
O termo insolação caracteriza o conjunto de sintomas que afeta os indivíduos que ficam expostos excessivamente à luz solar, resultando em um aumento de temperatura do organismo acima dos limites fisiológicos.
Esta condição não é muito frequente, mas pode ser letal. Diferentes problemas de saúde podem estar associados ao calor quando ocorre uma ruptura no equilíbrio da temperatura corporal. Habitualmente, o organismo é resfriado por meio da transpiração; contudo, em algumas situações, apenas a transpiração não é suficiente. Nessas situações, a temperatura corporal de um indivíduo pode elevar-se com rapidez, podendo danificar o cérebro e outros órgãos vitais.
Sinais e Sintomas:
Congestionamento (pele vermelha); Aumento da temperatura corporal; Pele seca;
Contração pupilar (fica pequena)
Dores de cabeça
Náuseas ou vômitos;
Ventilação rápida  e profunda;
Agitação, confusão mental, podendo evoluir para a perda da consciência.
Pulso cardíaco forte e irregular;
2- Intermação (Golpe de calor):
Semelhante à insolação, mas esta é mais grave e pode levar à morte. A intermação é causada pelo aumento da temperatura corporal e pela má resfriação do corpo, por incapacidade de se resfriar adequadamente.
Estar desidratado, ou em ambiente muito úmido, com roupas que não deixam respirar são condições que aumentam muito o risco.
Os sintomas e sinais clínicos:
Palidez;
"Moleza" corporal;
Suores frios e viscosos;
Dilatação pupilar ( menina dos olhos fica grande);
Dores de cabeça,
cansaço,
tonturas e náuseas;
respiração rápida e superficial;
Pode surgir perda da consciência (desmaio),
cãibras (devido à desidratação).
O médico nos alerta ainda sobre o choque térmico. Segundo ele “mudanças bruscas de temperatura, como sair da sauna e tomar uma ducha fria, ou sair do ar condicionado à 18'C para a rua neste verão com 39'C exigem um esforço de adaptação muito grande do organismo. No calor em excesso, os vasos se dilatam e a pressão cai. Já com o frio, acontece o contrário: há uma vasoconstrição, que dispara a pressão arterial. Em ambos os casos, o coração acaba sobrecarregado. Agora imagina tudo quase ao mesmo tempo agora? Esta mistura pode ser extremamente perigosa para quem já tem alguma doença crônica ou sofre de problemas circulatórios.
Nesses casos, podem levar a arritmias cardíacas, alterações metabólicas e pulmonares e em todo o sistema cardiovascular que quando comprometido, amplia o risco de infarto e derrame cerebral, podendo até provocar uma parada cardíaca.
 Estes são casos raros, mas bem comuns são as infecções respiratórias, que são facilitadas nessas condições, com alterações desde o nariz ( alteração no sistema de limpeza ciliar) até o pulmão.
Não só na praia ou na piscina, mas todo dia em todas as situações a  recomendação é de manter-se sempre bem hidratado, tomando muito líquido, e não dar um mergulho na água gelada se estiver com a pele muito quente. O ideal é refrescar-se aos poucos, molhando o corpo por partes.”

Recomendações para sobreviver a este calor 
1-Aumentar a ingestão de água, ou sumos de fruta natural sem açúcar, mesmo sem ter sede. 
2-As pessoas que sofrem de doença crónica, ou que façam dieta com pouco sal, ou com restrição de líquidos, devem aconselhar-se com o médico. 
3-Evitar bebidas alcoólicas, gaseificadas, com cafeína, ou ricas em açúcar, porque podem provocar desidratação. 
4-Ter atenção especial a recém-nascidos e crianças, idosos e doentes, porque são mais vulneráveis ao calor e podem não sentir ou não manifestar sede. Neste grupos deve-se promover/incentivar a ingestão de água, mesmo sem sede. 
5-Fazer refeições leves e mais frequentes, evitando refeições pesadas e muito condimentadas. 
6-Permanecer em ambiente fresco, ou com ar condicionado, para evitar as consequências nefastas do calor, particularmente no caso de crianças, idosos ou pessoas com doenças crónicas. Se não dispuserem de ambientes frescos ou climatizados, as pessoas mais vulneráveis devem visitar centros comerciais, cinemas, museus ou outros locais que disponham de ar condicionado. Deve-se  evitar as mudanças bruscas de temperatura. 
7-Tomar ducha de água fria ou tépida no período de maior calor, evitando contudo as mudanças bruscas de temperatura − um ducha muito frio após exposição prolongada a calor intenso pode causar hipotermia, sobretudo em idosos e crianças. 
8-Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 16 horas. 
9-Usar óculos e chapéu, de preferência de abas largas, sempre que se passear ao ar livre, principalmente crianças e pessoas de pele clara. 
10- Evitar a permanência em veículos expostos ao sol, principalmente nos períodos de maior calor. Se o transporte não tiver ar condicionado, não se deve fechar completamente as janelas. Nas viagens deve-se prever o suprimento adequado de água ou bebidas sem açúcar. Preferir as viagens antes ou após horários 
11-Nunca deixar crianças, doentes ou idosos dentro de veículos expostos ao sol. 
12-Diminuir, sempre que possível, os esforços físicos durante os períodos de calor, e repousar em locais protegidos do sol, frescos, arejados. 
13-Usar roupa larga e solta, de preferência em algodão e com cores claras. 
14-Usar menos roupa na cama, sobretudo no caso de bebés e doentes acamados. 
15-Evitar a entrada de calor no interior das habitações, fechando persianas e portas, mas mantendo a circulação de ar. A abertura de janelas e portas durante a noite pode facilitar a diminuição da temperatura no interior das casas. 
16-Pedir ajuda, sem hesitar, a familiares ou vizinhos, no caso de má disposição ou mal estar com o calor.    
17- troque as lâmpadas (quentes) incandescentes por de LED (frias). Essa troca também ajuda a diminuir o calor dentro de ambientes fechados, uma vez que as lâmpadas incandescentes geram muito mais calor que as demais. 
18- desligue todos os aparelhos que não estiver utilizando ( celular, computador, tv, etc.). Todos eles irradiam calor, aumentando o problema. 
19– Use truques para umidificar o ar interno.  Vale tudo para deixar o ar menos “seco”, principalmente na hora de dormir. Utilize recipientes cheios de água fresca em cada ambiente da casa – só tome cuidado caso tenha filhos pequenos, porque mesmo pouca quantidade de água pode ser o bastante para que uma criança se afogue. Outra boa opção é encharcar toalhas de banho e espalhá-las pela casa, no espaldar de cadeiras e nas portas dos armários, por exemplo. 
20-Condicione o ar, na falta de um ar condicionado...Um ventilador ligado com uma garrafa d’água congelada bem em frente é uma maneira simples e eficaz de fazer circular ar frio pelo ambiente. 

Dr. Fábio S. Cardoso CRM-SC 11796 - Formado em medicina em 1996 pela UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB)- SC.  Especialista em Clínica Médica, pelo MEC e Sociedade Brasileira de Medicina, Especialista em Medicina Intensiva Adulto, pelo MEC e Sociedade Brasileira de Medicina Intensiva, Especialista em Medicina Preventiva e Longevidade, Pós-graduado em Medicina do Esporte, Membro da Associação Brasileira de Medicina Anti-Envelhecimento. Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte; Membro do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM); Membro do Comitê de Esportes de Combate do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) Colégio Americano de Medicina do Esporte; Membro da National Athletics Training Association (NATA). Membro da American Association of Professional Ringside Physicians (AAPRP). Membro da Brazil-American Academy for Integrative & Regenerative Medicine

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é diagnosticado com mais frequência em adultos, mas pode acometer crianças a partir dos três anos



Os transtornos mentais têm figurado nas listas das causas mais frequentes de afastamento do trabalho. Entre eles está o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), caracterizado pela presença de pensamentos obsessivos e compulsões.
Dra. Renata Bataglin, psiquiatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, explica que estes pensamentos “invadem” a pessoa com frequência, independentemente de sua vontade. “O indivíduo acometido por esse transtorno acredita que o único jeito de se ver livre desses pensamentos – e desta ansiedade – é realizar o ritual da compulsão, como por exemplo, checar se a porta esta trancada girando a chave três vezes. Ele acredita ainda que, se não agir deste modo, algo muito ruim pode acontecer”.
Segundo a médica, os rituais podem se desenvolver em qualquer área como limpeza, checagem, simetria, contagem, organização, entre outros, e podem tomar proporções catastróficas na vida da pessoa e de seus familiares.
O principal sintoma do TOC é a presença de pensamentos obsessivos, que levam à realização de um ritual compulsivo para aliviar a ansiedade. “Caso sofra destes pensamentos, o indivíduo deve passar o quanto antes por uma consulta com um psiquiatra, que fará uma avaliação e indicará o tratamento adequado”, esclarece.
É importante ressaltar que o transtorno pode acometer crianças a partir dos três, quatro anos de idade. Por este motivo, é fundamental que os pais fiquem atentos a qualquer manifestação de rituais compulsivos. “Infelizmente as pessoas demoram muito para procurar ajuda e, portanto, a maior parte dos casos é diagnosticada na idade adulta. E quanto mais tempo passar até o início do tratamento, mais grave a doença pode se tornar.”
Em adultos, o tratamento mais eficiente consiste na associação de medicamentos (antidepressivos, ansiolíticos) com a psicoterapia. Dra. Renata alerta para o fato de que o paciente deve manter o tratamento após a melhora inicial dos sintomas, uma vez que há um alto índice de recidiva, ou seja, de recaídas.

Por um mundo com menos mães virtuais





“Que horror!” – foi esse o comentário que recebi de uma seguidora quando falei no Instagram que, quando minha filha está muito desobediente e pede para ir na casa da avó, eu fico em dúvida se não deixo ir para ficar de castigo ou se mando de uma vez para eu ter um pouco de paz. Mas a maior parte dos  comentários foram de mães que entendem bem o que eu falei e que, assim como eu, muitas vezes mandam para a casa da avó, sim!
O horror da seguidora não é um julgamento sem fundamento. É, na verdade, o susto de ver alguém falando sobre as dificuldades da maternidade em uma sociedade cheia de mães perfeitas. Mães que guardam para as redes sociais as poses e conquistas dos filhos, os beijos e abraços, a ajuda que recebem dos amigos e parentes, o amor incondicional e sacrifical intrínseco à maternidade. Mas deixam para fora da tela as birras e malcriações, as dúvidas e questionamentos, a assadura que apareceu no bumbum do bebê ou a vez que ela pensou seriamente em pensar de amamentar por causa do cansaço.
Em um mundo de mães perfeitas, pelo menos aparentemente, a verdade da maternidade não tem vez. E a falta de verdade cria uma grande ilusão que engana as mulheres sem filhos. Ao engravidar, muitas vão se lembrar dos momentos de prazer intenso que “aquela grávida do blog” sentia, não importando a temperatura ou qualquer sintoma que estivesse sentindo. Aliás, “aquela grávida do blog” não deve ter tido enjoo, nem calor, muito menos pés inchados iguais ao meu. “Será que há algo errado comigo?”
Lá na maternidade, quando o bebê vier mamar, a expectativa será de um lindo momento a dois, como “aquela mãe de recém-nascido do Facebook” contou outro dia. E quando o neném não mamar, a dor aparecer e a mulher tiver vontade de correr na farmácia comprar mamadeira, aquela pensamento voltará: “será que há algo errado comigo?”.
E o mesmo vai acontecer na primeira crise de birra, algo que o “filho daquela moça do Instagram” nunca teve ou com notas baixas na escola, o que é impensável para “a blogueira mãe dos filhos gênios”. “Será que há algo errado comigo?”
A maternidade é linda? Sim. O bons momentos superam os ruins? Sim. Mas também tem horas que toda mãe quer sair correndo achar um ombro em que chorar. Em um mundo de mães perfeitas, julgamento, comparação e ostentação imperam e não há espaço para desabafos, cumplicidade e companheirismo. É por isso que eu quero um mundo com menos mães das que a gente vê nas redes sociais, perfeitas e de filhos impecáveis. Quero viver em um mundo com mães reais, cheias de dúvidas, questionamentos, dificuldades, mas sempre com uma mão estendida para ajudar!


Melina Pockrandt - jornalista e criadora do blog Maternidade Simples (www.maternidadesimples.com.br)

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